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- A PROMESSA ENGANOSA DA ENERGIA BARATA: SUBSÍDIOS, INVESTIMENTOS E A NECESSIDADE DE REALISMO NO SETOR ELÉTRICO
A PROMESSA ENGANOSA DA ENERGIA BARATA: SUBSÍDIOS, INVESTIMENTOS E A NECESSIDADE DE REALISMO NO SETOR ELÉTRICO Como alguém que acompanha o setor elétrico brasileiro, fico frustrado com análises que simplificam problemas complexos. Recentemente, li uma matéria onde destacava que os subsídios nas contas de luz atingiram 13,68% das faturas de 90 milhões de residências, mais que o dobro dos 5,5% de 2018, somando R$ 48 bilhões em 2024, contra R$ 24 bilhões em 2020, segundo a Aneel. É um número alarmante, mas clamar por "subsídios zero" sem entender sua necessidade para a geração de energia é míope. Energia exige capital, e sem remuneração adequada, não há investimento privado sustentável. Na minha opinião, o Brasil precisa de um modelo regulatório que valorize a flexibilidade como produto, redirecione subsídios de forma inteligente e evite distorções, como as da geração distribuída, em vez de soluções simplistas que perpetuam ineficiências. SUBSÍDIOS EM ALTA: NECESSÁRIOS, MAS MAL DIRECIONADOS Os subsídios estão crescendo. Em 2025, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) deve alcançar R$ 49,2 bilhões, com R$ 46,8 bilhões pagos pelos consumidores, um aumento de 32,4% sobre 2024, conforme a Aneel. Esses custos, que já somaram R$ 48 bilhões em 2024, dobraram desde 2017. Eles financiam incentivos a fontes renováveis, como descontos de 50% na tarifa de uso da rede e isenções em serviços ancilares, que impulsionaram eólica e solar – um passo essencial para a transição energética. Globalmente, subsídios são prática comum para atrair investimentos, mas no Brasil, sua má alocação cria problemas. Fontes intermitentes consomem flexibilidade – hidrelétricas contingenciam 6 MWh por 100 MWh eólicos no Nordeste, e até 16 MWh no Sul – sem que esse custo seja precificado, elevando tarifas e desestimulando tecnologias que garantem confiabilidade. O caso da geração distribuída (GD) é gritante: seus subsídios, como isenções na tarifa de rede, custaram R$ 8,7 bilhões em 2024 e devem atingir R$ 10,2 bilhões em 2025, com possibilidade de superar os da geração incentivada, que sustenta a economia brasileira. Na minha visão, subsídios são indispensáveis, mas devem ser temporários e focados em projetos que equilibrem oferta e confiabilidade, não em distorções que sobrecarregam o consumidor. A Medida Provisória 1304/2025, que propõe um teto para a CDE, pode agravar uma "corrida por subsídios" até 2026, segundo a Aneel, se não for bem calibrada. PREÇOS BAIXOS E BOLHAS FINANCEIRAS: O CAOS DO MERCADO LIVRE O mercado livre (ACL), com 26 mil consumidores migrados em 2024, expõe fragilidades cada vez mais graves: comercializadoras, muitas delas ligadas a bancos, inflacionam artificialmente o volume negociado com lastro financeiro insuficiente, derrubando preços e pressionando geradores menores à beira da falência. Todos os anos, empresas desse segmento correm risco de insolvência, e consumidores atraídos por contratos “milagrosamente” baratos acabam pagando a conta. Quando essas empresas quebram, ocorre inadimplência contratual, interrupções no fornecimento e necessidade de recorrer a novos suprimentos a custos muito mais altos. O resultado é um ciclo de instabilidade que eleva tarifas no longo prazo e pune empresas que confiaram em promessas inviáveis. Regular esse mercado com firmeza, exigindo garantias físicas robustas com certificados de origem e transparência nas transações, é essencial para coibir abusos e garantir estabilidade. Energia não surge do nada. Construir uma usina eólica, solar ou hidrelétrica requer captar milhões em financiamento, pagar juros elevados e ainda assegurar retorno ao investidor. Sem preços adequados, o gerador não cobre dívidas, investimentos se retraem e a expansão da oferta se compromete. O desequilíbrio entre preços artificialmente baixos e custos reais de produção mina a confiança no setor e afasta capital produtivo. Em resumo: sem uma precificação justa, investidores desistem, e a agenda regulatória passa a ser moldada por lobbies, com efeitos nocivos para todo o mercado. FLEXIBILIDADE COMO PRODUTO: A LIÇÃO QUE O BRASIL IGNORA Para atrair investimentos e preços mais competitivos, subsídios inteligentes são cruciais, mas precisam vir com um mercado que remunere a flexibilidade como produto distinto da energia. No Texas, o mercado de serviços ancilares do ERCOT é interessante: baterias fornecem 90% da regulação de frequência, gerando receita e estimulando negócios em armazenamento, embora ajustes regulatórios em 2025 limitem reservas non-spin – infelizmente nossa realidade é diferente e não temos como fomentar investimentos em baterias nos próximos anos sem que sejam concedidos benefícios para atrair investimentos. SUBSÍDIOS ZERO? QUAL A SOLUÇÃO? ESTATIZAR TUDO, ATÉ AS EOLICAS E SOLARES? Se muitos sonham com energia extremamente barata e “sem subsídios”, por que não recorrer ao Estado para estatizar toda a geração, até as usinas eólicas e solares intermitentes? Esse sarcasmo expõe o absurdo de ignorar a necessidade de subsídios para atrair capital. Globalmente, subsídios são vitais: a Alemanha destinou €30 bilhões em 2024 para renováveis, enquanto o Brasil gasta R$ 49,2 bilhões na CDE, segundo a Aneel. Repito, a questão não é eliminá-los, mas direcioná-los corretamente. Por exemplo, a geração distribuída drena R$ 10,2 bilhões em 2025 em benefício de poucos, enquanto a geração incentivada, essencial para a indústria, agronegócio, varejo e a economia, fica em segundo plano. Intervenções estatais históricas, como a expansão de hidrelétricas, tiveram méritos, mas lobbies e ineficiências – como disputas judiciais no setor – mostram os riscos de socializar custos. Sem remuneração adequada, o sistema colapsa, desestimulando inovações privadas. Subsídios bem calibrados, focados em projetos que equilibram intermitência e confiabilidade, são a chave para atrair capital e modernizar o setor. CONCLUSÃO Os R$ 48 bilhões em subsídios de 2024, projetados para quase R$ 50 bilhões em 2025, são um alerta, mas criticá-los sem contexto é inútil. O setor elétrico brasileiro precisa de subsídios inteligentes, precificação de flexibilidade e regulação firme para coibir abusos, como os da GD e fiscalização intensa das comercializadoras. Tratar flexibilidade como produto, inspirando-se no ERCOT, é um passo concreto. Tarifas devem subir em média 6,3% em 2025, acima da inflação, pressionadas, entre outros fatores, por subsídios mal direcionados. Reformar o modelo regulatório é o caminho para um setor sustentável. Como você enxerga o futuro da energia no Brasil? Dê sua opinião. A PROMESSA ENGANOSA DA ENERGIA BARATA: SUBSÍDIOS, INVESTIMENTOS E A NECESSIDADE DE REALISMO NO SETOR ELÉTRICO
- Mais do que energia, o Brasil precisa exportar inteligência
Por: Paulo Quaresma, Account Manager MultiSector , Hybrid Cloud & Data Analytics & AI da Logicalis Mais do que energia, o Brasil precisa exportar inteligência Em conferências climáticas e relatórios de investimentos internacionais, o Brasil tem se destacado como uma potência energética verde. