Publicidade
Resultados da busca
2434 resultados encontrados com uma busca vazia
- Inscrições abertas para o MBA em Redes de Distribuição de Energia Elétrica FDTE - POLI USP
A Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, vinculada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - USP, tem o prazer de anunciar o lançamento de seu programa de MBA em Redes de Distribuição de Energia Elétrica. Este curso foi criado para atender às crescentes demandas do setor elétrico por profissionais altamente qualificados, em uma área marcada por rápidas e significativas transformações nos últimos anos. Com a revolução tecnológica remodelando as redes de distribuição de energia, o conhecimento avançado em smart grids e a expertise em novas tecnologias e sistemas, como inteligência artificial e machine learning, tornaram-se indispensáveis para o desenvolvimento profissional no campo. Além disso, o curso oferece formação em aspectos financeiros e gestão de processos em projetos de redes, proporcionando uma visão abrangente das principais questões do setor. Objetivo Central O programa visa preparar profissionais do setor de Sistemas Elétricos de Potência e áreas correlatas, com especial atenção às Redes de Distribuição de Energia Elétrica, fornecendo as habilidades necessárias para alcançar a excelência em planejamento, operação, manutenção e gerenciamento de projetos. Por meio de uma abordagem abrangente que engloba desde a modelagem e simulação de sistemas elétricos até análises financeiras de projetos, o curso prepara os alunos para assumir liderança e desempenhar funções relevantes na era das redes elétricas inteligentes, contribuindo para o desenvolvimento urbano sustentável. Para Quem É Este Curso? Este MBA destina-se a profissionais com graduação completa que estejam interessados em aprofundar seus conhecimentos nas áreas técnica, científica e administrativo-financeira de Sistemas de Distribuição de Energia. Representa uma oportunidade única para aqueles que buscam se destacar em um campo em constante evolução. Detalhes do Curso Período de Inscrição : 20/02 a 19/07/2024 Modalidade: À distância, com aulas ao vivo via plataforma Meet Carga Horária: 492 horas Início: 05/08/2024, às terças e quintas-feiras, das 19h30 às 22h30 Investimento: R$ 30.000,00 ou 24 parcelas mensais de R$ 1.250,00* Certificação: Diploma da Universidade de São Paulo Disciplinas Oferecidas O currículo abrange desde Análise de Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica até Regulação e Mercado de Energia Elétrica, incluindo módulos especializados em Geração Distribuída, Veículos Elétricos, Armazenamento de Energia e Smart Grids, entre outros. Formato Interativo e Flexível Reconhecendo a importância da flexibilidade para profissionais em atividade, as aulas serão transmitidas ao vivo, permitindo interações em tempo real com os instrutores. As sessões serão gravadas, assegurando que os alunos possam acessá-las posteriormente, conforme sua conveniência. Nota Importante A FDTE - Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia ressalta que se reserva o direito de alterações relativas à realização do curso. Não perca a chance de se posicionar na vanguarda do setor elétrico. Para mais informações e inscrições, contate-nos através do e-mail admcursos@fdte.org.br . Prepare-se para ser parte da próxima geração de líderes em energia elétrica com o MBA em Redes de Distribuição de Energia Elétrica da POLI USP. Faça sua inscrição: http://www-fdte-org-br-1.rds.land/mba-em-redes-de-distribuicao-de-energia-eletrica
- ABREN participa de reuniões do G20 sobre desenvolvimento sustentável em Manaus
O presidente da associação, Yuri Schmitke, participou nesta quarta-feira (19) de painel sobre potenciais contribuições do campo religioso para a promoção da agenda ambiental, especialmente no contexto urbano; Na terça-feira (18), o representante da ABREN acompanhou as discussões sobre os desafios e oportunidades do mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Manaus, 20 de junho de 2024 - A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) participou nesta semana de dois eventos do G20, grupo com as maiores economias do mundo, realizados em Manaus (AM), com foco no desenvolvimento sustentável do Brasil. A associação integrou discussões acerca da agenda ambiental do País. Nesta quarta-feira (19), o presidente da ABREN, Yuri Schmitke, participou do Ciclo de Reuniões do Fórum Inter-Religioso do G20. O executivo integrou o painel “Meio Ambiente Urbano, Desenvolvimento Sustentável e Religião” e abordou as potenciais contribuições do campo religioso para a promoção da agenda ambiental, especialmente no contexto urbano. O painel abordou, entre outros pontos, soluções sustentáveis para o futuro do planeta. De acordo com Schmitke, “o meio ambiente é uma pauta transversal que precisa ser discutida em todas as esferas, inclusive com as lideranças religiosas”. O presidente da ABREN destacou o potencial de investimentos de R$ 180 bilhões em recuperação energética no Brasil e a necessidade urgente em desviar resíduos de aterros sanitários e lixões. “O custo evitado da recuperação energética totalizaria R$ 220 bilhões na saúde pública e no meio ambiente, caso os investimentos sejam realizados, isso sem contar a redução de 86 milhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano. Segundo o 5º Relatório do IPCC, a recuperação energética (combustão ao invés de aterro) reduz em 8 vezes as emissões de gases de efeito estufa do setor de resíduos, sendo a solução mais eficaz para o combate ao aquecimento global”, explicou Schmitke. Além do presidente da ABREN, o debate contou com as participações de Adalberto Felício Maluf Filho , Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), Tacius Fernandes da Silva , Chefe de Assessoria da Assessoria de Participação Social e Diversidade (ASPAD) do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Diana Gerson , Assessora Sênior para Parcerias e Relações Externas, Aliança Inter-religiosa para Comunidades Seguras, e Pieter François , Professor Associado em Evolução Cultural da Universidade de Oxford; Fellow em Antropologia de St. Benet’s Hall; Diretor Adjunto e Pesquisador Sênior do Centro de Estudos de Coesão Social; e Diretor Fundador do Projeto Seshat: Banco de Dados de História Global. Participaram, ainda, Katherine Marshall , Vice-Presidente do Fórum Inter-religioso do G20; Pesquisadora Sênior, Berkley Center for Religion, Peace, and World Affairs, Universidade de Georgetown; Diretora Executiva, World Faiths Development Dialogue, Rodrigo Vitorino Souza Alves , Presidente do Comitê Organizador Local do Fórum Inter-religioso do G20 – IF20Brasil 2024; Líder do Centro Brasileiro de Estudos de Direito e Religião; Professor de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, Anna Santos (Mãe Ana d'Oya), Ialaorixa e Empresária, e Marianna Richardson , Diretora de Comunicações do Fórum Inter-religioso do G20. GT Sustentabilidade Ambiental e Climática Na terça-feira (18), o presidente da ABREN acompanhou as discussões sobre os desafios e oportunidades do mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), uma abordagem que reconhece o valor econômico dos serviços que a natureza presta à sociedade, como a purificação da água, o sequestro de carbono e a conservação da biodiversidade Realizado no formato de workshop, o debate abordou os desafios e oportunidades para implementar programas de PSA em escala, impulsionando o financiamento climático para conservação ambiental, promovendo a troca de conhecimento e reforçando políticas públicas e parcerias estratégicas nessa temática. Segundo Yuri Schmitke, “a recuperação energética deveria ser incluída na regulamentação do mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais na forma de títulos verdes ( green bonds) . A despeito de termos uma legislação que prevê os títulos verdes e critérios de elegibilidade para o waste-to-energy (recuperação energética por combustão) definidos pela Climate Bonds Initiative (CBI), não temos visto iniciativas na regulamentação para precificar os benefícios socioambientais do saneamento energético no Brasil, que se caracteriza pelo desvio de resíduos sólidos urbanos de aterros sanitários por meio da reciclagem, compostagem e tratamento térmico”. O fórum, que faz parte do grupo de trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20, foi organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Instituto Clima e Sociedade (iCS), The Nature Conservancy (TNC) Brasil e Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Sobre a ABREN: A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil. A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site, Linkedin, Facebook, Instagram e YouTube da associação.
