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- Como o integrador pode ser o elo estratégico do seu portfólio de soluções de armazenamento de energia
À medida que o mercado de armazenamento de energia avança no Brasil, o setor se depara com uma pergunta inevitável: quem poderia traduzir essas soluções de forma segmentada para os clientes finais? A resposta não está no fabricante, tampouco no distribuidor, mas talvez no integrador. Ele é o último elo da cadeia, o que olha no olho do cliente, interpreta o cenário local, desarma objeções e decide o que, de fato, será vendido. E isso torna o integrador não apenas um canal, mas um ativo estratégico de marketing. Como o integrador pode ser o elo estratégico do seu portfólio de soluções de armazenamento de energia Imagem: Canva O desafio não é mais tecnológico, é comercial As baterias evoluíram. Os inversores híbridos já entregam performance, conectividade e segurança. O problema agora é outro: como ativar esse mercado em escala sem depender de guerra de preço ou desinformação técnica? É aqui que o integrador entra. Mas não qualquer integrador, e não de qualquer forma. Do lado do fabricante, há um erro recorrente: tratar o integrador como “ponto de escoamento”, sem investir na formação de marca e narrativa no canal. O marketing é pensado apenas em mídia ou trade , quando deveria considerar também estratégias de canal ( Go-to-Market ) adaptadas para realidades regionais. Um integrador mal treinado, com discurso desalinhado, não vende. Ou pior: vende errado, e contamina a percepção de valor da marca. Do lado do integrador, também há uma curva de maturidade a ser vencida. Armazenamento de energia exige mudança de postura: não se trata mais de entregar um sistema de payback acelerado, mas de traduzir atributos como autonomia energética, controle, backup inteligente e resiliência operacional em valor percebido. É preciso entender que o portfólio é um vetor de posicionamento. E para o fabricante, o recado é claro: quem não formar sua rede de integradores, vai depender de quem formar por você. O mercado está maduro o suficiente para inverter a lógica: não é mais o integrador que precisa se provar para ter acesso à marca é a marca que precisa demonstrar como fortalece o integrador como agente de negócio. É importante aplicar frameworks para melhor clareza das atuações. O VBBP (Visão, Benefícios Funcionais, Benefícios Emocionais e Provas), por exemplo, é um deles, conforme demonstrado na figura abaixo. Baterias não são só baterias, elas representam continuidade de operação em zonas rurais, previsibilidade para comerciantes que não podem parar, e segurança para famílias em regiões com instabilidade de rede. Cabe ao integrador comunicar isso de forma contextualizada. Como o integrador pode ser o elo estratégico do seu portfólio de soluções de armazenamento de energia Como o fabricante pode formar uma rede de integradores estratégicos Se o canal é decisivo, é preciso formá-lo com intenção estratégica. No Boteco Solar, comunidade de integradores, ouvimos vários deles ao longo das últimas temporadas do podcast, há mais de 3 anos. Um ponto recorrente nos relatos é que, embora os fabricantes ofereçam treinamentos técnicos consistentes, ainda há espaço para evoluir no apoio comercial e no posicionamento de marca. Em levantamento com a audiência do podcast, 67% dos integradores disseram não ter acesso a materiais de apoio que contextualizam o produto dentro de uma narrativa mais ampla com dados de mercado, argumentos de valor e aplicações práticas alinhadas à jornada do cliente final, sendo os materiais apresentados sempre voltados para a história e técnica do próprio fabricante. Para o fabricante, isso representa uma oportunidade estratégica: fazer com que o integrador deseje trabalhar com a sua marca, entenda o valor que ela agrega e gere demanda nos distribuidores. Isso passa por: Treinamentos técnico, mas também comerciais que vão além do produto e conectam o portfólio a drivers de valor no mercado; Campanhas de posicionamento que façam a marca estar presente no imaginário do integrador como referência; Materiais de ativação de demanda, para que o integrador consiga criar oportunidades de negócio que chegarão aos distribuidores já com a sua marca como preferência. O objetivo do fabricante não é apenas treinar, mas inspirar e equipar o integrador para se tornar um multiplicador da sua marca, conforme demonstrado na imagem abaixo: Como o integrador pode ser o elo estratégico do seu portfólio de soluções de armazenamento de energia O papel do distribuidor na ativação comercial do integrador O distribuidor ocupa uma posição única na cadeia: está mais próximo do integrador no dia a dia e atua como elo prático entre fabricante e cliente final. No entanto, esse relacionamento, muitas vezes, é percebido apenas sob a ótica da transação comercial compra e venda de equipamentos. Essa visão limita o potencial de influência e fidelização. O distribuidor que quer se destacar precisa atuar como um acelerador de negócios para o integrador, oferecendo não apenas condições comerciais, mas também inteligência de mercado, suporte estratégico e acesso facilitado a soluções, conforme imagem a seguir: Como o integrador pode ser o elo estratégico do seu portfólio de soluções de armazenamento de energia A partir de ações como: Workshops comerciais e de aplicação focados em gerar oportunidades de venda; Programas de fidelidade ou incentivo, que reconheçam integradores de alta performance; Suporte técnico-comercial rápido, reduzindo o tempo de resposta e ajudando o integrador a fechar negócios; Integração com campanhas do fabricante, garantindo alinhamento de narrativa e ampliação do alcance da marca. Quando fabricante e distribuidor atuam de forma coordenada cada um com seu papel claro e sua contribuição única, o integrador deixa de ser apenas um comprador e se torna um parceiro estratégico para acelerar a adoção de soluções de armazenamento de energia. Como o integrador pode ser o elo estratégico do seu portfólio de soluções de armazenamento de energia Formar uma rede não é só selecionar bons players, é projetar cultura comercial e educacional dentro do canal, o que fortalece a imagem da marca e impulsiona vendas com eficiência. Kevin Lane Keller, em “ Strategic Brand Management ” (2024), reforça a importância das associações de marca como elemento-chave para diferenciação em mercados técnicos. Quando um fabricante investe na criação de repertório compartilhado com seus integradores, seja por meio de playbooks, academias de vendas ou conteúdo consultivo, ele não apenas capacita, mas molda a forma como será lembrado no ponto de contato com o cliente. O mercado de armazenamento de energia não será conquistado apenas com bons produtos. Ele será vencido por quem entender o integrador como um agente de influência, com poder de moldar percepções e fechar negócios. E isso exige marketing técnico. Exige estratégia. Exige uma nova postura. E você? Qual a sua percepção sobre atuação do integrador com soluções de armazenamento de energia? Sobre Tatiane Carolina Especialista em marketing e modelos de negócios no setor elétrico. Engenheira, MBA em Gerenciamento de Projetos e pós-graduanda em Comunicação Empresarial Transmídia pela ESPM, atua conectando engenharia e marketing no desenvolvimento de marcas, produtos e ecossistemas no setor de energia. CEO da Ello Moving e Host do maior podcast do mercado solar: Boteco Solar. Como o integrador pode ser o elo estratégico do seu portfólio de soluções de armazenamento de energia
