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- Eaton amplia projeto solar em Wisconsin para abastecer unidades industriais com energia limpa, resiliente e acessível
Instalação de 4 MW compensará 30% das emissões de carbono de cinco unidades da empresa e acelera metas de sustentabilidade da Eaton Eaton amplia projeto solar em Wisconsin para abastecer unidades industriais com energia limpa, resiliente e acessível PITTSBURGH – A Eaton, empresa global de gerenciamento inteligente de energia, anunciou um novo projeto de energia limpa em Wisconsin (EUA), reforçando seu compromisso de alcançar operações com emissões líquidas zero até 2050. Em parceria com a We Energies – subsidiária da WEC Energy Group –, o projeto visa aumentar a segurança energética, fornecer energia de baixo custo à rede e reduzir a pegada de carbono em cinco instalações da Eaton no estado, que atuam na pesquisa e fabricação de infraestrutura elétrica para os setores de serviços públicos, data centers, comércio e indústria. Com início de operação previsto para o começo de 2026, o sistema solar de 4 megawatts , localizado ao lado do Centro Técnico Thomas A. Edison , deve atender a 30% da meta anual de redução de carbono das unidades da Eaton em Franksville, South Milwaukee, Menomonee Falls e duas unidades em Waukesha . Somado a melhorias anteriores de eficiência energética, o projeto contribuirá para uma redução de 58% nas emissões de gases de efeito estufa da empresa no estado desde 2018 . “Na Eaton, estamos enfrentando a transição energética por todos os ângulos — incluindo aqui em Wisconsin, onde produzimos tecnologias essenciais para modernizar a rede elétrica e apoiar um futuro mais limpo e resiliente”, afirmou Guillaume Laur , vice-presidente sênior e gerente geral de Entrega e Regulação de Energia, Setor Elétrico da Eaton.“Ao redor do mundo, estamos aproveitando as megatendências globais de eletrificação e digitalização para gerar maior valor operacional e ambiental a partir dos sistemas energéticos. Este projeto é mais um marco importante na nossa jornada — e muito mais ainda está por vir.” Pelo acordo firmado, a We Energies será responsável pela construção, propriedade e operação do sistema solar. A Eaton disponibilizará o terreno para implantação da usina e receberá créditos de energia renovável pela injeção de eletricidade limpa na rede local. A empresa também contribuirá com tecnologia e engenharia especializada , incluindo transformadores elétricos fabricados na unidade de Waukesha . “Estamos satisfeitos em fazer essa parceria com a Eaton para levar mais energia renovável a Wisconsin”, declarou Mike Hooper , presidente da We Energies.“Nosso foco em energia confiável beneficia todos os nossos clientes e impulsiona o crescimento econômico em todo o estado.” O projeto solar em Franksville representa a aplicação prática da abordagem “Everything as a Grid” da Eaton, que visa transformar a forma como residências, empresas e comunidades produzem e consomem energia — por meio de tecnologias inteligentes de gerenciamento e geração distribuída renovável. Desde 2009, a empresa já implantou diversos sistemas solares em suas operações globais, incluindo uma microrrede limpa inédita em Arecibo, Porto Rico , concluída em 2024. Sobre a Eaton A Eaton é uma empresa de gerenciamento inteligente de energia comprometida com a proteção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das pessoas ao redor do mundo. Fornece produtos e soluções para os mercados de data centers, concessionárias de energia, indústria, construção civil, mobilidade, máquinas, setor aeroespacial e residencial. Guiada por uma conduta ética e sustentável, a Eaton apoia seus clientes na gestão eficiente da energia — hoje e no futuro. Ao aproveitar o crescimento global das tendências de eletrificação e digitalização , a empresa contribui para enfrentar os desafios mais urgentes do setor energético e constrói uma sociedade mais sustentável para as atuais e futuras gerações. Fundada em 1911 , a Eaton se adaptou continuamente às demandas dos seus stakeholders. Com receita de quase US$ 25 bilhões em 2024 , atende clientes em mais de 160 países .Mais informações: www.eaton.com | Siga a empresa no LinkedIn . Eaton amplia projeto solar em Wisconsin para abastecer unidades industriais com energia limpa, resiliente e acessível
- ABREN anuncia a chegada da EBP Brasil como nova associada
A empresa, que possui sede global em Zurique, na Suíça, possui ampla experiência em projetos de biogás, atuando desde o início dos anos 2000 em aterros sanitários e sistemas de biodigestão anaeróbia controlada. ABREN anuncia a chegada da EBP Brasil como nova associada Brasília (DF), 17 de julho de 2025 – A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) anuncia a chegada do EBP Brasil como nova associada. A empresa, que possui sede global em Zurique, na Suíça, e atua em diversos países, oferece serviços de consultoria e engenharia ambiental, com mais de 45 anos de experiência no mercado brasileiro. Os principais ramos de atuação da EBP Brasil incluem o gerenciamento de áreas contaminadas (remediação ambiental, investigação, monitoramento, modelos matemáticos e análises de risco à saúde humana), energias renováveis (incluindo o biogás), auditoria e due diligence , licenciamento ambiental , planejamento urbano , qualidade do ar , inventários de carbono e estudos de descarbonização , água e recursos hídricos e gestão de resíduos . Além disso, a EBP possui ampla experiência em projetos de biogás , atuando desde o início dos anos 2000 tanto em aterros sanitários como em sistemas de biodigestão anaeróbia controlada. Com a recente aquisição das operações da Ramboll no Brasil em julho de 2024, incorporou também a expertise em projetos de captação , queima e purificação de biogás , com foco tanto na geração de energia como na produção de biometano . A empresa também se destaca historicamente em sistemas de biodigestão anaeróbia com reatores CSTR