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  • 🔥 Queimadas provocaram mais de 65 mil interrupções no fornecimento de energia no Brasil em 2024

    Alta de 38% em relação a 2023 expõe vulnerabilidade do sistema elétrico diante de eventos climáticos extremos 🔥 Queimadas provocaram mais de 65 mil interrupções no fornecimento de energia no Brasil em 2024 28 de Julho de 2025 O avanço das queimadas no Brasil está se consolidando como um novo fator crítico de risco para o setor elétrico nacional. Em 2024, mais de 65 mil interrupções no fornecimento de energia  foram provocadas diretamente por focos de incêndio em diferentes regiões do país, de acordo com levantamento da ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) , com base em dados oficiais da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) . O número representa um aumento alarmante de 38% em relação a 2023 , quando foram contabilizadas cerca de 47 mil interrupções por causas semelhantes. O pico da crise foi registrado no terceiro trimestre do ano passado, entre julho e setembro, período em que a combinação de estiagem prolongada, baixa umidade do ar e altas temperaturas  cria o ambiente perfeito para a propagação do fogo. “Estamos observando um crescimento recorrente das interrupções causadas por queimadas. O impacto dos eventos climáticos extremos sobre a distribuição de energia e a vida das pessoas está se intensificando a cada ano”, alerta Marcos Madureira, presidente da ABRADEE. 🌍 Mudanças climáticas pressionam infraestrutura energética A tendência registrada nos últimos anos reforça o alerta de especialistas para a necessidade de adaptação da infraestrutura elétrica brasileira às novas realidades climáticas . Redes de distribuição, transformadores, postes e linhas aéreas tornam-se alvos vulneráveis diante de incêndios florestais ou focos acidentais de fogo às margens de rodovias, pastagens e áreas urbanas em expansão. O dado também evidencia o quanto o sistema elétrico nacional ainda depende de estratégias preventivas eficazes  para enfrentar os impactos diretos da crise climática. As queimadas, além de provocarem apagões localizados, também afetam a qualidade da energia e aumentam os custos de manutenção para distribuidoras. 🔎 Um desafio além da energia O crescimento das interrupções energéticas causadas por fogo não é apenas um problema do setor elétrico, mas uma questão transversal de segurança, meio ambiente e gestão pública . O enfrentamento das queimadas exige políticas integradas de prevenção, fiscalização e educação ambiental — além do fortalecimento da resiliência das infraestruturas essenciais. 🔥 Queimadas provocaram mais de 65 mil interrupções no fornecimento de energia no Brasil em 2024

  • Ecori disponibiliza linha GoodWe a pronta-entrega

    São Paulo, julho de 2025 A Ecori Energia Solar, uma das principais distribuidoras do setor fotovoltaico no Brasil, reforça sua posição no mercado ao disponibilizar de forma imediata a linha GoodWe. A novidade contempla modelos monofásicos, trifásicos e híbridos trifásicos e armazenamento , prontos para envio imediato em todo o território nacional. A iniciativa atende a uma demanda crescente de integradores e instaladores por soluções confiáveis com entrega rápida especialmente em um cenário de projetos cada vez mais dinâmicos e com prazos apertados. “Ter equipamentos de qualidade à pronta-entrega é essencial para garantir agilidade e previsibilidade nos projetos. A parceria com a GoodWe nos permite oferecer ao mercado soluções tecnológicas avançadas com a eficiência logística que o integrador precisa”, afirma a equipe comercial da Ecori. Linha GoodWe para todas as demandas Os inversores da GoodWe são reconhecidos mundialmente por sua performance, confiabilidade e integração inteligente. Com a curadoria técnica da Ecori, a linha disponível atende às principais necessidades do mercado: Inversores Monofásicos  – Para sistemas residenciais e pequenos comércios, combinam eficiência e instalação simplificada. Inversores Trifásicos  – Ideais para aplicações comerciais e industriais, com alta capacidade e robustez. Híbridos Trifásicos  – Permitem integração com sistemas de armazenamento, oferecendo mais autonomia energética. Logística eficiente para acelerar projetos solares Com estoques estrategicamente posicionados e uma estrutura logística sólida, a Ecori garante entregas rápidas e suporte especializado em todas as regiões do Brasil. Isso representa um ganho real para integradores que desejam manter cronogramas em dia e clientes satisfeitos. A linha GoodWe à pronta-entrega já está disponível para aquisição pelo canal oficial da Ecori . Ecori disponibiliza linha GoodWe a pronta-entrega

  • BIPV revoluciona o setor de energia ao integrar geração solar diretamente na arquitetura dos edifícios

    Tecnologia que transforma fachadas, janelas e telhados em usinas solares chama atenção por unir design e sustentabilidade. Conheça os benefícios que estão redefinindo o futuro da construção urbana. Foto referente a casa modelo na China da GoodWe Por EnergyChannel – 27 de Julho de 2025 A transição energética global ganha um novo aliado com as soluções de BIPV (Building-Integrated Photovoltaics) , que unem arquitetura e geração de energia limpa de forma inédita. Longe de serem apenas painéis solares convencionais, os sistemas BIPV transformam elementos construtivos como fachadas, telhados, janelas e até jardins em fontes ativas de eletricidade , integrando estética, eficiência e sustentabilidade no mesmo projeto. Empresas como a GoodWe , referência internacional no setor, estão liderando essa transformação com tecnologias que permitem que edifícios comerciais, residenciais e públicos se tornem ativos energéticos inteligentes e visualmente impressionantes . Confira os cinco principais diferenciais do BIPV que estão atraindo incorporadoras, arquitetos e investidores em todo o mundo: 1. Design sustentável: energia e estética no mesmo projeto Ao contrário das soluções solares tradicionais, que são instaladas como complementos visuais, o BIPV faz parte do projeto arquitetônico desde a concepção . Isso significa que vidros, paredes e telhados são pensados como superfícies geradoras de energia, preservando ou até mesmo valorizando o design moderno e sofisticado dos empreendimentos. 2. Economia de energia de até 50% ao ano Edifícios equipados com sistemas BIPV reduzem significativamente o consumo de eletricidade da rede. Estima-se que a economia anual possa variar entre 30% e 50%  nos gastos com energia, o que diminui drasticamente as emissões de carbono associadas ao funcionamento da edificação. A GoodWe se destaca por seus módulos fotovoltaicos de alta eficiência , que oferecem retorno mais rápido sobre o investimento, otimizando o custo total do projeto ao longo da vida útil. 3. Redução de custos com materiais de construção Uma vantagem pouco explorada, mas altamente estratégica do BIPV, é a substituição de materiais convencionais de construção por componentes solares ativos . Telhas, vidros e revestimentos são substituídos por soluções solares integradas, reduzindo o uso de materiais tradicionais e, com isso, os custos totais da obra. 4. Durabilidade superior e isolamento térmico Os sistemas BIPV são desenvolvidos para suportar condições extremas de clima e apresentar durabilidade acima de 25 anos , superando a vida útil da maioria dos materiais construtivos convencionais. Além disso, agregam melhor desempenho térmico e acústico , o que contribui para maior conforto dos usuários e menor demanda energética em climatização. 5. Instalação modular e eficiente Outro diferencial importante é o formato modular e pré-fabricado dos sistemas BIPV , que permite a instalação simultânea à construção civil, reduzindo em até 30% o tempo de obra em comparação com instalações solares convencionais . Isso representa um ganho importante de produtividade e economia. BIPV: o futuro das cidades inteligentes começa pela fachada BIPV: o futuro das cidades inteligentes começa pela fachada BIPV: o futuro das cidades inteligentes começa pela fachada A proposta do BIPV vai além da geração de energia. Trata-se de uma mudança de paradigma  na forma como edifícios são pensados: não mais como consumidores passivos, mas como elementos ativos da matriz energética urbana . Com soluções que aliam eficiência, estética, durabilidade e retorno econômico , o BIPV se consolida como uma peça-chave na construção de cidades inteligentes e sustentáveis . E empresas como a GoodWe estão na linha de frente dessa transformação. BIPV revoluciona o setor de energia ao integrar geração solar diretamente na arquitetura dos edifícios