- Renovação das Concessões de Distribuidoras de Energia Elétrica no Brasil
O governo federal anunciou recentemente a renovação antecipada de 20 concessões de distribuidoras de energia elétrica, cujos contratos vencem entre 2025 e 2031. Essas diretrizes visam garantir a melhoria dos serviços prestados à população e promover investimentos no setor . Abaixo estão os principais aspectos dessa renovação: Critérios para Renovação: A renovação é permitida se as empresas atenderem a dois critérios: Qualidade da Prestação de Serviços aos Consumidores: As distribuidoras devem manter um alto padrão de qualidade no fornecimento de energia. Sustentabilidade Econômico-Financeira: Devem ter condições econômicas para manter os serviços de distribuição. Limitação de Dividendos: Empresas que descumprirem critérios técnicos e econômicos na prestação do serviço terão limitação de distribuição de dividendos em 25% (mínimo legal). Essa medida visa equilibrar o retorno aos acionistas com a necessidade de investimentos. Índice de Satisfação do Consumidor: O índice de satisfação dos consumidores será um indicador avaliado pela Agência Nacional de Distribuição de Energia (Aneel). Pesquisas de satisfação junto aos clientes serão consideradas na avaliação. Outras Diretrizes: Melhoria do nível de qualidade do serviço. Estabelecimento de metas claras para recomposição após eventos climáticos extremos. Comprovação anual da saúde financeira das distribuidoras. Apresentação de planos de investimento anuais, fiscalizados pela Aneel. Com a antecipação da renovação, o governo busca implementar critérios mais rígidos para a extensão das concessões, garantindo um serviço de qualidade e investimentos no setor elétrico. Acompanharemos de perto como essas diretrizes impactarão o setor nos próximos anos.
- 🚨 Hoje é o grande dia: o 8º Energy Advisor Day! 🚨
🚨 Hoje é o grande dia: o 8º Energy Advisor Day! 🚨 O tempo para se inscrever está acabando! Não perca esse evento incrível, repleto de insights valiosos sobre o futuro do setor de energia. Ainda dá tempo de garantir sua participação e aproveitar tudo o que preparamos para você. Não deixe para depois, garanta sua vaga agora mesmo e junte-se a nós! 🔗 https://forms.office.com/r/KKN7GkREad
- Aprovado marco legal para a produção do hidrogênio de baixo carbonoFonte: Agência Senado
O Plenário do Senado aprovou, com alterações, o projeto de lei da Câmara que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor (PL 2.308/2023). Ficaram pendentes de votação emendas de senadores destacadas para votação em separado que serão apreciadas em sessão ainda a ser definida. Depois de finalizada a votação, a matéria terá que retornar para nova análise da Câmara dos Deputados. O projeto define regras e benefícios para estimular a indústria de hidrogênio combustível no Brasil. O objetivo é contribuir para descarbonizar a matriz energética brasileira. O PL 2.308/2023 cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, que compreende o Programa Nacional do Hidrogênio; o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC); o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio; e o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro). O relator foi o senador Otto Alencar (PSD-BA), que promoveu mudanças no texto original e acatou emendas ao projeto. Segundo o texto aprovado, será incentivada a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono, inclusive o obtido a partir de fontes renováveis, como o produzido a partir de biomassas, etanol e outros biocombustíveis, e o hidrogênio eletrolítico, produzido por eletrólise da água, usando energias renováveis, tais como solar, eólica, hidráulica, biomassa, etanol, biogás, biometano, gases de aterro, geotérmica “e outras a serem definidas pelo poder público”. — Sobre essa matéria, que eu julgo de grande importância para o país, nessa transição energética, o Brasil ainda não tem a regulamentação, o marco regulatório. Eu acredito que o Senado aprovando, que a Câmara aprovando, nós vamos ter condição de iniciar no país uma nova planta de produção de energia limpa a mais, porque nós já temos — disse Otto. De acordo com o texto aprovado, os incentivos creditícios e tributários do Rehidro terão vigência de cinco anos, com metas e objetivos e acompanhamento do poder público. O Rehidro suspenderá a incidência do PIS/Pasep e da Cofins, inclusive os de importação, sobre a compra de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, estoques e de materiais de construção feita pelos produtores de hidrogênio de baixa emissão de carbono habilitados. Além das empresas produtoras de hidrogênio de baixo carbono, poderão participar do Rehidro aquelas que atuarem no transporte, distribuição, acondicionamento, armazenamento ou comercialização do produto. Também serão beneficiadas as que produzirem biogás e energia elétrica a partir de fonte renovável destinados à produção de hidrogênio. Regulamento do Executivo terá que estabelecer requisitos para a entrada no Rehidro, como investimento mínimo em pesquisa, desenvolvimento e inovação e percentual mínimo de bens e serviços de origem nacional no processo produtivo, exceto em casos de inexistência de equivalente nacional ou a quantidade produzida for insuficiente para atendimento da demanda interna. Debêntures As empresas beneficiadas pelo Rehidro poderão emitir debêntures sujeitas a tributação menor, as chamadas debêntures incentivadas, o que as torna mais atrativas para os investidores. Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais como forma de captar recursos para os seus projetos. Os ganhos da pessoa física com debêntures incentivadas são isentos do Imposto de Renda enquanto os ganhos das pessoas jurídicas pagam 15%. Certificação O texto aprovado cria também o sistema brasileiro de certificação, que será feita por autoridade competente que ateste as características do processo produtivo, dos insumos empregados, da localização da produção, das informações sobre o ciclo de vida do hidrogênio e da quantidade de dióxido de carbono emitida. Gestão Pelo texto, as diretrizes para execução das políticas de incentivo serão definidas pelo Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (Coges-PNH2). Ele será integrado por até 15 representantes de órgãos do Poder Executivo federal, um representante dos estados e do Distrito Federal; um representante da comunidade científica; e três representantes do setor produtivo. Caberá à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizar a produção, importação, transporte, exportação e armazenagem de hidrogênio. A produção, no entanto, só poderá ser permitida a empresas brasileiras sediadas no país. Créditos fiscais Será concedido crédito fiscal da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incidente sobre as operações de compra e venda de hidrogênio de baixa emissão e seus derivados produzidos no país, desde que os projetos estimulem o desenvolvimento tecnológico e contribuam com o desenvolvimento regional e a diversificação do parque industrial e com a redução de danos e adaptação às mudanças climáticas. O crédito será concedido em até 60 dias da emissão da nota fiscal de venda e poderá ser usado para pagar qualquer tributo federal. Se não houver débito suficiente para a compensação, o crédito será ressarcido em dinheiro. Mas o benefício não poderá superar R$ 1,7 bilhões em 2028, R$ 2,9 bilhões em 2029, R$ 4,2 bilhões em 2030, R$ 4,5 bilhões em 2031 e R$ 5 bilhões em 2032, e terá que constar do Orçamento da União. O senador Cid Gomes (PSB-CE) elogiou o projeto por acreditar que ele vai permitir que o Brasil seja protagonista nesse mercado. Ele comemorou a previsão de R$ 18,3 bilhões de benefícios fiscais em cinco anos. — O que eu desejo é que o Brasil seja um grande consumidor de hidrogênio, o que eu quero é que a gente fabrique o hidrogênio para vender aqui para o Brasil e que a gente substitua os nossos trens, substitua os nossos caminhões de carga, substitua até carros de passeio por essa modalidade energética que não emite carbono — afirmou Cid Gomes. Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Esperidião Amin (PP-SC), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Jaques Wagner (PT-BA), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e outros também ressaltaram a importância do projeto para o futuro do país. Infraestrutura O texto aprovado altera a Lei 11.488, de 2007, para incluir as empresas do Rehidro no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), que hoje beneficia as empresas dos setores de transportes, portos, energia, saneamento básico e irrigação com projeto aprovado para implantação de infraestrutura. Essas empresas estão isentas do pagamento de PIS/Pasep e Cofins, também sobre importação, na venda ou importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos e de materiais de construção. Fontes de recursos O projeto cria o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), com a finalidade de constituir fonte de recursos para a transição energética a partir do uso do hidrogênio de baixa emissão de carbono. Entre os objetivos do programa estará a definição de metas objetivas para o desenvolvimento do mercado interno de hidrogênio de baixo carbono e de incentivos para o uso de hidrogênio de baixo carbono nos setores industriais de difícil descarbonização, como de fertilizantes, siderúrgico, cimenteiro, químico e petroquímico, além do uso do hidrogênio verde no transporte pesado. Habilitação Para serem inseridas no Rehidro, as produtoras de hidrogênio de baixo carbono terão de usar no processo produtivo um percentual mínimo de bens e serviços de origem nacional ainda a ser definido. Também terão de limitar a parcela de sua produção destinada ao mercado externo e comprovar a realização de investimentos em pesquisa e inovação. As empresas poderão se habilitar em até cinco anos para usufruir o benefício, exceto aquelas com tributação pelo Simples Nacional, que não terão direito a integrar o regime. As empresas instaladas em Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) também poderão aderir, sem abrir mão dos benefícios fiscais que já têm. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) Fonte: Agência Senado
- A Sustentabilidade do Setor Elétrico: Soberania, Segurança e Governança Institucional.
Por Wagner Ferreira A energia elétrica é signo de prosperidade e segurança para qualquer País. A constituição federal de 1988 foi categórica ao garantir que a geração de energia e sua operação devem ser planejadas e entregues à nação brasileira com segurança, qualidade e isonomia. Determinou que a União, através do Poder Concedente, deve assegurar o permanente funcionamento do serviço de energia elétrica aos brasileiros. Por essa razão, o planejamento do setor elétrico requer uma estrutura e governança com responsabilidades e atores (CNPE, CMSE, MME, ONS, EPE, ANEEL, CCEE e outros organismos de funcionamento), que, juntos, garantem à sociedade a disponibilidade plena desse bem tão vital ao desenvolvimento social e econômico. Coube, portanto, a União assegurar a contínua disponibilidade da energia elétrica, o que é feito por um conjunto de leis, regulações e contratos organizados através de uma operação estruturada, a partir de responsabilidades que envolvem estudos, planejamento, estruturação e execução, performando um núcleo desse serviço concedido. Essa primeira conclusão explica e fundamenta o papel fundamental da União na formulação e no planejamento setorial. A despeito de um acerto absoluto da constituição brasileira quanto à proteção da soberania nacional e independência nesse insumo tão vital que é a energia, duas questões, principalmente, tem trazido riscos à segurança e funcionamento adequado do setor elétrico brasileiro. A primeira delas tem um caráter institucional e a segunda tem relação com o tratamento das inovações tecnológicas dentro do setor. O caráter institucional tem uma relação direta com a formulação de leis e de políticas públicas que afetam o funcionamento do setor elétrico. É evidente que agentes setoriais movimentam suas pautas de interesse no legislativo na busca de objetivos específicos, o que é legítimo e importante, porém é fundamental que a representação do poder concedente (a União), a partir de sua estrutura e governança, esteja à frente das discussões setoriais para que prevaleça medidas que combinem com a sustentabilidade do setor elétrico, em outras palavras, a soberania. Entende-se aqui como sustentabilidade, a segurança do serviço de energia elétrica a todos os brasileiros, no curto, médio e longo prazos, com isonomia de tratamento aos usuários a preços justos. A segunda questão tem relação com inovação tecnológica, muito veloz e muitas vezes sem uma avaliação prudente dos impactos trazidos. Notem, por exemplo, os subsídios tarifários concedidos às fontes incentivadas de energia elétrica e a quem instala painéis solares. Em suma, essas inovações tem gozado de descontos na tarifa de energia, e esses descontos viram encargos setoriais na CDE para que os outros consumidores paguem, os regulados e com menor condições, fazendo com que haja uma espécie de transferência de renda invertida, injusta e, claro, insustentável. Basta verificar que a CDE, a chamada Conta de Desenvolvimento Energético, já alcança 38 bilhões de reais por ano, e em breve, em função de subsídios dessa natureza, chegará a 50 bilhões de reais em menos de 3 anos, se nada for feito. A partir de dedicados estudos para a sustentabilidade do setor elétrico, algumas medidas são vitais para a sustentabilidade: i. Resgatar a centralidade do planejamento setorial e a participação do poder concedente nas discussões que afetam a sustentabilidade do setor elétrico, no plano executivo ou legislativo; ii. Impedir novos subsídios e revisar os atuais para aliviar a conta de luz dos brasileiros, como já definido pelo próprio TCU; iii. Implementar política pública para furto de energia para uma atuação presente e contundente dos entes (judiciário, legislativo e executivo) de modo a coibir essa prática, que, além de tirar vidas, gera impactos financeiros ao sistema elétrico, consumidores, fisco, distribuidora e a sociedade em geral; iv. Reduzir a tributação total sobre a energia elétrica , pois promove prosperidade para a vida das pessoas e dos negócios. Para tanto, os conceitos trazidos pela PEC 45 (novo modelo tributário) são adequados, e, se bem aplicados, podem garantir um sinal econômico apropriado à tributação da energia. v. Separar os serviços de distribuição e de comercialização regulada em duas atividades distintas, aplicando uma tarifa multipartes onde cada usuário pague isonomicamente pelo seu uso do sistema elétrico, como já estabelecido no PL 414/2021; O desafio pela sustentabilidade do serviço de energia elétrica é uma missão de todos nós. Sigamos todos nessa construção. Por Wagner Ferreira Entre os 100 + influentes do setor de energia em 2023 | Diretor Institucional e Jurídico na ABRADEE | Professor | Árbitro | Negócios | Transição energética | Energias Renováveis | ESG | Visão 360° | Gente | Liderança
- USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO
Merivaldo de Freitas Brito ORCID https://orcid.org/0009-0002-9885-3783 Universidade Estadual do Ceará- UECE, Brasil E-mail: merivaldo@mbritto.com.br O panorama atual da geração de energia solar destaca um potencial significativo para expansão, com apenas 2 milhões de pessoas atualmente envolvidas e mais de 89 milhões de pessoas capazes de contribuir. Esse cenário aponta para uma ampla oportunidade no setor da energia solar fotovoltaica, especialmente na modalidade de Geração Distribuída (GD), desempenha um papel essencial na matriz energética global, incluindo o cenário brasileiro. O crescimento exponencial está diretamente relacionado ao aumento da adoção de inversores string , conforme estabelecido pela norma portaria 515/2023 do INMETRO. Esta regulamentação impõe a obrigatoriedade de inversores com proteção contra arco elétrico (AFCI), visando a segurança e prevenção de incêndios. A Lei 14300/2022 contribuiu para o crescimento significativo do número de empresas no setor solar, atingindo a marca de 26.640 empresas integradoras fotovoltaicas ativas. O aumento na micro e minigeração de energia solar também está em ascensão, impulsionando o desenvolvimento do mercado. No entanto, o aumento da atividade no setor também trouxe consigo um aumento no número de acidentes relacionados, destacando a importância da conformidade com as normas de segurança. Como metodologia adota uma abordagem descritiva e estudo de caso, de caráter qualitativo, bem como fontes bibliográficas em livros, artigos e periódicos online, busca-se compreender e temática da aplicação da IA na segurança de sistemas solares fotovoltaicos, bem como a análise de casos específicos que exemplifiquem a eficácia da IA na prevenção e resposta a incidentes de incêndio em instalações solares. O cenário atual do setor de energia solar no contexto das normas e leis mencionadas indica um crescimento expressivo, mas também destaca a necessidade contínua de vigilância e implementação de medidas de segurança para mitigar os riscos associados ao aumento da atividade no setor. Sendo assim, a sua utilização deve ser incentivada e regulamentada de acordo com as normas de segurança em vigor. Palavras-chave: Inteligência Artificial; Sistema Solar; Fotovoltaico; Segurança; Incêndio. ABSTRACT The current landscape of solar power generation highlights significant potential for expansion, with just 2 million people currently involved and more than 89 million people able to contribute. This scenario points to a broad opportunity in the photovoltaic solar energy sector, especially in the Distributed Generation (DG) modality, which plays an essential role in the global energy matrix, including the Brazilian scenario. The exponential growth is directly related to the increase in the adoption of string inverters, as established by INMETRO ordinance 515/2023. This regulation imposes mandatory inverters with electric arc protection (AFCI), aiming at safety and fire prevention. Law 14300/2022 contributed to the significant growth in the number of companies in the solar sector, reaching the mark of 26,640 active photovoltaic integrator companies. The increase in micro and mini generation of solar energy is also on the rise, driving market development. However, increased activity in the sector has also brought with it an increase in the number of related accidents, highlighting the importance of compliance with safety standards. As a methodology, it adopts a descriptive approach and case study, of a qualitative nature, as well as bibliographical sources in books, articles and online journals, seeking to understand the application of AI in the safety of photovoltaic solar systems, as well as case analysis. specifications that exemplify the effectiveness of AI in preventing and responding to fire incidents in solar installations. The current scenario of the solar energy sector in the context of the aforementioned standards and laws indicates significant growth, but also highlights the continued need for vigilance and implementation of security measures to mitigate the risks associated with increased activity in the sector. Therefore, its use must be encouraged and regulated in accordance with current safety standards. Keywords: Artificial Intelligence; Solar system; Photovoltaic; Security; Fire. 1. INTRODUÇÃO O uso de inteligência artificial na segurança em Sistema Fotovoltaico (FV) - Arc Fault Circuit Interrupter (AFCI). Este trabalho explora como a inteligência artificial pode ser aplicada para melhorar a segurança e proteção da vida de usuários do sistema solar FV. A aplicação da UL1699B em sistema solar FV, onde aborda-se a importância da conformidade com normas de segurança, como a UL1699B, em sistemas solares FV. Será discutido como essa norma contribui para garantir a segurança elétrica e prevenir riscos em sistemas FV. Explora-se neste trabalho, a importância da IA na previsão da geração de energia solar, utilizando análise de dados meteorológicos e padrões de insolação. Destaca-se a necessidade de modelos preditivos precisos para planejar o fornecimento de energia de forma eficiente e confiável ao longo do tempo de operação dos sistemas fotovoltaicos. O emprego da inteligência artificial visa proporcionar uma camada avançada de proteção, garantindo maior segurança em instalações residenciais, comerciais, industriais e rurais, tanto em Geração Distribuída (GD) quanto em Geração Centralizada (GC). Este artigo tem como objetivo analisar a aplicação da Inteligência Artificial (IA) na segurança contra incêndios em sistemas solares fotovoltaicos, com foco no aprimoramento e otimização dos processos de prevenção, detecção e resposta aos incidentes relacionados a incêndios. A análise encontra-se fundamentada em dados relevantes provenientes de instituições governamentais e não governamentais, visando garantir uma avaliação embasada e atualizada sobre energia solar fotovoltaica, legislação e práticas de mercado. . 