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, a matriz elétrica brasileira é composta por cerca de 90% de fontes renováveis como hidrelétrica, solar, eólica e biomassa, sendo um dos maiores potenciais do mundo para exportar energia limpa. No entanto, surge uma questão urgente: o Brasil está preparado para exportar também inteligência energética? Apesar de países como Alemanha, Japão e Estados Unidos procurarem fornecedores confiáveis com rastreabilidade, previsibilidade e segurança digital, boa parte da infraestrutura energética brasileira ainda opera de forma analógica. Segundo dados da Aneel, o setor registrou R$ 28,8 bilhões em perdas em 2023, muitas delas decorrentes da falta de automação, falhas de monitoramento e gestão ineficiente. Isso significa que, mesmo com abundância de energia limpa, ainda não entregamos o nível de inteligência e confiabilidade exigidos pelo mercado internacional. Nesse contexto, tecnologias como Inteligência Artificial, Data Analytics e Nuvem Híbrida tornam-se pilares estratégicos de competitividade energética. A IA pode antecipar falhas, ajustar a oferta em tempo real e otimizar a operação conforme variáveis climáticas e de demanda. O uso de analytics permite identificar perdas, ganhos de eficiência, simular cenários de exportação e orientar decisões de investimento. Já a nuvem híbrida conecta os dados entre campo, centrais e parceiros internacionais, garantindo segurança cibernética, interoperabilidade e conformidade regulatória, como a LGPD. O que o mundo busca não é apenas energia limpa, mas energia limpa inteligente, com rastreabilidade, auditabilidade e integração com cadeias digitais globais. O hidrogênio verde brasileiro, por exemplo, só será competitivo se puder ser entregue com certificação digital em tempo real, rastreável desde a origem. Isto também se aplica às usinas solares e parques eólicos que só serão considerados de alta qualidade se combinarem geração com visibilidade, automação e governança digital. E ainda há muitas empresas no setor que hesitam em dar esse salto tecnológico. A boa notícia é que a janela de oportunidade está aberta. Diante das tensões geopolíticas crescentes e da insegurança energética global, o mundo está em busca de fornecedores confiáveis, transparentes e tecnologicamente preparados. O Brasil tem os recursos naturais, o território e a vocação para isso, mas precisa ativar o "cérebro digital" dessa operação. Exportar energia é importante, mas exportar energia inteligente é liderar. É agregar valor, garantir soberania tecnológica e assumir protagonismo no novo mapa energético global. O momento de agir é agora e empresas, governos e operadores devem acelerar essa transformação digital antes que o Brasil perca a chance de liderar esse novo ciclo energético. Sobre a Logicalis Somos Architects of Change™. Apoiamos nossos clientes a atingir seus objetivos em um mundo digital-first. Aplicamos nosso conhecimento e experiência em tecnologia para que possam construir sua jornada e alcançar resultados sustentáveis que realmente importam. Nossos serviços gerenciados de nuvem, conectividade, colaboração, segurança e dados são desenhados para otimizar operações, reduzir riscos e empoderar equipes. Como um provedor global de tecnologia, prestamos serviços gerenciados para oferecer, por meio de visibilidade em tempo real, insights para a tomada de decisão sobre o desempenho de seu ecossistema digital, incluindo: disponibilidade, experiência do usuário, segurança, custos, investimentos e impactos ambientais. Somos mais de 7.000 Architects of Change™ distribuídos em 30 territórios ao redor do mundo, apoiando mais de 10.000 clientes de diversos setores a transformar seus negócios por meio da tecnologia. A Logicalis possui operações na Europa, América do Norte e Latina, Ásia-Pacífico e África. Somos uma divisão da Datatec, listada na Bolsa de Valores de Joanesburgo.
- Governador Helder Barbalho defende protagonismo do Brasil na transição energética durante Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia
São Paulo, 26 de agosto de 2025 – O quarto Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia foi palco de um debate estratégico sobre os rumos da transição energética no Brasil e no mundo. Entre os destaques do evento, o governador do Pará, Helder Barbalho , ressaltou a necessidade de planejamento, investimentos em infraestrutura e valorização das riquezas naturais do país para que o Brasil lidere essa transformação. Durante conversa exclusiva com o EnergyChannel , Barbalho destacou que o processo de substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis deve ser tratado de forma pragmática e responsável. “Não é possível pensar em eliminar os combustíveis fósseis de um dia para o outro. Isso provocaria um colapso econômico e social. O desafio é construir um planejamento realista que permita avançar na redução das emissões, sem comprometer o desenvolvimento”, afirmou. Brasil como potência energética limpa Segundo o governador, o Brasil já possui credenciais únicas para liderar a agenda global da transição energética. Atualmente, 83% da matriz elétrica brasileira é composta por fontes renováveis , principalmente hidrelétricas. O Pará, por exemplo, abriga duas das maiores usinas hidrelétricas inteiramente nacionais do país. Além do potencial hídrico, Barbalho ressaltou a abundância de recursos solares, eólicos e minerais críticos estratégicos para tecnologias limpas, além da biodiversidade que abre caminho para a expansão dos biocombustíveis. “Temos todas as condições para estar na vanguarda da energia sustentável. Do sol de norte a sul, aos ventos constantes, até a riqueza de minerais e biocombustíveis, o Brasil pode ser protagonista dessa nova economia verde”, destacou. O papel do governo e da iniciativa privada Para viabilizar essa transformação, o governador defende que o governo atue como indutor de políticas públicas , simplificando processos, criando incentivos e estimulando parcerias com a iniciativa privada. Nesse cenário, a Petrobras teria papel estratégico no desenvolvimento de novas tecnologias e no avanço de biocombustíveis e hidrogênio verde. Governador Helder Barbalho defende protagonismo do Brasil na transição energética durante Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia “Sustentabilidade não é apenas preservar o meio ambiente. É também gerar empregos, garantir competitividade e cuidar das pessoas”, completou. Desafios de infraestrutura e distribuição Apesar do protagonismo brasileiro na geração de energia limpa, Barbalho chamou atenção para os gargalos de transmissão e logística, especialmente em regiões de grande produção como o Norte do país. “De nada adianta gerar energia se não há capacidade de escoar essa produção para os grandes centros de consumo. Precisamos investir na modernização e expansão da rede elétrica”, disse o governador, lembrando que o território do Pará equivale, em extensão, à soma de Portugal, Espanha e França. COP 30 em Belém: a conferência da implementação Como anfitrião da COP 30 , que será realizada em Belém em 2026, Helder Barbalho reforçou que o encontro será um marco global. A expectativa é que a conferência seja lembrada como a “COP da implementação”, 10 anos após o Acordo de Paris. “Será a oportunidade de avaliar o que foi prometido, o que foi cumprido e, principalmente, de definir compromissos concretos para frear o aquecimento global. A COP de Belém precisa entregar resultados reais em financiamento climático e metas de descarbonização”, destacou. O governador também recebeu simbolicamente a Carta das Mulheres da Energia , documento que reúne contribuições do setor feminino para uma transição justa, inclusiva e acelerada. Energia, inclusão e futuro sustentável O evento reforçou a importância da participação social e da liderança das mulheres no setor energético, conectando pautas ambientais, econômicas e sociais. Para Barbalho, esse é o caminho para que o Brasil consolide seu papel como potência mundial em energia limpa , conciliando preservação da biodiversidade, inovação tecnológica e geração de oportunidades. “Temos todas as ferramentas em mãos. Cabe a nós transformar esse potencial em realidade e mostrar ao mundo que o Brasil pode ser o guardião da transição energética”, concluiu. Governador Helder Barbalho defende protagonismo do Brasil na transição energética durante Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia
- CARTA DAS MULHERES DO CONGRESSO BRASILEIRO MULHERES DA ENERGIA PARA A COP30