- Aplicações C&I puxam a adoção de soluções fotovoltaicas com baterias no Brasil
O armazenamento de energia no Brasil ainda está em seus primeiros passos, mas as aplicações comerciais e industriais (C&I) despontam como as mais promissoras. Enquanto o segmento residencial enfrenta barreiras econômicas e regulatórias que ainda não permitem o “empilhamento de receitas”, para o C&I a motivação vai além da redução da fatura de energia: a continuidade operacional é um ativo estratégico. Por que o Setor C&I liderará a adoção de baterias? Uma fábrica parada por horas devido a falhas na rede pode ter prejuízos maiores que o próprio investimento em um sistema de backup. Nesse cenário, inversores híbridos com baterias de alta tensão (HV) oferecem vantagens competitivas: resposta instantânea, estabilidade de tensão, proteção contra microinterrupções e integração com equipamentos sensíveis, como data centers e indústrias de ciclo contínuo (injetoras plásticas, sistemas CNC, corte a laser). Além disso, sistemas híbridos são a solução definitiva para instalações em “grid zero” , cada vez mais comuns, onde não é permitida a injeção de energia na rede. Nesses casos, o excedente fotovoltaico é armazenado em baterias, maximizando o autoconsumo e a eficiência energética. De acordo com dados da Greener (maio/2025) , um sistema fotovoltaico comercial de 50 kW pode se pagar em menos de dois anos. Mesmo que a adição de baterias amplie o payback, o retorno continua extremamente competitivo, especialmente se comparado ao custo de paradas não programadas na produção. Solis: protagonismo na nova era do armazenamento O cenário tende a ficar ainda mais favorável com a reforma do setor elétrico e a regulamentação da ANEEL, que deve permitir a remuneração de agentes armazenadores. Isso abrirá espaço para novos modelos de negócio e impulsionará o mercado. A Solis , líder global em inversores fotovoltaicos, está preparada para liderar esse movimento e apoiar empresas do setor C&I nessa transição. 📌 Na Intersolar South America 2025 (26 a 28 de agosto, São Paulo) , a Solis apresentará soluções de armazenamento e “Zero Grid” focadas no mercado C&I. Além disso, fará o pré-lançamento exclusivo do novo inversor híbrido de 125 kW , robusto e inteligente, projetado para as demandas mais exigentes do setor. 👉 Visite o estande da Solis e descubra como fortalecer a segurança energética do seu negócio. O futuro da energia C&I no Brasil já começou! Aplicações C&I puxam a adoção de soluções fotovoltaicas com baterias no Brasil Aplicações C&I puxam a adoção de soluções fotovoltaicas com baterias no Brasil
- Mercado Global de Redes Elétricas Deve Alcançar US$ 413,9 Bilhões até 2032, Impulsionado por Energias Limpas e Redes Inteligentes
O mercado global de redes elétricas está em plena transformação, movido pela aceleração da energia limpa , pela eletrificação do transporte e pela necessidade de uma infraestrutura energética mais confiável. Segundo levantamento da Allied Market Research , o setor, avaliado em US$ 241,6 bilhões em 2022 , deve atingir impressionantes US$ 413,9 bilhões até 2032 , registrando um CAGR de 5,6% entre 2023 e 2032. Mercado Global de Redes Elétricas Deve Alcançar US$ 413,9 Bilhões até 2032, Impulsionado por Energias Limpas e Redes Inteligentes O que é uma rede elétrica e por que ela está mudando? Uma rede elétrica conecta geração, transmissão e distribuição de energia , garantindo fornecimento para indústrias, empresas e residências. Hoje, porém, ela está deixando de ser apenas uma infraestrutura física para se tornar um ecossistema inteligente, digital e sustentável , capaz de integrar fontes renováveis e oferecer maior resiliência. Fatores que impulsionam o crescimento Energia limpa em ascensão: investimentos globais em energia limpa ultrapassaram US$ 1,1 trilhão em 2022 , alta de 31% em relação a 2021. Eletrificação do transporte: veículos elétricos representaram 18% das vendas globais em 2023, ampliando a pressão sobre a rede. Transição energética: até 2050, energia solar e eólica combinadas devem superar toda a eletricidade gerada no mundo em 2021. Demanda crescente: setores industriais, comerciais e residenciais dependem cada vez mais de redes estáveis e seguras. Mercado Global de Redes Elétricas Deve Alcançar US$ 413,9 Bilhões até 2032, Impulsionado por Energias Limpas e Redes Inteligentes Desafios que podem frear o avanço P erdas de transmissão: energia desperdiçada em longas distâncias encarece a operação e aumenta riscos de apagões. Infraestrutura obsoleta: modernizar redes antigas exige investimentos bilionários. Interrupções frequentes: instabilidades prejudicam indústrias e danificam equipamentos sensíveis. Oportunidades emergentes Armazenamento de energia: baterias e hidrelétricas reversíveis ampliam a confiabilidade da rede. Microrredes: oferecem resiliência ao operar de forma independente ou conectada à rede principal. Cibersegurança: a digitalização exige proteção contra ataques cibernéticos. Mobilidade elétrica: expansão da frota de veículos elétricos cria novas demandas para redes inteligentes. Mercado Global de Redes Elétricas Deve Alcançar US$ 413,9 Bilhões até 2032, Impulsionado por Energias Limpas e Redes Inteligentes Panorama regional Ásia-Pacífico: dominou o mercado em 2022, impulsionada por urbanização acelerada e investimentos em renováveis. Europa: deve crescer no ritmo mais rápido, apoiada em políticas de transição energética ambiciosas. América do Norte: foca na modernização da infraestrutura e em sistemas de armazenamento. Principais players globais Entre os líderes de mercado estão Siemens AG, ABB Ltd., General Electric, Schneider Electric, State Grid Corporation of China, Eaton, Mitsubishi Electric, Toshiba, National Grid plc e NextEra Energy . Conclusão O mercado global de redes elétricas inteligentes caminha para uma nova era, em que energia limpa, digitalização e resiliência são os pilares da expansão. Apesar dos desafios com perdas de transmissão e custos de infraestrutura, a evolução em armazenamento, microrredes e integração de renováveis projeta um futuro de crescimento sustentável e tecnológico para o setor. Mercado Global de Redes Elétricas Deve Alcançar US$ 413,9 Bilhões até 2032, Impulsionado por Energias Limpas e Redes Inteligentes