  • Modernização do setor elétrico a partir da convergência entre redes inteligentes e geração renovável

    Por  Laís Víctor, especialista em energias renováveis e diretora executiva A transição energética global tem avançado em ritmo acelerado, impulsionada por compromissos climáticos, avanços tecnológicos e pressões econômicas por fontes mais sustentáveis e competitivas. No centro desse processo, a expansão das energias renováveis altera profundamente a lógica tradicional de funcionamento dos sistemas elétricos. Modernização do setor elétrico a partir da convergência entre redes inteligentes e geração renovável O crescimento consistente da geração solar e eólica, ambas marcadas por variabilidade e dependência de condições climáticas, impõe desafios inéditos à estabilidade, previsibilidade e governança da operação. Modelos construídos com base em geração centralizada, controle hierárquico e fluxos unidirecionais passam a mostrar limites diante de uma matriz que se torna cada vez mais descentralizada, dinâmica e conectada. É nesse cenário que a integração de renováveis em redes inteligentes emerge como um componente estratégico de adaptação estrutural. Mais do que uma evolução tecnológica, trata-se de uma resposta sistêmica à complexidade crescente do setor elétrico. As redes inteligentes permitem monitoramento em tempo real, automação de respostas operacionais, comunicação entre equipamentos e gestão eficiente da variabilidade da geração. Representam, portanto, a infraestrutura necessária para dar suporte técnico e econômico à expansão das fontes limpas, sem comprometer a segurança energética ou a eficiência da operação. Integrar geração renovável e inteligência de rede não é uma opção técnica marginal, mas uma condição essencial para o funcionamento sustentável das matrizes do século XXI. A digitalização como base da nova infraestrutura elétrica A expansão das fontes renováveis tem sido acompanhada, nos principais mercados globais, por um processo contínuo de digitalização da infraestrutura elétrica. Segundo estimativas recentes da International Energy Agency (IEA), 83% da nova capacidade de geração instalada em 2023 teve origem em fontes renováveis, com destaque para solar e eólica. Esse avanço altera não apenas a composição da matriz energética, mas também as exigências sobre a rede que a sustenta. Modernização do setor elétrico a partir da convergência entre redes inteligentes e geração renovável Estados Unidos, China e países da União Europeia lideram a implantação de redes inteligentes com alto grau de automação, medição avançada, resposta à demanda e controle em tempo real. Essas soluções têm permitido maior flexibilidade operacional e integração eficiente de fontes intermitentes, ao mesmo tempo em que fortalecem a resiliência dos sistemas frente a eventos climáticos extremos e oscilações de carga. No Brasil, embora o processo ainda ocorra de forma gradual e desigual, há sinais consistentes de avanço. Iniciativas como o Programa Nacional de Redes Elétricas Inteligentes, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), e projetos-piloto conduzidos por concessionárias estaduais e privadas indicam um esforço coordenado de experimentação regulatória e adaptação tecnológica. A incorporação de medidores inteligentes, sistemas de automação de distribuição e plataformas digitais de gestão de energia ainda enfrenta desafios estruturais, mas tende a se intensificar à medida que os marcos legais avancem e os incentivos econômicos se consolidem. Integração exige mais que tecnologia: os obstáculos de uma rede em transição A modernização do setor elétrico por meio da integração entre fontes renováveis e redes inteligentes depende de avanços estruturais em múltiplas frentes. Embora o potencial técnico já esteja consolidado nos principais mercados, a implementação efetiva desse modelo enfrenta barreiras operacionais, regulatórias e institucionais que ainda limitam sua escalabilidade, especialmente em economias emergentes. Do ponto de vista técnico, a interoperabilidade entre sistemas digitais, o envelhecimento da infraestrutura de distribuição e a adoção insuficiente de padrões de cibersegurança representam riscos concretos à confiabilidade e à segurança da operação. A integração de ativos descentralizados exige redes preparadas para bidirecionalidade, gerenciamento dinâmico de carga e resposta em tempo real, o que implica investimentos relevantes em automação, sensoriamento e comunicação. No campo regulatório, persistem lacunas que dificultam a plena valorização da flexibilidade, dos serviços ancilares e da geração distribuída. Modelos tarifários que não reconhecem esses atributos limitam os incentivos à modernização. A ausência de políticas que estimulem a participação ativa do consumidor, inclusive por meio da resposta à demanda e do autoconsumo inteligente, reduz o potencial transformador das redes inteligentes. Além disso, a qualificação profissional surge como um componente crítico da transição. Operar sistemas complexos, descentralizados e digitalizados exige competências que combinam engenharia elétrica, ciência de dados e conhecimento regulatório. No entanto, a formação de quadros técnicos aptos a lidar com essa nova realidade ainda ocorre de forma lenta e fragmentada, gerando um descompasso entre as exigências da operação e a capacidade instalada do setor. Oportunidades estruturais: reorganizando o setor com inteligência e descentralização A integração de fontes renováveis com redes inteligentes não representa apenas uma modernização operacional, mas a chance de reestruturar o setor elétrico com base em maior eficiência técnica, participação ativa dos agentes e melhor alocação de recursos. Trata-se de um processo que não apenas responde aos desafios da transição energética, mas que também redefine a forma como a energia é produzida, distribuída, comercializada e consumida. A convergência entre geração distribuída, sistemas de armazenamento e eletrificação de usos finais, como veículos elétricos, gera sinergias que elevam a resiliência do sistema e reduzem a dependência de grandes obras de infraestrutura. A digitalização, por sua vez, permite o monitoramento contínuo da rede, otimizando o despacho de energia, antecipando falhas e viabilizando uma operação mais flexível e responsiva. A utilização de dados em tempo real cria condições para introduzir novos modelos tarifários baseados em variabilidade horária, localização geográfica e perfil de consumo. Esse novo arranjo também amplia o papel dos consumidores, que passam a ser participantes ativos do sistema, com maior autonomia sobre seu comportamento energético. Ao aderirem a contratos de energia personalizados, ao participar de programas de resposta à demanda ou ao operar seus próprios sistemas de geração e armazenamento, consumidores residenciais, comerciais e industriais deixam de ser apenas usuários finais para se tornarem agentes que contribuem diretamente para a estabilidade e a eficiência do setor. Além disso, o ambiente mais descentralizado e digitalizado favorece o surgimento de novos modelos de negócio. Comercializadoras digitais, plataformas peer-to-peer, cooperativas energéticas e agregadores de carga encontram espaço para se consolidar, estimulando a competição, a inovação regulatória e a diversificação da oferta de serviços. Essas dinâmicas ampliam o alcance da transição energética e criam valor em múltiplos níveis da cadeia elétrica. Tomar decisão estratégica em um sistema elétrico em transformação A modernização do setor elétrico, impulsionada pela integração de fontes renováveis e redes inteligentes, exige um redesenho profundo das decisões empresariais, regulatórias e institucionais. Nesse cenário, os agentes do setor precisam agir com discernimento técnico e visão sistêmica, alinhando inovação tecnológica, responsabilidade socioambiental e adaptação regulatória. Para empresas e investidores, isso significa priorizar ativos com maior flexibilidade operacional, capazes de responder de forma rápida e eficiente às variações de carga e geração. Usinas híbridas, equipamentos com inteligência embarcada e soluções compatíveis com armazenamento despontam como elementos centrais de uma nova matriz elétrica mais ágil e conectada. Ao mesmo tempo, é fundamental acompanhar de forma próxima e ativa os avanços regulatórios, especialmente no Brasil, onde projetos de modernização tramitam em busca de maior coerência entre a realidade tecnológica e os marcos legais vigentes. A participação qualificada em consultas públicas, com contribuições técnicas bem fundamentadas, fortalece o processo e amplia a previsibilidade dos investimentos. Outro aspecto decisivo é a articulação com fornecedores, desenvolvedores, centros de pesquisa e universidades. Parcerias técnicas e institucionais têm o potencial de acelerar a curva de aprendizado, reduzir custos de transição e garantir maior robustez na implementação de soluções digitais e descentralizadas. No campo corporativo, as decisões precisam incorporar de forma mais clara os critérios técnicos, ambientais e sociais que moldam o novo mercado de energia. Projetos avaliados apenas sob métricas financeiras tradicionais tendem a perder espaço para aqueles que demonstram impacto territorial positivo, rastreabilidade de suas práticas e compromisso com metas climáticas verificáveis. Diante desse cenário, acredito que nenhuma transformação é viável sem pessoas qualificadas para operá-la. O setor elétrico requer, com urgência, profissionais capazes de interpretar dados em tempo real, gerenciar ativos digitais e atuar em ambientes distribuídos. A formação de equipes preparadas, diversas e atualizadas será um diferencial decisivo para organizações que desejam permanecer relevantes num cenário em constante evolução. Transição elétrica exige redes compatíveis com o futuro A expansão das fontes renováveis representa um avanço necessário, mas não suficiente. À medida que a geração se descentraliza e se torna mais variável, o sistema elétrico precisa evoluir para responder com inteligência, estabilidade e agilidade. Isso não se alcança apenas com mais geração, mas com redes preparadas para operar de forma integrada, digital e distribuída. A inserção qualificada de renováveis depende de uma arquitetura elétrica que reconheça a complexidade do novo arranjo energético e que seja capaz de operar com múltiplos agentes, fluxos bidirecionais e informações em tempo real. A integração entre redes inteligentes e geração renovável deixa de ser uma aspiração técnica para se tornar uma decisão estrutural, que impacta diretamente a segurança energética, a eficiência dos mercados e a soberania do modelo energético nacional. Trata-se de uma mudança que exige compromisso institucional, articulação entre setores e clareza estratégica em todos os níveis da tomada de decisão. Vejo que essa transformação representa uma etapa determinante para o Brasil consolidar um sistema elétrico mais confiável, moderno e alinhado com as exigências globais de descarbonização e competitividade. A oportunidade está posta, com base técnica sólida e viabilidade econômica crescente. O que se espera agora é que os agentes públicos e privados atuem com responsabilidade, coerência regulatória e visão de longo prazo para garantir que essa transição não apenas aconteça, mas seja conduzida com inteligência e maturidade. Sobre a autora   Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis.  Modernização do setor elétrico a partir da convergência entre redes inteligentes e geração renovável