São Paulo, 25 de agosto de 2025 Reunidos no 4º Congresso Brasileiro Mulheres da Energia, no Teatro Santander, em São Paulo — evento que se consolidou como o maior fórum de liderança feminina no setor energético da América Latina — mulheres, parlamentares, especialistas, empresárias, acadêmicas, lideranças comunitárias, representantes de diferentes setores da sociedade brasileira e internacional e convidados, que se unem nesta declaração histórica: CARTA DAS MULHERES DO CONGRESSO BRASILEIRO MULHERES DA ENERGIA PARA A COP30 O mundo vive uma emergência climática sem precedentes. Ondas de calor extremo, secas prolongadas, eventos hidrológicos severos e perda de biodiversidade já comprometem vidas, economias e ecossistemas. A COP30, a realizar-se em Belém do Pará, Brasil, não será apenas mais uma conferência: será um divisor de águas na capacidade global de cumprir a meta do Acordo de Paris. O Senhor Governador Helder Zahluth Barbalho, aqui presente, tem uma imensa responsabilidade como Governador do Estado do Pará, que sediará a COP30. Estarão presentes líderes mundiais como chefes de estado e ministros, representantes de governos e delegações de todos os países signatários da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). Além deles, a conferência reunirá cientistas, líderes de empresas, ONGs, ativistas e povos indígenas e comunidades tradicionais, que buscam ter uma participação histórica e significativa no debate das mudanças do clima. Isto demonstra a importância histórica da Cidade de Belém e o tamanho da responsabilidade do Senhor Governador como anfitrião do evento. É urgente que possamos enviar nosso apoio, nossas demandas e colaborações e acima de tudo, nosso compromisso com os desafios da COP30 associados à energia, como sustentabilidade ambiental, segurança energética, a inclusão de gênero e de raça e com a diversidade, rumo à efetiva transição energética. Diante dessa urgência, reafirmamos: a transição energética não é apenas tecnológica — é social, política e profundamente humana. E só será bem- sucedida se for justa, inclusiva e participativa, garantindo que ninguém seja deixado para trás. Esta transição não se dará sem segurança energética, equidade e sustentabilidade ambiental (World Energy Council 2024). As mulheres representam forças estratégicas para a implementação real e contínua das metas climáticas, elas são líderes de redes, movimentos e iniciativas que integram conhecimento técnico, inovação e experiência de vida, conectando soluções energéticas com necessidades concretas dos territórios. Temos ênfase especial para as mulheres parlamentares, com poder de legislar, fiscalizar e garantir a permanência das políticas climáticas, independentemente de mudanças de governo, assegurando a coerência entre compromissos internacionais e ações nacionais. COMPROMISSO: O Congresso Brasileiro Mulheres da Energia se une à COP30, reconhecendo sua importância como marco global e estamos preparadas para contribuir com dados, propostas e experiências consolidadas, assumindo os seguintes compromissos: Institucionalizar a voz das mulheres e a diversidade de gênero e de raça na COP30, e garantir esta diversidade nos espaços de decisão, delegações e grupos de trabalho. Esta presença fortalecerá a diversidade do setor energético e impulsionará a construção de um mercado mais inclusivo. Criar mecanismos permanentes para que redes femininas participem da construção e monitoramento das políticas energéticas e climáticas, com foco na descarbonização do setor energético brasileiro e na democratização do acesso à energia. Participar da construção de políticas climáticas e energéticas, adotando metodologias de coleta e monitoramento de dados, com metas transparentes e relatórios públicos de progresso da inserção e permanência de mulheres em posições técnicas e de liderança em empresas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. Atuar junto a associações setoriais, fornecedores de tecnologia, instituições de pesquisa e instituições governamentais incentivando a abertura de canais, de oportunidades e de reconhecimento da mulher no setor eletroenergético brasileiro. Combater a pobreza energética com enfoque de justiça de gênero e de raça, priorizando políticas que levem energia limpa e acessível a territórios periféricos, comunidades tradicionais, áreas rurais e populações vulneráveis, garantindo dignidade e desenvolvimento econômico local. Inspirar, motivar e capacitar meninas e mulheres para a nova economia verde criando programas nacionais e internacionais de qualificação técnica, inclusão produtiva e promoção da liderança feminina no setor energético, fortalecendo nossas redes de relacionamento e ampliando o sentimento de pertencimento. Trabalhar em prol da modernização do setor elétrico brasileiro. Esta modernização precisa ser pautada na busca de alternativas mais eficientes, limpas e acessíveis de geração de energia, descarbonização da matriz energética, utilização de inovações, uso tecnologias descentralizadas, recursos energéticos distribuídos, digitalização das redes, democratização do acesso, e maior participação social nas decisões energéticas, colocando o indivíduo como papel central. DECLARAÇÃO FINAL: Ao colocar mulheres no centro da Transição Energética, o Brasil enviará uma mensagem inequívoca ao planeta: estamos prontos para liderar uma transição que combina ciência, justiça social e coragem política. O tempo de unir forças é agora. A governança climática global precisa reconhecer oficialmente essas forças, por isso, este documento une demandas e assume compromissos claros. Afirmamos nossa responsabilidade em atuar de forma plena, para inspirar e motivar as novas gerações, engajar lideranças e tomadores de decisões no compromisso com a diversidade e a inclusão. Desta forma, assinam esta carta, em nome das redes, organizações, lideranças femininas, parlamentares e autoridades comprometidas com a equidade de gênero, de raça e a governança climática: ___________________________ Lucia Maria Abadia Organizadora do Congresso Brasileiro Mulheres da Energia CEO Grupo ABADIA Alessandra Torres - Presidente Executiva da ABRAPCH Priscila Carazzatto - Ceo da EGS MARISA BARROS - Subsecretária de Energia e Mineração da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura Elisa Bastos - Diretoria de Assuntos Corporativos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) Marina Meyer - Presidente da Comissão de Energia da OAB MG, Diretora Jurídica do INEL e Head of Legal na EGS Tânia Cosentino - Vice-Presidente de Cibersegurança Microsoft América Latina Zilda Costa - Vice-Presidente ABGD Régia Moreira Leite - Economista e Diretora da IMPRAM - Impressora Amazonense Daniela Gomes Pinto - Program Officer do Programa de Meio Ambiente da Fundação Mott Patrícia Cristinna - Engenheira de Formação e Criadora Audiovisual Milena Rosa - ESG Global Leader Valcléia Lima - Superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades Jussara Salgado - Coordenadora Programática do Projeto Saúde e Alegria Luciana Nabarrete - Diretora-presidente da ENGIE Soluções de Operação e Manutenção Cristiana Abreu - Especialista em Desenvolvimento de Negócios TAG Camila Souto - Coordenadora de Hidrologia na Jirau Energia Edith Carvalho - Gerente de Relações Governamentais da ENGIE Renata Junqueira - Gerente de Assessoria Financeira da ENGIE Zilda Costa - Vice-Presidente ABGD Alessandra Torres – Presidente Executiva da ABPRACH Gisele Queiroz - Diretora de Riscos Corporativos da Interrisk Paula Misan - CEO e CO-Fundadora da Electy Karina Ribeiro - Head da Universidade Corporativa no Instituto Eldorado Claudia de Andrade Tambascia - Consultora Tecnológica no Instituto de Pesquisas Eldorado Juliana Ulian - CEO GHM Solutions e Portal Ecogateway Bárbara Pizzolato - Líder em Iniciativas Tecnológicas Sustentáveis Glaucia s. Roveri dos Santos - Manager - EV Infrastructure -GM South America Joiris Manoela Dachery - CEO e Fundadora da Energês Joandra Ribeiro Gomes - Engenheira de projetos sênior na UCB Power Cinthya Iannuzzi - Head de Produto na SNEC PV & ES LATAM 2026 Zilda Costa - Vice-Presidente da ABGD Alessandra Torres - Presidente Executiva da ABRAPCH Elusa Moreira Barroso Brasil - Assessora Executiva da Diretoria Geral do ONS Saunaray Barra - Consultora de Desenvolvimento Industrial no SENAI/FIEMG Bruna Tiziani - Head Trader na Diferencial Comercializadora de Energia Jessica Soares - Interligadas Clarissa Zomer - CEO Arquitetando Energia Solar, Diretora da ABGD e Diretora da Garantia Solar BIPV Juliana Pompeia - Diretora de Pessoas e Sustentabilidade da EMAE Lara Marques - Meteorologista e Executiva de Contas da Vertical de Energia da Climatempo Ericka Araújo - Líder de Comunicação do Canal Solar Laiz Hérida - CEO da HL Soluções Ambientais e Presidente do Instituto Menina do Sertão - IMSER CARTA DAS MULHERES DO CONGRESSO BRASILEIRO MULHERES DA ENERGIA PARA A COP30
- Paraguai pode atrair investimentos de até R$ 3,6 bilhões para transformar o lixo urbano em energia, destaca ABREN