- Data centers e indústrias verdes impulsionam contratos de compra de energia no Brasil
Por Laís Víctor – Especialista em energias renováveis e Diretora Executiva Data centers e indústrias verdes impulsionam contratos de compra de energia no Brasil Nos últimos anos, temos testemunhado uma transformação profunda e silenciosa no mercado de energia brasileiro, movida não apenas pela expansão das fontes renováveis, mas por uma mudança significativa no perfil da demanda. À medida que a digitalização da economia avança e as metas climáticas se tornam centrais nas estratégias corporativas, setores com alto consumo energético como os data centers e as indústrias de base verde vêm assumindo um papel estratégico na transição energética do país. Com investimentos bilionários em infraestrutura digital e processos produtivos mais limpos, essas empresas estão reformulando suas decisões de compra de energia com foco em previsibilidade, rastreabilidade e alinhamento a compromissos ESG. Nesse novo contexto, os contratos de compra de energia de longo prazo os chamados Power Purchase Agreements (PPAs) deixaram de ser instrumentos restritos a grandes players da geração para se tornarem ferramentas essenciais de gestão de risco, diferenciação competitiva e posicionamento institucional. O que está em jogo vai além da tarifa. Está relacionado à reputação da marca, ao acesso a financiamentos sustentáveis, à atração de investidores globais e à segurança de suprimento em um cenário regulatório e tecnológico em constante evolução. Empresas líderes já entenderam que assegurar energia renovável, com contratos estáveis e adequados à sua curva de carga, é uma vantagem estratégica especialmente no ambiente de contratação livre (ACL), que se consolida como o principal espaço para inovação contratual e flexibilidade comercial no setor elétrico brasileiro. O movimento protagonizado por esses grandes consumidores tem catalisado um novo ciclo de investimentos em geração solar, eólica, biomassa e armazenamento, ao mesmo tempo em que pressiona por modernização nas estruturas de transmissão, regulação e precificação. Em outras palavras, estamos diante de um redesenho silencioso, mas de grande impacto nas relações de compra e venda de energia no país. Neste artigo, vamos falar porque data centers e indústrias verdes se tornaram atores estratégicos no mercado de energia, quais são os desafios e gargalos desse novo cenário, e quais oportunidades surgem para investidores, comercializadoras, consumidores e tomadores de decisão que buscam competitividade em um setor cada vez mais orientado por tecnologia, sustentabilidade e eficiência. Data centers e indústrias em transformação com foco na energia limpa que está redesenhando o consumo no Brasil A forma como consumimos energia no Brasil está sendo redesenhada, não apenas pelo avanço das tecnologias renováveis, mas pelo comportamento de grandes consumidores que estão transformando o mercado a partir da demanda. Entre esses protagonistas estão os data centers, cuja operação ininterrupta, 24 horas por dia e sete dias por semana, exige fornecimento energético robusto, confiável e cada vez mais sustentável. Impulsionados pela explosão da digitalização, do armazenamento em nuvem e da inteligência artificial, esses centros vêm se expandindo com velocidade em regiões-chave como São Paulo, Rio de Janeiro e polos emergentes no Nordeste. Segundo o IDC, o consumo de energia por data centers no Brasil deverá dobrar até 2030 um dado que deixa claro o tamanho do desafio (e da oportunidade) para o setor elétrico. Essa projeção não apenas reforça a urgência por soluções energéticas mais eficientes e de baixo carbono, como também pressiona o setor de geração a se adaptar à nova lógica de consumo corporativo: previsibilidade, rastreabilidade e alinhamento com metas ESG. Paralelamente, indústrias de alto impacto ambiental como mineração, papel e celulose, químico e alimentício estão sendo compelidas a rever seus modelos de produção diante das crescentes exigências de descarbonização impostas por cadeias globais, investidores institucionais e regulamentações locais. Essas empresas, muitas delas com operações eletrointensivas, têm incorporado a compra de energia renovável certificada como parte da sua estratégia de redução de emissões, utilizando esses contratos como ferramentas de compliance, competitividade e reputação. Nesse novo cenário, os PPAs (Power Purchase Agreements) ganham centralidade como modelo contratual que viabiliza o casamento entre oferta e demanda sustentáveis. Esses contratos de longo prazo oferecem ao gerador a segurança necessária para financiar novos empreendimentos solares, eólicos e de biomassa, e ao consumidor corporativo a estabilidade de custos e a garantia de origem renovável, ambos elementos cruciais para o planejamento estratégico em ambientes regulatórios e econômicos cada vez mais voláteis. A mudança em curso não é apenas tecnológica. Trata-se de uma mudança estrutural no comportamento do consumo energético corporativo, que passa a enxergar energia não mais como um insumo genérico, mas como um ativo estratégico de impacto direto em desempenho financeiro, reputação de marca e acesso a capital. Neste contexto, compreender o papel dos PPAs e antecipar tendências de demanda torna-se essencial para empresas, investidores e comercializadoras que atuam ou pretendem atuar nesse novo ciclo de crescimento verde e digital. O que está por trás das barreiras que limitam a participação de novos consumidores no mercado livre de energia renovável Apesar da visível expansão dos contratos de compra de energia de longo prazo no Brasil os PPAs (Power Purchase Agreements) e do crescimento da geração solar e eólica em várias regiões do país, persistem barreiras estruturais e operacionais que restringem o acesso efetivo à energia limpa, especialmente para consumidores de médio porte e pequenos negócios interessados em migrar para o mercado livre. Em um momento em que o país busca consolidar sua liderança em renováveis, essas limitações não podem mais ser ignoradas. Um dos principais entraves está na complexidade contratual dos PPAs, que exigem conhecimento técnico, jurídico e regulatório especializado. Mesmo empresas com interesse real em contratar energia limpa acabam esbarrando em dificuldades para interpretar, negociar e monitorar contratos firmados no Ambiente de Contratação Livre (ACL). A linguagem excessivamente técnica, a ausência de padronização e a falta de segurança jurídica afastam consumidores que não contam com uma estrutura interna dedicada a temas regulatórios ou que não têm acesso a consultorias especializadas. Segundo a ABRACEEL, essa complexidade representa hoje uma das maiores barreiras à democratização