e lagoas , oferecendo soluções completas que incluem estudos de viabilidade, modelagem técnica e financeira, projetos de engenharia conceituais, básicos e executivos, além de gestão de obras, operação assistida e monitoramento técnico dos projetos. De acordo com Yuri Schmitke , presidente da ABREN , “ a chegada da EBP Brasil fortalece ainda mais o compromisso da ABREN com a transição energética sustentável no Brasil. Com atuação global, a EBP é referência de pioneirismo, de qualidade e de capacidade técnica. Estamos muito satisfeitos por tê-la conosco nessa jornada em prol do desenvolvimento da energia de resíduos no Brasil”. De acordo com Gustavo Dorota , diretor de Biogás, Engenharia e Remediação da EBP Brasil , “ a associação à ABREN é fruto de um objetivo estratégico combinado, tanto do histórico em biodigestão anaeróbia da EBP (antiga Geoklock) como do legado em biogás de aterros sanitários da Ramboll. A ABREN cresce de uma forma vertical e também horizontal, abraçando empresas e atividades relacionadas a diversos setores do mercado de energia renovável e biogás, portanto, é um dever e uma honra fazermos parte desta associação, que crescerá muito mais. Há muito potencial de biogás a ser explorado no Brasil, e juntos, seremos mais competentes para fazer isso virar realidade”. No Brasil, a EBP conta com cerca de 220 colaboradores, distribuídos entre os escritórios fixos em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Valinhos (SP), além de escritórios de projetos em Belém (PA) e Porto Alegre (RS), e um galpão de montagem e instalações na zona sul de São Paulo. Fundada em 1979 sob o nome Geoklock, a EBP Brasil já atendeu a mais de 1.200 clientes, com mais de 8.100 projetos realizados. Para saber mais sobre a EBP, confira o site institucional da companhia. Sobre a ABREN: A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil. A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site , Linkedin , Facebook , Instagram e YouTube da associação. ABREN anuncia a chegada da EBP Brasil como nova associada
- Modular Data Centers reforça compromisso com sustentabilidade e propõe soluções para reduzir impacto hídrico da IA
Diante dos desafios ambientais e do alto consumo de recursos naturais pelos grandes data centers, empresa aposta em módulos eficientes, com menor uso de água e energia, e defende incentivos para estruturas sustentáveis no Brasil São Paulo, 25 de julho de 2025 – O avanço acelerado da inteligência artificial tem impulsionado a instalação de novos data centers em todo o mundo, mas também acendido alertas sobre os impactos ambientais dessa expansão — especialmente no que diz respeito ao consumo de energia e de água. Nesse cenário, a Modular Data Centers, empresa brasileira especializada em infraestrutura digital sustentável, destaca a importância de soluções modulares e otimizadas para mitigar esses impactos. Com tecnologia projetada para reduzir o uso de água no resfriamento e ampliar a eficiência energética, a companhia reforça seu compromisso com a construção de um ecossistema digital mais responsável e resiliente no país. “A discussão sobre o impacto ambiental da IA não é futura, é presente. É essencial que o Brasil atraia investimentos em data centers, mas que incentive modelos que priorizem a eficiência hídrica e energética desde o início do projeto. A Modular nasceu com esse propósito: entregar soluções sob medida, escaláveis e ambientalmente conscientes”, conclui Marcos Paraíso, vice-presidente de Desenvolvimento e Negócios da Modular Data Centers, A Modular também defende a adoção de políticas públicas que atraiam data centers sustentáveis, como a isenção de impostos para estruturas com baixo impacto ambiental, conforme cogitado pelo governo federal. “Com incentivos certos, o Brasil pode ser referência global em infraestrutura digital limpa”, conclui Marcos Paraíso, vice-presidente de Desenvolvimento e Negócios da Modular Data Centers, SOBRE A MODULAR A MODULAR Data Centers é uma empresa de desenvolvimento e produção de componentes modulares, que nasceu na América Latina e em menos de dois anos se tornou líder. Unimos a nossa visão estratégica do mercado de tecnologia a uma comprovada capacidade empreendedora e de inovação para oferecer soluções radicalmente modulares que possuem a agilidade da nuvem. Nossas estruturas inteligentes são projetadas e fabricadas com rigor no cumprimento das normas, e, ao mesmo tempo, mantemos flexibilidade para atender às necessidades específicas dos clientes, alinhando nossas soluções aos desafios do mercado. Cada módulo é meticulosamente testado e comissionado em fábrica, possuindo certificação TIA-942 Ready, o que reduz riscos durante a instalação em campo, otimiza o tempo de implantação e garante a qualidade. Dessa forma, habilitamos um futuro de possibilidades com infraestrutura digital de alta qualidade, perfeitamente preparada para suportar ambientes de missão crítica. Modular Data Centers reforça compromisso com sustentabilidade e propõe soluções para reduzir impacto hídrico da IA
- Thopen realiza a aquisição de 44 usinas de geração distribuída
