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- Bandeiras Tarifárias em Junho: O Que Mudou (ou Não) de 2015 a 2025
Por Felipe Figueiró – Engenheiro Eletricista e Especialista em Energia Em junho, a combinação entre o nível dos reservatórios no Sudeste e o volume de chuvas (ENA %MLT) costuma definir se o bolso do consumidor sentirá um acréscimo na conta de luz ou não. O Daniel Lima falou sobre a questão das bandeiras nesse mês e a volta da bandeira patamar 1 quero complementar falando do histórico desse mês e como os dados estão apresentados. Você pode ler a opinião do Daniel aqui: Bandeiras Tarifárias em Junho: O Que Mudou (ou Não) de 2015 a 2025 https://www.energychannel.co/post/bandeira-vermelha-o-brasil-%C3%A0-beira-de-uma-crise-energ%C3%A9tica Vou focar desde o início das bandeiras até hoje, entre 2015 e 2025. Quando olhamos para junho, logo no início do período seco, podemos ter um termômetro para antecipar crises ou confirmar respiros hidrológicos, afinal bastam alguns pontos percentuais na ENA ou uma variação de poucos pontos no armazenamento para reverberar diretamente nas bandeiras tarifárias. Percorri ano a ano a evolução dos indicadores no Sudeste, destacando como cada nível de EAR (Energia Armazenada) e de ENA (% MLT) se relacionaram com os acionamentos das bandeiras. Abaixo o levantamento detalhado de cada junho e seus dados de avaliação. Avaliação do mês de Junho de 2015 a 2025 (Do autor, com dados ONS). Junho de 2015 Reservatórios do Sudeste operavam com 36,15% de EAR e ENA de 88,55% da MLT. Mesmo sem queda da ENA abaixo da média, o baixo volume acumulado levou ao acionamento da bandeira vermelha . Junho de 2016 EAR subiu para 56,14% e ENA para 99,12% da MLT. Reflexo de chuvas generosas. Resultado: bandeira verde . Junho de 2017 Reservatórios marcaram 42,12% e ENA de 89,94% da MLT. Volume menor que 2016, mas ainda suficiente. Bandeira verde mantida. Junho de 2018: Crise hídrica! Sudeste com 39,71% de EAR e ENA de 73,36% da MLT. Patamar crítico abaixo de 40% nos reservatórios levou para bandeira vermelha no patamar 2 . Junho de 2019 EAR em 47,29%, ENA em 89,97% da MLT. Mesmo com reservatórios abaixo de 50%, a afluência próxima a 90% manteve a bandeira verde . Junho de 2020 Sudeste registrou 52,94% de EAR e ENA de 75,9%. Apesar da queda na ENA, o volume armazenado deu margem para operação normal. Bandeira verde . Junho de 2021: Crise hídrica! Reservatórios com somente 29,09% e ENA de 65,14%. Um dos momentos mais críticos na década. Foi acionada bandeira vermelha no patamar 2 . Junho de 2022 Sudeste com 65,52% de EAR e ENA de 73,64%. Aporte hidráulico suficiente para manter conforto. Bandeira verde . Junho de 2023 Sudeste teve 86,36% de EAR e ENA de 90,42%. Um dos melhores junhos da década. Manteve bandeira verde com ampla segurança. Junho de 2024 EAR em 67,59%, mas a ENA despencou para 54,83%. Mesmo assim, os bons níveis de reservatório sustentaram bandeira verde . Junho de 2025 EAR de 68,16%, ENA de 73,92% (abaixo do histórico). Apesar de não ser o pior cenário, a queda da ENA e tendência de redução nos volumes armazenados levaram para bandeira vermelha no patamar 1 . O histórico de junho, de 2015 a 2025, mostra como a combinação entre armazenamento (EAR) e afluência (ENA) dita o acionamento das bandeiras, em suma maioria. Anos com EAR abaixo de 40% (2015, 2018, 2021) coincidiram com bandeiras vermelhas, mesmo com ENAs razoáveis. Já quando a EAR superou 50% e a ENA ficou acima de 75% (2016, 2019, 2020, 2022 a 2024), manteve-se bandeira verde. Em 2025, a ENA abaixo da média e tendência de queda nos reservatórios justificaram o alerta. A evolução das afluências em junho acaba sendo um dos principais termômetros para riscos do ano. O sistema elétrico costuma dar sinais claros antes de qualquer crise. Em 2025, por exemplo, não estamos no pior cenário de ENA ou reservatórios, mas a tendência de queda, já visível, antecipou o acionamento da bandeira vermelha, e isso