O presidente da associação, Yuri Schmitke, participou nesta sexta-feira (22) da Expo Resíduos 2025, em Assunção, capital do Paraguai, e apresentou o potencial da região para a instalação de usinas de recuperação energética de resíduos; Paraguai pode atrais investimentos de até R$ 3,6 milhões para transformar o lixo urbano em energia, destaca ABREN De acordo com Schmitke, a instalação de 3 usinas dessa natureza poderia gerar mais de 4 mil empregos, além de diminuir custos com a saúde pública e com o meio ambiente. Assunção - Paraguai, 25 de agosto de 2025 – O presidente da Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN), Yuri Schmitke, apresentou, nesta sexta-feira (22), o potencial do Paraguai para geração de energia a partir do lixo. O especialista participou da Expo Resíduos 2025, em Assunção, capital do Paraguai, evento que teve como tema central os desafios para a gestão de resíduos e a promoção da economia circular. De acordo com Schmitke, o país possui um grande potencial para gerar energia a partir dos resíduos não recicláveis. “Somente a região de Grande Assunção, por exemplo, teria a capacidade de receber uma usina de recuperação energética de resíduos (UREs) , com capacidade para aproximadamente 66 MW de potência cada . Além disso, a região poderia atrair investimentos da ordem de 4,8 bilhões de guaranis , o equivalente a aproximadamente R$ 3,6 milhões ”. Ainda segundo o presidente da ABREN, a instalação de UREs, além de ser uma alternativa ambientalmente mais adequada em comparação a lixões e aterros sanitários, contribuiria para a geração de mais de 4 mil empregos em 40 anos , período que é a vida útil de uma usina dessa natureza. Além disso, reduziria em cerca de R$ 34 milhões os custos anuais com a saúde pública e em R$ 31 milhões os custos anuais com danos ambientais , mitigando também mais de 1,5 milhão de toneladas de CO2eq por ano . “Essa é uma tecnologia utilizada há mais de 50 anos em diversos países do mundo. A cargo de exemplo, há mais de 3 mil UREs em todo o planeta , com usinas no Japão, China, Franca, e Dinamarca, por exemplo. Porém, a América do Sul está muito atrasada nesse sentido. O Brasil está construindo na cidade de Barueri, em São Paulo, a primeira URE da América do Sul. O Paraguai pode e deve seguir esse mesmo exemplo. O potencial do país é gigantesco”, destacou Schmitke. A Expo Resíduos é um dos principais eventos a nível mundial com foco na gestão de resíduos. O evento se consolidou como um espaço de relevância ambiental, em que são promovidas soluções inovadoras e sustentáveis para a gestão de resíduos, incentivando a economia circular e a conscientização cidadã sobre a importância da reciclagem e da separação correta dos resíduos. Durante a exposição, foram apresentadas as mais recentes tecnologias, máquinas, produtos e serviços aplicados ao tratamento de resíduos perigosos, não perigosos, de manejo especial e sólidos urbanos. Participaram do encontro pesquisadores, especialistas, empresários, autoridades e organizações comprometidas com a gestão de resíduos, a reciclagem e a sustentabilidade. Sobre a ABREN: A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil. A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site , Linkedin , Facebook , Instagram e YouTube da associação. Paraguai pode atrair investimentos de até R$ 3,6 bilhões para transformar o lixo urbano em energia, destaca ABREN
- Cibersegurança na proteção da Amazônia é tema de destaque no 4º Congresso Brasileiro de Mulheres na Energia
A Amazônia, maior floresta tropical do mundo, com a maior parte de sua extensão em território brasileiro, enfrenta desafios crescentes na preservação da biodiversidade e no combate ao desmatamento e às queimadas. Em um cenário onde tecnologias digitais e inteligência artificial desempenham papel fundamental no monitoramento ambiental, garantir a segurança e a integridade dos dados e sistemas tornou-se uma prioridade estratégica para o sucesso das ações de preservação. Cibersegurança na proteção da Amazônia é tema de destaque no 4º Congresso Brasileiro de Mulheres na Energia Esse foi o tema central do painel “Amazônia - Uso de Cibersegurança para Proteção Ambiental da Amazônia”, conduzido por Tânia Cosentino, Vice-Presidente de Cibersegurança da Microsoft América Latina, durante o 4º Congresso Brasileiro de Mulheres na Energia, um dos principais fóruns da América Latina no setor energético, com o tema “Energia Limpa, Inteligência Coletiva”. Durante o painel, Cosentino destacou que iniciativas que utilizam inteligência artificial para mapear a fauna amazônica e promover a eletrificação sustentável dependem de uma infraestrutura digital robusta e protegida contra ameaças cibernéticas. Ela enfatizou que a cibersegurança não deve ser vista como um departamento isolado, mas integrada ao núcleo estratégico das organizações, especialmente em processos de inovação e decisões baseadas em dados. “A segurança cibernética é uma responsabilidade compartilhada, costumamos dizer na Microsoft que é um esporte de equipe” , afirmou Consentino. A executiva também abordou os principais desafios da cibersegurança no contexto amazônico, destacando a vulnerabilidade dos sistemas de monitoramento a ataques que podem comprometer a precisão e a confiabilidade dos dados ambientais, elementos essenciais para a formulação de políticas públicas e para a colaboração eficaz entre diferentes agentes. O debate reforçou a visão de que a cibersegurança é um componente estratégico indispensável para a sustentabilidade e o futuro da região, contribuindo para a construção de um modelo de desenvolvimento tecnológico e ambiental mais resiliente e eficiente. O congresso contou com o apoio de patrocinadores estratégicos como ENGIE, Unifaj/Unimax, ABGD, Interrisk, EMAE, Lindenberg Construtora, Thopen e Instituto Eldorado, reforçando a importância da integração entre setor privado, academia e sociedade civil no avanço de uma agenda sustentável e inclusiva. "O setor elétrico inclusivo é o caminho para um futuro mais justo e sustentável, especialmente para a Amazônia, onde a eletrificação responsável e o uso de tecnologias digitais podem fortalecer a proteção ambiental e o desenvolvimento das comunidades locais,” conclui Lúcia Abadia, idealizadora do evento. ServiçoEvento: 4º Congresso Brasileiro das Mulheres da EnergiaData : 25 de agosto de 2025 Local : Teatro Santander – Complexo JK Iguatemi – São Paulo/SP Programação e inscrições : www.mulheresdaenergia.com .br Vagas limitadas. Restam poucos convites Cibersegurança na proteção da Amazônia é tema de destaque no 4º Congresso Brasileiro de Mulheres na Energia
- Integração de renováveis em redes inteligentes: o novo estágio da transição energética
Integração de renováveis em redes inteligentes: o novo estágio da transição energética Por Laís Víctor – Especialista em energias renováveis e Diretora executiva O mundo da energia está passando por uma transformação silenciosa, mas irreversível. O que antes era tratado como promessa de futuro a expansão das fontes renováveis hoje é uma realidade que molda economias, regulações e hábitos de consumo. Só no Brasil, solar e eólica já ocupam uma fatia expressiva da matriz elétrica, e o crescimento continua em ritmo acelerado. Mas, junto com esse avanço, surge uma pergunta inevitável: como garantir que um sistema elétrico projetado para ser centralizado e previsível consiga operar em um cenário cada vez mais descentralizado, variável e dinâmico? É aqui que entram as redes inteligentes. Mais do que uma atualização tecnológica, os smart grids representam uma mudança de paradigma. Eles unem geração distribuída, digitalização e automação em uma arquitetura capaz de sustentar a próxima etapa da transição energética um setor mais conectado, eficiente e orientado por dados, no qual o consumidor deixa de ser passivo para assumir papel ativo como protagonista. O sistema elétrico em choque de gerações O crescimento das fontes renováveis no Brasil deixou de ser uma promessa para se tornar uma realidade mensurável. Em 2024, o país ultrapassou a marca de 41 GW de potência instalada em solar e eólica, de acordo com a ABSOLAR e a ABEEólica. Um dado impressionante, mas que revela apenas parte da história. Esse avanço não se concentra apenas em grandes parques de geração: ele se espalha pela geração distribuída, onde milhares de consumidores em todo o país passaram a se conectar às redes de baixa e média tensão, transformando o consumidor tradicional em prosumidor alguém que consome, mas também gera energia. Esse novo modelo contrasta de forma radical com a lógica para a qual o sistema elétrico brasileiro foi desenhado. A estrutura que herdamos foi construída sobre um conceito de operação centralizada e unidirecional: a energia partia de grandes usinas, percorria longas linhas de transmissão e chegava aos consumidores finais de forma linear. Agora, essa lógica está sendo desafiada. A entrada massiva e pulverizada de energia em múltiplos pontos da rede rompe com a previsibilidade