Com essa compra do portfólio da Raízen, a Thopen alcançará um investimento total de R$1,5 bilhão em 2025, se aproximando da meta de R$2,3 bilhões de investimento até 2027. São Paulo, 24 de julho de 2025 – A Thopen, maior plataforma integrada de geração e gestão de energia elétrica com foco na abertura total do mercado de energia, anuncia hoje um investimento estratégico com a assinatura de contrato para a aquisição de 44 usinas de geração distribuída (GD), que pertencem à Raízen Power. Imagem ilustrativa, Thopen realiza a aquisição de 44 usinas de geração distribuída O novo portfólio a ser adquirido totaliza 119,3 MWp de capacidade instalada e é composto por 40 Usinas fotovoltaicas e 4 Usinas de Biogás. As 44 usinas estão localizadas em 10 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Pará. Esta é a quarta grande aquisição feita pela Thopen somente neste ano, em linha com a estratégia de se tornar a maior plataforma de energia livre do Brasil. A empresa adquiriu a usina de biogás Gaswatt Energia (SP), a usina solar Lyon (TO) e, mais recentemente, investiu R$750 milhões em 52 usinas solares no Nordeste nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco e Ceará. Com essa compra do portfólio da Raízen, a Thopen alcançará um investimento total de R$1,5 bilhão em 2025. A meta é investir, no total, R$ 2,3 bilhões até 2027. A empresa tem a expectativa de chegar a 1 GWp de capacidade para atendimento de seus clientes. “A aquisição das usinas da Raízen reflete a estratégia de acelerar nossos investimentos para atender à crescente demanda por soluções que reduzem o custo de energia dos clientes, seja por meio da geração distribuída; comercialização no mercado livre ou serviços de gestão de faturas”, diz Gustavo Ribeiro, CEO da Thopen. Com a compra das novas usinas, a Thopen passará a contar com 165 ativos sob gestão que, até o fim deste ano, somarão 550 MWp e irão gerar 1.200GWh/ano com projetos em eólicas, solares e biogás. A conclusão do negócio está prevista para ocorrer de forma faseada até março de 2026 e está sujeita ao cumprimento de condições precedentes usuais, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Sobre a Thopen A Thopen é a maior plataforma voltada ao mercado livre de energia elétrica no Brasil. Focada no atendimento ao cliente final, a plataforma surge como um agente estratégico na transição para um mercado de energia mais competitivo, transparente e sustentável. Criada a partir da visão de seus investidores, a inspiração para a marca vem da determinação e do espírito inovador de Thomas Edison, cujas contribuições fundamentais à eletricidade e à tecnologia revolucionaram o mundo. A Thopen quer empoderar o consumidor ao oferecer soluções econômicas e inovadoras em energia renovável, com um ecossistema que simplifica a gestão energética e integra responsabilidade ambiental. Thopen realiza a aquisição de 44 usinas de geração distribuída
- Hidrogênio Verde no Brasil: Da Promessa à Realidade Econômica e Industrial
Por Prof. Fernando Caneppele (USP) Julho de 2025. Nos encontramos em um momento definidor para a agenda energética e industrial do Brasil. Hidrogênio Verde no Brasil: Da Promessa à Realidade Econômica e Industrial Em um cenário global marcado por uma busca frenética por segurança energética e cadeias de suprimentos resilientes, a transição para fontes limpas deixou de ser uma pauta puramente ambiental para se tornar um pilar da geopolítica moderna. Com a COP30 em Belém se aproximando rapidamente, os olhos do mundo se voltam para o Brasil, não apenas como guardião de biomas essenciais, mas como um potencial protagonista na nova economia descarbonizada. Esta conjuntura exerce uma dupla pressão sobre nós: a "pressão de fora", da demanda internacional por descarbonização, e a "pressão de dentro", de nossa necessidade interna de reindustrialização, inovação e segurança energética. Neste contexto, nenhum tema é mais emblemático do nosso potencial e dos nossos desafios do que o hidrogênio verde (H2V). Por anos, discutimos as vantagens comparativas do Brasil: nossa matriz elétrica de baixo carbono, a abundância de sol e vento, e a vasta extensão territorial. A promessa de transformar esses dons naturais em uma liderança global na produção de H2V alimentou memorandos de entendimento e inúmeros congressos. Hoje, a questão não é mais se o Brasil pode ser um líder, mas como faremos a transição da promessa à realidade industrial e econômica. O H2V deve ser encarado não como uma simples commodity, mas como uma "molécula-plataforma", a base sobre a qual um novo e sofisticado ecossistema industrial pode ser construído. O tempo dos estudos de potencial está dando lugar à urgência da execução. O sucesso dependerá de uma abordagem pragmática focada nos desafios de escala, custos, desenvolvimento de mercado, infraestrutura e, crucialmente, na criação de uma cadeia de valor competitiva. O Desafio da Escala e a Competitividade de Custo A viabilidade do H2V é, antes de tudo, um jogo de escala e um quebra-cabeça de custos. A métrica chave é o Custo Nivelado do Hidrogênio (LCOH), que encapsula não apenas o custo da eletricidade renovável, mas também o investimento de capital nos eletrolisadores (CAPEX), os custos de operação e manutenção (OPEX) e, fundamentalmente, o fator de capacidade da planta. É aqui que o Brasil brilha com uma vantagem competitiva dupla: não só o preço de nossa energia renovável é baixo, mas o fator de capacidade de nossos parques eólicos, especialmente no Nordeste, está entre os mais altos do mundo, permitindo que os caros eletrolisadores operem por mais horas ao longo do ano, diluindo seu custo fixo em mais quilos de hidrogênio produzido. Contudo, o CAPEX dos eletrolisadores permanece como o principal obstáculo. A escolha da tecnologia – seja a mais madura Alcalina (ALK), a mais flexível de Membrana de Troca de Prótons (PEM) ou a emergente de Óxido Sólido (SOEC) – implica diferentes custos, eficiências e dependência de minerais críticos como platina e irídio. A atual cadeia de suprimento global desses equipamentos é concentrada na China e na Europa, o que expõe nosso programa nascente a riscos de volatilidade de preços e gargalos logísticos. A sanção do Marco Legal do Hidrogênio (Lei nº 14.948/2024) foi um passo vital, provendo a segurança jurídica para destravar dezenas de bilhões de reais em investimentos planejados. O papel do BNDES, agora, é ir além do financiamento direto, atuando como um catalisador que utiliza mecanismos de blended finance e garantias para atrair o capital privado, nacional e internacional, que ainda hesita diante dos riscos iniciais. 