também gera previsões para mais bandeiras ao longo do período seco. Isso reforça um ponto que defendo, mais do que olhar somente o momento, precisamos interpretar a direção dos dados. A combinação entre armazenamento e afluência já nos permite prever riscos com certa antecedência e conseguimos entender como o cenário dos meses seguintes vai impactar diretamente nas operações. É esperado ainda mais bandeiras vermelhas até o final do ano, a ideia é aguardarmos por melhorias na ENA %MLT e por armazenamentos que realmente façam sentido em segurança. Junho precisa ser tratado como um mês estratégico e quem acompanha os dados sabe: os sinais estavam lá. Sobre o autor Felipe Figueiró é engenheiro eletricista, com dois MBAs focados em inovação, liderança e inteligência de mercado. Atua há mais de 11 anos no setor elétrico e tem como visão transformar dados em estratégias inteligentes e eficientes. Bandeiras Tarifárias em Junho: O Que Mudou (ou Não) de 2015 a 2025
- TURBULÊNCIA TARIFÁRIA: COMO AS POLÍTICAS COMERCIAIS ESTÃO REMODELANDO O SETOR SOLAR AMERICANO
Análise do EnergyChannel revela que novas tarifas podem elevar custos de projetos solares e de armazenamento em até 50%, forçando empresas a repensar estratégias de fornecimento e financiamento Por Equipe EnergyChannel TURBULÊNCIA TARIFÁRIA: COMO AS POLÍTICAS COMERCIAIS ESTÃO REMODELANDO O SETOR SOLAR AMERICANO O setor de energia solar nos Estados Unidos enfrenta um momento decisivo. Em meio a ambiciosos planos de expansão da capacidade renovável e descarbonização da matriz energética, uma complexa teia de políticas tarifárias está criando ondas de incerteza que afetam toda a cadeia produtiva, desde fabricantes de equipamentos até desenvolvedores de projetos e investidores. A mais recente análise, divulgada esta semana, projeta um cenário preocupante: as tarifas sobre importações de componentes solares e sistemas de armazenamento podem elevar os custos dos projetos em até 50%, dependendo da evolução das tensões comerciais globais. Este cenário coloca os Estados Unidos em posição ainda mais desvantajosa no mercado global, com custos de instalação solar já entre os mais elevados do mundo. O LABIRINTO TARIFÁRIO O Departamento de Comércio dos EUA determinou recentemente que importações de células solares de quatro países do Sudeste Asiático – Camboja, Tailândia, Vietnã e Malásia – devem enfrentar tarifas que variam de 41% a impressionantes 3.521%. A medida amplia a disputa comercial entre EUA e China, já que fabricantes chineses estabeleceram fábricas nesses países nos últimos anos. "Em um setor com ciclos de planejamento de cinco a dez anos, não saber quanto um projeto custará no próximo ano ou no ano seguinte é extremamente disruptivo e causa enorme incerteza para os participantes da indústria de energia dos EUA". A consultoria analisou dois cenários possíveis: 1. Cenário de tensão comercial : Até o final de 2026, a taxa tarifária efetiva se estabiliza em 10%, com tarifa de 34% sobre produtos chineses. 2. Cenário de guerra comercial : Os EUA mantêm uma política tarifária agressiva e implementam tarifas recíprocas que resultam em uma taxa efetiva geral de 30% até 2030. Com base nesses cenários, estima que a maioria das tecnologias experimentará aumentos de custos de 6% a 11%, com o armazenamento de energia em escala de utilidade sendo a exceção, podendo enfrentar aumentos muito superiores. ARMAZENAMENTO DE ENERGIA: O MAIS VULNERÁVEL O segmento de armazenamento de energia emerge como o mais exposto às turbulências tarifárias. Os EUA dependem fortemente de células de bateria importadas para atender ao crescente mercado de sistemas de armazenamento de energia em escala de utilidade. Essa dependência, combinada com tarifas potencialmente elevadas, pode aumentar os custos desses projetos de 12% a mais de 50%. "Embora a capacidade de fabricação de células de bateria nos EUA esteja se expandindo, não está crescendo em um ritmo nem perto do suficiente