top of page

Falta de infraestrutura interrompe ciclo de crescimento das energias limpas no Brasil

O Brasil deve registrar em 2025 a primeira queda na expansão das fontes renováveis em cinco anos, segundo a Agência Internacional de Energia. Falta de infraestrutura e cortes de geração já geram prejuízos acima de R$ 5 bilhões.


R$ 5 bi e o primeiro revés da expansão renovável no Brasil: cortes de geração expõem fragilidade da infraestrutura
R$ 5 bi e o primeiro revés da expansão renovável no Brasil: cortes de geração expõem fragilidade da infraestrutura

Primeira retração em cinco anos marca alerta para o setor de energia limpa


Pela primeira vez desde 2020, o Brasil deve registrar uma queda na expansão das fontes renováveis, segundo novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) divulgado nesta terça-feira (7). O país, que vinha liderando o crescimento regional em energia solar e eólica, enfrenta agora um obstáculo estrutural: os cortes de geração, conhecidos como curtailment.


A redução forçada na produção motivada por limitações na rede de transmissão e menor demanda está impactando a rentabilidade dos projetos e levando ao cancelamento de empreendimentos de grande porte, sobretudo no Nordeste.

“As projeções foram revisadas para baixo porque a redução de oferta e os gargalos na transmissão estão reduzindo a lucratividade dos projetos, aumentando as filas de conexão e estendendo os prazos de entrega”, destaca o relatório da IEA.

Prejuízos bilionários e gargalos regionais


Os impactos econômicos do curtailment já ultrapassam R$ 5 bilhões, segundo levantamento do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne). Cerca de 70% das perdas estão concentradas no Nordeste, onde estão os maiores complexos eólicos e solares do país.


A Bahia lidera o ranking dos cortes, com 35,14% das interrupções, seguida por Rio Grande do Norte (25,43%) e Minas Gerais (15,63%), conforme dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) compilados pela consultoria CarpeVie.


O cenário preocupa o setor produtivo. Além das perdas diretas, a queda nas encomendas de novos projetos afeta toda a cadeia de fornecedores, de turbinas a sistemas de monitoramento.


Brasil segue líder regional, mas com sinais de alerta


Mesmo com o revés, o Brasil ainda deverá representar quase metade da expansão renovável da América Latina em 2025, segundo a IEA. A região como um todo deve adicionar 160 gigawatts (GW) de capacidade renovável entre 2025 e 2030.


No entanto, o ritmo de crescimento pode ser comprometido caso os entraves de infraestrutura persistam. A agência internacional adverte que a falta de rede de transmissão adequada e a lentidão regulatória são hoje os maiores desafios para o avanço sustentável da transição energética brasileira.


Chile como referência e o papel do BNDES

A IEA cita o Chile como exemplo de resposta rápida ao mesmo problema. O país vizinho aposta em leilões para expansão da rede elétrica e em baterias de armazenamento, tecnologia que ainda não ganhou tração no Brasil. A meta chilena é atingir 6 GW em baterias até 2030, o que pode servir de modelo para políticas futuras brasileiras.


Enquanto isso, o BNDES monitora de perto os efeitos da crise. O banco, principal financiador de projetos renováveis no país, estuda medidas para evitar o colapso financeiro das usinas impactadas pelos cortes.

“O BNDES não vai colocar a faca no pescoço de uma empresa que ficou sem receita”, afirmou Luciana Costa, diretora da instituição.

Próximos passos e esperança regulatória

No mercado, há expectativa de que as discussões em curso na Aneel e no ONS tragam soluções estruturais para mitigar os cortes de geração. Parte do setor também acompanha a tramitação da Medida Provisória 1307/2025, que vence em 17 de novembro e incorpora pontos da reforma do setor elétrico.


O consenso é claro: sem investimentos em infraestrutura e armazenamento, o Brasil corre o risco de transformar seu maior ativo o potencial renovável em um gargalo econômico e ambiental.


Conclusão: oportunidade ou ponto de inflexão?

A crise atual representa mais do que uma pausa na curva de crescimento. Ela expõe os limites de um modelo que expandiu geração sem reforçar as bases da infraestrutura elétrica. Se bem conduzido, o momento pode impulsionar avanços tecnológicos e regulatórios. Caso contrário, o país pode perder terreno em uma corrida global pela energia limpa e competitiva.


Falta de infraestrutura interrompe ciclo de crescimento das energias limpas no Brasil

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
Foxess-300x300-1.gif
Solis-300x300-1.gif
SOLUÇÕES PARA FIXAÇÃO (715 x 115 px) (120 x 600 px).gif
120x600.gif
Brazil_Web-Banner_120 × 600.gif
120x600 Thopen.gif
120 × 600.gif
AFFOZ 2025 - 06038 Trade Maio - cards_03 servicos_01 1080x1920px.jpg
EnergyChannel

एनर्जी चैनल ब्राज़ील

अंतर्राष्ट्रीय चैनल

प्रत्येक देश में समर्पित संवाददाता।

 

हमारी सेवाएँ:
वेबसाइट और ऐप के साथ 10 देशों में व्यापक डिजिटल उपस्थिति
अंतर्राष्ट्रीय टीवी और वेबटीवी प्रसारण
अंतर्राष्ट्रीय ऊर्जा नवाचार वर्षपुस्तिका
एनर्जी चैनल अकादमी

 

हमारे चैनल:
वैश्विक
चीन
इटली
मेक्सिको
ब्राज़ील
भारत
फ़्रांस
जर्मनी
संयुक्त राज्य अमेरिका
दक्षिण कोरिया

 

ऊर्जा क्षेत्र में नवीनतम नवाचारों और रुझानों से अवगत रहने के लिए हमें फ़ॉलो करें!

ग्राहक सेवा केन्द्र

फ़ोन और व्हाट्सएप
+55 (11) 95064-9016

 

ईमेल
info@energychannel.co

 

हम जहाँ थे

अव. फ़्रांसिस्को मताराज़ो, 229 - सुइट 12, पहली मंजिल - अगुआ ब्रांका नेबरहुड | पर्डिज़ेस बिजनेस सेंटर कॉन्डोमिनियम बिल्डिंग - साओ पाउलो - एसपी, 05001-000

QuiloWattdoBem

और जानें

हमारे बारे में

उपभोक्ता गाइड

सदस्यता

हमसे संपर्क करें

सहायता

साइट मैप

संबंधित लिंक

समाचार

स्थायित्व

 

नवीकरणीय ऊर्जा

विद्युत गतिशीलता

हाइड्रोजन

 

ऊर्जा भंडारण

​​

EnergyChannel Group - Especializada em notícias sobre fontes renováveis

Todos os direitos reservados. |  Av. Francisco Matarazzo, 229 - conjunto 12 Primeiro Andar - Bairro - Água Branca | Edifício Condomínio Perdizes Business Center - São Paulo - SP, 05001-000

bottom of page