2. MÉTODOS E RESULTADOS Como metodologia utiliza-se a pesquisa bibliográfica mediante a consulta a livros, artigos e periódicos online, abrangendo temas como energia solar FV, transição energética, políticas energéticas, regulamentação do setor, incentivos fiscais e financeiros, inovação tecnológica, entre outros relevantes. As fontes de referência incluíram não apenas publicações acadêmicas, mas também relatórios técnicos, documentos normativos e publicações de órgãos governamentais. A interpretação dos resultados se deu mediante uma análise aprofundada dos dados, relacionando-os diretamente com os objetivos específicos delineados na pesquisa (Gil, 2017). Os sistemas de energia solar FV, geram eletricidade através da conversão da irradiação do sol, sendo dois tipos básicos de sistemas: os Isolados ( Off-grid ) ou conectados à rede ( On-grid ) da Concessionária. A aprovação da Lei 14.300, de 06 de janeiro de 2022, busca a permissão do uso dos inversores híbridos ( on grid com acoplamento para bateria), de acordo com a Portaria nº 140, INMETRO, de 21 de março de 2022. Diferencial da tecnologia dos inversores híbridos, que o mesmo pode ser utilizado tanto em sistema off grid como em sistema on grid , ele nos permite, quando houver uma falta de energia da concessionária local ou não tiver irradiação, pode ser obtido através da bateria, energia para alimentar determinada carga, ou de acordo com dimensionamento até mesmo alimentar toda carga (Brasil, 2022). Essas inovações estão associadas à Microgeração e Minigeração Distribuídas de Energia Elétrica (MMGD), e ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE). As diretrizes que normatizam a MMGD foram sujeitas a ajustes pela ANEEL ao longo do tempo, incluindo modificações nos limites de potência instalada e nas modalidades de participação no SCEE (ANEEL, 2023). Essas alterações foram implementadas por meio de Resoluções Normativas, a exemplo da nº 687, datada de 24 de novembro de 2015, e da nº 786, de 17 de outubro de 2017, conforme indicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME, 2023). A Resolução Normativa nº 1.059, de 7 de fevereiro de 2023, promoveu ajustes nos regulamentos da ANEEL em conformidade com a Lei nº 14.300/2022 Além disso, consolidou as disposições relacionadas à MMGD e ao SCEE nas condições gerais de fornecimento de energia, como estabelecido na Resolução Normativa nº 1.000/2021 (MME, 2023). A capacidade de garantir que o sistema seja desligado automaticamente em caso de falhas por arco elétrico não apenas protege a vida dos usuários, mas também resguarda suas propriedades de danos potenciais. Esse estudo de caso destaca que a tecnologia AFCI, combinada com inversores de string , pode ser uma opção segura e viável, mesmo na ausência de otimizadores de potência, contribuindo para uma indústria solar mais segura e confiável. As Figuras 1 e 2 que se seguem proporcionam uma representação visual do sistema em pleno funcionamento, destacando um sistema solar FV com uma capacidade total de 24,9 kWp. Essas imagens capturam a eficiência e a operação do sistema, permitindo uma visão direta de como a energia solar está sendo convertida em eletricidade. Figura 1 – Sistemas solar FV de 24,9 KWp A Figura 1 apresenta o sistema solar em toda a sua magnitude, revelando a instalação completa com seus painéis solares em posição, prontos para capturar a luz do sol. Essa imagem é uma representação vívida da escala da instalação e da infraestrutura envolvida. Já a Figura 2 oferece uma visão mais próxima e detalhada do sistema solar, demonstrando a foto da instalação do inversor com uma capacidade de 20kW (quilowatts) na instalação. A capacidade de 20 kW indica a potência que o inversor pode converter a partir dos painéis solares FV . Essa representação visual é valiosa para acompanhamento, manutenção e documentação do sistema solar FV, permitindo uma análise detalhada da configuração e conexões do inversor. Figura 2 – Foto da instalação do Inversor String – 20 kW O cenário desafiador para usuários quando um aplicativo de monitoramento apresenta a notificação de "Desativação Inesperada". Essa mensagem indica que o aplicativo encontrou um erro não previsto, levando ao encerramento abrupto. A conectividade à Internet é identificada como um ponto crítico a ser avaliado, pois problemas nessa área podem causar falhas no aplicativo de monitoramento. Torna-se importante revisar as configurações do dispositivo onde o aplicativo está instalado e garantir a atualização do sistema operacional, pois configurações inadequadas podem ser a causa de problemas. A Figura 3 apresenta visualmente a falha no aplicativo de monitoramento, indicando uma falha de desligamento. Figura 3 - Falha no aplicativo de monitoramento (acusando falha de desligamento) O alarme emitido pelo sistema de monitoramento do inversor, indicando uma "Falha de desligamento inesperado do inversor", é um alerta que merece atenção. Essa mensagem aponta que ocorreu uma interrupção não programada no funcionamento do inversor. É recomendável avaliar as configurações do inversor e garantir que estejam de acordo com as especificações recomendadas. Às vezes, ajustes inadequados podem resultar em desligamentos inesperados. A Figura 4 ilustra um alarme no sistema de monitoramento de inversor, que está indicando uma falha de desligamento inesperado do inversor. Figura 4 – Alarme no sistema de monitoramento do inversor acusando falha de desligamento inesperado do inversor Verifica-se que a falha de desligamento inesperado do inversor, requer uma abordagem cuidadosa para determinar a causa subjacente e adotar medidas adequadas para restaurar o funcionamento normal do sistema de energia solar. O inversor enfrentou uma situação de falha que desencadeou um alarme com o código 2003-5, apontando para a ativação do AFCI (Interruptor de Circuito Anti-Arco Elétrico). Essa circunstância específica gerou um alerta crítico que foi imediatamente comunicado por meio de um e-mail. A Figura 5 apresenta uma falha no inversor, com o erro “alarme 2003-5”. Figura 5 – Falha no inversor (alarme 2003-5 – AFCI) Verifica-se que o sistema de monitoramento do inversor detectou a ocorrência do alarme 2003-5 relacionado ao AFCI, uma notificação por e-mail foi gerada e enviada aos responsáveis pela operação do sistema solar. Esse tipo de notificação é fundamental, pois permite uma resposta rápida a problemas potencialmente perigosos, como arcos elétricos. A mensagem de e-mail fornecia informações cruciais sobre a natureza da falha e o código específico do alarme. Esse nível de detalhe é essencial para entender o que causou o problema e quais medidas corretivas podem ser necessárias. Com base nessa notificação, os operadores do sistema puderam investigar e tomar as providências adequadas para resolver a falha do inversor. A identificação da falha foi causada devido uma má instalação, onde os cabos de corrente contínua enrolados junto ao conector MC4 na String 5, gerou um superaquecimento no conector MC4. Nesse caso o AFCI com IA foi um passo fundamental para interromper o fluxo reverso da corrente, não deixando ocorrer a ruptura do conector MC4 que consequentemente geraria arco-elétrico, que levaria ao incêndio. Uma vez que a equipe de campo identificou a falha de instalação, medidas corretivas puderam ser implementadas imediatamente, conforme apresentado na Figura 6. Figura 6 – Causa da Falha conector MC4 na String 5 Essas medidas podem incluir a substituição do conector MC4 defeituoso, a reavaliação das conexões em toda a instalação para garantir que estejam devidamente apertadas e seguras, além de outras ações necessárias para restaurar a funcionalidade do sistema. O superaquecimento de conectores pode ser causado por diversos fatores, como conexões defeituosas, sobrecarga elétrica ou problemas de dimensionamento inadequado. Independentemente da causa, essa condição pode levar a danos nos conectores, elevando o risco de incêndio e afetando o funcionamento do sistema. Desta forma, a identificação do conector com início de superaquecimento destaca a importância da manutenção preventiva em sistemas de energia solar FV. A inspeção regular e a detecção precoce de problemas, como superaquecimento, desempenham um papel fundamental na prevenção de danos mais sérios e na manutenção da segurança e eficiência do sistema. Portanto, essa descoberta deve ser tratada com a devida atenção e ação imediata. 