Publicidade
Resultados da busca
2434 resultados encontrados com uma busca vazia
- O recado que o Brasil precisa dar ao mundo na COP 30
Por Samuel Hanan Pela primeira vez na história, uma capital de estado na Amazônia – Belém -, vai sediar uma edição da COP, a Conferência das Partes, reunindo os países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. O recado que o Brasil precisa dar ao mundo na COP 30 A escolha do Pará como sede desse evento mundial para discutir questões relacionadas ao aquecimento global e às alterações climáticas é emblemática e se traduz em oportunidade única para o Brasil chamar a atenção do planeta para a necessidade de a preservação da floresta amazônica passar a ser encarada como uma obrigação mundial se, de fato, o objetivo for assegurar o bem-estar das futuras gerações. É o momento oportuno para mostrar – e comprovar – aos demais países que, ao contrário do senso comum, o Brasil tem feito um esforço enorme, a um custo gigantesco para a população amazônica, para manter a floresta em pé e assegurar a sobrevivência do maior banco genético do planeta (custo local). Mais do que cobrar o Brasil, a comunidade internacional precisa dividir a conta (responsabilidade global , custo global). A floresta amazônica está preservada em mais de 84%, mesmo depois da exploração (inclusive internacional) ao longo dos 525 anos do descobrimento do Brasil. Esse patamar foi e está sendo garantido pelos sete Países inseridos na Amazônia, ao custo de renúncia econômica total de US$ 317 bilhões/ano pela não exploração dos recursos naturais, segundo estudo do Banco Mundial. (2023) A preservação da floresta é resultado da devoção e do amor de mais de 18,7 milhões de amazônidas que vivem na região norte e que pagam muito caro por esse trabalho invisível aos olhos do mundo, em especial cerca de 13 milhões de Amazônidas que residem no interior e longe das capitais. A comunidade internacional, notadamente os países do G7, cujo PIB é superior a 60% do PIB mundial (US$66,70 trilhões), precisam tomar conhecimento das enormes desigualdades que afligem essa parcela de brasileiros. Embora ocupe 45,5% da área territorial brasileira, a Amazônia abriga apenas 8,7% da população nacional (vazio demográfico) e produz somente 6,2% do PIB (vazio econômico). Um quarto desse território é constituído de terras indígenas, onde vivem 310 mil pessoas dos povos originários. Outros 10,54% são áreas de preservação permanente e 14,31% são áreas de uso sustentável. Isto é, metade do território amazônico é área de uso restrito, limitando, portanto, sua exploração econômica. Outro dado dá bem a dimensão da floresta. O território amazônico corresponde à área de 27 países europeus somados, cuja população totaliza 488 milhões de habitantes e teve PIB de US$ 19,20 trilhões em 2024. Apesar da grandeza territorial da região, a população dos estados amazônicos tem, em média, renda mensal per capita 29% inferior à dos brasileiros de outras regiões. A discrepância é ainda maior no estrato da população que reside fora das capitais da Amazônia (interior): renda per capita 64% menor que a média nacional (apenas US$4.780,00 por habitante /ano contra a media nacional de US$10.249,00 por habitante/ano). É preciso dar voz a essa população e ouvidos ao que disse Joe Biden, então presidente dos Estados Unidos, em 2023: “É impossível preservar a floresta tão importante para o equilíbrio ambiental e climático sem que os países ricos e desenvolvidos façam contribuição efetiva e expressiva”. Biden não estava sozinho nessa cruzada. Lars Peter Hansen, vencedor do Prêmio Nobel de Economia 2013, também já havia alertado que os países ricos têm de contribuir para manter a floresta em pé, reforçando o pensamento de Erna Solberg, ex-primeira-ministra da Noruega, para quem não há como preservar sem incluir o resgate dos habitantes da região. O Brasil tem o dever de deixar claro que os países do G7 já conhecem o tamanho da renúncia econômica dos estados amazônicos e não podem mais ficar silentes em relação a essa realidade. Somente as terras indígenas, que somam mais de 1,01 milhão de km², deveriam ser utilizadas para efeito de emissão de títulos de crédito de carbono, gerando receita de bilhões de dólares por ano, sem sacrifícios de nenhum governo e de nenhuma pessoa. Há, evidentemente, uma demanda global pela preservação da Amazônia, entretanto o custo disso permanece local. Para equilibrar a balança, os países ricos deveriam contribuir com US$ 196 bilhões/ano ao Brasil (62% da floresta e os respectivos 62% da renunca economica), segundo o estudo do Banco Mundial. E como a preservação não encontra resistência na sociedade mundial, há também alternativas de apoio no setor privado. Um exemplo: se as maiores fabricantes mundiais de refrigerantes, cervejas e água mineral adicionassem ao preço de varejo de cada unidade apenas US$ 0,01 ou US$ 0,02 (2 moedinhas de um penny), em cada unidade comercializada no mundo, como parte de uma campanha “Save the forest”, viabilizaria contribuição anual de cerca de US$ 20 bilhões/ano. Obviamente, cabe ao governo brasileiro fazer sua parte e apresentar propostas claras e absoluto comprometimento na COP 30, notadamente quanto ao combate de garimpos e madeireiras que atuam ilegalmente na Amazônia, ao