2025 se desenha como o ano em que os primeiros grandes projetos nos complexos portuários como Pecém (CE) e Açu (RJ) finalmente sairão do papel rumo à decisão final de investimento. Construindo Mercados: O Pilar Doméstico e a Vitrine Global Uma estratégia de mercado bem-sucedida para o H2V precisa ser dual, equilibrando as ambições de exportação com a criação de uma demanda interna sólida e resiliente. O mercado de exportação é a vitrine que atrai os grandes investimentos. A União Europeia, sob suas novas e rigorosas regulações, não está simplesmente comprando hidrogênio; ela está comprando "Combustíveis Renováveis de Origem Não Biológica" (RFNBOs) que devem atender a critérios estritos de adicionalidade e correlação temporal e geográfica. Isso significa que nossa produção deverá ser acompanhada por um robusto sistema de certificação para provar sua "credencial verde", um desafio burocrático e técnico em si. A conversão do H2V em derivados mais fáceis de transportar, como a amônia verde e o metanol verde, é a rota mais pragmática para este mercado, embora agregue custos e perdas de eficiência. Neste cenário, enfrentamos a forte concorrência de outros países com grande potencial, como Chile, Austrália e nações do Oriente Médio, tornando a velocidade e a competitividade cruciais. No entanto, é o mercado doméstico que funcionará como a verdadeira âncora da nossa indústria de H2V. Ancorar a produção em uma demanda local previsível é uma questão de inteligência estratégica, reduzindo a exposição a flutuações cambiais e geopolíticas. O verdadeiro prêmio é usar o H2V para descarbonizar nossa própria indústria. Para o agronegócio, que importa bilhões de dólares em fertilizantes nitrogenados, a produção local de amônia verde é uma política de segurança alimentar, diminuindo a exposição à volatilidade do preço do gás natural. Para a siderurgia, o uso de H2V no processo de Redução Direta do Ferro (DRI) pode gerar "aço verde", um produto de altíssimo valor agregado com demanda crescente no mercado global. O recém-instituído Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), com seus incentivos fiscais, é a ferramenta correta para estimular essa transição, viabilizando também futuras aplicações em combustíveis sintéticos para a aviação e o transporte marítimo. A Logística de uma Nova Energia A molécula de hidrogênio é pequena e energética, mas notoriamente difícil de armazenar e transportar. A infraestrutura logística é, talvez, o calcanhar de Aquiles da economia do hidrogênio em escala continental. Mover o H2V dos polos de produção no Nordeste para os centros industriais do Sudeste ou para os portos de exportação requer uma reestruturação logística monumental. A adaptação da malha de gasodutos existente enfrenta desafios técnicos significativos, como a fragilização por hidrogênio, que torna o aço das tubulações quebradiço, e a necessidade de novas estações de compressão. A construção de uma nova rede de "hidrogenodutos" é a solução ideal a longo prazo, mas representa um investimento colossal com um tempo de maturação de décadas. Isso fortalece o argumento para o desenvolvimento inicial baseado em "hubs" ou "clusters". Portos como Pecém e Açu estão se posicionando não apenas como pontos de embarque, mas como ecossistemas integrados onde a geração de energia renovável offshore, a produção de H2V, a síntese de derivados como amônia, e o consumo por indústrias adjacentes (siderúrgicas, cimenteiras, químicas) ocorrem em um raio geográfico limitado. Este modelo de co-localização minimiza a necessidade de transporte de longa distância e cria economias de escala e de escopo, otimizando toda a cadeia de valor em um único local. Soluções de armazenamento geológico, como em cavernas de sal, também precisarão ser exploradas para garantir a estabilidade do suprimento. A Cadeia de Valor: Da Commodity à Soberania Tecnológica O maior risco para o Brasil é se contentar com o papel neocolonial de mero exportador de uma molécula verde, uma commodity de baixo valor agregado. A lição duramente aprendida com a indústria de painéis solares, na qual nos tornamos massivos usuários de tecnologia importada, não pode e não deve se repetir. A verdadeira oportunidade estratégica, o cerne de uma política industrial para o século XXI, reside no adensamento da cadeia produtiva do H2V. Trata-se de uma agenda de reindustrialização baseada em tecnologia de ponta. Isso significa estimular ativamente, com políticas claras e contínuas, a fabricação local de seus componentes mais nobres: os eletrolisadores, as células a combustível, os tanques de armazenamento e os sistemas de controle. O governo deve usar seu poder de compra e programas de incentivo, como o PHBC, para exigir metas de conteúdo local e transferência de tecnologia, atraindo fabricantes globais para produzir aqui e, ao mesmo tempo, capacitando empresas brasileiras a competir. Dominar a tecnologia não apenas barateia o custo final do nosso hidrogênio e nos isola de choques externos, mas gera empregos de alta qualificação e nos posiciona como exportadores de equipamentos e serviços de engenharia. Paralelamente, uma mobilização nacional para a formação de capital humano é imperativa. Precisamos de uma geração de engenheiros, químicos, técnicos e especialistas em segurança que estejam "prontos para o hidrogênio", um esforço que exige uma colaboração sem precedentes entre a indústria, o governo e as instituições de ensino e pesquisa. Em conclusão, o Brasil de meados de 2025 se encontra no limiar de uma nova era energética e industrial. As fundações cruciais foram lançadas: temos um marco regulatório, projetos de escala sendo financiados e uma estratégia de mercado traçada. O momento agora é de execução implacável, coordenação e visão de longo prazo. Transformar o potencial do hidrogênio verde em uma realidade industrial e econômica é o imperativo do nosso tempo, uma oportunidade única de reindustrializar o país sobre bases sustentáveis e garantir um protagonismo duradouro na nova geopolítica da energia. O caminho é complexo, repleto de desafios técnicos e de capital. Contudo, a inércia seria um erro histórico de proporções imensuráveis. A construção deste futuro exige um consenso nacional e uma determinação inabalável para finalmente converter nosso potencial em prosperidade e influência. Hidrogênio Verde no Brasil: Da Promessa à Realidade Econômica e Industrial