anterior e expõe fragilidades na capacidade de controle, monitoramento e resposta dinâmica diante das variações de carga e geração. É nesse ambiente de disrupção que as redes inteligentes (smart grids) se tornam fundamentais. Mais do que um upgrade tecnológico, elas representam uma mudança de paradigma na forma de gerir energia. Combinando sensores avançados, medidores inteligentes, automação em tempo real e plataformas de gestão de dados, os smart grids oferecem a capacidade de transformar um sistema antes passivo em um organismo ativo, capaz de reagir em segundos às oscilações da demanda e da oferta. O movimento é global e irreversível. Segundo estimativas da BloombergNEF, o investimento em redes inteligentes deve atingir US$ 50 bilhões até 2030. Esse número não apenas reflete o tamanho da oportunidade, mas evidencia que a modernização das redes elétricas deixou de ser uma escolha e passou a ser uma necessidade estratégica para sustentar a expansão renovável com segurança, estabilidade e eficiência. O peso da inovação em uma rede que ainda carrega o passado A integração de fontes renováveis em redes inteligentes no Brasil não acontece em um terreno neutro. Ela enfrenta barreiras estruturais e institucionais que colocam à prova a capacidade do setor elétrico de se reinventar no ritmo que a transição energética exige. O primeiro obstáculo é a infraestrutura obsoleta. Grande parte da rede de distribuição brasileira ainda opera com equipamentos analógicos, baixa capacidade de comunicação e processos pouco automatizados. Em áreas críticas, isso significa que a inteligência necessária para lidar com a variabilidade da geração simplesmente não existe, o que limita a adoção plena das renováveis. Outro desafio é a baixa interoperabilidade entre plataformas. Hoje, cada agente geradores, distribuidoras, comercializadoras trabalha com sistemas próprios, sem padrões consolidados de integração. O resultado é um mosaico fragmentado de dados que não conversam entre si, o que compromete a visão sistêmica e reduz a eficiência da rede como um todo. Há também os riscos de instabilidade. Diferente das usinas centralizadas, que entregam energia previsível e constante, fontes como solar e eólica variam com o clima. A rede precisa reagir em tempo real a essas oscilações, mas, sem os recursos adequados, o risco de quedas, picos de tensão e falhas de fornecimento cresce. Além disso, o custo de modernização pesa sobre o setor. A digitalização das redes exige investimentos (CAPEX) robustos e contínuos, o que obriga empresas e reguladores a encontrarem modelos de financiamento sustentáveis e com retorno econômico claro algo ainda em debate no país. Por fim, a governança e proteção de dados surge como um desafio estratégico. Redes inteligentes dependem de informações sensíveis dos consumidores e da operação do sistema. Garantir segurança cibernética, privacidade e regras claras de uso desses dados é condição básica para gerar confiança e evitar vulnerabilidades em um setor essencial. Esses pontos mostram que a transição não é apenas tecnológica, mas também regulatória, econômica e cultural. A rede elétrica brasileira precisa correr contra o tempo para deixar de ser analógica e fragmentada e se tornar digital, integrada e resiliente. O potencial oculto por trás das redes inteligentes Se, por um lado, a integração das renováveis em redes inteligentes expõe os gargalos do setor elétrico, por outro, abre espaço para um conjunto de benefícios que podem redefinir a forma como geramos, consumimos e valorizamos energia. As redes inteligentes não são apenas uma resposta técnica aos desafios atuais — elas representam um novo horizonte de oportunidades econômicas, sociais e tecnológicas. Um dos pontos mais relevantes é a gestão ativa da demanda. Com o apoio de medidores inteligentes, a rede passa a enxergar em tempo real o comportamento do consumo, ajustando cargas de forma automática e evitando sobrecargas. Isso significa maior estabilidade para o sistema e, ao mesmo tempo, eficiência para consumidores e distribuidoras. A digitalização também possibilita a redução de perdas técnicas e comerciais, um dos maiores problemas crônicos do setor elétrico brasileiro. Sistemas inteligentes conseguem detectar falhas, furtos e irregularidades com muito mais precisão, reduzindo desperdícios e aumentando a confiabilidade do fornecimento. Outra mudança estrutural é a valorização do consumidor-prosumidor. A energia que antes fluía em uma única direção agora pode ser compartilhada. Quem gera energia em sua casa, empresa ou fazenda passa a ser visto não apenas como cliente, mas como ativo estratégico da rede, com direito a compensações e participação em mercados de energia cada vez mais dinâmicos. Além disso, a digitalização cria espaço para a abertura de novos serviços. Comercializadoras, startups e agregadores ganham espaço para oferecer soluções como armazenamento descentralizado, programas de resposta da demanda e até pacotes de energia sob demanda, moldando um mercado muito mais flexível e competitivo. E não menos importante: a preparação para veículos elétricos e sistemas de armazenamento. A mobilidade elétrica já é realidade em diversos países e avança rapidamente no Brasil. Mas sua integração em larga escala só será possível em redes bidirecionais, capazes de se comunicar com baterias e carregadores inteligentes. Sem essa estrutura, o futuro da mobilidade limpa fica comprometido. As oportunidades, portanto, não se limitam ao ganho de eficiência. Elas representam um salto qualitativo: redes inteligentes podem transformar a relação entre consumidores, empresas e governo, criando um ecossistema mais participativo, transparente e sustentável. Da teoria à ação no setor elétrico Superar os desafios e capturar as oportunidades que as redes inteligentes oferecem não será possível sem uma agenda estratégica clara. O setor elétrico brasileiro precisa avançar em medidas estruturais que acelerem a modernização da rede, alinhem interesses entre reguladores, empresas e consumidores, e criem um ambiente favorável à inovação. A primeira prioridade é acelerar a modernização da rede de distribuição, sobretudo em regiões que já concentram alto índice de geração renovável. Nessas áreas, a pressão sobre a infraestrutura é maior, e qualquer atraso em investimentos aumenta o risco de instabilidade e limita o crescimento da geração distribuída. Outro ponto essencial é criar incentivos regulatórios para que distribuidoras e consumidores adotem tecnologias inteligentes, como medidores digitais, sistemas SCADA e dispositivos IoT. Sem estímulos concretos, a transformação tende a avançar de forma desigual, aprofundando a distância entre regiões mais desenvolvidas e aquelas ainda dependentes de redes analógicas. Também é urgente fomentar a interoperabilidade de dados, por meio de padrões abertos e plataformas compartilhadas. Uma rede inteligente só é verdadeiramente eficiente quando diferentes agentes geradores, distribuidoras, comercializadoras e consumidores conseguem dialogar em tempo real com base em dados consistentes e confiáveis. Outro pilar estratégico está na proteção cibernética e no uso ético dos dados coletados. Redes digitais tornam o sistema mais eficiente, mas também mais exposto a riscos. Políticas robustas de segurança da informação, alinhadas a uma governança transparente, são fundamentais para garantir a confiança do consumidor e a integridade operacional. É indispensável criar hubs de inovação e ambientes regulatórios experimentais, como regulatory sandboxes, que permitam testar novos modelos de negócio e tecnologias em condições controladas. Esse espaço de experimentação é vital para startups, comercializadoras e distribuidoras que desejam explorar soluções disruptivas sem esbarrar em barreiras regulatórias rígidas. Essas recomendações não são apenas uma lista de intenções, mas um caminho de ação concreta para garantir que o setor elétrico brasileiro esteja preparado para o novo ciclo de descentralização, digitalização e sustentabilidade que já se desenha. O futuro do setor elétrico não espera A integração de fontes renováveis em redes inteligentes não é apenas um passo técnico na evolução do setor, mas uma necessidade estratégica para sustentar a expansão da energia limpa com confiabilidade e eficiência. Mais do que trocar equipamentos ou modernizar processos, estamos diante de uma mudança de mentalidade: sair de um modelo