  • ANP avança em agenda estratégica com foco fiscal, infraestrutura de gás e regulamentação de combustíveis

    Decisões da agência reguladora miram estabilidade no setor energético e atração de investimentos em gás natural e derivados ANP avança em agenda estratégica com foco fiscal, infraestrutura de gás e regulamentação de combustíveis EnergyChannel, julho de 2025 A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)  iniciou a análise de uma megapauta regulatória  que promete influenciar diretamente o futuro da infraestrutura energética brasileira. Entre os temas centrais estão uma nova medida fiscal para distribuidoras , a revisão de tarifas de transporte em gasodutos  e a regulamentação de formuladoras de combustíveis  — empresas responsáveis pela mistura e padronização dos produtos que chegam ao consumidor. A proposta da ANP tem como objetivo refinar o ambiente de negócios , oferecendo maior clareza regulatória, previsibilidade para investidores e equilíbrio fiscal no setor de óleo e gás, que segue em transformação com o avanço da transição energética e a consolidação do mercado de gás natural no país. Medida fiscal pretende reequilibrar cadeia de combustíveis Uma das frentes em discussão é a criação de uma medida fiscal compensatória  voltada a distribuidoras de combustíveis , que vêm enfrentando pressões decorrentes da variação nos custos logísticos e tributários. A proposta da ANP busca calibrar mecanismos que evitem distorções de mercado, sem comprometer a arrecadação ou a competitividade entre os players. Esse reequilíbrio pode beneficiar especialmente pequenas e médias distribuidoras, ao mitigar riscos operacionais em um cenário de margens apertadas e alta volatilidade de preços globais. Gasodutos e tarifas em foco: rumo a um mercado de gás mais dinâmico Outro ponto de destaque é a atualização das tarifas de transporte de gás natural , com foco nos contratos firmes e interruptíveis. A expectativa é que a nova metodologia traga mais transparência e racionalidade econômica  para a utilização da malha de gasodutos, que tem papel estratégico na interiorização do gás e no suprimento à indústria. A revisão tarifária pode destravar novos projetos de infraestrutura e atrair operadores interessados em atuar na malha existente, hoje concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste. Formuladoras sob nova lupa regulatória A ANP também pretende modernizar o marco regulatório das formuladoras , empresas responsáveis pela mistura final de derivados de petróleo antes da distribuição. O objetivo é garantir qualidade, rastreabilidade e segurança  em todo o processo, reduzindo riscos técnicos e comerciais. O avanço dessa regulação também visa combater fraudes e garantir isonomia entre os agentes da cadeia, em sintonia com as diretrizes do RenovaBio e da nova política nacional de combustíveis. Próximos passos e impacto no setor As medidas estão sendo debatidas em reuniões técnicas com o setor privado e devem passar por consulta pública nos próximos meses. A previsão é que parte das novas normas entre em vigor ainda no segundo semestre de 2025, com impacto direto na logística, precificação e regulação do mercado de combustíveis e gás natural . Com essa agenda estratégica, a ANP sinaliza seu compromisso com um setor mais dinâmico, seguro e competitivo essencial para o crescimento sustentável da matriz energética brasileira. ANP avança em agenda estratégica com foco fiscal, infraestrutura de gás e regulamentação de combustíveis