desmatamento, à pesca predatória, à poluição de rios, lagos e igarapés, ao turismo sexual e ao tráfico de armas e drogas na região. É preciso, ainda, atuar firmemente para a recuperação de áreas degradadas e garantir incentivo para atividades que contribuam para a preservação ambiental conciliada ao resgate da dignidade humana da população local, incluindo o turismo ecológico, eventos e científico, e a indústria integrada do pescado, de frutas tropicais e de fármacos. Além disso, são imprencindíveis a proteção do aquífero S.A.G.A – Sistema Aquifero Grande Amazonia, que cobre 1,2 milhão de Km²), o inventário florestal (nunca feito por nenhum dos govenos nacionais) e a conscientização sobre a contribuição do regime de chuvas, garantido pela floresta por meio dos “rios voadores” , para o Centro-Oeste, Sul e Sudeste, indispensável para o agronegócio e para a produção de energia elétrica limpa e mais barata. Aliás, é hora de parte da imprensa nacional e de intelectuais brasileiros que criticam a renúncia fiscal do governo federal para a Amazônia reconhecer que os amazonidas são credores e não devedores, pois suas renúncias econômicas são dezenas de bilhões de dólares maiores do que a renúncia fiscal que beneficia aqueles estados. O mundo não pode mais adiar ações concretas para frear as mudanças climáticas. A COP 30 é, portanto, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada pelo Brasil para que a comunidade internacional seja sensibilizada sobre a questão do povo do Amazonas, caboclos, indígenas e ribeiros, principalmente, injustamente sacrificados por protegar a floresta que, mantida em pé, benefica o planeta inteiro. Representantes de mais de 190 países estarão com os pés na Amazônia. É a hora certa para que eles também voltem os olhos para a dignidade de seus habitantes. (Floresta em Pé – Responsabilidade Global, Custo Global) Samuel Hanan Samuel Hanan é engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br O recado que o Brasil precisa dar ao mundo na COP 30
- Steck celebra 50 anos de atuação no Brasil com legado de confiança e inovação
Marco histórico alcançado pela empresa reforça seus valores de segurança, proximidade e inovação Steck celebra 50 anos de atuação no Brasil com legado de confiança e inovação A Steck, referência em soluções elétricas e tecnológicas no Brasil e na América Latina, completa em 2025 cinco décadas de história. Desde a sua fundação, em 1975, a companhia segue a evolução de lares, empresas e indústrias fornecendo energia de forma segura e confiável. Com o conceito “Confiança e evolução que conectam gerações”, a marca celebra meio século reafirmando valores que orientam sua trajetória: qualidade, segurança, proximidade e respeito às pessoas. “Mais do que celebrar uma data, os 50 anos da Steck representam a continuidade de um propósito: estar presente na vida das pessoas conectando-as ao futuro de forma sustentável, segura e acessível, acompanhando a evolução das casas e das cidades ao longo das gerações”, afirma Fernando Moreira, Head de Marketing da Steck. A Steck iniciou sua atuação no mercado brasileiro com plugues e tomadas Schuko, expandiu seu portfólio ao longo do tempo e hoje conta com mais de 50 linhas de produtos em 11 soluções para os segmentos residencial, comercial e industrial. Presente em 18 países, a companhia possui duas fábricas no Brasil, localizadas em Guararema (SP) e Manaus (AM), além de três centros de distribuição na América Latina. Desde 2011, integra o Grupo Schneider Electric, o que fortalece sua capacidade de inovação e competitividade. Atualmente, reúne mais de 700 colaboradores dedicados ao desenvolvimento de soluções que interligam gerações. Para evidenciar a data, a Steck está lançando uma campanha institucional com presença em mídias digitais e pontos de venda, materiais institucionais, ações de endomarketing e ativações com clientes e parceiros estratégicos. A comunicação reforça o propósito da marca com a segurança das famílias e sua vocação em oferecer soluções que unem inovação e confiabilidade. Futuro da marca Signatária do Pacto Global da ONU, a Steck estabeleceu a meta de ser carbono zero até 2050. A companhia já registra avanços relevantes: 100% da energia elétrica consumida em suas fábricas é renovável, mais de 40% da receita provém de produtos com atributos sustentáveis. A diversidade e a inclusão são igualmente prioridades, com iniciativas para ampliar a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança e projetos de acessibilidade, como dispositivos de automação controlados por voz. “Celebrar 50 anos é olhar para trás com orgulho e para frente com responsabilidade. É a prova de que construímos uma história sólida baseada em confiança e proximidade, mas também um convite para prosseguirmos crescendo e inovando, sempre com sustentabilidade e segurança no centro de nossas escolhas”, diz Rogério Martello, CEO da Steck LATAM e VP de Home & Distribution da Schneider Electric na América do Sul. Com meio século de história, a Steck ressalta seu compromisso de ser uma empresa sólida no presente e preparada para o futuro, aproximando pessoas e gerações por meio da energia. Sobre a Steck Com 50 anos de história, a Steck é líder no fornecimento de soluções elétricas e tecnológicas e possui mais de 50 linhas de produtos. Investindo em inovação, tem diversificado seu portfólio apostando em conectividade, tecnologia e sustentabilidade, sempre oferecendo produtos de qualidade, acessíveis e sem complicação para os diversos usuários. A empresa está presente em 18 países da América Latina, com uma fábrica e um centro de distribuição em São Paulo, uma fábrica em Manaus, uma unidade na Argentina e uma na Colômbia. Saiba mais em nosso site . Steck celebra 50 anos de atuação no Brasil com legado de confiança e inovação