do acesso ao mercado livre. A assimetria de informação se soma ao problema: enquanto grandes empresas desenvolvem estratégias energéticas sofisticadas com apoio jurídico e simulações avançadas, a maioria das pequenas e médias empresas sequer compreende as etapas para migrar ou avaliar a viabilidade econômica da contratação de energia renovável. Outro desafio importante está na infraestrutura de escoamento da energia gerada, especialmente em regiões onde o potencial renovável é maior como o interior do Nordeste ou o norte de Minas Gerais. A malha de transmissão, muitas vezes, não acompanha a velocidade dos investimentos em geração, criando gargalos logísticos e atrasos na conexão de novos projetos. Dados recentes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o déficit de infraestrutura pode comprometer o aproveitamento do potencial solar e eólico já outorgado. Há ainda um fator frequentemente citado por investidores: o risco regulatório e de mercado. A indefinição sobre o mercado de capacidade, as incertezas em relação às tarifas de uso do sistema de distribuição (TUSD), e a instabilidade em marcos regulatórios essenciais desincentivam investimentos de longo prazo e aumentam o custo do capital. A ANEEL já reconheceu que a ausência de previsibilidade tarifária e regras claras sobre formação de preços afeta diretamente a atratividade dos contratos no ACL, criando desconfiança tanto para geradores quanto para consumidores. Destaca-se a falta de capacitação técnica entre os pequenos consumidores. Conforme o estudo “Energia no Brasil: o papel do mercado livre na transição”, publicado pelo Instituto Escolhas em 2023, a escassez de ferramentas acessíveis para análise de risco, projeções de preço e estruturação contratual impede que milhares de empresas ingressem nesse mercado. Na prática, isso concentra as oportunidades nos grandes grupos, reduzindo a diversidade de perfis e retardando a construção de um ambiente realmente competitivo e inclusivo. Esses obstáculos não anulam os avanços obtidos até aqui, nem o potencial transformador dos PPAs como instrumento da transição energética. Mas evidenciam que sem um esforço coordenado de inovação regulatória, políticas públicas inclusivas e estímulo à formação técnica, a tão falada transição verde corre o risco de se restringir a poucos players perdendo seu verdadeiro propósito de acelerar um sistema energético mais limpo, justo e acessível para todos. A nova onda de oportunidades que conecta energia limpa, finanças sustentáveis e inovação digital A convergência entre a busca por descarbonização, o avanço da digitalização e a emergência das finanças sustentáveis está provocando uma mudança de paradigma na forma como energia é contratada, financiada e gerida no Brasil. Embora os desafios regulatórios, contratuais e de infraestrutura ainda sejam reais, o cenário atual aponta para uma janela de oportunidades concreta e crescente para empresas que desejam integrar suas metas de sustentabilidade ao centro da estratégia de negócios. Os Contratos de Compra de Energia de Longo Prazo (PPAs) estão evoluindo rapidamente de instrumentos técnicos para ativos financeiros e reputacionais de alto valor. Empresas com metas climáticas claras, em especial aquelas comprometidas com os frameworks da Science Based Targets initiative (SBTi) e alinhadas ao Acordo de Paris, têm encontrado nos PPAs uma solução eficaz para mitigar emissões de escopo 2 (ligadas ao consumo de eletricidade), ao mesmo tempo em que protegem seu orçamento contra volatilidades tarifárias. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a descarbonização do consumo energético é uma das ações mais diretas e mensuráveis que uma empresa pode adotar em sua jornada ESG. Ao assinar contratos de fornecimento com fontes solares, eólicas ou de biomassa, a organização não apenas reduz suas emissões, como também eleva sua transparência perante investidores, clientes e parceiros de negócio. Data centers e indústrias verdes impulsionam contratos de compra de energia no Brasil Outro vetor estratégico dessa nova fase é o crescente interesse do mercado financeiro por ativos verdes com lastro em energia limpa. Projetos que contam com PPAs firmados com grandes consumidores especialmente com cláusulas de longo prazo e indexação estável passam a oferecer maior previsibilidade de receita, o que os torna mais bancáveis. De acordo com a BloombergNEF (2023), aproximadamente 65% dos investimentos em energias renováveis no mundo foram viabilizados com apoio direto de PPAs corporativos. No Brasil, observa-se movimento semelhante, com o aumento das emissões de títulos verdes e debêntures incentivadas vinculadas a projetos de geração limpa contratados no ACL. Esse ecossistema vem ganhando ainda mais dinamismo com a digitalização do setor elétrico. Plataformas de comercialização digital, gestão energética e análise preditiva estão democratizando o acesso a soluções sob medida, antes restritas a grandes players. Hoje, consumidores de médio porte podem simular cenários de consumo, modelar contratos conforme sua curva de carga e acompanhar, em tempo real, indicadores de desempenho energético e ambiental. Ao mesmo tempo, o mercado brasileiro começa a experimentar uma sofisticação nos modelos contratuais. Cresce a oferta de PPAs híbridos (energia + I-RECs), contratos indexados à inflação ou ao dólar, estruturas com cláusulas de flexibilidade de consumo, e acordos moduláveis que permitem variações na demanda contratada ao longo do tempo. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já identifica um aumento expressivo desse tipo de contrato desde 2021, indicando maior maturidade e capacidade de adaptação do mercado à complexidade do consumo atual. Esse novo ciclo representa mais do que uma tendência é uma reconfiguração do papel da energia dentro da estratégia corporativa. Em vez de um insumo operacional, energia passa a ser encarada como um vetor de diferenciação competitiva, reputação ESG e até mesmo valorização de ativos. Os PPAs tornam-se, assim, instrumentos de gestão de valor, agregando previsibilidade financeira, acesso a capital sustentável e alinhamento com os critérios de responsabilidade socioambiental exigidos globalmente. O momento é oportuno para empresas que desejam ir além da compensação superficial e estruturar uma estratégia energética sólida, transparente e conectada às tendências internacionais. Incorporar inteligência de mercado, inovação contratual e visão sistêmica não é mais uma vantagem é uma necessidade para quem deseja competir em um cenário onde o custo da inação pode ser maior do que o custo da transição. O que falta para os PPAs decolarem de vez no mercado brasileiro de energia Mais que interesse por energia limpa, o avanço dos contratos de longo prazo exige preparo técnico, estrutura e clareza regulatória. Os Contratos de Compra de Energia de Longo Prazo (PPAs) já são uma realidade no mercado brasileiro. Nos últimos anos, tornaram-se instrumentos relevantes para viabilizar novos empreendimentos renováveis, apoiar metas ESG e oferecer estabilidade de custos a grandes consumidores. Ainda assim, a sua adoção permanece concentrada em empresas de maior porte, com estrutura jurídica e inteligência de mercado consolidadas. A pergunta que se impõe é: o que falta para que os PPAs realmente ganhem escala, profundidade e capilaridade no país? A primeira barreira a ser enfrentada é a falta de capacitação técnica entre os consumidores, especialmente os de médio e pequeno porte. Embora a abertura do ACL (Ambiente de Contratação Livre) esteja avançando, muitos usuários potenciais ainda não dominam os fundamentos regulatórios, jurídicos ou financeiros necessários para negociar e gerenciar um contrato de energia de longo prazo. Sem esse conhecimento, a autonomia que o mercado livre promete se transforma em risco. Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL), o desconhecimento técnico é um dos principais freios à expansão do ACL entre empresas que poderiam migrar, mas hesitam por insegurança ou falta de apoio especializado. Outro ponto estrutural é a ausência de inteligência de mercado aplicada à realidade do consumidor. Estruturar um PPA não se resume a negociar preço por megawatt-hora. Exige a construção de um modelo sob medida, com base em análise de carga, projeções de crescimento, sazonalidade, exposição a riscos regulatórios e compromissos ambientais. Segundo relatório recente da International Energy Agency (IEA), empresas que integram modelagens de consumo energético aos seus planos estratégicos conseguem reduzir em média 15% dos custos com energia em contratos firmados com base em dados robustos. Também é necessário repensar o planejamento territorial da geração renovável no Brasil. A concentração de projetos eólicos e solares em regiões remotas, como o interior do Nordeste ou o norte de Minas Gerais, enfrenta obstáculos de escoamento e gargalos na infraestrutura de transmissão. Avançar com polos de geração mais próximos de centros industriais ou de consumo digital mesmo em menor escala pode melhorar a eficiência do sistema e atrair consumidores que hoje enfrentam dificuldades de conexão. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já reconhece que modelos de geração descentralizada regional apresentam viabilidade técnica e econômica mais rápida, com menor dependência de obras de rede de longo prazo. Nesse mesmo caminho, vale destacar a importância de modelos cooperativos e parcerias multissetoriais. Projetos compartilhados, compras coletivas ou consórcios entre empresas têm se mostrado alternativas viáveis para democratizar o acesso à energia limpa no mercado livre. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o número de consumidores em contratos coletivos cresceu quase 40% entre 2022 e 2024, indicando uma demanda reprimida que encontra soluções viáveis quando há articulação entre comercializadoras, consumidores e desenvolvedores. Com isso, não menos relevante, está a previsibilidade regulatória fator-chave para a atração de investimentos, a ampliação de projetos e a segurança jurídica dos contratos. A definição clara de regras sobre uso da rede, compensações, encargos, penalidades, tarifas e o futuro mercado de capacidade ainda precisa de avanços mais consistentes. Conforme destacou a ANEEL em seu relatório de planejamento 2024, a ausência de clareza em temas centrais do setor ainda trava decisões importantes, tanto por parte de consumidores quanto de investidores institucionais. O mercado de PPAs no Brasil tem bases promissoras: potencial renovável abundante, interesse crescente da demanda e abertura gradual do ACL. No entanto, para que essa modalidade se torne de fato uma peça central da transição energética brasileira, será preciso ir além da vontade de consumir energia limpa. É necessário construir estrutura técnica, colaboração entre agentes de mercado e um ambiente regulatório transparente, estável e acessível a múltiplos perfis de consumo. Essa transformação não será automática, mas está ao nosso alcance. O momento é de alinhar estratégia, regulação e capacitação para destravar o enorme potencial que os PPAs representam na consolidação de um modelo energético mais competitivo, limpo e inclusivo no Brasil. O futuro da energia limpa passa por quem entende que consumo também é estratégia A chegada de data centers, big techs e indústrias com metas ambientais mais ambiciosas ao centro das decisões de compra de energia marca uma mudança estrutural no modelo de contratação no Brasil. Deixamos de falar apenas de consumo em escala para tratar de consumo qualificado, com visão de longo prazo, consciência climática e forte conexão com a reputação corporativa. Neste novo contexto, os PPAs (Power Purchase Agreements) se consolidam como instrumentos-chave para unir segurança energética, previsibilidade de custos e comprometimento ESG. Eles não são mais exclusividade de grandes geradores, mas ferramentas estratégicas de executivos que compreendem o peso da energia no posicionamento de marca, na atratividade de investimentos e na viabilidade de metas climáticas. O Brasil tem uma vantagem competitiva inegável com sua matriz majoritariamente renovável, mas para aproveitá-la de forma consistente, será preciso ir além da retórica. Energia deixou de ser um custo operacional para se tornar um ativo estratégico. Os dados confirmam essa virada: o volume global de PPAs corporativos atingiu 46 GW em 2023, e a América Latina liderou o crescimento percentual. No Brasil, setores como tecnologia, alimentos, mineração e química já demonstram que inteligência energética é vetor de liderança. Minha recomendação, enquanto especialista do setor, é objetiva: quem tratar energia como diferencial competitivo e investir agora em conhecimento técnico, inovação contratual e posicionamento climático consistente ocupará os espaços de destaque nos próximos ciclos de crescimento. A lógica do consumo mudou e com ela, muda também a lógica de quem constrói o futuro do setor elétrico brasileiro. Sobre a autora Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis. Data centers e indústrias verdes impulsionam contratos de compra de energia no Brasil
- Índia cancela megaleilões de eólica offshore após falta de interesse de grandes players globais
