Mercado Global de Bioetanol Deve Ultrapassar US$ 124 Bilhões Até 2034, Impulsionado por Políticas Climáticas e Transição Energética
- Energy Channel United States

- 16 de set.
- 3 min de leitura
Por Redação EnergyChannel - 16 de setembro de 2025.

O mercado global de bioetanol está em plena expansão e deve alcançar US$ 124,16 bilhões até 2034, segundo novo levantamento da Statifacts. O combustível renovável, produzido a partir de fontes como cana-de-açúcar, milho e biomassa celulósica, deve crescer a uma taxa média anual de 3,68% entre 2025 e 2034, refletindo o avanço das políticas de descarbonização, a busca por combustíveis mais limpos e o investimento de governos e empresas na transição energética.
Atualmente avaliado em cerca de US$ 86,5 bilhões (2024), o mercado é liderado pela América do Norte, responsável por mais de 35% da participação global, graças à forte infraestrutura agrícola e aos incentivos como o Renewable Fuel Standard (RFS), que obriga a mistura de etanol à gasolina nos Estados Unidos. A Ásia-Pacífico surge como a região de crescimento mais acelerado na próxima década, impulsionada por políticas agressivas de redução de emissões e pelo uso crescente de matérias-primas alternativas, como resíduos agrícolas.
Principais Insights do Relatório
E10 lidera o consumo global – a mistura com 10% de etanol e 90% de gasolina foi responsável pela maior fatia de mercado em 2024 e deve manter a liderança até 2034, atingindo US$ 65,45 bilhões.
Bioetanol à base de açúcar é o mais usado – representou cerca de US$ 38,9 bilhões em 2024 e deve chegar a US$ 57 bilhões em 2034.
Moagem úmida domina a produção – tecnologia que respondeu pela maior participação de mercado em 2024, com previsão de crescimento estável até 2034.
Transporte é o maior consumidor – o setor rodoviário continua sendo o principal destino do bioetanol, representando mais de US$ 49 bilhões em 2025.
Varejo de combustíveis lidera distribuição – postos de combustíveis seguem como o canal dominante, mas as vendas diretas a grandes consumidores devem crescer de forma acelerada.
Inovação e Sustentabilidade: O Papel do Bioetanol de Segunda Geração
Um dos destaques do mercado é o avanço do bioetanol de segunda geração, produzido a partir de resíduos agrícolas e florestais, sem competir com culturas alimentares. Em junho de 2025, a Toyota e outros fabricantes japoneses inauguraram uma planta-piloto em Fukushima, com capacidade de 60 quilolitros anuais, focada na utilização de palha de arroz e subprodutos florestais. A tecnologia pode reduzir em até 90% as emissões de carbono em relação à gasolina convencional, reforçando o papel do bioetanol como ferramenta estratégica na agenda de descarbonização global.
Desafios e Oportunidades
Apesar do crescimento, o setor enfrenta concorrência crescente dos veículos elétricos, além do desafio de equilibrar a produção de biocombustíveis com a segurança alimentar e o uso sustentável de recursos hídricos. Por outro lado, o desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração e o uso de inteligência artificial para otimização de processos criam oportunidades para ganhos de eficiência, redução de custos e menor impacto ambiental.
Perspectivas Regionais
América do Norte: continuará liderando o mercado, com suporte de políticas públicas, alta produção agrícola e investimentos em infraestrutura.
Ásia-Pacífico: deve registrar o crescimento mais acelerado até 2034, impulsionado pela necessidade de reduzir a poluição urbana e diversificar a matriz energética.
América Latina: com destaque para o Brasil, que se mantém referência mundial na produção de etanol a partir de cana-de-açúcar, combinando competitividade e sustentabilidade.
Impactos na Transição Energética
O bioetanol desempenha um papel central na redução das emissões globais de CO₂ e na diversificação das fontes de energia para transporte. Ao substituir parte da gasolina, ele contribui para melhorar a qualidade do ar e fortalecer a segurança energética, ao mesmo tempo em que gera novas oportunidades de negócio para o setor agrícola e industrial.
Mercado Global de Bioetanol Deve Ultrapassar US$ 124 Bilhões Até 2034, Impulsionado por Políticas Climáticas e Transição Energética






























Comentários