  • IMPACTO DAS PREVISÕES DE AFLUÊNCIA E DEMANDA NO PLD E PREÇOS DO MERCADO LIVRE NO BRASIL ATÉ 2029

    Por Arthur Oliveira Na minha visão, o setor elétrico brasileiro atravessa um momento particularmente desafiador para manter o equilíbrio entre oferta e demanda de energia. As mudanças climáticas, o crescimento constante da demanda sobretudo nos horários de pico e a expansão acelerada do mercado livre (ACL) têm colocado em xeque a previsibilidade e a estabilidade dos preços. O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e os valores praticados no ACL são fortemente impactados pelas previsões de afluência natural de energia (NIE), que, infelizmente, têm se mostrado excessivamente otimistas. Esse otimismo é ainda mais preocupante quando somado ao avanço do consumo por data centers, que exercem forte pressão sobre o sistema no horário de maior carga. Diante disso, considero de extrema relevância analisar os efeitos do viés otimista nas previsões de NIE — conforme evidenciado no estudo “Assessing the Optimistic Bias in the Natural Inflow Forecasts: A Call for Model Monitoring in Brazil” — e também as projeções de carga e demanda contidas no Plano da Operação Energética (PEN 2025). A combinação desses fatores já afeta o PLD e os preços no ACL, e tende a trazer consequências ainda mais severas até 2029, especialmente no enfrentamento da demanda de pico. IMPACTO DAS PREVISÕES DE AFLUÊNCIA E DEMANDA NO PLD E PREÇOS DO MERCADO LIVRE NO BRASIL ATÉ 2029 CONTEXTO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO MATRIZ ENERGÉTICA E DEPENDÊNCIA HIDRELÉTRICA O Brasil depende de hidrelétricas para cerca de 60% de sua eletricidade, o que torna a previsão da quantidade de água nos reservatórios (afluência natural de energia, ou NIE) essencial para o planejamento energético. No entanto, mudanças climáticas, como secas prolongadas, e o crescimento da demanda, especialmente em horários de pico, desafiam a capacidade do sistema de manter preços estáveis e atender a todos os consumidores. MODELOS DE PREVISÃO: PARp E PARp-A Os modelos PARp (Periodic Autoregressive Model) e PARp-A são ferramentas matemáticas usadas para prever quanta água chegará aos reservatórios com base em dados históricos, como chuvas passadas. O PARp analisa padrões mensais de afluência, enquanto o PARp-A adiciona a média das afluências dos últimos 12 meses para tentar captar mudanças recentes. Ambos assumem que os padrões de chuva não mudam muito ao longo do tempo, mas o estudo no qual foi baseado este artigo, mostra que eles superestimam a quantidade de água, especialmente em períodos de seca, devido a mudanças climáticas que reduzem as afluências. IMPACTOS DAS PREVISÕES DE AFLUÊNCIA NO PLD E NO ACL VIÉS OTIMISTA NAS PREVISÕES DE NIE O estudo identificou que os modelos PARp e PARp-A superestimam a NIE, com vieses acumulados de 110,07 GW no Sudeste e 49,18 GW no Nordeste em 24 meses. Esse “otimismo” faz o sistema acreditar que há mais água disponível do que realmente existe, reduzindo o custo calculado da água no curto prazo. Isso leva a um maior uso dos reservatórios, mas, quando as chuvas previstas não se concretizam, é necessário acionar usinas térmicas, que são mais caras, elevando o PLD e impactando os preços no mercado livre. VOLATILIDADE DO PLD E SEUS EFEITOS NO ACL O PLD, que define o preço da energia no mercado de curto prazo, varia com base na oferta (como a quantidade de água nos reservatórios) e na demanda. Previsões superestimadas de NIE causam maior volatilidade no PLD, especialmente durante a estação seca (maio a novembro), quando as afluências são menores. No mercado livre (ACL), onde empresas negociam energia diretamente com geradores, essa volatilidade afeta os preços dos contratos, com os seguintes impactos: a) Contratos de curto prazo mais caros: Consumidores livres ficam expostos a picos de preço no PLD, especialmente em períodos de seca, como no Nordeste em 2024, onde reservatórios menos cheios elevam os custos de energia. b) Contratos de longo prazo mais caros e com prêmios de risco: Para cobrir a incerteza do PLD, é necessário que comercializadoras incluam margens de segurança maiores, encarecendo a energia para consumidores livres, como indústrias, petroquímicas, mineração, varejo e serviços. Essa prática é essencial para a sustentabilidade financeira do mercado, pois protege as comercializadoras contra oscilações imprevisíveis do PLD. Empresas que não adotam prêmios de risco adequados correm grande risco de entrar em recuperação judicial, como já observado em casos de comercializadoras que subestimaram os riscos de mercado. Para consumidores, esses contratos mais caros significam maior previsibilidade, mas também custos operacionais elevados, impactando a competitividade, especialmente em setores intensivos em energia, como mineração e petroquímicas. c) Impacto em data centers: Com o consumo subindo de 81 MW em 2025 para 574 MW em 2029, data centers enfrentam custos mais altos no ACL devido à volatilidade do PLD, especialmente no horário de pico (19h-20h), quando a dependência de térmicas é maior. d) Limitação na migração para o ACL: Além da MP 1.300,a incerteza e os preços mais altos podem desencorajar novos consumidores, a migrar do mercado regulado para o ACL, apesar do crescimento projetado. IMPORTÂNCIA DA DEFLUÊNCIA NA PRECISÃO DAS PREVISÕES A meu ver, a defluência – a água liberada dos reservatórios para gerar energia ou vertida sem aproveitamento – é um elemento tão crucial quanto a afluência para o planejamento energético no Brasil, e sua inclusão nos modelos de previsão traria benefícios significativos. Afluências superestimadas, como apontado no estudo, levam a decisões de liberar mais água (maior defluência), esvaziando reservatórios mais rápido do que o necessário. Isso força o uso de usinas térmicas, que são mais caras, elevando o PLD e, consequentemente, os preços no ACL. Integrar a defluência em modelos como PARp e PARp-A permitiria estimar com maior precisão os níveis dos reservatórios e os custos operacionais, especialmente no horário de pico (19h-20h), quando a demanda exige ajustes finos na liberação de água. Por exemplo, prever a defluência ajudaria a evitar o esgotamento precoce dos reservatórios, reduzindo a dependência de térmicas e estabilizando os preços, o que é crítico para consumidores livres, como data centers, que enfrentarão uma demanda crescente até 2029. No entanto, incorporar a defluência não é isento de desafios. A defluência depende de decisões operativas do Operador Nacional do Sistema (ONS), que considera variáveis como demanda, custo de térmicas e regras de otimização do Stochastic Dual Dynamic Programming (SDDP). Essas decisões variam por usina, tornando a modelagem em escala nacional complexa. Além disso, os dados de defluência são menos padronizados que os de afluência, exigindo maior esforço para coleta e integração nos modelos. Apesar dessas dificuldades, acredito que o investimento em modelos que combinem afluência e defluência, como simulações baseadas em cenários operativos, traria uma visão mais realista do sistema, reduzindo incertezas no PLD e nos preços do ACL. Isso seria especialmente benéfico para atender demandas crescentes, como a de data centers, garantindo maior segurança energética e custos mais previsíveis. IMPACTOS ECONÔMICOS a) Aumento dos custos operacionais: Usinas térmicas, que usam gás natural, carvão ou óleo, são mais caras que hidrelétricas. Em 2023, a demanda por gás natural caiu 0,7% devido a chuvas favoráveis, mas secas futuras podem aumentar o uso de térmicas, elevando o PLD. b) Pressão sobre os preços no ACL: Consumidores livres, como indústrias e empresas de serviços, enfrentam maior risco financeiro com a alta do PLD, especialmente em contratos de curto prazo. Isso pode limitar a migração para o ACL, apesar do