A Geração Distribuída (GD) não é coisa de rico e nem de pobre
- Energy Channel United States

- 26 de set.
- 2 min de leitura
Por Daniel Lima - ECOnomista
Alguns “doutores” afirmam categoricamente que a GD é coisa de rico e que ela onera as famílias mais pobres que passam a pagar uma tarifa mais cara em virtude de subsídios cruzados.

Para dar luz a essa situação resolvi realizar um estudo com dados oficiais e fornecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) — link abaixo — relativos a Geração Distribuída (GD) nas residências, comparando com uma simulação de estratificação de renda das famílias brasileiras. Dessa forma, tracei um perfil dos consumidores de energia residenciais que utilizam a GD. Os resultados constam da tabela abaixo:

Os dados apontam que as Classes B e C (renda entre R$ 3 mil e R$ 15 mil) lideram com cerca 68% da potência instalada e 80% das unidades consumidoras. A Classe E, com renda até R$ 3 mil, representa apenas 0,9% da potência e 3,5% das UCs e a Classe A, com renda acima de R$ 30 mil, representa 12% da potência e 4,5% das UCs.
Deduções:
- A classe média é o motor ou a principal usuária da GD Residencial com 92% das unidades consumidoras adotantes;
- As classes com menor renda e maior renda têm pouca penetração na GD, com 3,5% e 4,5% das unidades consumidoras adotantes;
- Revela uma necessidade de ampliar o acesso à energia solar para famílias de baixa renda. Seja por meio de políticas públicas, cooperativas solares ou financiamento inclusivo;
- A potência instalada e investimento crescem proporcionalmente à renda.

Conclusões:
A Geração Distribuída não é coisa de rico — e nem de pobre.
É o remédio da classe média contra tarifas altas e para preservação da renda familiar.
E quem quiser que fale e prove o contrário.
Link dos dados da Aneel: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiY2VmMmUwN2QtYWFiOS00ZDE3LWI3NDMtZDk0NGI4MGU2NTkxIiwidCI6IjQwZDZmOWI4LWVjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhNGU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9
Daniel Lima é graduado em Ciências Econômicas e com MBA em Arquitetura, Construção e Gestão de Construção Sustentáveis, ao longo de sua carreira ocupou diversos cargos no setor público, na iniciativa privada e no terceiro setor.
Acumulou grande experiência na área de elaboração de projetos sustentáveis e na captação de recursos nacionais e internacionais. Destaca-se em seu currículo a Coordenação Geral do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR). Atualmente atua como especialista e consultor no segmento de energia solar, é CEO da Agrosolar Investimentos Sustentáveis e Conselheiro da startup Energia Verde do Brasil - EVBIO.
A Geração Distribuída (GD) não é coisa de rico e nem de pobre






























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