China reafirma posição firme diante dos EUA, mas mantém portas abertas para diálogo comercial
- Energy Channel United States

- 14 de out.
- 2 min de leitura
Em meio ao aumento das tensões com Washington, Pequim adota tom de resistência estratégica, buscando equilíbrio entre defesa econômica e diplomacia negociada.

A China declarou nesta terça-feira que “lutará até o fim” caso a escalada da guerra comercial com os Estados Unidos continue a ameaçar seus interesses estratégicos. A afirmação veio do Ministério do Comércio, que, apesar do tom firme, reforçou que o país “mantém as portas abertas para o diálogo e a cooperação econômica”.
O comunicado é uma resposta direta à nova rodada de tarifas e restrições impostas por Washington a produtos e empresas chinesas — medidas que vêm afetando setores como semicondutores, veículos elétricos e tecnologias limpas. Segundo analistas, o impacto dessas sanções ultrapassa o campo econômico e pode influenciar cadeias globais de energia, mobilidade e inovação industrial.
“A posição da China é consistente: não buscamos conflito, mas não fugiremos dele”, declarou o porta-voz do ministério. “As portas permanecem abertas para negociações baseadas em respeito mútuo e benefício comum.”
A tensão entre as duas maiores economias do planeta ocorre em um momento de transição global para tecnologias de baixo carbono e reindustrialização verde — áreas nas quais China e Estados Unidos competem diretamente por liderança tecnológica e domínio das cadeias produtivas.
Especialistas ouvidos pelo EnergyChannel avaliam que o embate pode acelerar a fragmentação dos mercados globais de energia limpa. “Cada movimento nessa disputa redefine fluxos de investimento e inovação. O resultado pode ser tanto uma guerra comercial prolongada quanto uma reorganização mais sustentável do comércio global”, observa o economista Chen Wei, da Universidade de Tsinghua.
Enquanto Pequim busca reforçar sua resiliência industrial, o governo americano intensifica políticas de incentivo interno, como a Inflation Reduction Act, que subsidia fortemente empresas nacionais de energia renovável e veículos elétricos. Para a China, tais medidas representam uma forma de protecionismo que distorce o comércio internacional.
Mesmo diante das divergências, há sinais de que ambos os lados reconhecem a importância de manter canais diplomáticos abertos. “A cooperação ainda é possível em áreas como transição energética e inovação climática”, afirma Wei. “Mas o equilíbrio será cada vez mais difícil de sustentar.”
China reafirma posição firme diante dos EUA, mas mantém portas abertas para diálogo comercial






























Comentários