crescimento esperado até 2029. c) Impacto nos consumidores finais: No mercado regulado, o aumento do PLD eleva as tarifas de energia para residências e pequenas empresas. No ACL, indústrias e serviços, que representam grande parte da demanda, podem enfrentar custos mais altos, reduzindo sua competitividade. AUMENTO DA DEMANDA E DESAFIOS NO HORÁRIO DE PICO CRESCIMENTO DA CARGA GLOBAL O Plano da Operação Energética (PEN 2025) projeta um aumento de 14,1% na carga global até 2029, de 82.871 MW médios para 94.573 MW, com a demanda máxima subindo 15,5%, de 108.131 MW para 124.879 MW. Esse crescimento é impulsionado pela eletrificação de setores como transporte e indústria, além do aumento exponencial no consumo de data centers, que passará de 81 MW médios em 2025 para 574 MW em 2029. RAMPA DE CARGA NO HORÁRIO DE PICO Entre 13h e 19h, a demanda de energia aumenta rapidamente, atingindo uma rampa de 60 GW, com o pico entre 19h e 20h. Nesse horário, a energia solar, que está crescendo na matriz brasileira, não está disponível, forçando o uso de fontes flexíveis, como usinas térmicas a gás. A energia eólica, concentrada no Nordeste, também é menos eficaz à noite, quando a demanda é alta, o que agrava a dependência de térmicas. IMPACTO DOS DATA CENTERS O crescimento do consumo de data centers, impulsionado por inteligência artificial e computação em nuvem, adiciona uma demanda significativa. Empresas como Amazon e Microsoft estão expandindo data centers no Brasil, atraídas pela matriz renovável, mas o consumo concentrado em horários de pico exige fontes dispatchable (como térmicas) ou soluções de armazenamento, que ainda são limitadas no país. CONSEQUÊNCIAS PARA O PLD E O ACL ATÉ 2029 AUMENTO DA VOLATILIDADE DO PLD O aumento da demanda, combinado com previsões otimistas de NIE, deve elevar a volatilidade do PLD, especialmente em períodos de seca. O PLD horário, implementado em 2021, reflete melhor as variações de oferta e demanda, mas aumenta os picos de preço em horários de alta demanda. Em 2024, o PLD no Nordeste pode ser mais alto devido a reservatórios menos cheios, enquanto no Sul, chuvas maiores podem conter os aumentos. PRESSÃO SOBRE OS PREÇOS NO ACL No ACL, os preços negociados devem subir devido à incerteza do mercado. Contratos de longo prazo podem incluir prêmios de risco mais altos para cobrir a volatilidade do PLD e os custos do despacho térmico. A expansão do ACL, com mais consumidores migrando do mercado regulado, aumenta a demanda por energia, pressionando os preços, especialmente em horários de pico. Estratégias como gerenciamento de demanda e contratos híbridos (misturando fontes renováveis e térmicas) podem ajudar, mas exigem maior sofisticação nos contratos. DEPENDÊNCIA DE FONTES TÉRMICAS A necessidade de fontes flexíveis para atender o pico de consumo reforça a dependência de usinas térmicas. Em 2023, as térmicas a gás natural tinham 11.026 MW de capacidade instalada, e sua produção está crescendo, especialmente com gás do pré-sal. No entanto, isso aumenta as emissões de CO2, desafiando as metas de descarbonização do Brasil (net-zero até 2050 e eliminação de térmicas a carvão até 2040), além de elevar o PLD e os preços no ACL. PROVÁVEIS SOLUÇÕES 1- MELHORIA DAS PREVISÕES DE NIE A adoção de modelos mais precisos, como XGBoost e Prophet, que superaram o PARp e o PARp-A em testes, pode reduzir o viés otimista nas previsões de afluência. O Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) devem implementar monitoramento mensal do viés, com relatórios regulares para ajustar previsões e minimizar impactos no PLD, garantindo maior estabilidade nos preços do ACL. 2- INVESTIMENTO EM SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA (BESS) Sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS, ou Battery Energy Storage Systems) são essenciais para reduzir a dependência de usinas térmicas, especialmente no horário de pico (19h-20h), quando a geração solar não está disponível. O BESS permite armazenar energia gerada por fontes renováveis, como solar e eólica, durante períodos de alta produção para uso em momentos de maior demanda. Investir em BESS, como baterias de íon-lítio, pode estabilizar a oferta de energia, reduzir picos de preço no PLD e oferecer aos consumidores livres no ACL uma alternativa mais barata e sustentável em comparação com o despacho térmico. 3- AUTOPRODUÇÃO DE ENERGIA POR LOCAÇÃO DE ATIVOS A autoprodução de energia por locação de ativos é uma solução promissora para grandes consumidores no ACL, como data centers, indústrias petroquímicas, mineração que enfrentam alta demanda no horário de pico. Nesse modelo, consumidores alugam usinas solares ou eólicas, pagando apenas pelo aluguel e serviços de operação e manutenção, sem necessidade de investimento inicial. Empresas especializadas como a COC ENERGIA oferecem contratos que podem garantir SIGNIFICATIVA ECONOMIA nos custos da conta de energia, com a possibilidade de integrar BESS para armazenar energia gerada durante o dia para uso à noite, reduzindo ainda mais o valor da conta e exposição à volatilidade do PLD. Consequentemente, oferta flexibilidade e menor risco financeiro, além de alinhamento com critérios ESG (ambiental, social e governança). Resumindo, é a melhor opção para grandes consumidores. IMPACTO DAS PREVISÕES DE AFLUÊNCIA E DEMANDA NO PLD E PREÇOS DO MERCADO LIVRE NO BRASIL ATÉ 2029 4- EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO E SMART GRIDS O investimento de US$ 20 bilhões em transmissão até 2029, conforme o PDE 2029, é crucial para conectar fontes renováveis aos centros de consumo, reduzindo perdas e gargalos na rede. Redes inteligentes (smart grids), ainda distantes da nossa realidade econômica, poderiam otimizar a gestão da demanda, integrando fontes renováveis e BESS, e contribuir para a estabilidade do PLD, beneficiando os consumidores do ACL. 5- INCENTIVO À RESPOSTA À DEMANDA Programas de demand response podem suavizar a rampa de carga no horário de pico, especialmente no ACL. A regulação deve incentivar esses programas, permitindo que consumidores livres, como indústrias e data centers, reduzam o consumo em momentos de preços altos no PLD, diminuindo custos e aliviando a pressão sobre o sistema. CONCLUSÃO Na minha avaliação, o viés otimista nas previsões de NIE, somado ao crescimento constante da demanda especialmente provocado pelos data centers e à necessidade crítica de atendimento ao pico de consumo entre 19h e 20h, vai gerar impactos significativos no PLD e nos preços praticados no ACL até 2029. A tendência é clara: maior volatilidade do PLD, aumento do uso de usinas térmicas e consequente pressão sobre os preços da energia para consumidores livres. Vejo que, diante desse cenário, torna-se urgente investir em modelos de previsão mais precisos, implementar sistemas de armazenamento de energia (BESS), expandir a autoprodução por locação de ativos, reforçar a infraestrutura de transmissão e incentivar mecanismos de resposta à demanda. Essas medidas não são apenas desejáveis — são indispensáveis para garantir segurança energética, conter a alta de custos e permitir que o Brasil avance de forma sustentável, econômica e ambientalmente responsável, rumo aos compromissos de descarbonização assumidos até 2050. Fontes: • BRIGATTO, A. et al. Avaliando o viés otimista nas previsões de fluxo natural: uma chamada para monitoramento de modelos no Brasil. IEEE Transactions on Energy Markets, Policy and Regulation, 2025. DOI: 10.1109/TEMPR.2025.3588313. Primeira versão dos autores disponível em 2023. • Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Plano da Operação Energética (PEN 2025). Brasil, 2025. • Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2029). Brasil, 2020. IMPACTO DAS PREVISÕES DE AFLUÊNCIA E DEMANDA NO PLD E PREÇOS DO MERCADO LIVRE NO BRASIL ATÉ 2029

