GM freia planos elétricos e amarga prejuízo bilionário em 2025
- Energy Channel United States

- 17 de out.
- 2 min de leitura
A General Motors enfrenta um revés de US$ 1,6 bilhão após desacelerar sua estratégia de eletrificação, em meio a um cenário global de ajustes no mercado de veículos elétricos.

A General Motors (GM) atravessa um dos momentos mais delicados de sua transição energética. A montadora norte-americana registrou um prejuízo de US$ 1,6 bilhão neste trimestre, resultado direto da redução temporária na produção de veículos elétricos (EVs) uma decisão estratégica que reflete os desafios enfrentados por toda a indústria automotiva global.
De acordo com analistas de mercado, o recuo da GM não representa o abandono do plano elétrico, mas um reajuste de rota diante de custos elevados, gargalos de fornecimento e um ritmo de adoção mais lento do que o projetado. “A GM está realinhando sua produção à demanda real do mercado, o que é prudente em um momento de volatilidade global”, explicou um consultor do setor automotivo ouvido pelo EnergyChannel.
Uma desaceleração estratégica
Nos últimos dois anos, a GM vinha apostando fortemente na eletrificação, com lançamentos de modelos como o Chevrolet Blazer EV e o Silverado EV, e investimentos superiores a US$ 35 bilhões até 2030. Entretanto, as dificuldades no fornecimento de baterias e os altos custos de produção levaram a empresa a desacelerar parte de seus projetos.
Além disso, o mercado norte-americano tem mostrado sinais de saturação em segmentos de alto custo, com consumidores optando por híbridos plug-in ou veículos a combustão mais eficientes diante da incerteza econômica.
Pressão por resultados e ajustes de mercado
Enquanto rivais como a Tesla enfrentam queda de margens e a Ford revisa investimentos em suas fábricas de EVs, a GM tenta encontrar equilíbrio entre a transição energética e a rentabilidade de curto prazo. O CEO da empresa, Mary Barra, reafirmou que a estratégia de longo prazo permanece intacta: “Continuamos comprometidos com um futuro totalmente elétrico, mas é fundamental ajustar o ritmo à realidade de mercado.”
O contexto global da transição
A retração da GM acontece em um momento de revisão global da eletrificação. Montadoras da Europa e da Ásia também estão revisando metas de produção e cronogramas de lançamento, especialmente diante do aumento dos custos de matérias-primas e das mudanças nas políticas de subsídios governamentais.
Para especialistas, o movimento da GM reforça que a transição para veículos elétricos não é linear, e dependerá fortemente de infraestrutura de recarga, incentivos fiscais e estabilidade regulatória. Ainda assim, o setor segue otimista com a expansão da mobilidade limpa na próxima década.
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