3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Foram obtidos todos dados onde o inversor teve uma desligamento inesperado, ou seja, deixando de gerar o fluxo reverso da corrente, onde foi possível observar a existência de tensão, com inversor automaticamente através da IA desligamento o fluxo reverso da corrente, lembrando que para acontecer um arco elétrico temos que ter uma ruptura de dois pólos, ou seja, é o acontecimento que surge devido a uma descarga elétrica entre dois pólos, superior a resistência do ar e mantida pela formação de gases que agem como meio condutor para a corrente elétrica que que pode ser originada devido a uma falha humana (técnicos no ato da ligação), ou falha de produtos, que pode levar a um arco elétrico do lado CC e com isso levar a propagar a um incêndio causando prejuízos e danos aos usuários. Em contraste com a vasta experiência acumulada ao longo de décadas em instalações fotovoltaicas (PV) em climas mais temperados, percebe-se os efeitos das temperaturas operacionais extremas e dos níveis extremos de irradiância solar à medida que a absorção de energia FV em grande escala se expande nas regiões do mundo conhecidas como o "cinturão solar". Um desses efeitos é desencadeado por eventos de irradiância solar extrema, que, até recentemente, eram mais objeto de interesse científico do que um problema potencial que afetasse o desempenho das usinas FV (Nascimento, et al., 2019). Os resultados experimentais comprovam que os harmônicos gerados pela ignição e extinção de uma falha de arco podem ser identificados por meio das medições de tensão na fonte de tensão onde os dispositivos de proteção contra falhas de arco (AFCI) estão instalados (Kim et al., 2022). As falhas por arco em sistemas FV, especialmente as falhas por arco em série, estão se tornando mais frequentes. Sem a detecção e interrupção oportunas, esses eventos perigosos têm o potencial de desencadear incêndios catastróficos, representando uma ameaça grave à segurança de indivíduos e propriedades (Lu et al., 2022). À medida que a adoção de sistemas FV cresce, a preocupação com as falhas por arco também aumenta. Essas falhas podem ser desencadeadas por uma série de fatores, incluindo problemas de conexão, danos aos componentes ou mesmo condições ambientais adversas. Quando não são identificadas e tratadas a tempo, as falhas por arco podem resultar em danos substanciais e colocar em risco vidas e bens. Torna-se fundamental que os profissionais da área elétrica, construtores e proprietários de imóveis estejam cientes dessas atualizações e sigam as normas para garantir ambientes mais seguros. A prevenção de incêndios em instalações elétricas é crucial na proteção de vidas e propriedades, e a adoção de tecnologias como os AFCIs desempenha um papel fundamental nesse esforço. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas considerações finais, é importante ressaltar a relevância da pesquisa e análise realizadas no âmbito dos sistemas de geração solar FV. Foram identificados vários aspectos significativos que impactam a eficiência, o desempenho e a segurança desses sistemas. Verificou-se que a capacidade de realizar medições e monitorar sistemas em tempo real, como demonstrado com o aplicativo Sun2000, é fundamental para identificar falhas, problemas de desempenho e garantir a segurança do sistema. Isso permite ação imediata e ajuda a evitar problemas mais graves. Este artigo demonstrou a importância do monitoramento contínuo e da detecção de falhas em sistemas de geração solar FV. A implementação de tecnologias avançadas, como a detecção de arcos elétricos, é fundamental para garantir a segurança e a eficiência desses sistemas. O futuro da energia solar FV depende de pesquisas contínuas, inovação tecnológica e conformidade com as normas e regulamentações. A implementação da IA é uma abordagem promissora para melhorar a segurança contra incêndios em sistemas de energia solar FV. Essa tecnologia oferece soluções eficazes para a detecção precoce de falhas por arco e a ativação de desligamentos rápidos, reduzindo significativamente os riscos associados a incêndios em plantas fotovoltaicas. Ao analisar as projeções futuras, torna-se importante ressaltar que até 2040, prevê-se que a energia solar fotovoltaica representará aproximadamente 32% da matriz energética global. Além disso, estima-se que cerca de 75% da energia solar será gerada por sistemas de geração distribuída. A geração distribuída, em particular, destaca a tendência de sistemas de energia descentralizados, nos quais a geração de eletricidade ocorre em pequena escala e próximo aos pontos de consumo. Isso pode incluir instalações solares em residências, empresas e comunidades, contribuindo para uma rede mais resiliente e sustentável. A expansão da geração distribuída também reflete a busca por soluções mais descentralizadas e resilientes, reduzindo a dependência de grandes centrais elétricas tradicionais. REFERÊNCIAS ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica (2023). Revisão das regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída – Resolução Normativa nº 482/2012 Relatório de Análise de Impacto Regulatório nº 003-SRD/SGT/SRM/SRG/SCG/SMA/ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Disponível em: http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2015687.pdf . Brasil (2022). Lei 14.300, de 06 de janeiro de 2022 : Institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS); altera as Leis nºs 10.848, de 15 de março de 2004 , e 9.427, de 26 de dezembro de 1996 ; e dá outras providências. Disponível em: https://in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.300-de-6-de-janeiro-de-2022-372467821 . Brasil. (2023). Portaria nº 515, de 10 de novembro de 2023: Altera a Portaria Inmetro nº 140, de 21 de março de 2022, que aprova o Regulamento Técnico da Qualidade e os Requisitos de Avaliação da Conformidade para Equipamentos de Geração, Condicionamento e Armazenamento de Energia Elétrica em Sistemas Fotovoltaicos – Consolidado. Disponível em: http://sistema-sil.inmetro.gov.br/rtac/RTAC003010.pdf . Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa . 6 ed., São Paulo: Atlas. Kim, M. A., Chun, J., & Shim, H. (2022). Using photovoice with male problematic gamblers to understand their lived story on the path to recovery in South Korea. SAGE Open . Advance online publication. Lu, S., Sahoo, A., Ma, R., Phung, B.T. (2022). DC Series Arc Fault Detection Using Machine Learning in Photovoltaic Systems: Recent Developments and Challenges. The 8th International Conference on Condition Monitoring and Diagnosis . Jul.. MME. Ministério de Minas e Energia (2023). Micro e Minigeração Distribuída. 29/08. . Disponível em: https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/geracao-distribuida . Nascimento, L.R., Viana, T.S., Campos, R.A., Rüther, R.(2019). Extreme solar overirradiance events: Occurrence and impacts on utility-scale photovoltaic power plants in Brazil. Solar Energy. v.186, Jul./2019, p.370-381. https://doi.org/10.1016/j.solener.2019.05.008