  • Brasil consolida liderança global em energia renovável de baixo custo, aponta IRENA

    Novo relatório internacional destaca o país como referência em competitividade e eficiência nas fontes limpas Brasil consolida liderança global em energia renovável de baixo custo, aponta IRENA EnergyChannel, julho de 2025 O Brasil figura entre os países com energia renovável mais acessível do mundo , segundo o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) . A publicação reafirma a posição estratégica do país no cenário energético global, com um dos menores custos de geração em fontes limpas , mantendo esse diferencial de forma consistente há mais de uma década. Com uma matriz majoritariamente renovável composta por hidrelétricas, solar, eólica e biomassa o Brasil se destaca não apenas pela abundância de recursos naturais, mas também pela eficiência técnica e regulatória  que impulsionam a competitividade dos projetos. Custo abaixo da média global De acordo com a IRENA, o custo nivelado de energia (LCOE, na sigla em inglês) das principais fontes renováveis brasileiras segue abaixo da média global , mesmo diante de oscilações nos mercados internacionais. Essa performance coloca o país como um dos destinos mais atrativos para investimentos em geração limpa. Projetos solares e eólicos de grande porte, por exemplo, vêm sendo contratados no Brasil com valores significativamente inferiores aos registrados em países desenvolvidos sem depender de subsídios diretos. Isso reforça o papel da energia renovável como motor de competitividade industrial e desenvolvimento econômico sustentável. Estabilidade e segurança energética como diferenciais Além do fator custo, o relatório da IRENA destaca a resiliência do sistema elétrico brasileiro  como um diferencial competitivo. A combinação entre fontes complementares e políticas públicas voltadas à expansão da infraestrutura renovável garantem segurança no suprimento , mesmo em períodos de escassez hídrica ou picos de demanda. Essa estabilidade tem atraído novos players internacionais e favorecido a implantação de projetos estratégicos, como usinas híbridas, microrredes e sistemas de armazenamento reforçando a capacidade do Brasil de liderar a transição energética global em escala. Oportunidade para o futuro verde Com a meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050, o Brasil tem na energia renovável um ativo geopolítico e econômico de longo prazo . A tendência, segundo a IRENA, é de que os custos continuem caindo à medida que tecnologias mais avançadas sejam implementadas, ampliando o acesso à energia limpa de qualidade em todas as regiões do país. Brasil consolida liderança global em energia renovável de baixo custo, aponta IRENA

  • Mercado internacional sinaliza recuperação com segunda alta seguida nos preços de células e wafers

    Movimento de valorização anima fabricantes, mas preços seguem distantes dos patamares do início do ano Mercado internacional sinaliza recuperação com segunda alta seguida nos preços de células e wafers EnergyChannel, julho de 2025  — O mercado global de insumos para energia solar começa a dar sinais de recuperação após um primeiro semestre marcado por forte desvalorização. Pela segunda semana consecutiva, os preços médios de células fotovoltaicas  e wafers de silício  registraram alta nas principais praças internacionais, reacendendo expectativas de reequilíbrio entre oferta e demanda. Segundo analistas do setor, o aumento ainda é considerado modesto, mas consistente o suficiente para ser visto como um possível ponto de inflexão, após meses de pressão nos preços causada por excesso de produção e desaceleração em grandes mercados consumidores. Apesar da alta recente, os preços atuais continuam abaixo dos níveis praticados no início de 2025 , o que mantém a atenção dos players da cadeia de fornecimento — em especial fabricantes asiáticos, que operam com margens mais comprimidas neste ciclo. Oscilação e expectativa de estabilidade As elevações nas últimas duas semanas são atribuídas a ajustes nos estoques , melhora no ritmo das exportações e uma antecipação de compras por integradores e distribuidoras que preveem maior aquecimento no terceiro trimestre, especialmente na Europa e América Latina. Além disso, há sinais de uma leve contenção na produção de wafers  por parte dos principais fabricantes chineses, o que pode contribuir para aliviar o desequilíbrio entre produção e consumo. Ainda assim, especialistas alertam que a estabilidade nos preços dependerá da consolidação dessa tendência ao longo das próximas semanas , além da resposta do mercado às novas políticas de incentivo em países-chave. Perspectivas para o segundo semestre O segundo semestre é tradicionalmente mais aquecido para o setor solar, impulsionado por projetos que buscam encerramento fiscal ainda no mesmo ano. Com isso, a expectativa de aumento na demanda pode sustentar a recuperação dos preços de wafers e células — embora sem retorno imediato aos patamares históricos. Para fabricantes integrados verticalmente, o momento exige eficiência operacional e flexibilidade estratégica , enquanto para compradores globais, pode ser a janela ideal para antecipar aquisições e travar contratos com preços ainda atrativos . Mercado internacional sinaliza recuperação com segunda alta seguida nos preços de células e wafers