- Centro de Distribuição de Evreux da Schneider Electric é nomeado Sustainability Lighthouse pelo Fórum Econômico Mundial
Reconhecimento destaca o compromisso da companhia com a circularidade, a eficiência no uso de recursos e a inovação sustentável Centro de Distribuição de Evreux da Schneider Electric é nomeado Sustainability Lighthouse pelo Fórum Econômico Mundial Rueil-Malmaison, França, outubro de 2025 – A Schneider Electric , líder na transformação digital da gestão de energia e automação, anuncia que seu centro de distribuição em Evreux, na França, foi designado como Sustainability Lighthouse - indústria que utiliza tecnologias avançadas da Quarta Revolução Industrial, como inteligência artificial (IA) e automação, para otimizar a eficiência, diminuir o uso de recursos e aumentar a sustentabilidade, servindo de exemplo para outras no setor - pela Global Lighthouse Network do Fórum Econômico Mundial . Esse reconhecimento destaca o compromisso da Schneider Electric com a circularidade, a eficiência no uso de recursos e a inovação sustentável. A unidade da Evreux é o primeiro centro de distribuição circular da Schneider Electric, pioneiro em um modelo de ponta a ponta “use better, longer, and again” (“use melhor, por mais tempo e de novo”, na tradução livre do inglês), que possibilita a circularidade em escala. Em dois anos, o local reduziu o consumo de energia em 18% e cortou em 40% o uso de plástico descartável. Este é o sexto reconhecimento da Schneider Electric como Sustainability Lighthouse - o maior número já alcançado por uma empresa dentro da Global Lighthouse Network - reforçando sua liderança na transformação industrial sustentável. As inovações em sustentabilidade no local incluem: Uma plataforma digital para clientes realizarem pedidos e devoluções de mais de 3 ml tipos de produtos. Um modelo de dados que conecta produtos a centros de reparo, recondicionamento e reembalagem. Soluções circulares em embalagens, transporte e energia. EcoStruxure Resource Advisor e EcoStruxure Building Operation para monitoramento e gestão de energia. “ Este reconhecimento do Fórum reflete a dedicação de nossas equipes em incorporar a sustentabilidade em todos os aspectos de nossas operações ”, afirma Mourad Tamoud, Chief Supply Chain Officer da Schneider Electric. “ Em Evreux, reinventamos o papel de um centro de distribuição - não apenas como um polo logístico, mas como um catalisador da circularidade. Temos orgulho de fazer parte da Global Lighthouse Network e compartilhar nossos aprendizados com toda a indústria para um futuro mais sustentável e eficiente. ” A Global Lighthouse Network , iniciativa do Fórum Econômico Mundial cofundada com a McKinsey & Company, celebra unidades industriais que demonstram liderança em transformação digital e excelência operacional. A turma de 2025 inclui 12 novas instalações em sete países, com o centro de distribuição de Evreux da Schneider Electric reconhecido por suas conquistas em sustentabilidade. “ As organizações que moldarão o futuro são aquelas que impulsionam uma transformação holística hoje, incorporando inovação digital, resiliência, sustentabilidade, desenvolvimento de talentos e foco no cliente em tudo o que fazem ”, diz Kiva Allgood, Diretora Executiva e Chefe do Centro de Manufatura Avançada e Cadeias de Suprimentos do Fórum Econômico Mundial. “ Parabéns à nova turma de Lighthouses, que demonstra como empresas visionárias em diferentes setores e segmentos estão colocando essa visão em prática, estabelecendo um novo padrão global de excelência operacional e impacto. ” Esse reconhecimento reforça a liderança contínua da Schneider Electric em manufatura sustentável e transformação da cadeia de suprimentos, após conquistas anteriores como o reconhecimento da fábrica de Wuxi, na China. Programa Impact Supply Chain O centro de distribuição de Evreux reflete o programa de transformação Impact Supply Chain da Schneider Electric, que busca gerar impacto positivo tanto para os clientes quanto para o planeta. Seus principais pilares são:Pessoas – nossas equipes são capacitadas a inovar e gerar impacto positivo para os clientes todos os dias. Planeta – estamos construindo uma cadeia de suprimentos sustentável, responsável e preparada para o net zero. Clientes – estamos investindo em confiabilidade e qualidade líder de mercado para nossos clientes. Performance – impulsionamos o desempenho da cadeia de suprimentos por meio de tecnologia avançada, processos inteligentes e integrados, ecossistemas regionais e design colaborativo. Sobre a Schneider Electric Nosso propósito é criar impacto , capacitando todos para que aproveitem ao máximo nossa energia e recursos , unindo progresso e sustentabilidade. Na Schneider Electric, chamamos