O ambicioso plano da Índia para impulsionar a energia eólica offshore sofreu um revés significativo. O governo indiano anunciou o cancelamento de grandes leilões de capacidade eólica no mar , diante da ausência de propostas de gigantes internacionais do setor. Índia cancela megaleilões de eólica offshore após falta de interesse de grandes players globais Os certames, que deveriam marcar o início da exploração do imenso potencial offshore do país, não atraíram a participação esperada, levantando dúvidas sobre a viabilidade do modelo atual. Sinal de alerta para o mercado asiático Analistas afirmam que o cancelamento dos leilões é um “recado claro” para o setor , indicando que o processo regulatório e financeiro precisa de ajustes profundos para tornar a Índia competitiva frente a outros mercados asiáticos. Apesar de possuir uma extensa costa com recursos eólicos de grande escala, a Índia ainda enfrenta desafios de infraestrutura, custos elevados e falta de clareza em políticas de longo prazo , fatores que afastaram potenciais investidores. Impactos para a transição energética O país havia definido a eólica offshore como peça-chave para diversificar sua matriz elétrica e reduzir emissões , em linha com as metas de descarbonização até 2030. Porém, sem a entrada de players globais, o setor pode ter seu avanço retardado. Especialistas destacam que será necessário revisar os modelos de leilão, incentivos fiscais e estruturas de risco para que o mercado volte a atrair interesse internacional. Perspectiva Ainda que o insucesso dos primeiros leilões represente um obstáculo, a Índia segue vista como um dos mercados mais promissores do mundo para a energia eólica offshore . O desafio agora será reconstruir a confiança dos investidores e ajustar as condições para que novos certames sejam bem-sucedidos. Índia cancela megaleilões de eólica offshore após falta de interesse de grandes players globais
- Drone movido a energia solar é criado em colaboração entre Harvard e UFPR
Um projeto de cooperação científica entre a Universidade Harvard (EUA) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) resultou no desenvolvimento de um drone movido a energia solar , capaz de operar por longos períodos sem necessidade de recarga convencional. Drone movido a energia solar é criado em colaboração entre Harvard e UFPR O protótipo integra painéis solares ultraleves diretamente em sua estrutura, permitindo que a aeronave aproveite a luz do sol em tempo real para alimentar seus motores e sistemas de controle. Segundo os pesquisadores, essa tecnologia pode multiplicar a autonomia de voo em comparação aos drones elétricos tradicionais , que dependem de baterias limitadas em capacidade. Drone movido a energia solar é criado em colaboração entre Harvard e UFPR Potenciais aplicações O drone solar foi projetado para atender diferentes setores estratégicos, como: Monitoramento ambiental em áreas de preservação; Agricultura de precisão , com coleta contínua de dados; Segurança e vigilância de fronteiras ; Inspeção de usinas solares e parques eólicos . De acordo com os pesquisadores envolvidos, a solução abre caminho para sistemas aéreos não tripulados mais sustentáveis , com menor impacto ambiental e custos reduzidos de operação. Cooperação internacional em energia limpa A parceria entre Harvard e UFPR mostra como a colaboração internacional em ciência e tecnologia pode acelerar inovações ligadas à transição energética. O desenvolvimento do drone está alinhado às demandas globais por soluções de mobilidade limpa e tecnologias que ampliem o uso da energia solar em aplicações práticas. Próximos passos O projeto segue em fase de testes de campo, com o objetivo de validar desempenho em diferentes condições climáticas e ampliar a eficiência dos sistemas fotovoltaicos embarcados. A expectativa é que, em breve, o modelo possa ser escalado para uso comercial e aplicações industriais . “Estamos explorando os limites do que a energia solar pode oferecer em mobilidade aérea. Essa tecnologia tem potencial para transformar diversos setores”, destacou um dos coordenadores da pesquisa. Drone movido a energia solar é criado em colaboração entre Harvard e UFPR
- CFO da Vestas destaca que a energia eólica nos EUA seguirá em expansão apesar de mudanças políticas
Mesmo diante de incertezas regulatórias, a energia eólica nos Estados Unidos continua com perspectivas de crescimento robusto. Foi o que afirmou Jakob Wegge-Larsen , novo diretor financeiro (CFO) da Vestas , maior fabricante mundial de turbinas eólicas, ao comentar o cenário do setor no país após a reversão de políticas de incentivo promovida pela administração de Donald Trump. CFO da Vestas destaca que a energia eólica nos EUA seguirá em expansão apesar de mudanças políticas Segundo o executivo, a demanda crescente por eletricidade, impulsionada principalmente pela rápida expansão de centros de dados e infraestrutura digital , garante espaço para que a fonte eólica continue desempenhando papel central no sistema elétrico norte-americano nos próximos anos. Data centers como motor de demanda O aumento exponencial do consumo de energia por big techs, provedores de nuvem e inteligência artificial está transformando o perfil de demanda elétrica nos EUA. Para Wegge-Larsen, esse movimento cria oportunidades estratégicas para a eólica , uma vez que os parques já se encontram competitivamente posicionados em termos de custo e disponibilidade. “Os centros de dados estão se tornando uma das maiores forças por trás do crescimento da eletricidade. E a energia eólica, pela escala e pelo custo competitivo, está entre as soluções mais bem preparadas para atender a essa necessidade”, afirmou o CFO da Vestas. Impacto limitado das mudanças regulatórias Embora a reversão de alguns incentivos fiscais e mecanismos de apoio governamental tenha gerado preocupação entre investidores, a Vestas avalia que a força estrutural da demanda deve superar os impactos políticos de curto prazo. A empresa lembra que, além do baixo custo por MWh, a energia eólica já conta com cadeias de fornecimento consolidadas nos EUA , fator que aumenta a resiliência do setor em cenários adversos. Horizonte de crescimento Com planos ambiciosos de expansão em estados como Texas, Oklahoma e Iowa , a Vestas reforça que a eólica continuará sendo uma das principais engrenagens da transição energética norte-americana . Para especialistas do setor, a fala do novo CFO confirma uma visão de longo prazo: a competitividade tecnológica e o apetite de grandes consumidores corporativos como empresas de tecnologia e data centers devem manter a energia eólica como protagonista no mix elétrico, independentemente de ciclos políticos em Washington. CFO da Vestas destaca que a energia eólica nos EUA seguirá em expansão apesar de mudanças políticas
- Governo Trump endurece regras para créditos fiscais de energia eólica e solar nos EUA