- EVENTO MUNDIAL: ENERGY SUMMIT ESTÁ ACONTECENDO NO RIO JANEIRO
Por: Renato Zimmermann - Mentor e Consultor em Sustentabilidade O Complexo Cultural Casa das Artes, localizada no coração da Barra da Tijuca na capital do Rio de Janeiro, está sendo o palco do Energy Summit, evento mundial organizado pelo MIT-Massachusetts Institute of Technology. O evento começou nesta segunda-feira, 17 e vai até hoje, 19 de junho, com várias temáticas e atrações voltadas ao mercado energético mundial e brasileiro. No centro dos debates, claro, está a transição energética. Mas as temáticas não irão abordar apenas as energias renováveis e limpas. A energia nuclear também terá um amplo espaço de debates assim como muitos outros setores. O evento é amplo e nos 3 dias os debates abordarão temas variados envolvendo o setor energético e sua influência sobre o clima, as forças políticas e a interação com o crescimento econômico. Atrair eventos mundiais para o Brasil que reúnem debatedores e palestrantes com renome internacional é importante para colocar o país como eixo de atenção das discussões do setor. O Energy Summit 2024, considerado o principal evento de transição energética do mundo. As ações do MIT-Brasil tem por objetivo trazer desenvolvimento econômico ao país por meio de investimento e aceleração de novas tecnologias e inovações. Este encontro reúne especialistas, líderes governamentais e representantes da indústria para discutir os próximos passos na transição energética e na busca pela sustentabilidade global. Os debates prometem abordar uma série de iniciativas do MIT-Brasil voltadas para o desenvolvimento econômico do Brasil por meio do investimento e aceleração de novas tecnologias e inovações. Segundo Hudson Mendonça( a esquerda, na foto), CEO do Energy Summit, o objetivo é transformar a capital fluminense no novo “Vale do Silício”. “Focado em energia e sustentabilidade”, comenta. Além disso, André Miceli (a direita, na foto) , CEO da MIT Technology Review Brasil, explica que o Rio já possui os elementos básicos para se tornar a capital mundial da transição energética, e o Energy Summit irá ajudar a fazer a mistura completa desses ingredientes. Entre os nomes confirmados estão Elizabeth Bramson-Boudreau , CEO e editora da MIT Technology Review; Ted Hu , Gerente Sênior de Licenciamento da MIT Technology Review; Page Crahan , Gerente Geral do Google X e Tapestry; Carlos Aros , Editor Executivo do MIT Technology Review Brasil; Ricardo Cappra , CEO da Cappra Lab; Amanda Andreone , Gerente Nacional da Genesys. Dentre as atrações, no dia 19 de junho acontecerá a premiação dos destaques do setor. Um evento disputado uma vez que esta premiação tem status mundial. No campo das empresas inovativas, as startups vêm ganhando cada vez mais destaques neste cenário energético, com sua capacidade de construção de um negócio escalável e com soluções muito importante para garantir a justa e descentralizada transição energética. Estas startups são chamadas de “energytechs” pela junção da energia e da tecnologia. São as “energytechs” que irão levar para a sociedade todas as soluções possíveis neste mercado e assim possibilitar novos cenários. Uma das empresas competidoras é a Volters, empresa gaúcha fundada em 2.022 pelo empreendedor e engenheiro eletricista, Eduardo Berriel , 44 anos, um porto alegrense apaixonado por inovação e conectar pessoas. Desta vocação e da percepção que poderia criar uma nova maneira do mercado relacionar os seus agentes, surgiu a ideia de criar uma plataforma onde investidores, geradores de energia elétrica e os consumidores finais poderiam interagir e encontrar soluções customizadas para suas demandas energéticas. A Volters já participou de outras competições, já tem acumulada prêmios pela sua proposta inovadora. Agora chegou a vez de buscar um reconhecimento além da fronteira brasileira. E como este mesmo ímpeto, outras startups com propostas inovadoras estão competindo na mesma arena pelo reconhecimento internacional, Para estas empresas, o fato de serem selecionadas já é uma conquista. Cada premiação e cada finalista foram cuidadosamente avaliadas pela comissão encarregada da premiação. E evento se encerra hoje. O cartão postal da Barra da Tijuca com suas belas paisagens abrigou o Energy Summit durante estes 3 dias. O evento servirá para mostrar ao mundo que o Brasil vem amadurecendo seu mercado, que está se preparando para as oportunidades trazidas pelas novas tecnologia assim como está se adequando para os desafios trazidos pelas novas legislações e principalmente pela mitigação dos efeitos dos eventos climáticos. Tudo isto sem perder de vista a transição energética.
- A SMA é uma empresa alemã. Há mais de 40 anos, eles têm contribuído para transição energética global
Um nome que ressoa com energia, inovação e liderança. Hoje, tive o privilégio de testemunhar um momento especial: Henrique Almeida, Sales Director Brazil da SMA Solar Technology AG, nos estúdios do Energy Channel em São Paulo para um podcast cativante. O estúdio estava imbuído de expectativa, e Henrique não decepcionou. Com sua paixão pela energia solar e sua visão clara para o futuro, ele compartilhou insights valiosos sobre o mercado brasileiro e o papel da SMA na revolução energética. Sua atuação é extremamente relevante para o setor, um líder apaixonado, alguém que não apenas entende os números e as tendências, mas também a essência da transformação. Enquanto os microfones captavam suas palavras, Henrique descreveu como a SMA está moldando o cenário energético no Brasil. Ele falou sobre os desafios enfrentados, desde regulamentações até conscientização pública, e como a tecnologia de ponta da SMA está superando essas barreiras. Seus olhos brilhavam quando mencionou projetos solares inovadores, comunidades mais sustentáveis e o impacto positivo que a energia limpa está tendo em nosso país. Que privilégio é receber Henrique Almeida nos estúdios do Energy Channel. A SMA Solar Technology AG está liderando o caminho para um mundo mais sustentável, com Henrique Almeida na vanguarda dessa jornada. A SMA Solar Technology AG é uma empresa alemã especializada em inversores e soluções fotovoltaicas. Há mais de 40 anos, eles têm contribuído para a transição energética global, permitindo que pessoas e empresas aumentem sua independência no fornecimento de energia. Aqui estão alguns destaques: 1. SMA Solar Technology AG: - Inversores e Soluções Fotovoltaicas: A SMA oferece produtos inovadores para gerar, armazenar e usar energia solar em residências, empresas e projetos de grande escala. - Soluções Residenciais: Eles capacitam residências com energia solar, garantindo economia de custos e sustentabilidade. - Soluções Comerciais: Para empresas, a SMA oferece soluções modulares que atendem a todas as necessidades energéticas com precisão e flexibilidade. - Parcerias e Suporte: Colaboram com instaladores de sistemas fotovoltaicos, fornecendo tecnologia de ponta e serviços de suporte. 2. SMA Brasil: - Energia Solar Sustentável: A SMA Brasil oferece soluções para projetos de sistemas fotovoltaicos, garantindo qualidade e vida útil máxima. - Inversores Fotovoltaicos: Oferecem dispositivos para todos os tipos de módulos, desde sistemas residenciais até sistemas comerciais de megawatts.