isso de “Life Is On” . Nossa missão é sermos o seu parceiro de confiança em sustentabilidade e eficiência . Somos líderes globais em tecnologia industrial , levando expertise e know-how em eletrificação, automação e digitalização para indústrias inteligentes, além de infraestruturas resilientes, data centers preparados para o futuro, edifícios inteligentes e residências intuitivas. Com base em nossa ampla experiência no mercado, fornecemos soluções integradas de internet das coisas (IoT) industrial com inteligência artificial (IA), cobrindo todo o ciclo de vida, assim como automação, software e serviços conectados, entregando gêmeos digitais (digital twins) para permitir o crescimento lucrativo para nossos clientes . Somos uma empresa de pessoas com um ecossistema de 150 mil colaboradores e mais de um milhão de parceiros que operam em mais de 100 países para garantir a proximidade com os nossos clientes e partes interessadas. Abraçamos a diversidade e a inclusão em tudo o que fazemos, guiados pelo nosso propósito significativo de um futuro sustentável para todos . Centro de Distribuição de Evreux da Schneider Electric é nomeado Sustainability Lighthouse pelo Fórum Econômico Mundial
- Enel leva caso à Justiça e questiona conduta de diretor da Aneel
Empresa italiana acusa Fernando Mosna de parcialidade e quebra de sigilo em processos regulatórios envolvendo o grupo Enel leva caso à Justiça e questiona conduta de diretor da Aneel A Enel, gigante italiana do setor de energia, acionou a Justiça contra o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Fernando Mosna, alegando conduta parcial em decisões que envolvem os interesses da companhia. Segundo a ação, o executivo teria violado o dever de sigilo em processos regulatórios, prejudicando a transparência esperada de um agente público. A disputa ganhou contornos delicados no setor elétrico brasileiro, já que a Aneel é responsável por regular o mercado e garantir igualdade de tratamento entre as distribuidoras e concessionárias. A Enel afirma que a atuação do diretor comprometeu a imparcialidade necessária, abrindo dois processos judiciais distintos para resguardar seus direitos. Procurada, a Aneel afirmou que não comenta casos judiciais em andamento, mas ressaltou que todos os seus diretores seguem rigorosamente os princípios de ética e transparência. Especialistas do setor observam que esse tipo de conflito pode gerar precedentes importantes sobre a relação entre agências reguladoras e empresas privadas no Brasil. A Enel, por sua vez, reforça que a medida judicial não visa contestar a regulação em si, mas garantir que os processos sejam conduzidos de maneira justa e em conformidade com a lei, evitando prejuízos à empresa e, consequentemente, aos consumidores. Enel leva caso à Justiça e questiona conduta de diretor da Aneel
- Springfield acelera rumo à mobilidade elétrica com novo investimento em infraestrutura de recarga
A cidade de Springfield, capital de Illinois, está dando um passo importante em direção à eletromobilidade. Um total de 40 novos pontos públicos de recarga para veículos elétricos será instalado nos próximos meses, fortalecendo a rede de infraestrutura da cidade e incentivando o uso de carros zero emissão. Springfield acelera rumo à mobilidade elétrica com novo investimento em infraestrutura de recarga O projeto é resultado de um investimento de US$ 629 mil do Programa de Carregamento Comunitário de Illinois , destinado à ampliação do acesso a estações públicas de recarga. A iniciativa será conduzida pela City Water, Light and Power (CWLP) — concessionária municipal responsável pelo fornecimento de energia elétrica —, que ficará também com a gestão dos novos equipamentos. Segundo a CWLP, o plano é apenas o começo de uma expansão contínua da infraestrutura para veículos elétricos em Springfield. Atualmente, a cidade conta com aproximadamente 190 estações de carregamento , das quais 16 são gratuitas e cerca de 40 oferecem recarga rápida , conforme dados do PlugShare. Embora o número de novas instalações possa parecer modesto, especialistas apontam que cada nova estação tem impacto direto na redução da “ansiedade de autonomia” , um dos principais obstáculos à adoção de veículos elétricos. A tendência é nacional: somente no terceiro trimestre de 2025 , mais de 780 estações públicas de alta velocidade foram inauguradas nos Estados Unidos — o maior crescimento já registrado, segundo o Departamento de Energia norte-americano. Além de atender aos moradores locais, a nova rede de recarga beneficiará o turismo — um dos pilares econômicos de Springfield. Em 2023, o setor movimentou US$ 536 milhões , gerando 3.500 empregos e US$ 20 milhões em arrecadação tributária local , de acordo com o órgão oficial Visit Springfield . Com mais turistas viajando em veículos elétricos, a cidade reforça sua atratividade ao adotar uma postura sustentável e moderna. Com pouco mais de 114 mil habitantes , Springfield une tradição e inovação. Conhecida por seus marcos históricos ligados a Abraham Lincoln, a cidade se posiciona agora como um exemplo regional na transição energética , integrando mobilidade limpa, desenvolvimento urbano e políticas públicas de baixo carbono. Springfield acelera rumo à mobilidade elétrica com novo investimento em infraestrutura de recarga
