Crise na Petrofac: gigante britânica pede recuperação judicial após rompimento com TenneT
- Energy Channel United States

- 27 de out.
- 2 min de leitura
Por EnergyChannel News — São Paulo

A Petrofac, uma das mais tradicionais fornecedoras de serviços para o setor de energia do Reino Unido, entrou oficialmente com pedido de recuperação judicial após enfrentar um duro revés: o cancelamento de um contrato de grande porte com a operadora de transmissão TenneT, responsável por projetos de conexão de energia offshore na Holanda.
A decisão marca um novo capítulo na turbulenta fase vivida pela companhia, que há meses vinha lutando para estabilizar suas finanças em meio a atrasos de projetos e pressões crescentes no setor de energia europeia. O rompimento com a TenneT, considerado estratégico para o portfólio da Petrofac, teria sido o golpe final para a liquidez da empresa.
Segundo fontes próximas ao processo, a rescisão contratual envolvia um dos programas de interligação de parques eólicos offshore mais ambiciosos da Europa, parte dos esforços holandeses para ampliar a geração renovável no Mar do Norte. Com o cancelamento, a Petrofac perdeu uma das frentes de receita mais relevantes de sua unidade de engenharia e construção.
A companhia agora busca nomear administradores judiciais para conduzir um plano de reestruturação que evite a falência total. O objetivo, segundo comunicado interno obtido pelo EnergyChannel, é “preservar a continuidade operacional, proteger os empregos e renegociar dívidas com credores e fornecedores estratégicos”.
A TenneT, por sua vez, justificou a decisão alegando “não conformidades e atrasos contratuais significativos” na execução das obras. O rompimento representa também um alerta para outros fornecedores do setor, já que o modelo de contratação de projetos offshore na Europa vem se tornando cada vez mais rigoroso diante do aumento de custos e das pressões por descarbonização.
Especialistas ouvidos pelo EnergyChannel avaliam que o caso da Petrofac ilustra os desafios enfrentados por empresas de engenharia na transição energética global — um cenário em que margens apertadas, riscos contratuais elevados e prazos agressivos estão colocando à prova até os players mais experientes do mercado.
Enquanto tenta reorganizar suas operações, a Petrofac mantém contratos ativos em regiões como Oriente Médio e África, mas o impacto do colapso europeu deverá reverberar por meses no balanço da companhia.
Crise na Petrofac: gigante britânica pede recuperação judicial após rompimento com TenneT






























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