centralizado, rígido e unidirecional, para um sistema distribuído, dinâmico e preditivo, no qual a informação circula com a mesma relevância que a energia. Como especialista que há mais de uma década acompanha de perto a evolução do setor elétrico no Brasil, posso afirmar que a velocidade dessa transição será o fator determinante para definir quem lidera e quem fica para trás. Não basta reconhecer a importância da digitalização, é preciso agir com visão de longo prazo. Executivos, investidores e operadores que enxergarem o valor estratégico da integração agora estarão mais preparados para enfrentar os riscos e capturar as oportunidades que já estão diante de nós. Mas há um ponto que considero ainda mais decisivo: a centralidade do consumidor. Pela primeira vez na história, o consumidor deixa de ser apenas receptor de energia e passa a ocupar papel ativo como prosumidor, influenciando preços, estabilidade da rede e até novos modelos de negócio. Quem insistir em olhar para o consumidor apenas como carga estará preso ao passado; quem enxergá-lo como parceiro ativo construirá o futuro. O setor elétrico brasileiro tem uma janela de oportunidade única. A escolha é simples, mas decisiva: ser protagonista desse novo ciclo ou apenas reagir às mudanças que virão de fora. Como profissional que atua diariamente nesse ecossistema, acredito que o Brasil tem todas as condições para liderar essa transição, mas isso exige coragem para modernizar, flexibilidade regulatória e disposição para investir em inteligência e inovação. No fim, redes inteligentes não são apenas sobre energia. São sobre confiança, inclusão, sustentabilidade e sobre a capacidade de transformar um setor tradicional em um motor de desenvolvimento para todo o país. E a pergunta que deixo ao leitor é: estamos preparados para liderar esse movimento ou aceitaremos ser apenas seguidores? Sobre a autora Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis. Integração de renováveis em redes inteligentes: o novo estágio da transição energética
- Com auditório lotado, 4° Congresso de Mulheres na Energia discute os rumos da transição energética no Brasil
Com auditório lotado no Teatro Santander, o 4º Congresso Brasileiro de Mulheres na Energia abriu sua programação nesta segunda-feira (25) com o painel “COP30 e o Brasil Real: Transição Justa, Infraestrutura Verde e Regulação Eficiente”. Em um importante momento para o setor elétrico nacional, o debate reuniu líderes femininas que destacaram os caminhos para uma transição energética que seja ao mesmo tempo sustentável, segura, inclusiva e economicamente viável. Com auditório lotado, 4° Congresso de Mulheres na Energia discute os rumos da transição energética no Brasil Durante o debate, a diversidade da matriz energética brasileira foi apontada como uma vantagem estratégica, mas que exige inteligência operacional. Elisa Bastos, diretora de Assuntos Corporativos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), afirmou que: “nós temos uma cesta de soluções muito risca no nosso país e saber utilizar de forma inteligente é o grande diferencial do Brasil”. Elisa lembrou que, historicamente, hidrelétricas e termoelétricas sustentaram a base do sistema, o que possibilitou a expansão acelerada das fontes solar e eólica nos últimos anos. Hoje, essas fontes continuam exercendo papel essencial, garantindo estabilidade e compensando as oscilações naturais das renováveis variáveis. “A beleza está na complementariedade entre as fontes. Mas, para isso funcionar, é fundamental ampliar a flexibilidade do sistema e aprimorar a coordenação entre os agentes”, completou. A necessidade de aprimorar o ambiente regulatório também ganhou relevância. Priscila Carazzatto, CEO da EGS, destacou que garantir um ambiente jurídico estável e transparente é decisivo para atrair investimentos, “é necessário elaborar um ambiente jurídico, regulatório e políticas públicas seguras para que o investidor tenha segurança em colocar o seu dinheiro aqui no Brasil”, comenta. Na mesma linha, Alessandra Torres, presidente executiva da ABRAPCH, defendeu o fortalecimento institucional. “ Estamos em um momento de inflexão no setor elétrico. As regras precisam acompanhar a transformação. Por isso, fortalecer as agências reguladoras é essencial para garantir estabilidade e inovação, afirmou Torres, moderadora do painel. Além da segurança regulatória, houve consenso sobre a necessidade de casar a expansão da geração com o avanço da transmissão, tema crítico para viabilizar grandes projetos renováveis no Brasil. Com a COP30 se aproximando, a discussão também se voltou aos impactos crescentes das mudanças climáticas. A necessidade de adaptação, tanto de infraestrutura quanto de políticas públicas, ganhou destaque na fala de Marisa Barros, subsecretária de Energia e Mineração da Secretaria de Meio Ambiente, e Infraestrutura do Estado de São Paulo. “É importante uma atuação coordenada e integrada, entre união, estados e municípios, acho que esse é um dos maiores desafio”. A discussão também trouxe uma dimensão social à transição energética. Marina Meyer, presidente da Comissão de Energia da OAB-MG, diretora jurídica do INEL e head of legal da EGS, enfatizou a importância de garantir que a transformação energética seja ambientalmente correta, economicamente eficiente e socialmente inclusiva: “O caminho da transição não pode ser apenas técnico. Ele precisa considerar o impacto nas pessoas e nas comunidades.” O Congresso Brasileiro de Mulheres na Energia é o maior evento da América Latina com palco exclusivamente feminino. Em sua 4ª edição, o evento reúne mais de mil líderes e especialistas para discutir os principais desafios e soluções para o futuro energético do Brasil. A edição de 2025 tem como tema “Energia Limpa, Inteligência Coletiva”. Na abertura, Lúcia Abadia, idealizadora do evento, destacou o papel das mulheres como protagonistas da transformação energética e social. “Somos como a flor de lótus: flores que nascem em meio aos desafios e florescem com força, voz e energia para iluminar o mundo,” concluiu. O congresso conta com o apoio de patrocinadores estratégicos como ENGIE, Unifaj/Unimax, ABGD, Interrisk, EMAE, Lindenberg Construtora, Thopen e Instituto Eldorado, reforçando a integração entre setor privado, academia e sociedade civil no avanço de uma agenda sustentável e inclusiva. ServiçoEvento: 4º Congresso Brasileiro das Mulheres da EnergiaData : 25 de agosto de 2025 Local : Teatro Santander – Complexo JK Iguatemi – São Paulo/SP Programação e inscrições : www.mulheresdaenergia.com .br Vagas limitadas. Restam poucos convites Com auditório lotado, 4° Congresso de Mulheres na Energia discute os rumos da transição energética no Brasil
- FISCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E OS LIMITES DE ATUAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA
Frederico Boschin Natália Fengler O setor elétrico brasileiro vive uma transformação marcada pela crescente inserção da geração distribuída. Essa mudança estrutural acarreta necessariamente uma maior interação entre concessionárias de distribuição de energia e consumidores acessantes com sistemas solares. Diante desse cenário, as concessionárias de energia intensificaram as ações de fiscalização das unidades geradoras. O objetivo é verificar o cumprimento dos limites de potência autorizados e prevenir riscos à segurança operacional das suas redes. Para isso, têm adotado métodos variados, como: Análise de faturas de energia elétrica para verificar se a geração é compatível com a potência autorizada; Imagens de satélite para identificar ampliações não comunicadas; Uso de drones para inspeções visuais de usinas e instalações. Essa atuação, embora tecnicamente justificável, tem levantado questionamentos jurídicos sobre os limites legais da intervenção das concessionárias e os direitos dos consumidores, especialmente no que tange à inviolabilidade da propriedade privada, à ampla defesa e ao contraditório. Os Direitos do Consumidor e os Limites da Fiscalização O direito de propriedade é garantido pela Constituição Federal no art. 5º, inciso XXII, e pelo Código Civil nos arts. 1.228 e seguintes. Isso assegura ao proprietário o pleno uso, gozo e disposição de seu imóvel, inclusive o direito de impedir o acesso de terceiros sem autorização. As concessionárias não possuem prerrogativa legal automática para ingressar em residências privadas. Qualquer vistoria que envolva acesso ao