- ‘Gerador solar automático’: Função micro rede da SolaX Power mantém funcionamento de inversores string mesmo em apagões
A tecnologia inovadora pela sua segurança e capacidade de monitoramento aumenta a eficiência do sistema híbrido, pois permite o uso de 100% do painel solar mesmo sem a rede elétrica Foto: Plug SolarCom a função microrrede, há garantia de energia contínua no caso da falta de fornecimento de energia pela rede da concessionária Por Simone Cesário - Assessoria de Imprensa da SolaX Power Os sistemas de armazenamento de energia têm conquistado espaço no mercado brasileiro e, diante desse aumento de demanda, os fabricantes têm se empenhado no desenvolvimento de novas tecnologias para este segmento. É nesse contexto que a SolaX Power, que prioriza a pesquisa para desenvolvimento de soluções que auxiliem no aumento da eficiência e segurança desses sistemas, traz ao mercado brasileiro a inovadora função de microrrede. Trata-se de um sistema independente, que pode operar desconectado da rede elétrica, com o uso da energia solar e baterias para alimentar a residência, o que aumenta a capacidade de geração de energia de um sistema híbrido de armazenamento de energia. Com essa função, o inversor híbrido e o inversor string trabalham juntos: o inversor híbrido seria o ‘cérebro’ do sistema, ou seja, o responsável por controlar as baterias e parte da energia solar. Ademais, no caso de falta de energia da rede, o inversor híbrido cria uma microrrede, o que equivale a uma rede elétrica local, para alimentar os circuitos essenciais da residência. Já o inversor string seria o ‘ajudante’. Normalmente este equipamento funciona apenas quando há rede elétrica, contudo, na microrrede, o inversor híbrido gera tensão para o inversor string e este efetua a leitura como se a rede estivesse operando normalmente. Dessa forma, o inversor string também passa a injetar energia solar na microrrede, aumentando, assim, a capacidade do sistema. “A tecnologia da SolaX entra em operação e liga as baterias quando a rede cai - ela ‘engana’ o inversor string e permite que o equipamento acredite que a rede voltou (com tensão e frequência controladas)”, explica o engenheiro Marcelo Niendicker. E completa: “Os dois equipamentos trabalham juntos, usando energia solar + bateria para alimentar a residência. Importante ressaltar que o inversor híbrido coordena tudo para evitar sobrecargas”. Benefícios Um sistema com função de microrrede traz vários benefícios para o consumidor, tanto em segurança energética quanto em economia. O primeiro ponto é a garantia de energia contínua no caso da falta de fornecimento de energia pela rede da concessionária, já que funciona como um ‘gerador solar automático’: se a energia da rua cai, o sistema não desliga – ele cria uma microrrede e mantém o imóvel com energia. “As baterias e os painéis solares trabalham juntos. Dessa forma, enquanto houver sol ou carga nas baterias, a pessoa não ficará sem energia”, pontua o engenheiro. Além disso, em um apagão, normalmente os inversores string comuns desligam por segurança. Já com a microrrede, eles continuam gerando energia e aumentando a capacidade do sistema. “Por isso há o aproveitamento máximo da energia solar e, assim, mais energia disponível, pois é possível utilizar 100% do painel solar, mesmo sem a rede elétrica”. E Niendicker ressalta que, se a pessoa já possui um inversor string instalado, pode integrá-lo ao inversor híbrido sem substituí-lo. Além disso, a microrrede elimina a necessidade de um gerador de emergência a diesel, “que é caro, poluente e com elevado custo de operação (manutenção / reabastecimento)”. Flexibilidade também é uma característica dessa função, pois prioriza o que será alimentado com energia, como os circuitos críticos (geladeira, iluminação, internet, portão eletrônico, segurança, dentre outros). “Se a bateria acabar, o sistema pode religar automaticamente quando o sol voltar”, pontua. E faz uma importante ressalva: “Um sistema com backup inteligente é um diferencial no mercado, pois oferece segurança energética”. Para Caio Lucena, da Plug Solar, essa é uma importante função do inversor, pois “a partir do momento em que não há consumo, toda a potência gerada é injetada nas baterias, o que permite mantê-la constantemente carregada. E depois que a bateria estiver carregada, toda a energia será injetada na rede e gerar crédito. Essa é uma função que usaremos muito em nossos clientes”. Sobre a SolaX Power - Fundada em 2012, a SolaX Power é consolidada como uma das principais fornecedoras globais de soluções solares e de armazenamento. Sendo uma empresa de capital aberto na Bolsa de Valores de Xangai e uma das fabricantes pioneiras de inversores híbridos na Ásia, a SolaX Power caminha hoje para a sua quinta geração de inversores híbridos. Com mais de 3.000 funcionários em todo o mundo, 100 patentes globais e mais de 1.100 certificações de mercado, a empresa reforça sua posição como líder no setor. ‘Gerador solar automático’: Função micro rede da SolaX Power mantém funcionamento de inversores string mesmo em apagões
- Argentina acelera na mobilidade elétrica e registra alta de 56% em veículos híbridos e elétricos no primeiro semestre de 2025