O setor de energias renováveis norte-americano enfrenta um novo cenário regulatório. O governo dos Estados Unidos anunciou regras mais rígidas para acesso aos créditos fiscais federais destinados a projetos de energia eólica e solar, medida que poderá afetar diretamente os cronogramas de investimento do setor. Governo Trump endurece regras para créditos fiscais de energia eólica e solar nos EUA As mudanças foram divulgadas na última sexta-feira pelo Internal Revenue Service (IRS) , em cumprimento ao “One Big Beautiful Bill Act” , legislação assinada pelo presidente Donald Trump que prevê a eliminação gradual dos incentivos para projetos de geração limpa. Fim do crédito para novos projetos após 2027 A lei estabelece que o crédito de investimento em eletricidade limpa (ITC) será encerrado para todos os empreendimentos solares fotovoltaicos e eólicos comissionados após 31 de dezembro de 2027 . No entanto, há uma exceção: projetos que iniciarem sua construção até 12 meses após a aprovação da lei ainda poderão se qualificar para o benefício, mesmo que não estejam produzindo energia dentro do período estipulado. Mudanças na definição de “início de construção” Um dos pontos centrais das novas regras é a alteração nos critérios que determinam se um projeto está efetivamente em construção. A partir de agora, os desenvolvedores deverão comprovar o início de “obras físicas de natureza significativa” e manter um programa contínuo de construção para assegurar elegibilidade. Com isso, deixa de valer a chamada regra dos 5% (“Five Percent Safe Harbor”) , que permitia garantir o status de construção ao investir antecipadamente pelo menos 5% do custo total do projeto. As novas exigências serão aplicadas a empreendimentos que entrarem em construção após 2 de setembro de 2025 . Reforço da política energética da Casa Branca As mudanças seguem a linha de uma recente ordem executiva do presidente Trump, que instruiu o Departamento do Interior (DOI) a eliminar descontos de taxas de passagem e tarifas de capacidade para projetos renováveis já existentes e futuros. Além disso, o governo determinou que o uso de portos seguros (“safe harbors”) só será aceito em casos em que uma parte substancial das instalações tenha sido efetivamente construída. Impacto para a transição energética A decisão aumenta a pressão sobre desenvolvedores e investidores do setor solar e eólico, que terão menos flexibilidade para planejar projetos de longo prazo. Especialistas avaliam que a medida poderá reduzir o ritmo de novos investimentos em renováveis nos EUA , ao mesmo tempo em que fortalece a posição de fontes fósseis na matriz elétrica. Ainda assim, o potencial de demanda por eletricidade — impulsionado por setores como data centers, eletromobilidade e digitalização da economia — deve manter os projetos de energia limpa como peças estratégicas na transição energética do país. Governo Trump endurece regras para créditos fiscais de energia eólica e solar nos EUA
- Alta nos preços das células de bateria de lítio na China em 2025: entenda as últimas notícias e os fatores ocultos por trás da escalada 🔋🚨
A indústria global de energia e mobilidade elétrica enfrenta um novo ponto de inflexão. Depois de anos de queda constante nos preços, as células de bateria de lítio produzidas na China voltaram a registrar alta em 2025, impulsionadas por um cenário de oferta mais restrita e demanda em forte expansão . Alta nos preços das células de bateria de lítio na China em 2025: entenda as últimas notícias e os fatores ocultos por trás da escalada A importância desse movimento é enorme: a China responde por mais de 70% da produção mundial de células de íons de lítio , abastecendo tanto o mercado de veículos elétricos (EVs) quanto os sistemas de armazenamento de energia que sustentam a transição energética. Por que os preços estão subindo? Especialistas apontam que não se trata de uma oscilação momentânea, mas sim de um ajuste estrutural no mercado global: Demanda recorde : o avanço acelerado dos EVs e de projetos de armazenamento em larga escala pressiona a cadeia de suprimentos. Oferta limitada : gargalos na mineração e refino de lítio, além de custos crescentes de matérias-primas. Transição energética : políticas públicas mais ambiciosas em diversos países aumentam a competição por componentes estratégicos. O que isso significa para o setor? Fabricantes devem enfrentar margens mais apertadas e necessidade de renegociação em contratos de fornecimento. Investidores podem enxergar oportunidades em novos projetos de mineração, reciclagem e tecnologias alternativas. Economia verde terá de lidar com custos maiores em curto prazo, mas que podem acelerar inovações em eficiência energética. Perspectivas O aumento nos preços das células de bateria de lítio em 2025 é um alerta de que a transição energética global está entrando em uma fase mais competitiva e complexa , em que controle de custos, inovação tecnológica e segurança de suprimento serão diferenciais estratégicos. 💬 E você, como vê esse cenário? Otimista ( bullish ) ou cauteloso ( bearish )? Compartilhe sua visão nos comentários. Alta nos preços das células de bateria de lítio na China em 2025: entenda as últimas notícias e os fatores ocultos por trás da escalada
- Renováveis já representam mais de 11% da geração elétrica em Omã até maio
Renováveis já representam mais de 11% da geração elétrica em Omã até maio O Sultanato de Omã atingiu um marco importante em sua transição energética : até maio deste ano, mais de 11% da eletricidade gerada no país veio de fontes renováveis , segundo dados divulgados pela Diretoria-Geral de Energia Renovável e Hidrogênio do Ministério de Energia e Minerais . O avanço é resultado direto da entrada em operação de grandes empreendimentos solares e eólicos, como o Dhofar 1 Wind Farm , a usina solar Ibri 2 e os complexos Manah 1 e Manah 2 , que consolidam o protagonismo das renováveis na matriz elétrica do país. Novos projetos em contratação A agenda de expansão não para por aí. Para este ano, estão previstos contratos para alguns dos maiores projetos de energia renovável da região, incluindo: Ibri 3 Solar Plant (500 MW) Jalan Bani Bu Ali Wind Farm (100 MW) Dhofar 2 Wind Farm (120 MW) Esses empreendimentos reforçam o compromisso de Omã em acelerar investimentos e ampliar a participação das renováveis no curto prazo. Próxima onda de expansão O pipeline futuro também é ambicioso, com destaque para projetos já em fase de desenvolvimento, como: Sadah Wind Farm (90 MW) Mahout 1 e Mahout 2 Wind Farms (300–400 MW) Al Kamil Solar Plant (280 MW) Novo projeto solar de 220 MW Esses investimentos devem consolidar Omã como um dos polos emergentes de energia limpa no Oriente Médio. Energia limpa e diversificação econômica Além de apoiar a segurança energética, os projetos renováveis são considerados estratégicos para os planos de diversificação econômica e sustentabilidade ambiental do país, contribuindo para a redução das emissões de carbono e para a preservação dos recursos naturais. A meta estabelecida pelo governo é clara: alcançar 30% de participação das renováveis na geração elétrica até 2030 . “A transição energética é um pilar fundamental da estratégia nacional de desenvolvimento, garantindo competitividade, sustentabilidade e novas oportunidades econômicas para Omã”, destacou o Ministério de Energia e Minerais. Renováveis já representam mais de 11% da geração elétrica em Omã até maio