- O AVANÇO SILENCIOSO DAS CONCESSIONÁRIAS E O RISCO À LIVRE CONCORRÊNCIA NO SETOR ELÉTRICO
Por Arthur Oliveira As principais concessionárias de energia no Brasil, como Neoenergia, Equatorial e Enel, possuem contratos sólidos que lhes garantem receitas estáveis e previsíveis, tornando o setor elétrico um dos investimentos mais atrativos e seguros do país. Além dessa base regulatória robusta, essas empresas expandiram sua atuação para novas frentes, como a comercialização atacadista de energia e a geração distribuída (GD), frequentemente se beneficiando de informações privilegiadas e da base de dados de clientes que detêm por serem distribuidoras reguladas. Tal prática levanta sérias preocupações concorrenciais e questiona o tratamento isonômico entre os diversos agentes que operam no mercado livre. O AVANÇO SILENCIOSO DAS CONCESSIONÁRIAS E O RISCO À LIVRE CONCORRÊNCIA NO SETOR ELÉTRICO A acumulação dessas atividades — distribuição, comercialização e GD — nas mãos dos mesmos agentes amplia o poder das concessionárias, que passam a alavancar sua infraestrutura, influência regulatória e acesso a dados de consumidores para consolidar posições dominantes nos novos segmentos. Esse fenômeno cria barreiras de entrada para comercializadoras independentes e restringe o potencial de competição real no setor elétrico, provocando desequilíbrios de mercado. Além de se sentir acoado com “imposições de facilidades ao migrar conosco psra o ACL”, o consumidor acaba pagando mais caro por essa “parceria vantajosa”. Pesquisas recentes sobre geração distribuída indicam que o crescimento desordenado do segmento e a ausência de sinais tarifários adequados agravam problemas sistêmicos e perpetuam subsídios cruzados, onerando os consumidores cativos e favorecendo grandes grupos empresariais. Investir nas empresas do setor elétrico brasileiro, especialmente nas distribuidoras que também atuam como comercializadoras e geradoras, continua sendo uma das estratégias mais rentáveis da Bolsa em 2025. A regulação garante estabilidade de fluxo de caixa, e campanhas de lobby bem articuladas permitem que essas companhias influenciem medidas provisórias e emendas legislativas para manter privilégios e expandir suas fronteiras de atuação. O desempenho das ações é impulsionado por uma combinação de previsibilidade regulatória, elevado endividamento do setor e aumento projetado das tarifas, que crescem consistentemente acima da inflação — fatores que consolidam a rentabilidade e o poder dessas empresas. Nesse contexto, a MP 1304/2025 surge como um ponto de inflexão, trazendo emendas que buscam restabelecer o equilíbrio competitivo do setor. A Emenda nº 1, proposta pelo senador Mecias de Jesus, visa limitar a verticalização das concessionárias, impondo restrições ao duplo papel de distribuidora e comercializadora para conter abusos de poder econômico e ampliar a competição. Já a Emenda nº 36, do deputado João Carlos Bacelar, propõe suprimir o artigo que autoriza a comercialização pelas concessionárias, abrindo espaço para geradores independentes e autoprodutores. Ambas as emendas buscam reduzir a concentração de mercado, proteger o consumidor e fortalecer o desenvolvimento sustentável do setor. A atuação ampla das concessionárias como distribuidoras, comercializadoras e geradoras oferece ganhos institucionais e econômicos inegáveis, mas acarreta sérios problemas concorrenciais e de eficiência. A adoção das Emendas nº 1 e nº 36 representa um passo essencial para conter abusos, restabelecer a isonomia entre agentes e promover um ambiente de maior transparência, inovação e competitividade. O futuro do mercado elétrico brasileiro depende de um marco regulatório que priorize o equilíbrio e a diversidade de participantes — não a consolidação de poder nas mãos de poucos grupos dominantes. O AVANÇO SILENCIOSO DAS CONCESSIONÁRIAS E O RISCO À LIVRE CONCORRÊNCIA NO SETOR ELÉTRICO
- Brasil acelera rumo à nova era da energia: evento em Porto Alegre discute inovação, digitalização e sustentabilidade
Matéria jornalística – EnergyChannel Brasil acelera rumo à nova era da energia: evento em Porto Alegre discute inovação, digitalização e sustentabilidade O Brasil está entrando em uma nova fase de sua transição energética e os próximos passos desse processo serão debatidos em um encontro que promete reunir especialistas, empreendedores e profissionais do setor no Tecnopuc, em Porto Alegre, no dia 28 de outubro . O evento, conduzido pelo Diretor Executivo da Noale Energia, Frederico Boschin , propõe um mergulho nas principais transformações que estão redesenhando o mercado elétrico brasileiro. Em pauta estarão as novas fronteiras da energia limpa , a digitalização do sistema elétrico , o avanço das smart grids , a mobilidade elétrica e o papel estratégico do armazenamento de energia na consolidação de um modelo mais inteligente e sustentável. “Estamos vivendo uma transição acelerada, em que a inovação tecnológica e as novas formas de consumo estão mudando completamente a lógica do setor. Esse é o momento de pensar o futuro da energia com visão integrada e colaborativa”, destaca Boschin. Entre os temas em debate, estão: Tendências e panorama do setor energético nacional Gargalos e oportunidades de mercado O impacto da digitalização e da mobilidade elétrica Novas soluções de armazenamento e gestão inteligente de energia Com uma programação que vai das 8h às 12h , o encontro pretende conectar profissionais e lideranças de diferentes áreas em torno de um mesmo propósito: acelerar a transição para um sistema elétrico mais eficiente, sustentável e preparado para os desafios do futuro . O evento será realizado no Espaço Multiuso 204 do Prédio 99A, no Tecnopuc , um dos principais polos de inovação do país. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas neste link . EnergyChannel – Jornalismo que conecta inovação, energia e futuro. Brasil acelera rumo à nova era da energia: evento em Porto Alegre discute inovação, digitalização e sustentabilidade
