Setor de biomassa alerta para riscos operacionais e perdas financeiras com cortes de geração no Brasil
- Energy Channel United States

- 13 de out.
- 2 min de leitura
Associações do setor enviam carta à Aneel alertando que o desligamento forçado de usinas Tipo III pode causar instabilidade técnica, prejuízos econômicos e impacto na cadeia produtiva da bioenergia.

As principais entidades representativas da bioenergia no Brasil Abiogás, Cogen e Unica enviaram uma carta conjunta ao diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manifestando preocupação com os efeitos do curtailment (corte de geração) imposto a usinas Tipo III movidas a biomassa.
Segundo as entidades, o procedimento, que reduz ou interrompe temporariamente a geração de energia, tem provocado instabilidade operacional nas usinas durante o processo de ressincronização com a rede elétrica, além de comprometer a segurança técnica e financeira dos empreendimentos.
Essas usinas, geralmente vinculadas à indústria sucroenergética ou a outros processos agroindustriais, operam de forma integrada à produção principal como a fabricação de etanol, açúcar ou biogás. O corte forçado, portanto, não representa apenas uma perda na venda de energia, mas também interrompe fluxos produtivos essenciais, podendo causar danos mecânicos e desperdício de matéria-prima.
“A biomassa é uma fonte estratégica para o equilíbrio do sistema elétrico, pois oferece energia despachável e sustentável. O corte das usinas Tipo III desconsidera essa função e coloca em risco a operação e a competitividade do setor”, afirmam as associações na carta encaminhada à Aneel.
Além das consequências técnicas, as entidades alertam para o impacto financeiro direto. Como grande parte dessas usinas está conectada em contratos de geração distribuída ou no mercado livre, a interrupção afeta a receita dos produtores e a previsibilidade do suprimento energético regional.
O pleito conjunto solicita à Aneel uma revisão dos critérios de corte aplicados às usinas Tipo III, com o objetivo de preservar a estabilidade da rede e a sustentabilidade econômica das operações bioenergéticas.
O movimento reforça o papel da biomassa no mix energético brasileiro, em especial no contexto da transição energética e da busca por fontes firmes e renováveis capazes de apoiar a expansão solar e eólica.
Setor de biomassa alerta para riscos operacionais e perdas financeiras com cortes de geração no Brasil






























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