interior do imóvel deve ser formalmente comunicada e autorizada pelo consumidor. A entrada forçada ou sem consentimento pode configurar violação de domicílio, conforme o art. 150 do Código Penal. Nesse sentido, a Resolução Normativa nº 1000/2021 da ANEEL reforça que os procedimentos fiscalizatórios devem ser: formalizados e documentados, comunicados previamente ao consumidor e passíveis de contestação, em respeito à legislação civil e penal vigente. Em especial, merecem atenção os arts. 250, 279 e 355 que asseguram o direito do consumidor ao agendamento da inspeção ou, ao menos, a comunicação sobre a fiscalização que será realizada, garantindo ainda que antes da suspensão de fornecimento o consumidor seja notificado, viabilizando a apresentação de evidências que comprovem a regularidade das instalações ou agendamento de visita: Art. 250. O prazo para a distribuidora inspecionar o sistema de medição e adotar as providências do art. 252 é de até 30 dias, contados a partir da solicitação, devendo ser observadas as seguintes disposições: I - a distribuidora deve agendar com o consumidor e demais usuários na solicitação ou informar, com antecedência de pelo menos 3 dias úteis, a data fixada e o horário previsto para a realização da inspeção, de modo a possibilitar o seu acompanhamento; Art. 279. Constatado o impedimento de acesso para fins de leitura, a distribuidora deve oferecer pelo menos uma das seguintes alternativas ao consumidor: I - agendamento de dia e turno (manhã ou tarde) para a realização da leitura pela distribuidora; II - implantação de sistema que permita a leitura local, sem necessidade de visualização do medidor; III - implantação de sistema de medição que permita a leitura remota; IV - implantação de medição externa; V - serviço de transferência do padrão de medição para o limite com a via pública; VI - realização da autoleitura; e VII - outras soluções consideradas viáveis para a execução pela distribuidora. Art. 355. A distribuidora pode suspender o fornecimento de energia elétrica por razões de ordem técnica ou de segurança nas instalações do consumidor e demais usuários , precedida da notificação do art. 360, nos seguintes casos: I - impedimento de acesso para fins de leitura, substituição de medidor e inspeções; II - inexecução das correções indicadas no prazo informado pela distribuidora, no caso de constatação de deficiência não emergencial nas instalações do consumidor e demais usuários; ou III - inexecução das adequações indicadas no prazo informado pela distribuidora, no caso do consumidor e demais usuários utilizarem nas instalações, à revelia da distribuidora, carga ou geração que provoquem distúrbios ou danos ao sistema elétrico de distribuição ou às instalações e equipamentos elétricos de outros usuários. Parágrafo único. No caso do inciso I, a liberação do acesso ou a escolha de uma das alternativas do art. 279 impede a suspensão do fornecimento e mantém a cobrança do consumidor e demais usuários pelo serviço correspondente à visita técnica. Ademais, especificamente em relação ao uso de drones por concessionárias de energia, observa-se que, embora o direito de propriedade garanta ao titular o controle sobre o espaço aéreo imediatamente acima de seu imóvel, esse direito não é absoluto frente ao interesse público e à regulação técnica. Nesse sentido, a utilização de drones está submetida a regras específicas, previstas no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial – RBAC-E nº 94 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que permite voos “Além da Linha de Visada Visual” (BVLOS), desde que cumpram requisitos técnicos e operacionais rigorosos. Concessionárias, devidamente autorizadas pela ANAC e pelo Departamento de Controle Aéreo (DECEA), podem utilizar drones para inspeções de infraestrutura crítica, como usinas, torres de transmissão e redes de distribuição. O sobrevoo de propriedades privadas, nesses casos, não configura violação de domicílio ou invasão de privacidade, desde que: Não haja coleta de dados pessoais ou imagens internas; A operação esteja autorizada pelos órgãos competentes; O sobrevoo seja pontual, técnico e voltado à segurança da infraestrutura pública. Nesse contexto, o uso de drones se insere como exercício legítimo de função pública delegada, respeitando os limites legais e constitucionais. O interesse coletivo na segurança energética pode justificar restrições pontuais ao exercício pleno do direito de propriedade, desde que haja proporcionalidade e respeito à privacidade. Conclusão: fiscalizar com responsabilidade e legalidade A fiscalização das instalações elétricas é medida necessária para preservar a segurança e a confiabilidade do sistema, sobretudo diante do crescimento acelerado da geração distribuída. No entanto, ela deve ser exercida com transparência, responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais. O acesso a imóveis privados depende de consentimento expresso do consumidor ou autorização legal específica, enquanto o sobrevoo por drones é permitido apenas quando vinculado a finalidades técnicas e autorizado pelos órgãos competentes. Portanto, a atuação das concessionárias somente será válida quando conduzida de forma formalizada, transparente e proporcional, em conformidade com a Resolução Normativa nº 1000/2021 da ANEEL e com a legislação civil e penal aplicável. Qualquer conduta fora desses parâmetros pode configurar abuso de poder e gerar responsabilidade. FISCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E OS LIMITES DE ATUAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA
- Hoymiles abre as portas para comitiva do SEBRAE e reforça laços com o mercado brasileiro
Hangzhou, China – Em mais um passo importante para a aproximação entre o setor solar do Brasil e da China, o EnergyChannel Internacional , liderado pelo jornalista Ricardo Honório , acompanhou de perto a visita da missão empresarial organizada pelo Sebrae e pela ABSOLAR à sede da Hoymiles , referência global em microinversores e soluções de energia inteligente. EnergyChannel acompanha visita da missão empresarial brasileira à sede da Hoymiles na China A comitiva, formada por 26 empresários brasileiros , foi recebida na cidade de Hangzhou , berço histórico da Rota da Seda e hoje um polo tecnológico de destaque na Ásia. No centro da programação, executivos e especialistas tiveram acesso exclusivo às inovações que estão redefinindo os padrões de segurança, eficiência e conectividade no setor solar. Recepção e apresentação tecnológica A delegação foi recepcionada por Debora Garcez , gerente de marketing da Hoymiles para a América Latina, além de Guy Rong , vice-presidente global da companhia, e Leo Zhu , diretor para a região latino-americana. O encontro incluiu uma imersão no showroom tecnológico da empresa, que apresentou a evolução dos microinversores e os avanços em sistemas de armazenamento inteligente , como o recém-lançado HoyUltra . Entre os destaques, chamaram atenção os microinversores de baixa potência (menos de 120 W) , desenvolvidos com foco em segurança e homologados segundo os mais rígidos padrões da IEC , reduzindo o risco de incêndios em instalações fotovoltaicas. Outro ponto valorizado pela comitiva foi o sistema plug-and-play do lado AC , que agiliza o trabalho dos instaladores, além do design modular inspirado em blocos LEGO , que facilita transporte, armazenamento e escalabilidade dos sistemas. Liderança e inovação com impacto no Brasil A missão contou com a presença de Ronaldo Koloszuk , presidente do conselho da ABSOLAR, e de Marcio Trannin , primeiro vice-presidente da entidade. Ambos destacaram a relevância de estreitar a cooperação com empresas inovadoras como a Hoymiles, que já tem presença crescente no Brasil e busca ampliar sua atuação no mercado nacional. O programa também incluiu visita ao centro de treinamento da Hoymiles , onde a equipe brasileira participou de uma apresentação técnica conduzida pelo gerente comercial da marca no Brasil. A agenda foi encerrada com um tour pela linha de produção dos microinversores e dos inversores híbridos , evidenciando o rigor e a robustez do processo fabril chinês. Como destacou Lorena Roosevelt, gerente do Polo de Energias Renováveis do Sebrae, a missão teve impacto direto ao evidenciar o investimento da Hoymiles em tecnologias voltadas à segurança, eficiência e controle da rede elétrica fatores essenciais para fortalecer a cadeia produtiva solar no Brasil. Cultura e energia lado a lado Além da imersão tecnológica, os convidados tiveram a oportunidade de vivenciar a cultura local durante um almoço típico de Hangzhou , momento de confraternização que reforçou a troca de experiências entre executivos brasileiros e chineses. EnergyChannel na China A cobertura especial do EnergyChannel Internacional reforça a missão do canal em registrar os bastidores da energia que move o mundo , conectando inovação, negócios e sustentabilidade em escala global. Hoymiles abre as portas para comitiva do SEBRAE e reforça laços com o mercado brasileiro