- Califórnia endurece regras de segurança para megabaterias e redefine padrões do setor de energia
Matéria EnergyChannel: Califórnia endurece regras de segurança para megabaterias e redefine padrões do setor de energia A Califórnia está dando um novo passo para garantir que o rápido avanço das baterias em larga escala essenciais para armazenar energia solar e eólica aconteça de forma mais segura e confiável. O estado norte-americano acaba de aprovar uma nova legislação que estabelece regras mais rígidas de segurança para os sistemas de armazenamento de energia conectados à rede elétrica. A medida surge após o incêndio registrado em Moss Landing, um dos maiores complexos de baterias do mundo, que levantou preocupações sobre o risco de acidentes em instalações desse porte. O episódio serviu de alerta para autoridades e empresas do setor, impulsionando um debate nacional sobre a necessidade de normas mais robustas. Pelas novas diretrizes, as companhias responsáveis pela operação e manutenção desses sistemas deverão adotar padrões avançados de monitoramento térmico, planos de resposta emergencial detalhados e relatórios públicos de segurança. Além disso, haverá maior integração entre os operadores de rede, bombeiros e órgãos ambientais para prevenção de incidentes. Especialistas acreditam que a iniciativa pode influenciar outros estados e até países a revisarem suas políticas de segurança em projetos de armazenamento energético um segmento que cresce rapidamente com a transição para fontes renováveis. “A Califórnia está novamente na vanguarda. Essa legislação não freia o avanço das baterias, mas garante que ele ocorra com responsabilidade e transparência”, afirma um analista ouvido pelo EnergyChannel . Com investimentos bilionários em novas usinas de armazenamento, o setor aposta que a padronização das exigências também trará mais confiança ao público e aos investidores. O estado, que pretende operar 100% com energia limpa até 2045, vê nas megabaterias um pilar fundamental para atingir essa meta agora com mais segurança e controle. Califórnia endurece regras de segurança para megabaterias e redefine padrões do setor de energia
- JPMorgan Chase e Carbon Direct lançam modelo global para unir biodiversidade e créditos de carbono
Nova estrutura propõe padrões científicos para medir e integrar resultados ambientais e de biodiversidade em projetos de remoção de carbono, trazendo mais transparência ao mercado voluntário de carbono. JPMorgan Chase e Carbon Direct lançam modelo global para unir biodiversidade e créditos de carbono Por Redação EnergyChannel O mercado voluntário de carbono vive um momento decisivo. À medida que cresce a demanda global por créditos de carbono com benefícios reais para a natureza, a falta de padronização e métricas confiáveis ainda representa um grande desafio. Pensando nisso, o JPMorgan Chase e a Carbon Direct divulgaram um novo whitepaper que propõe um modelo de referência global para unir as metas de redução de carbono e proteção da biodiversidade em uma única estrutura científica e verificável. O estudo, intitulado “Otimizando a Biodiversidade com Projetos Baseados na Natureza no Mercado Voluntário de Carbono: Princípios para Buscar Resultados Duplos” , define seis princípios orientadores que ajudam investidores, desenvolvedores e empresas a desenhar projetos com resultados ambientais mensuráveis. A proposta é que esses princípios sirvam como base para padronizar os chamados “projetos de resultados duplos” iniciativas que, ao mesmo tempo, sequestram carbono e promovem ganhos concretos de biodiversidade. Segundo a análise apresentada no documento, foram avaliados 1.639 projetos de mercado voluntário de carbono (VCM) em diferentes regiões do mundo. O resultado mostra que a integração da biodiversidade ainda ocorre de forma inconsistente, com lacunas significativas em medição, relatórios e verificação. A nova estrutura busca justamente corrigir essa disparidade, trazendo mais rigor científico e credibilidade ao setor. Para o JPMorgan Chase, a transparência é essencial para destravar novos fluxos de financiamento climático. Ao padronizar a forma como os impactos positivos são relatados, espera-se que investidores possam ampliar com mais segurança o apoio a projetos baseados na natureza, promovendo uma nova fase de crescimento sustentável para o mercado de carbono. De acordo com especialistas, a consolidação de metodologias robustas é fundamental para garantir que os créditos de carbono sejam realmente “positivos para a natureza” ou seja, que contribuam não apenas para a neutralização de emissões, mas também para a restauração de ecossistemas e o fortalecimento da vida selvagem. Com a iniciativa, o JPMorgan Chase e a Carbon Direct pretendem impulsionar um novo padrão de qualidade no mercado global, em que cada crédito de carbono também represente um passo concreto na preservação da biodiversidade planetária. JPMorgan Chase e Carbon Direct lançam modelo global para unir biodiversidade e créditos de carbono
