Corrida global dos semicondutores: investimentos em megafábricas de 300 mm devem ultrapassar US$ 370 bilhões até 2028
- Energy Channel United States

- 13 de out.
- 2 min de leitura
A expansão de centros de produção na China, Coreia do Sul, Taiwan e Estados Unidos reflete a disputa tecnológica por chips avançados que sustentam a revolução da inteligência artificial e da economia digital.

Matéria para publicação no portal internacional EnergyChannel:
A indústria global de semicondutores está prestes a entrar em uma nova era de expansão maciça. De acordo com dados da associação internacional SEMI, os investimentos em equipamentos para fábricas de wafers de 300 milímetros devem alcançar US$ 374 bilhões entre 2026 e 2028, impulsionados pela corrida mundial para atender à explosão de demanda em inteligência artificial, data centers e dispositivos inteligentes.
Durante a feira Semicon West, realizada em Phoenix (EUA), o CEO da SEMI, Ajit Manocha, destacou que o setor vive um ponto de inflexão histórico. “A força combinada da IA generativa e das políticas de reindustrialização está remodelando completamente a cadeia global de semicondutores”, afirmou.
IA e chips de nova geração alimentam o crescimento
A previsão da SEMI indica que os gastos com equipamentos de produção de wafers de 300 mm devem crescer progressivamente de US$ 107 bilhões em 2025 para US$ 138 bilhões em 2028. A maior parte desse avanço virá da fabricação de chips lógicos e microprocessadores de 2 nanômetros ou menos, que exigem tecnologias cada vez mais sofisticadas, como gate-all-around (GAA) e fornecimento de energia traseira.
A produção de chips de 1,4 nanômetro, considerada o próximo salto na miniaturização, deve começar entre 2028 e 2029, marcando uma nova etapa na eficiência energética e na capacidade de processamento.
Memória de alta largura de banda em ascensão
Os segmentos de memória também seguirão em forte expansão. Segundo o relatório, os gastos com equipamentos voltados à produção de memórias DRAM e NAND 3D devem somar US$ 136 bilhões nos próximos três anos, refletindo a crescente demanda por memórias de alta largura de banda (HBM) essenciais para o treinamento de modelos de IA e aplicações de computação em nuvem.
China lidera a disputa por capacidade fabril
A China deve consolidar sua posição como principal investidora global no período, destinando cerca de US$ 94 bilhões à expansão e modernização de suas fábricas. Na sequência aparecem a Coreia do Sul (US$ 86 bilhões), Taiwan (US$ 75 bilhões) e os Estados Unidos (US$ 60 bilhões) todos competindo para fortalecer cadeias locais e reduzir dependências externas.
Essa geografia dos investimentos reforça a tendência de regionalização estratégica da produção de semicondutores, um movimento que combina incentivos governamentais, segurança tecnológica e competição entre blocos econômicos.
Energia, sustentabilidade e infraestrutura
Por trás desse crescimento exponencial, está também um desafio energético sem precedentes. As novas megafábricas de semicondutores são instalações intensivas em consumo elétrico e hídrico o que cria oportunidades para soluções em eficiência energética, energia renovável e gestão inteligente de recursos.
Empresas e governos estão cada vez mais conscientes de que o futuro dos chips passa pela sustentabilidade industrial, um tema que conecta diretamente o setor de semicondutores à transição energética e à inovação em infraestrutura.
Corrida global dos semicondutores: investimentos em megafábricas de 300 mm devem ultrapassar US$ 370 bilhões até 2028






























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