- Votação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixo Carbono é Adiada para Esta Quarta
Na sessão deliberativa desta quarta-feira (19), a votação do projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono foi transferida. O PL 2.308/2023, que estava previsto como o primeiro item da pauta do Plenário na terça-feira (18), recebeu 20 novas emendas de senadores e teve sua análise adiada. O objetivo desse projeto é definir regras e benefícios para estimular a indústria de hidrogênio combustível no Brasil, contribuindo para a descarbonização da matriz energética brasileira. O que o PL 2.308/2023 propõe? Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono: O projeto cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, que abrange: O Programa Nacional do Hidrogênio. O Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). O Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio. O Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro). O senador Otto Alencar (PSD-BA) é o relator desse projeto. Incentivos e Vigência: Os incentivos creditícios e tributários do Rehidro terão vigência de cinco anos, com metas e objetivos acompanhados pelo poder público. O Rehidro suspenderá a incidência do PIS/Pasep e da Cofins (inclusive os de importação) sobre a compra de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, estoques e materiais de construção pelos produtores habilitados. Participantes do Rehidro: Além das empresas produtoras de hidrogênio de baixo carbono, também poderão participar do Rehidro: Empresas envolvidas no transporte, distribuição, acondicionamento, armazenamento ou comercialização do produto. Aquelas que produzirem biogás e energia elétrica a partir de fontes renováveis destinadas à produção de hidrogênio. Requisitos e Certificação: O regulamento do Executivo estabelecerá requisitos para a entrada no Rehidro, incluindo investimento mínimo em pesquisa, desenvolvimento e inovação, bem como percentual mínimo de bens e serviços de origem nacional no processo produtivo. O projeto também cria o sistema brasileiro de certificação, que atestará as características do processo produtivo, dos insumos empregados, da localização da produção, das informações sobre o ciclo de vida do hidrogênio e da quantidade de dióxido de carbono emitida. Comitê Gestor e Autorização: As diretrizes para execução das políticas de incentivo serão definidas pelo Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (Coges-PNH2). O Coges-PNH2 será composto por até 15 representantes de órgãos do Poder Executivo federal, um representante dos estados e do Distrito Federal, um representante da comunidade científica e três representantes do setor produtivo. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será responsável por autorizar a produção, importação, transporte, exportação e armazenagem de hidrogênio. No entanto, a produção só poderá ser permitida a empresas brasileiras sediadas no país. Conclusão O marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono visa impulsionar a indústria nacional, promover a transição energética e contribuir para um futuro mais sustentável. A expectativa é que essa legislação incentive investimentos e avanços tecnológicos no setor, alinhando o Brasil às tend
- Centro de Reparo e Assistência, garante serviços de alta qualidade da SOFAR
A SOFAR é líder global em soluções solares fotovoltaicas e armazenamento de energia. Fundada em 2013, a empresa é pioneira no fornecimento de inversores solares, sistemas de armazenamento e carregadores de carros elétricos. Sua tecnologia confiável é produzida em uma fábrica ultramoderna na China. Recentemente, a SOFAR investiu em dois centros estratégicos no Brasil: 1. Centro de Treinamento e Showroom na Avenida Paulista: Localizado no próprio prédio da SOFAR, esse espaço moderno oferece treinamentos práticos e apresenta as novas tecnologias aos parceiros e clientes. 2. Centro de Reparo e Assistência em Jacareí, SP: Dedicado ao suporte pós-venda, garante serviços de alta qualidade para os consumidores que escolheram a marca SOFAR. Com esses investimentos, a empresa reforça seu compromisso com a excelência e inovação no setor de energia solar no Brasil.
- ENERGY ADVISOR: O que é energia ?
Por Joao Pedro Neves 공동 Partner na RZK Energia A energia é a forma universal de poder que possibilita a transformação de todas as coisas. Desde as vastas rotações das galáxias impulsionadas por reações termonucleares nas estrelas, até os movimentos tectônicos que moldam os oceanos e montanhas na Terra, a energia é fundamental para a transformação e o funcionamento do universo. Na Terra, a energia solar sustenta a vida através da fotossíntese e muitas outras conversões de energia das quais dependemos. A evolução da sociedade humana está intimamente ligada ao aumento da complexidade dos arranjos produtivos e à melhoria da qualidade de vida. Historicamente, aqueles que controlavam as formas mais concentradas e versáteis de conversão de energia tinham uma vantagem significativa. Alfred Lotka, um cientista americano, observou que a seleção natural favorece sistemas que aumentam o fluxo total de energia através deles, enquanto houver matéria e energia disponíveis não utilizadas. A dependência humana de fluxos de energia crescentes está vinculada à inevitável evolução das coisas. A primeira lei da energia estabelece que ela não pode ser criada ou destruída, apenas transformada de uma forma para outra. A segunda lei afirma que, com cada transformação, parte da energia se perde. Friedrich Wilhelm Ostwald, em 1912, resumiu bem essa ideia: "Não desperdice nenhuma energia; faça-a útil." Historicamente, a ligação entre energia e desenvolvimento humano foi reconhecida por Leslie White, que afirmou que o grau de desenvolvimento de uma sociedade é proporcional à quantidade de energia per capita aproveitada e utilizada. Robert Lindsay, em 1975, destacou que o conceito de energia unifica diversos aspectos da existência humana de maneira econômica e poderosa. As formas de energia conhecidas são críticas para a existência humana. O curso da história foi moldado pelos fluxos de energia universal e planetária e seus impactos locais. A gravidade governa as galáxias e sistemas estelares, mantendo a Terra a uma distância habitável do Sol e preservando uma atmosfera adequada. A fusão termonuclear alimenta o Sol, cuja energia chega à Terra como energia eletromagnética, essencial para a vida e os processos naturais. A energia geotérmica, resultante da acumulação gravitacional e decomposição radioativa, impulsiona processos tectônicos que moldam a geografia terrestre. Apenas uma fração mínima da energia solar é convertida em novas reservas de energia pela fotossíntese, sustentando toda a vida na Terra. O metabolismo animal reorganiza nutrientes, mantém funções corporais e temperatura constante, e gera energia mecânica para movimento. Os seres humanos têm expandido os limites físicos através de uma utilização eficiente da energia, tanto interna quanto externamente. No contexto brasileiro, a energia elétrica é um recurso vital, mas enfrenta desafios únicos, como o baixo custo de produção versus os altos preços cobrados devido a mercados não livres e subsídios ineficientes. A democratização da energia é uma tendência global, com foco nos 4 D’s: digitalização, descentralização, descarbonização e democratização. No Brasil, a energia elétrica representa uma oportunidade para disrupção, com potencial para superar barreiras econômicas e tecnológicas. A descarbonização é uma necessidade urgente para evitar a destruição DO planeta, e a geração distribuída (GD) é um exemplo do potencial futuro, caso haja liberdade para inovação. A profissão de Energy Advisor está emergindo como uma realidade necessária para enfrentar esses desafios e promover um ciclo positivo de inovação e desenvolvimento no setor energético. É essencial adquirir conhecimento, exigir políticas adequadas e promover um mercado energético equilibrado e livre. A nova profissão do mercado de energia está aí e já é uma realidade! João Pedro Correia Neves é graduado em Administração de Empresas e MBA na FIA-USP, fez especialização em diversos países como Itália, Estados Unidos (Chicago e São Francisco) e China (onde integrou o grupo de estudo Brasil – China da FIA-USP). Atua no setor elétrico desde 2003 nos segmentos de distribuição, geração, comercialização e gestão de energia, além de ter atuado no setor de telecomunicações. Atuou nos primeiros leilões de energia regulado e na migração do mercado livre para o modelo que existe hoje no pós-apagão. Além disso teve participação na consolidação da operação da Net-Claro-Embratel, nas Olimpíadas 2016, e dentre outras grandes projetos criou o projeto “A Energia da Claro Brasil ”. Trabalhou na Duke Energy Corporation , AES (Eletropaulo, Tiete, Uruguaiana, Brasiliana e AES Sul) e na Claro Brasil . Hoje é sócio e conselheiro da RZK Energia , sócio e fundador da Sol by RZK – Internet of People, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída 🇧🇷 e do INEL - Instituto Nacional de Energia Limpa .