- ABREN anuncia a chegada da EKW do Brasil como nova associada
Com sede em Pomerode (SC), o grupo atua na fabricação de produtos refratários e oferece soluções técnicas para aplicações de alta temperatura nas indústrias de aço, fundição, térmico, cimento, vidro e petroquímica, entre outros setores ABREN anuncia a chegada da EKW do Brasil como nova associada Brasília (DF), 20 de outubro de 2025 – A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) anuncia a chegada da EKW do Brasil Produtos Refratários como nova associada. Com sede em Pomerode (SC), o grupo atua na fabricação de produtos refratários e oferece soluções técnicas para aplicações de alta temperatura nas indústrias de aço, fundição, térmico, cimento, vidro e petroquímica, entre outros setores. A empresa foi criada no Brasil em julho de 2002, a partir de uma união da EKW GmbH (Alemanha) e da Cerâmica Ziegler (Brasil). A EKW Brasil conta atualmente com um campo fabril e administrativo de cerca de 12mil m². A fábrica possui fornos intermitentes e equipamentos modernos de alta produtividade, com capacidade de produção mensal de 1500 toneladas. Ao todo, são mais de 120 colaboradores envolvidos. Segundo Yuri Schmikte , presidente da ABREN , “ a chegada da EKW Brasil fortalece ainda mais o compromisso da ABREN com a sustentabilidade. Com um portfólio robusto de investimentos e atuação estratégica em diferentes frentes, a EKW traz experiência, inovação e uma visão alinhada à nossa ”. Para Jair Pieritz , CEO da EKW Brasil , “ o ingresso da EKW na ABREN reforça nossa trajetória de 23 anos no mercado brasileiro, sempre guiada por produto, tecnologia e pessoas. Com o suporte de nossa matriz na Alemanha que carrega 122 anos de tradição e inovação contínua seguimos fornecendo refratários de alta qualidade e performance comprovada. Acreditamos que essa parceria fortalece nosso propósito de agregar valor ao setor e de construir relações de longo prazo, baseadas em confiança, desempenho e excelência ”. De acordo com Arthur Correia , Controller da EKW Brasil , “ a EKW é comprometida com a sustentabilidade, e reconhece na recuperação energética uma solução inteligente para o futuro. Acreditamos que o ingresso da EKW na ABREN nos posiciona como parceiros estratégicos em soluções refratárias para os pioneiros desse setor. Nosso propósito é contribuir ativamente para o desenvolvimento da recuperação energética no Brasil e fortalecer parcerias alinhadas à nossa missão e aos nossos valores”. A EKW Brasil tem como missão fornecer soluções técnicas em refratários, que contribuam para relações duradouras com ganhos para ambas as partes. Como visão, a companhia almeja estar entre as 5 principais empresas de excelência, no fornecimento de produtos refratários e serviços nos mercados em que atuam. Para saber mais sobre a EKW Brasil, confira o site institucional do grupo. Sobre a ABREN: A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil. A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site , Linkedin , Facebook , Instagram e YouTube da associação. ABREN anuncia a chegada da EKW do Brasil como nova associada
- Crise silenciosa em Dublin: escritórios modernos viram dor de cabeça para grandes gestoras globais
Após o boom do setor tecnológico e a euforia dos investimentos pós-pandemia, o mercado corporativo de Dublin enfrenta uma das maiores taxas de vacância da Europa e grandes player's financeiros agora contabilizam prejuízos milionários. Crise silenciosa em Dublin: escritórios modernos viram dor de cabeça para grandes gestoras globais Durante anos, Dublin foi vista como uma das cidades mais promissoras da Europa para investimentos imobiliários corporativos. Sede europeia de gigantes da tecnologia e impulsionada pelo crescimento econômico irlandês, a capital chegou a ser considerada o “novo polo financeiro do Velho Continente”. Hoje, no entanto, o cenário é bem diferente. O que antes era um mercado aquecido por startups e multinacionais do setor digital agora se tornou um desafio para investidores e fundos imobiliários. Segundo dados de consultorias locais, a taxa de vacância dos escritórios na capital irlandesa já figura entre as mais altas da Europa, reflexo direto do modelo de trabalho híbrido e das reestruturações em massa nas empresas de tecnologia um dos motores da economia local. Empresas globais como Blackstone , Brookfield e Henderson Park , que apostaram pesado em edifícios corporativos de alto padrão, agora se veem obrigadas a renegociar contratos, vender ativos e registrar perdas contábeis expressivas. A retração não apenas derrubou o valor de mercado de muitos imóveis, mas também colocou em xeque a atratividade de Dublin como destino seguro para capital imobiliário estrangeiro. Nos últimos dois anos, a cidade tem convivido