  • Zâmbia inaugura maior usina solar do país com módulos da JA Solar

    Com tecnologia de ponta da JA Solar, o projeto Kabwe adiciona 100 MW à matriz renovável da Zâmbia e simboliza um marco na segurança energética nacional. Foto ilustração; Zâmbia inaugura maior usina solar do país com módulos da JA Solar EnergyChannel, julho de 2025 Em meio à crescente demanda por energia limpa no continente africano, a Zâmbia acaba de dar um passo decisivo para consolidar sua transição energética. Foi inaugurada, na província Central do país, a maior usina fotovoltaica já construída em território zambiano : o projeto solar Kabwe , com 100 megawatts (MW) de capacidade instalada e equipado exclusivamente com módulos de alta eficiência DeepBlue 4.0 Pro , fornecidos pela JA Solar . Projetado e construído pela PowerChina , o parque solar simboliza não apenas um avanço técnico, mas também um impulso geopolítico em direção à meta nacional de atingir 1.000 MW de energia solar instalada nos próximos anos . O presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema , destacou a importância do projeto como parte da estratégia de independência energética e estímulo ao desenvolvimento regional. Energia limpa para 150 mil famílias Localizada em uma região marcada por frequentes apagões e instabilidade na rede, a usina Kabwe tem potencial para gerar aproximadamente 180 milhões de kWh por ano , energia suficiente para abastecer cerca de 150 mil residências  e reduzir em até 30% o déficit elétrico local . Os módulos DeepBlue 4.0 Pro, reconhecidos por seu desempenho em ambientes com altas temperaturas e ciclos severos de seca e umidade, foram escolhidos para garantir resiliência e eficiência energética de longo prazo . A JA Solar tem se destacado globalmente por soluções adaptadas a condições climáticas extremas, oferecendo tecnologia de ponta em mercados que enfrentam desafios ambientais diversos. Mais do que energia: impacto social e industrial Além do benefício direto à infraestrutura energética, o projeto gerou mais de 1.300 empregos locais durante sua construção  e deve impulsionar o crescimento de setores-chave como agricultura, mineração e indústria leve  na região central da Zâmbia. A instalação de Kabwe sucede o sucesso do parque Riverside , de 33 MW, comissionado em 2023 — também equipado com tecnologia JA Solar — e reforça a reputação da empresa como fornecedora de soluções confiáveis e adaptáveis ao continente africano. “Estamos orgulhosos em contribuir com o desenvolvimento da energia limpa na Zâmbia”, afirmou Aiqing Yang , vice-presidente executivo da JA Solar. “Projetos como Kabwe reforçam nosso compromisso com tecnologias de alta performance voltadas para as necessidades reais de cada região.” Reconhecimento internacional e liderança tecnológica Em 2025, a JA Solar foi reconhecida por diversas instituições do setor, incluindo os prêmios de "Top Brand PV Africa"  (EUPD Research), "Top Performer"  (PVEL) e "Overall Highest Achiever"  (RETC), consolidando sua posição como líder em inovação, qualidade e confiabilidade no mercado de energia solar. Com o projeto Kabwe, a Zâmbia não apenas amplia sua capacidade energética, mas também fortalece sua posição como referência em desenvolvimento sustentável no sul da África. Zâmbia inaugura maior usina solar do país com módulos da JA Solar

  • Energia e Conexões Submarinas: O Novo Desafio da Eólica Offshore

    Com o fundo do mar cada vez mais disputado, garantir a conexão das usinas eólicas offshore à rede elétrica tornou-se um dos principais obstáculos da transição energética. Energia e Conexões Submarinas: O Novo Desafio da Eólica Offshore EnergyChannel, julho de 2025  — A expansão global da energia eólica offshore avança em ritmo acelerado, mas um novo gargalo técnico e ambiental começa a comprometer a velocidade da transição energética: a saturação do leito marinho . Muito além de instalar turbinas em alto-mar, o verdadeiro desafio agora é conectar esses gigantes ao sistema elétrico . O fundo do mar se tornou um espaço disputado, compartilhado por cabos submarinos, dutos de gás, zonas pesqueiras, áreas de conservação ambiental e rotas náuticas . Navegar nesse labirinto exige planejamento refinado, tecnologia de ponta e diálogo constante com múltiplos atores. A falta de estratégias eficientes para esse processo pode representar atrasos milionários e riscos operacionais críticos. Espaço Marinho em Disputa Estudos apontam que até 75% dos danos aos cabos submarinos  são causados por ações humanas, como pesca de arrasto e âncoras de embarcações. Evitar essas zonas de risco é essencial para garantir segurança energética e longevidade aos empreendimentos. “O caminho para o sucesso começa muito antes da instalação”, destaca Kathy Wood , especialista da GoBe Consultants  (do grupo APEM). Segundo ela, um novo modelo de atuação baseado em planejamento antecipado, engajamento com stakeholders e uso intensivo de dados e tecnologia é o único meio de garantir conexões seguras e sustentáveis no mar. Tecnologia e Planejamento: As Novas âncoras da Eólica Marinha Entre as práticas emergentes que têm revolucionado o planejamento de cabos submarinos, destacam-se: Mapeamento de Alta Resolução:  Utilizando sensores remotos avançados, é possível detectar com precisão instabilidades como dunas móveis e rochas no fundo do mar. Inteligência Artificial e Big Data:  Algoritmos otimizam o processamento de grandes volumes de dados geoespaciais, reduzindo o tempo e aumentando a acurácia na definição das rotas dos cabos. Veículos Submarinos Autônomos (AUVs):  Equipados com sonar de alta definição e sensores ambientais, esses veículos realizam levantamentos detalhados com eficiência e segurança. Além disso, iniciativas como o Holistic Network Design (HND)  do Reino Unido vêm promovendo uma abordagem integrada para o planejamento de redes, combinando aspectos regulatórios, ambientais e operacionais em uma única visão estratégica. O Futuro das Conexões Offshore Garantir conexões estáveis entre os parques eólicos e o sistema elétrico nacional é a nova fronteira da energia renovável. À medida que o volume de projetos offshore cresce, a capacidade de lidar com esse “trânsito submarino” com inteligência e inovação será decisiva. Energia e Conexões Submarinas: O Novo Desafio da Eólica Offshore

  • Movimento estratégico: Raízen negocia 55 usinas de geração distribuída por R$ 600 milhões