Buenos Aires, 23 de julho de 2025 – Por EnergyChannel Argentina acelera na mobilidade elétrica e registra alta de 56% em veículos híbridos e elétricos no primeiro semestre de 2025 A transição energética avança com força na Argentina. No primeiro semestre de 2025, o país registrou um salto expressivo de 56% nas vendas de veículos híbridos e elétricos em comparação ao mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pela Associação Argentina de Concessionárias de Veículos Automotores (ACARA) . De janeiro a junho, 12.355 unidades eletrificadas foram emplacadas , representando 3,8% do total de registros de veículos no país . A tendência confirma o crescente interesse dos consumidores argentinos por soluções de mobilidade mais limpas e eficientes, mesmo em um cenário econômico desafiador. Toyota segue líder na eletrificação O destaque do semestre continua sendo o Toyota Corolla Cross HEV , modelo híbrido que consolidou sua posição como o mais registrado da categoria. A montadora japonesa mantém liderança absoluta nesse segmento, impulsionada pela confiabilidade da tecnologia híbrida e pela boa aceitação do público local. Outros modelos híbridos e elétricos também ganharam espaço, refletindo um mercado cada vez mais aberto à diversidade de tecnologias – dos híbridos leves (MHEV) aos 100% elétricos (BEV). Mobilidade elétrica e políticas públicas Apesar do avanço, especialistas alertam que a ampliação da infraestrutura de recarga e a adoção de incentivos fiscais são passos essenciais para consolidar o crescimento do setor. A Argentina ainda enfrenta gargalos logísticos e tributários que podem limitar o acesso da população a veículos de baixa emissão. Empresas, governos e instituições financeiras já iniciam movimentações para fomentar políticas públicas e linhas de crédito que tornem a mobilidade elétrica mais acessível. Visão regional e perspectivas para o setor Com esse desempenho, a Argentina se posiciona como um player relevante na corrida pela descarbonização do transporte na América Latina. Ainda distante de países como Chile e Brasil em volume absoluto, o ritmo de crescimento argentino revela um potencial significativo de expansão. Para o segundo semestre de 2025, a expectativa é que novos modelos sejam lançados no mercado local, com mais opções 100% elétricas e híbridas plug-in. A chegada de players chineses e europeus também deve aquecer ainda mais a disputa pela liderança no segmento. Sobre o EnergyChannel O EnergyChannel é uma plataforma internacional de jornalismo especializada em energia, inovação e sustentabilidade. Acompanhe nossas coberturas exclusivas, entrevistas com especialistas e análises sobre os rumos da transição energética na América Latina e no mundo. 🌐 www.energychannel.co Argentina acelera na mobilidade elétrica e registra alta de 56% em veículos híbridos e elétricos no primeiro semestre de 2025
- Enel Colômbia recebe US$ 100 milhões do Banco Europeu de Investimento para acelerar dois mega projetos solares
Bogotá, 23 de julho de 2025 – Por EnergyChannel Enel Colômbia recebe US$ 100 milhões do Banco Europeu de Investimento para acelerar dois megaprojetos solares A transição energética na Colômbia acaba de ganhar novo fôlego com o primeiro desembolso do Banco Europeu de Investimento (BEI) destinado à expansão solar no país. A operação marca o início da liberação de US$ 100 milhões , parte de um financiamento total de US$ 200 milhões , que será utilizado para impulsionar os projetos solares Guayepo III e Atlántico , ambos desenvolvidos pela Enel Colômbia . Com uma capacidade combinada de aproximadamente 400 MW , os dois empreendimentos integram a estratégia da empresa para diversificar a matriz elétrica colombiana e fortalecer sua posição como referência regional em geração renovável. Dois projetos estratégicos para a transição energética O parque solar Guayepo III , com capacidade de 200 MW , e o projeto Atlántico , com 199,5 MW , estão localizados na região norte da Colômbia — uma área estratégica para o aproveitamento do potencial solar do país. Juntos, eles devem fornecer energia limpa suficiente para abastecer mais de 500 mil residências colombianas . Segundo a Enel Colômbia, as obras já estão em fases avançadas e devem entrar em operação comercial nos próximos trimestres, contribuindo significativamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa e aumentando a participação da energia solar no mix nacional. Apoio internacional reforça confiança no mercado colombiano O aporte do BEI representa um sinal claro de confiança internacional no setor energético da Colômbia . A instituição europeia, reconhecida por apoiar projetos sustentáveis ao redor do mundo, vê nos investimentos em infraestrutura solar colombiana uma oportunidade de gerar impacto social, ambiental e econômico. "Este financiamento reforça o compromisso do BEI com a descarbonização na América Latina", destacou um porta-voz da instituição, ressaltando que a parceria com a Enel Colômbia se insere em uma agenda global de apoio a projetos alinhados ao Acordo de Paris. Visão regional: Colômbia fortalece protagonismo solar Com esse novo impulso financeiro, a Colômbia reafirma seu posicionamento como um dos mercados solares mais promissores da América Latina. O país vem acelerando sua agenda de energia renovável com apoio de instituições multilaterais e investimentos privados, em resposta à crescente demanda por fontes sustentáveis. Para a Enel Colômbia, os projetos Guayepo III e Atlántico representam não apenas um avanço técnico, mas também um símbolo do novo momento vivido pelo setor elétrico colombiano: mais moderno, resiliente e comprometido com um futuro descarbonizado. Sobre o EnergyChannel O EnergyChannel é uma plataforma internacional de jornalismo especializada em energia, inovação e sustentabilidade. Acompanhe nossas análises, coberturas exclusivas e reportagens especiais sobre a transformação energética em curso na América Latina. 🌐 www.energychannel.co | ✉️ info@energychannel.co Enel Colômbia recebe US$ 100 milhões do Banco Europeu de Investimento para acelerar dois megaprojetos solares
- Governo abre consulta pública para destravar eólicas offshore no Brasil
