Energia Espacial: Novo Combustível à Base de Diboreto de Manganês Pode Revolucionar Lançamentos de Foguetes
- Energy Channel United States

- 26 de set.
- 2 min de leitura
Por EnergyChannel – Seu canal de notícias sobre energia e inovação
A corrida espacial acaba de ganhar um combustível que pode mudar as regras do jogo. Pesquisadores da Universidade do Estado de Nova Iorque, em Albany (EUA), anunciaram a criação de um composto altamente energético e seguro, o diboreto de manganês (MnB₂), que promete aumentar a eficiência e reduzir os custos dos voos espaciais.

Segundo os cientistas, o MnB₂ é mais de 20% mais energético em peso e cerca de 150% mais energético em volume do que o alumínio atualmente utilizado em propulsores sólidos de foguetes. Na prática, isso significa menor consumo de combustível para alcançar o mesmo desempenho ou mais espaço disponível para carga útil, otimizando missões espaciais e reduzindo custos de lançamento.
“Um combustível mais eficiente libera espaço interno nos foguetes para equipamentos científicos e, no retorno, pode aumentar a capacidade de trazer amostras para a Terra”, explica o professor Michael Yeung, líder da pesquisa.
Tecnologia de Síntese Inovadora
O desenvolvimento do diboreto de manganês representou um desafio técnico. Para sintetizar o material, os cientistas recorreram a uma técnica avançada chamada fusão a arco, que aquece o material a impressionantes 3.000 °C. O processo envolve a prensagem de manganês e boro em pó, formando pastilhas que são fundidas e rapidamente resfriadas para garantir a estrutura cristalina desejada.
Joseph Doane, responsável pelo desenvolvimento do método, comemorou o avanço:
“Conseguir sintetizar o diboreto de manganês puro já é uma conquista notável. Agora, temos a oportunidade de explorar experimentalmente suas propriedades e novas aplicações.”
Impacto Além da Indústria Espacial
O potencial do MnB₂ vai além dos foguetes. Por sua estrutura rica em boro, o composto pode ser aplicado na produção de conversores catalíticos mais duráveis para veículos e até como catalisador para reciclagem química de plásticos, ampliando seu papel na indústria química e ambiental.
Números que Impressionam
Calor gravimétrico de combustão: 39,26 kJ/g (+26% em relação ao alumínio)
Calor volumétrico de combustão: 208,08 kJ/cm³ (+148% em relação ao alumínio)
Esses índices colocam o MnB₂ no topo da lista de combustíveis sólidos mais potentes já desenvolvidos.
Por que importa: Com o mercado de lançamentos espaciais projetando crescimento acelerado para a próxima década, tecnologias que reduzem custos e aumentam eficiência são estratégicas. O diboreto de manganês pode ser a chave para foguetes mais leves, missões mais longas e exploração espacial mais acessível.
Energia Espacial: Novo Combustível à Base de Diboreto de Manganês Pode Revolucionar Lançamentos de Foguetes






























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