com um cenário de “superoferta”: prédios modernos, sustentáveis e estrategicamente localizados permanecem com andares vazios, mesmo com descontos nos aluguéis. O fenômeno reflete uma mudança estrutural no comportamento das empresas, que reduzem espaços físicos e priorizam flexibilidade, inovação e eficiência energética. Para os analistas, a situação de Dublin é um retrato de um movimento mais amplo no setor imobiliário corporativo europeu. Grandes metrópoles que apostaram em um crescimento acelerado durante a década passada muitas vezes apoiadas pelo setor tecnológico — agora enfrentam o desafio de adaptar seus espaços e modelos de negócio a uma nova realidade pós-pandemia. Enquanto isso, os investidores tentam se reposicionar. O foco agora recai sobre projetos que unam sustentabilidade, energia eficiente e uso flexível dos ambientes corporativos , áreas vistas como essenciais para revitalizar o mercado e atender às novas exigências do mundo do trabalho. Crise silenciosa em Dublin: escritórios modernos viram dor de cabeça para grandes gestoras globais
- Espanha dá salto na transição energética com megaprojeto de hidrogênio verde da Repsol em Cartagena
Com investimento superior a €300 milhões e apoio da União Europeia, a nova planta da Repsol e Enagás Renovable marca um passo decisivo rumo à descarbonização da indústria espanhola. Espanha dá salto na transição energética com megaprojeto de hidrogênio verde da Repsol em Cartagena A transição energética na Europa acaba de ganhar um novo impulso. A Repsol e a Enagás Renovable confirmaram o início da construção de um dos maiores eletrolisadores de hidrogênio verde da Espanha um sistema de 100 megawatts que será instalado na refinaria de Cartagena, na região de Múrcia. O empreendimento, aprovado no início de outubro, representa um marco no avanço da economia de hidrogênio na Península Ibérica. O projeto, que conta com um aporte de €155 milhões em recursos públicos provenientes do Instituto para a Diversificação e Poupança de Energia (IDAE) e do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência da Espanha , foi reconhecido pela Comissão Europeia como um IPCEI (Importante Projeto de Interesse Europeu Comum) selo reservado a iniciativas estratégicas de impacto continental. Hidrogênio verde em escala industrial Com previsão de início de operação em 2029 , o eletrolisador produzirá 15 mil toneladas anuais de hidrogênio verde , utilizando eletrólise alimentada por fontes renováveis especialmente energia solar e eólica da própria região de Múrcia. Essa produção substituirá o hidrogênio cinza atualmente empregado nos processos da refinaria, reduzindo emissões e dependência de combustíveis fósseis. Estima-se que a planta evite a emissão de 167 mil toneladas de CO₂ por ano , o equivalente a dois terços das emissões de toda a frota de veículos elétricos espanhola em 2024. Durante as obras e a fase inicial de comissionamento, o projeto deverá gerar cerca de 900 empregos diretos e indiretos , impulsionando a economia local e fortalecendo a cadeia de fornecimento regional. Repsol e Enagás: união pela descarbonização A Repsol deterá 75% de participação na nova planta, com a Enagás Renovable responsável pelos 25% restantes . A parceria combina a experiência industrial da Repsol líder na produção de hidrogênio na Espanha com o conhecimento técnico da Enagás em infraestrutura de gás renovável, acumulado em mais de 20 projetos do gênero. Para a Repsol, o projeto simboliza uma mudança estrutural no modelo energético : de produtora de hidrogênio fóssil para referência europeia em hidrogênio limpo . Já a Enagás reforça seu papel como operadora de referência no desenvolvimento do corredor espanhol de hidrogênio verde , que integrará o país às futuras rotas de exportação de energia sustentável da União Europeia. Impacto estratégico e regional Mais do que uma iniciativa isolada, o eletrolisador de Cartagena é um pilar do Vale do Hidrogênio de Múrcia , que busca transformar a região em um hub de tecnologia limpa e inovação energética . O investimento total ultrapassa €300 milhões e integra o roteiro espanhol de hidrogênio , que prevê 4 GW de capacidade instalada até 2030 e ao menos 25% de participação do hidrogênio renovável nos processos industriais do país. Além de atender às operações da refinaria, a produção poderá futuramente ser injetada no sistema nacional de gás e no Hydrogen Backbone espanhol , ampliando o uso do hidrogênio verde em transporte, geração de energia e na indústria química. Um novo marco para a Europa do hidrogênio Apesar dos desafios como a necessidade de ampliar a oferta de energia renovável e definir políticas tarifárias adequadas, o projeto de Cartagena é visto como um modelo de integração entre indústria, inovação e sustentabilidade . A Repsol e a Enagás mostram que a transição energética não é apenas uma meta ambiental , mas também uma oportunidade econômica e tecnológica para o continente. Ao unir infraestrutura robusta, investimento público e visão estratégica, a Espanha se posiciona entre os principais polos de hidrogênio verde da Europa , consolidando sua liderança em energia limpa e inovação industrial. Espanha dá salto na transição energética com megaprojeto de hidrogênio verde da Repsol em Cartagena