Ministério de Minas e Energia quer definir critérios técnicos e ambientais para seleção de áreas marítimas destinadas à geração eólica Governo abre consulta pública para destravar eólicas offshore no Brasil O Ministério de Minas e Energia (MME) deu início, nesta segunda-feira (14), a uma nova fase no desenvolvimento da geração eólica offshore no Brasil. A pasta abriu uma consulta pública para discutir e aprimorar a metodologia de seleção das áreas marítimas mais adequadas à instalação de parques eólicos no litoral brasileiro. A iniciativa, realizada em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), busca estabelecer critérios técnicos, ambientais, econômicos e sociais para identificar regiões viáveis para empreendimentos de grande escala. A proposta está alinhada com os princípios do Planejamento Espacial Marinho (PEM), instrumento que organiza o uso sustentável dos recursos no mar. Marco regulatório e desafios do setor O movimento acontece seis meses após a sanção da Lei nº 15.097/2025, que criou o marco legal para a geração offshore no país. A nova legislação representou um avanço histórico para o setor, mas também trouxe controvérsias. A inclusão de temas alheios ao escopo principal do projeto — e a consequente derrubada de vetos presidenciais — provocaram atritos entre o Executivo e o Congresso, levando o governo a editar uma medida provisória na última semana (11/7) para evitar efeitos colaterais nas tarifas de energia. Apesar do marco regulatório, investidores e desenvolvedores ainda aguardam definições sobre o processo de concessão das áreas e regras para participação nos futuros leilões. A incerteza regulatória tem gerado críticas de players do setor e esfriado o ritmo de preparação de projetos nos últimos meses. Modelo de oferta permanente em estudo O MME sinalizou que poderá adotar um modelo de oferta permanente de áreas — inspirado no regime já utilizado para licitações de petróleo e gás —, em que as empresas manifestam interesse em blocos específicos e o governo realiza a análise caso a caso. Essa abordagem seria uma alternativa aos leilões pontuais e poderia agilizar a liberação das áreas mais atrativas para o mercado, garantindo previsibilidade e segurança jurídica para os investidores. Primeiro projeto licenciado pelo Ibama O avanço regulatório também coincide com um marco ambiental recente. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu, nas últimas semanas, a primeira licença prévia para um projeto de energia eólica offshore no Brasil. A autorização foi emitida para uma iniciativa piloto liderada pelo Senai no Rio Grande do Norte. O projeto prevê a instalação de dois aerogeradores no mar, com capacidade instalada total de até 24,5 megawatts (MW) — uma escala ainda modesta, mas simbólica para um setor que busca seu primeiro salto comercial. Energia do futuro à espera de impulso Com mais de 170 GW em projetos eólicos offshore já cadastrados junto à EPE, o Brasil possui um dos maiores potenciais globais para geração de energia limpa no mar. O avanço da consulta pública é um passo importante para transformar esse potencial em realidade. A consolidação de regras claras e transparentes é vista por especialistas como o ponto-chave para que a energia eólica offshore deslanche de vez no país — e se torne mais uma protagonista na transição energética brasileira. Governo abre consulta pública para destravar eólicas offshore no Brasil
- Prêmio SP Carbono Zero: Empresas e organizações podem se inscrever até o fim do mês
Reconhecimento vai destacar projetos sustentáveis no Estado de São Paulo; vencedores serão premiados durante o Summit SP+Verde Prêmio SP Carbono Zero: Empresas e organizações podem se inscrever até o fim do mês Estão abertas até 31 de julho as inscrições para o Prêmio SP Carbono Zero, lançado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) durante as comemorações da Semana do Meio Ambiente. A premiação vai reconhecer projetos e iniciativas concretas que contribuem para a descarbonização e a adaptação às mudanças climáticas no Estado de São Paulo. Podem participar empresas e organizações da sociedade civil, com ou sem fins lucrativos, que desenvolvam ações no estado, mesmo que não sejam signatárias do Compromisso SP Carbono Zero. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo site oficial do evento. O prêmio conta com quatro categorias principais: Transição Energética, Restauração Ecológica, Circularidade e Mobilidade Sustentável. Os projetos inscritos serão avaliados por uma curadoria técnica, que levará em conta critérios como inovação, impacto, replicabilidade e justiça climática. Os finalistas serão anunciados até o fim de setembro e, em seguida, o público poderá votar online na categoria de “Melhor Iniciativa”, com apenas um voto permitido por pessoa. Além disso, duas categorias especiais também serão premiadas: Finanças Verdes — para o maior doador ao Finaclima até 15 de outubro de 2025 — e Melhor Iniciativa SP Carbono Zero — escolhida por meio de votação popular entre os finalistas. A cerimônia de premiação acontecerá em novembro, durante o Summit SP+Verde, evento que reúne especialistas, empresas e governos para discutir a agenda climática. Os vencedores receberão troféus, certificados e poderão apresentar seus projetos em painéis temáticos. O Prêmio SP Carbono Zero integra a estratégia do Governo de São Paulo para alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e incentiva soluções concretas para a crise climática. Mais informações, regulamento e inscrições podem ser consultadas pelo site: https://semil.sp.gov.br/sp-carbono-zero/ Prêmio SP Carbono Zero: Empresas e organizações podem se inscrever até o fim do mês
- Inmetro inaugura laboratório de ponta para testes em módulos solares e intensifica combate à fraude no setor fotovoltaico