    Venda fortalece consolidação do mercado de GD no Brasil; Thopen Energia e Grupo Gera assumem ativos que somam 142 MWp Movimento estratégico: Raízen negocia 55 usinas de geração distribuída por R$ 600 milhões São Paulo, julho de 2025 –  A Raízen deu um novo passo estratégico no mercado de energia ao concretizar a venda de 55 usinas de geração distribuída (GD) , totalizando 142 MWp em capacidade instalada , por um valor estimado de R$ 600 milhões . A operação representa um importante movimento de reestruturação do portfólio da companhia e reforça o dinamismo do setor de GD no Brasil. Do total de ativos negociados, 44 usinas foram adquiridas pela Thopen Energia , empresa que vem se destacando pelo crescimento acelerado e forte atuação em energia solar no país. As 11 usinas restantes  foram compradas pelo Grupo Gera , tradicional player do segmento com foco em soluções energéticas integradas e geração renovável. Geração Distribuída em expansão no Brasil A transação acontece em um momento de franco crescimento da geração distribuída no território nacional, impulsionada pela regulamentação do Marco Legal da GD  e pela busca crescente por fontes renováveis  e independência energética . A expectativa é que o Brasil ultrapasse a marca de 30 GW em GD  nos próximos anos, com forte participação da energia solar. Reposicionamento estratégico da Raízen Segundo fontes próximas à companhia, a venda faz parte de um processo de otimização do portfólio  e foco em ativos mais estratégicos e integrados à cadeia do etanol e biogás . A Raízen continua investindo em energia renovável, mas tem priorizado operações de maior escala e alinhadas ao seu modelo de negócios voltado à transição energética. Thopen e Gera reforçam presença nacional Com a aquisição, a Thopen Energia  avança em seu plano de se tornar uma das maiores plataformas integradas de geração solar no Brasil, ampliando sua atuação em diferentes estados e consolidando sua presença em clientes do segmento B2B. Já o Grupo Gera  fortalece seu portfólio de ativos operacionais, apostando em maior capilaridade para atender à demanda crescente por soluções de energia limpa e personalizada. EnergyChannel Analisa A venda das 55 usinas pela Raízen marca um capítulo relevante na consolidação da geração distribuída no Brasil. Com novos protagonistas assumindo os ativos, o setor tende a ganhar ainda mais eficiência e competitividade. A movimentação evidencia o amadurecimento do mercado, que caminha para uma descentralização energética inteligente, escalável e verde. Movimento estratégico: Raízen negocia 55 usinas de geração distribuída por R$ 600 milhões

  • Energia inteligente impulsiona torres de telecomunicação rumo à era da descarbonização

    De soluções solares a células de hidrogênio, setor global de telecom abraça inovação para reduzir custos, cortar emissões e garantir conectividade em um mundo cada vez mais digital Energia inteligente impulsiona torres de telecomunicação rumo à era da descarbonização 📍 EnergyChannel | 25 de julho de 2025 Enquanto o planeta acelera a digitalização e corre para cumprir metas climáticas, um protagonista silencioso dessa revolução ganha destaque: as torres de telecomunicação. Com mais de 5 milhões de unidades espalhadas pelo mundo, essas estruturas críticas consomem volumes significativos de energia — muitas ainda alimentadas por geradores a diesel. Mas esse cenário está mudando rapidamente. Um novo movimento global tem transformado a forma como as torres são alimentadas, com soluções energéticas limpas, resilientes e inteligentes. Painéis solares, baterias de íons de lítio, células de hidrogênio e sistemas baseados em inteligência artificial (IA) estão abrindo caminho para uma infraestrutura de telecom mais sustentável, confiável e alinhada às metas de emissões líquidas zero (net zero) . A seguir, o EnergyChannel  destaca oito estratégias inovadoras  que já estão em operação e ajudando a redefinir o futuro energético das telecomunicações. 🌞 1. Energia solar em áreas remotas: autonomia e economia Nas regiões sem acesso à rede elétrica, sistemas fotovoltaicos acoplados a baterias de armazenamento (BESS) estão substituindo geradores a diesel, garantindo operação contínua e limpa.📌 Na Índia, a Indus Towers instalou sistemas solares com BESS em 10 mil torres rurais, reduzindo o uso de diesel em 70% e os custos operacionais em 25%. 🔋 2. Torres conectadas à rede com armazenamento inteligente Para torres em áreas urbanas, o armazenamento de energia permite o uso estratégico da rede, aproveitando horários de tarifa reduzida para carregamento e descarregando nos picos de demanda.📌 Na África do Sul, a Vodacom instalou sistemas BESS de 2 MW/4 MWh, economizando até 20% nas contas de energia. 💧 3. Células de hidrogênio como backup limpo Células a hidrogênio emergem como uma alternativa de longa duração e zero emissão para alimentar torres em emergências, especialmente em regiões sujeitas a desastres naturais.📌 No Japão, a NTT Docomo manteve 50 torres ativas por 48 horas durante um apagão provocado por tufão, graças a células de hidrogênio. 🌬️ 4. Híbridos renováveis para ilhas e regiões costeiras Combinando solar, eólica e armazenamento, sistemas híbridos permitem reduzir drasticamente o uso de combustíveis fósseis em locais insulares.📌 Nas Maldivas, a operadora Ooredoo implementou essa solução em 30 torres litorâneas, cortando o consumo de diesel em 80%. 🤖 5. IA e IoT otimizam consumo e eficiência Sistemas de gestão energética baseados em IA conseguem prever o consumo das torres, gerenciar os ciclos de carga das baterias e integrar fontes renováveis com precisão.📌 No Reino Unido, o BT Group aumentou a eficiência energética em 15% e reduziu em 10% o tempo de inatividade de 1.000 torres com uma plataforma inteligente de gerenciamento. ⚡ 6. Microgrids fortalecem torres em áreas instáveis Combinações autônomas de renováveis, baterias e fontes backup estão garantindo energia confiável mesmo em locais com redes frágeis ou inexistentes.📌 Na Nigéria, a MTN implementou microgrids em 500 torres remotas, economizando 60% em diesel e alcançando 99,9% de uptime. 📡 7. Armazenamento garante expansão do 5G O consumo energético das torres 5G é mais alto — exigindo soluções robustas de armazenamento para não sobrecarregar a rede elétrica.📌 Nos EUA, a Verizon instalou sistemas de 5 MW em 200 torres 5G na Califórnia, reduzindo encargos com a rede em 18%. 🌪️ 8. Energia eólica impulsiona torres em regiões ventosas Turbinas de pequeno porte com baterias oferecem uma alternativa sustentável em áreas com alta incidência de ventos.📌 Na Escócia, a EE adotou essa solução em 20 torres costeiras, reduzindo as emissões em 50% e os custos em 22%. 📈 O futuro já começou Segundo projeções, o mercado global de energia para torres de telecom deve atingir US$ 12 bilhões até 2030 , com crescimento anual acima de 10%. A combinação entre novas tecnologias, políticas públicas favoráveis — como o Acordo Verde Europeu e as metas indianas de renováveis — e pressão por eficiência ambiental está acelerando essa transformação. De vilarejos na Índia a centros urbanos na Califórnia, as operadoras estão reformulando sua matriz energética para acompanhar a digitalização global com responsabilidade climática. A transição já está em curso. E a pergunta que fica é: sua empresa está pronta para fazer parte desse futuro? Energia inteligente impulsiona torres de telecomunicação rumo à era da descarbonização

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