- Ao seu lado, em cada canto: Fotus leva novidades para a Intersolar South America
Com expansão logística, novos produtos e inovação no acompanhamento dos pedidos, a Fotus reafirma seu papel como parceira estratégica dos integradores. Ao seu lado, em cada canto: Fotus leva novidades para a Intersolar South America A Fotus, distribuidora nacional de soluções em energia solar, marcará presença na Intersolar South America pelo quinto ano consecutivo. Com um portfólio robusto e novidades estratégicas voltadas a estreitar ainda mais a parceria com os integradores, um dos principais destaques será o novo sistema de rastreamento de pedidos, que permitirá o acompanhamento em tempo real das entregas por email e whatsapp, proporcionando mais transparência, agilidade e segurança aos clientes. A solução está alinhada à nova campanha institucional da empresa, “Ao seu lado, em cada canto”, que reforça o compromisso da Fotus com a proximidade e o suporte contínuo aos integradores em todo o Brasil. Ao seu lado, em cada canto: Fotus leva novidades para a Intersolar South America Neste mês de agosto, a Fotus também inicia as operações de seu novo Centro de Distribuição (CD) no estado de São Paulo e, ainda no segundo semestre de 2025, inaugura mais uma unidade, totalizando sete CDs espalhados pelo país. Essa expansão permitirá ampliar a capilaridade logística e a oferta de produtos à pronta entrega, possibilitando prazos de entrega ainda mais curtos e maior disponibilidade de itens para os integradores parceiros. O evento também marcará a apresentação de novos produtos estratégicos que passam a integrar o portfólio da empresa, como dispositivos de desligamento rápido (Rapid Shutdown – RSD), inversores híbridos e baterias, reforçando o compromisso de oferecer soluções completas e inovadoras para o mercado de energia solar. Com essas iniciativas, a Fotus reafirma seu papel como parceira estratégica dos integradores, unindo tecnologia de ponta, logística eficiente e atendimento personalizado para impulsionar o crescimento do setor fotovoltaico no país. A Fotus estará localizada na Rua W1, Nº70. Sobre a Fotus A Fotus é uma distribuidora nacional de produtos fotovoltaicos que acredita no protagonismo do integrador, oferecendo uma jornada completa — da capacitação técnica ao suporte no pós-venda — para garantir proximidade, parceria e presença em todo o Brasil. Nosso compromisso é estar ao seu lado, em cada passo, para que cada projeto alcance o máximo potencial. Com mais de 40 anos de experiência em importação e distribuição, atendemos integradores em 100% dos estados brasileiros, com 80 mil m² de estrutura e mais de 300 consultores dedicados a um atendimento personalizado, ágil e eficiente. Reconhecida como uma das melhores distribuidoras de energia solar do país, a Fotus une condições comerciais competitivas, produtos de alta qualidade e suporte técnico especializado para assegurar máxima performance e confiabilidade. Ao seu lado, em cada canto: Fotus leva novidades para a Intersolar South America
- Enertrack marca presença na Intersolar South América, reforçando seu compromisso com a energia solar na região
A Enertrack está expandindo sua atuação na região, incluindo Brasil, Chile, Colômbia, Argentina e todos os países da América Latina, garantindo alta eficiência, qualidade e com custo extremamente competitivo; Enertrack possui uma capacidade de produção anual de até 16 GW, assegurando agilidade e escala para atender às demandas globais e regionais. Enertrack marca presença na Intersolar South América, reforçando seu compromisso com a energia solar na região São Paulo, 22 de agosto de 2023 — A Enertrack Technology, líder global na fabricação de sistemas de tracking solar, anuncia sua participação na Intersolar South América, maior evento de energia solar da região, que será realizado de 26 a 28 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo. A presença da empresa na feira no estande R1.91 , reforça seu compromisso de tornar-se uma liderança na transição energética na América Latina, oferecendo soluções inovadoras, eficientes e tecnológicas para o mercado de energia renovável. Enertrack marca presença na Intersolar South América, reforçando seu compromisso com a energia solar na região A Enertrack está expandindo sua atuação na região, incluindo Brasil, Chile, Colômbia, Argentina e todos os países da América Latina, garantindo alta eficiência, qualidade e com custo extremamente competitivo. A companhia passa a oferecer soluções completas para projetos de energia solar, atendendo todas as etapas do ciclo de vida do projeto — desde o desenvolvimento, design e otimização até a entrega, construção, operação e manutenção. Seus principais produtos são os trackers inteligentes, desenvolvidos de forma totalmente própria, capazes de enfrentar terrenos difíceis como montanhas e desertos, garantindo alta eficiência, qualidade e baixo custo. Enertrack marca presença na Intersolar South América, reforçando seu compromisso com a energia solar na região Entre suas inovações, destaca-se seu algoritmo inteligente nativo e disruptivo, além de sistemas de inclinação fixa, montagem flexível e montagem no telhado, que proporcionam maior versatilidade e desempenho em diferentes condições de instalação. Com sede em Hefei, China, e um centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) dedicado, a Enertrack possui uma capacidade de produção anual de até 16 GW, assegurando agilidade e escala para atender às demandas globais e regionais. No Brasil e Chile, a empresa mantém escritórios próprios em São Paulo e Santiago, com equipes técnicas e comerciais dedicadas, além de uma rede de suporte local, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e o crescimento de projetos de energia renovável na América Latina. Enertrack marca presença na Intersolar South América, reforçando seu compromisso com a energia solar na região "Estamos entusiasmados em expandir nossos horizontes e contribuir com a transição energética na América Latina, oferecendo soluções inovadoras que unem tecnologia de ponta e sustentabilidade. Nosso modelo de atendimento combina tecnologia avançada com uma abordagem centrada no cliente, facilitando a implementação de soluções completas e personalizadas para o setor energético", destaca Diego Silva, diretor da Enertrack Latam. A Enertrack continua investindo em inovação e parcerias estratégicas, buscando ampliar sua presença na região e liderar a transformação do mercado de energia solar com soluções sustentáveis, tecnológicas e integradas. Sua participação na Intersolar South América é uma oportunidade de fortalecer relacionamentos e apresentar ao mercado as novidades que prometem impulsionar o crescimento do setor na região. “Estamos entusiasmados em participar da Intersolar South America 2025, uma oportunidade única de apresentar nossas inovações e consolidar nossa presença no mercado solar da região. Acreditamos que este evento será fundamental para fortalecer parcerias e impulsionar o desenvolvimento sustentável no setor de energia solar." Convidamos todos os visitantes a conhecerem as soluções da Enertrack e fazerem parte dessa jornada rumo a um futuro energético mais sustentável! Sobre a Enertrack A Enertrack Technology é uma líder global na fabricação de sistemas de tracking solar, com foco em inovação, tecnologia e sustentabilidade. Sua estrutura internacional, incluindo sede na China e escritórios na América Latina, permite oferecer soluções completas e de alta qualidade para projetos de energia solar em diferentes condições de terreno e clima. SERVIÇO: Enertrack na Intersolar South América 2025 Data: 26 a 28 de agosto de 2023 Local: Expo Center Norte, São Paulo Stand: R1.91 D Enertrack marca presença na Intersolar South América, reforçando seu compromisso com a energia solar na região