Por EnergyChannel — Publicado em 23 de Julho de 2025. O avanço da energia solar no Brasil acaba de ganhar um novo aliado estratégico na luta pela transparência e qualidade do mercado. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) anunciou a inauguração de um moderno laboratório dedicado à análise técnica de módulos fotovoltaicos. O foco da iniciativa é assegurar que os equipamentos comercializados no país atendam aos parâmetros técnicos exigidos, em especial no que diz respeito à potência declarada pelos fabricantes. Crédito, Foto: Inmetro/Flickr Inmetro inaugura laboratório de ponta para testes em módulos solares e intensifica combate à fraude no setor fotovoltaico A medida representa um passo importante no combate às fraudes e à oferta de produtos de baixa conformidade, que ainda circulam no mercado nacional. A partir de agora, os testes de desempenho dos módulos solares passam a contar com uma estrutura laboratorial avançada, sob responsabilidade do instituto, capaz de verificar com precisão se os módulos entregam a geração de energia que prometem. Transparência e confiança no setor solar Segundo o Inmetro, o novo laboratório permitirá a realização de ensaios rigorosos que envolvem tanto a aferição da potência dos módulos quanto outros parâmetros críticos, como eficiência energética, resistência térmica e durabilidade. Essa validação técnica é essencial para garantir que o consumidor final receba um produto confiável e que o setor mantenha padrões mínimos de qualidade. “A criação dessa infraestrutura fortalece o ecossistema regulatório da energia solar no Brasil. Nosso objetivo é coibir práticas desleais e estimular a competitividade saudável entre fabricantes, distribuidores e integradores”, afirmou um representante do Inmetro. Um mercado em franca expansão precisa de controle Com mais de 2,5 milhões de sistemas solares instalados em telhados e fazendas solares por todo o território nacional, o Brasil vive uma expansão acelerada da geração distribuída. Nesse contexto, a fiscalização da veracidade das informações técnicas fornecidas por fabricantes tornou-se uma prioridade. Muitos módulos chegam ao mercado com especificações que não refletem o desempenho real em campo, prejudicando instaladores, investidores e consumidores. A criação do novo laboratório é parte de um movimento mais amplo do governo federal, em parceria com entidades do setor, para aprimorar os mecanismos de certificação e homologação de produtos fotovoltaicos. Energia limpa com rastreabilidade e padrão A iniciativa também está alinhada com os esforços para tornar o Brasil uma referência em energia limpa, não apenas em capacidade instalada, mas em qualidade e rastreabilidade da cadeia solar . O laboratório servirá como base para ensaios que poderão subsidiar políticas públicas, como linhas de financiamento específicas para equipamentos com selo de eficiência comprovada, bem como campanhas educativas para orientar o consumidor final. Conclusão Com o novo laboratório do Inmetro em operação, o Brasil dá um passo firme para garantir que a energia solar continue a se desenvolver com base em critérios técnicos e de confiabilidade. Trata-se de um avanço que reforça a segurança dos investimentos no setor e contribui diretamente para a construção de um mercado energético mais justo, transparente e eficiente. Inmetro inaugura laboratório de ponta para testes em módulos solares e intensifica combate à fraude no setor fotovoltaico
- ANEEL aprova novo leilão para contratação de energia hidrelétrica e atrai mais de 240 projetos com quase 3 GW em potência cadastrada
Certame reforça aposta em fontes renováveis de base firme e marca nova etapa na valorização do potencial hídrico nacional ANEEL aprova novo leilão para contratação de energia hidrelétrica e atrai mais de 240 projetos com quase 3 GW em potência cadastrada Por EnergyChannel | Brasília A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) deu sinal verde para a realização de mais um importante leilão de energia renovável no país. Desta vez, o foco está nas usinas hidrelétricas , com a aprovação do edital voltado à contratação de energia proveniente de empreendimentos hidráulicos novos ou modernizados , reforçando o papel da fonte hídrica na matriz elétrica brasileira. O certame, que terá como base os critérios técnicos e econômicos definidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), já despertou forte interesse do mercado: mais de 240 projetos foram cadastrados , totalizando 2.999 megawatts (MW) de potência. Os números demonstram a competitividade e a atratividade do segmento, mesmo em um cenário cada vez mais ocupado por fontes intermitentes como solar e eólica. Energia firme e confiável ganha novo impulso Ao retomar a contratação estruturada de energia hidrelétrica, a ANEEL e o Ministério de Minas e Energia (MME) sinalizam uma estratégia voltada ao equilíbrio entre segurança energética e sustentabilidade . As hidrelétricas continuam sendo a principal fonte de energia de base no Brasil, com capacidade de armazenamento e flexibilidade operacional elementos cruciais para garantir estabilidade ao sistema elétrico diante da expansão das renováveis variáveis. O papel da modernização O edital também contempla projetos de modernização de usinas existentes , o que amplia as oportunidades de investimentos em eficiência energética, redução de perdas e otimização da operação de ativos já instalados. Essa abordagem é estratégica para maximizar o uso da infraestrutura atual , sem a necessidade de grandes intervenções ambientais. Leilão fortalece transição energética com confiabilidade A medida é vista por especialistas como uma tentativa de resgatar o protagonismo das hidrelétricas na nova fase da transição energética brasileira , combinando inovação, flexibilidade e valorização de ativos com baixa emissão de carbono. Ao lado de outras fontes renováveis, a energia hidráulica segue como peça-chave para garantir fornecimento estável e contínuo, especialmente nos momentos de baixa geração solar ou eólica . A expectativa do setor é de que o leilão promova um novo ciclo de investimentos, sobretudo em regiões com alto potencial hídrico ainda não explorado de forma competitiva, respeitando as diretrizes socioambientais e operacionais da política energética nacional. ANEEL aprova novo leilão para contratação de energia hidrelétrica e atrai mais de 240 projetos com quase 3 GW em potência cadastrada