- Lion E-Mobility acelera plano para 40 projetos de armazenamento de energia na Alemanha até 2028
A transição energética europeia acaba de ganhar mais um reforço de peso. A fabricante suíça Lion E-Mobility AG anunciou uma parceria estratégica com a empresa alemã Münchner Solarkraftwerke para o desenvolvimento de mais de 40 projetos de sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) , com capacidades que vão de 5 MW a 150 MW , até 2028. Lion E-Mobility acelera plano para 40 projetos de armazenamento de energia na Alemanha até 2028 Os projetos contemplam tanto soluções autônomas quanto instalações colocalizadas com usinas solares fotovoltaicas, reforçando a tendência de integração entre armazenamento em larga escala e geração renovável . Nova frente para o mercado alemão de energia A iniciativa será conduzida pela Lion Smart Production , subsidiária da Lion E-Mobility, em conjunto com a Münchner Solarkraftwerke, especializada em projetos solares e de armazenamento. O portfólio já está em fase avançada de planejamento, com previsão de conexão à rede elétrica alemã entre 2026 e 2028 . Embora os valores de investimento não tenham sido divulgados, a companhia confirmou que cada projeto utilizará sistemas próprios de baterias de íons de lítio da Lion , equipados com inversores e sistemas de conversão de energia (PCS). Além de armazenar a produção solar em horários de pico, os sistemas também devem atuar no fornecimento de serviços ancilares à rede elétrica , uma estratégia considerada essencial para garantir estabilidade, segurança e lucratividade em um mercado em rápida transformação. Receita e crescimento estratégico Segundo a empresa, os projetos devem representar uma importante fonte de receita no curto e médio prazo. “Ao combinar nossa tecnologia de armazenamento com a expertise da Münchner Solarkraftwerke no desenvolvimento de projetos, estamos estabelecendo as bases para um modelo de negócios escalável e com grande potencial de crescimento”, destacou Joachim Damasky, CEO da Lion E-Mobility . Com essa iniciativa, a fabricante suíça fortalece sua presença no mercado europeu e posiciona o armazenamento em baterias como elemento central da transição energética alemã , alinhando-se à crescente demanda por flexibilidade e gestão inteligente da rede elétrica. Lion E-Mobility acelera plano para 40 projetos de armazenamento de energia na Alemanha até 2028
- Inox Power: Nova Força do Grupo InoxPar impulsiona soluções solares no Brasil e nas Américas
São Paulo – Com mais de quatro décadas de experiência no mercado de aço inoxidável e soluções industriais, o Grupo InoxPar, fundada por Eduardo Bragança Lopes e Luiz Carlos Bezerra dá um passo estratégico rumo à transição energética, fornecendo os fixadores para todo mercado brasileiro, e com o lançamento da Inox Power , nova empresa focada no desenvolvimento e fornecimento de estruturas e componentes para sistemas de energia solar fotovoltaica em solo e telhado. A novidade será oficialmente apresentada durante a Intersolar South America 2025 , que acontece de 26 a 28 de agosto, em São Paulo. A iniciativa é resultado da união de expertise acumulada pela Inoxpar – fundada em 1986 e pelo know-how internacional conquistado ao longo de quase 30 anos de parcerias com a Ásia e outros mercados globais. “Estamos unindo a solidez de 40 anos de atuação no Brasil com uma visão ampliada para atender toda a América Latina e América do Norte. A Inox Power nasce para oferecer soluções com excelente custo-benefício, qualidade e conformidade com as exigências ESG” , afirma Eduardo Lopes , diretor comercial da Inoxpar e agora também à frente da Inox Power. Da construção civil ao setor solar A trajetória do Grupo InoxPar no segmento de energia começou há mais de uma década, quando a empresa passou a produzir componentes em aço e alumínio para o mercado fotovoltaico. Ao longo do tempo, desenvolveu produtos adaptados à realidade brasileira, reduzindo custos e ampliando a competitividade frente a modelos importados da Europa e Ásia. Além da atuação no setor solar, o grupo também se destacou em soluções para fachadas prediais, fechamento de varandas e outros projetos especiais, sempre com foco em inovação, durabilidade e integração entre construção civil e geração de energia renovável. Garantia Solar: engenharia e capacitação Outro braço estratégico do grupo é a Garantia Solar , unidade de negócios especializada em fixadores, ancoragens e suporte técnico para integradores e instaladores. Mais do que fornecer produtos, a empresa investe na capacitação de profissionais do setor, oferecendo treinamentos práticos e acesso a softwares de cálculo e engenharia especializada. “Nossa proposta é apoiar tanto o pequeno instalador quanto os grandes players que desejam escalar seus projetos, oferecendo retaguarda técnica, engenharia diferenciada e produtos de alto desempenho” , reforça Eduardo Lopes. Inox Power: estrutura para o futuro da energia A nova divisão surge para atender a demanda crescente por soluções solares eficientes e sustentáveis. Inicialmente, a Inox Power focará em estruturas para sistemas fotovoltaicos de solo e telhado , com a meta de se tornar referência na região em fornecimento e suporte técnico. Com foco em sustentabilidade e economia circular , todos os produtos seguem critérios ESG, priorizando materiais reaproveitáveis e processos produtivos de baixo impacto ambiental. Energia com impacto social Além dos negócios, o Grupo Inox mantém forte compromisso com o terceiro setor. Projetos como "Iluminando Famílias" e "Quilo Watt do Bem" têm levado sistemas de energia solar a instituições beneficentes, reduzindo custos fixos e liberando recursos para ações assistenciais. Recentemente, o grupo anunciou que o próximo beneficiado será o Asilo Bezerra de Menezes , na capital paulista. A expectativa é que, com a instalação de um sistema fotovoltaico, a instituição possa economizar nas contas de luz por mais de duas décadas, investindo esses recursos em melhorias na qualidade de vida dos idosos atendidos. Presença na Intersolar 2025 Durante a Intersolar South America , os visitantes poderão conhecer de perto as soluções da Inox Power e da Inoxpar, além de conversar com especialistas sobre integração de sistemas, engenharia de fixação e oportunidades de parceria. “Queremos caminhar lado a lado com integradores, eletricistas e empresas que buscam agregar valor aos seus negócios, sempre com foco na qualidade e na sustentabilidade”, conclui Eduardo Lopes. Inox Power: Nova Força do Grupo InoxPar impulsiona soluções solares no Brasil e nas Américas Inox Power: Nova Força do Grupo InoxPar impulsiona soluções solares no Brasil e nas Américas