para atender mesmo a uma pequena fração dos projetos de baterias nos EUA". "Em 2025, estimamos que há capacidade de fabricação doméstica suficiente para atender apenas cerca de 6% da demanda, e até 2030, a fabricação doméstica poderia potencialmente atender a 40% da demanda." COMPETITIVIDADE GLOBAL EM RISCO No cenário de tensões comerciais, o custo de uma instalação solar em escala de utilidade nos EUA será 54% mais caro do que na Europa e 85% mais caro do que uma nova usina solar construída na China. A consultoria observa que a energia solar em escala de utilidade nos EUA já está entre as mais caras do mundo. "As tarifas que têm sido aplicadas sobre módulos solares, juntamente com uma política de transmissão ineficiente que exacerba os custos de interconexão, tornaram os custos de construção para energia solar mais altos nos EUA do que na maioria dos outros mercados"; "Um aumento nos níveis tarifários só piorará este prêmio que os consumidores de energia dos EUA precisam pagar para acessar energia renovável." FABRICAÇÃO DOMÉSTICA: SOLUÇÃO OU ILUSÃO? A Aliança Americana para o Comitê de Comércio de Manufatura Solar, composta por fabricantes líderes de energia solar dos EUA, incluindo Convalt Energy, First Solar, Meyer Burger, Mission Solar, Qcells, REC Silicon e Swift Solar, alega que o dumping e a subsidiação de produtos fabricados no Sudeste Asiático para evitar regras comerciais levaram a um excesso de painéis solares sendo vendidos abaixo do custo de produção. O grupo comercial argumenta que a manufatura solar americana está à beira do crescimento, pronta para introduzir novos empregos nos EUA e impulsionar a transição energética limpa do país. No entanto, esse impulso está sendo frustrado pela política industrial da China e pela forma como prejudica os produtores domésticos, segundo Tim Brightbill, advogado principal do Comitê. "Esta é uma vitória decisiva para a manufatura americana e confirma o que há muito sabemos: que empresas solares com sede na China têm trapaceado no sistema, prejudicando empresas dos EUA e custando aos trabalhadores americanos seus meios de subsistência", afirmou Brightbill. Para a coalizão, o objetivo dessas tarifas é nivelar o campo de jogo para que os fabricantes solares dos EUA possam realmente competir. O PARADOXO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Abigail Ross Hopper, presidente e CEO da Associação das Indústrias de Energia Solar (SEIA), um dos maiores grupos comerciais de energia solar e armazenamento dos EUA, com mais de 1.200 membros, testemunhou que a investigação e suas subsequentes tarifas são contraproducentes tanto para o futuro da fabricação solar quanto para a implantação solar nos Estados Unidos. Ela destacou que, embora haja 52 gigawatts de capacidade de produção de módulos nos EUA e outros 47 gigawatts anunciados ou em construção, a capacidade de células está muito atrás, com apenas 2 gigawatts de capacidade operacional de produção de células. As fábricas de células levam muito mais tempo para serem construídas do que as fábricas de módulos porque requerem mais energia elétrica. Também é mais complicado garantir conexões de utilidade, disse Hopper, e os detalhes ambientais das fábricas de células são mais complexos de resolver quando se trata de localização, zoneamento e licenciamento. "Os produtores de módulos dos EUA agora são competitivos com as importações, mas apenas se tiverem acesso a células, o que hoje significa células importadas", disse Hopper. "A imposição de tarifas sobre células não faz sentido quando há produção de células insignificante nos Estados Unidos." ADAPTAÇÃO EMPRESARIAL EM TEMPO REAL Em antecipação a novas tarifas após o anúncio das tarifas preliminares em 2024, alguns fabricantes já mudaram suas cadeias de suprimentos e usaram células solares produzidas fora da Malásia, Vietnã, Camboja e Tailândia. A Arevon, uma produtora independente de energia em escala de utilidade, tem trabalhado para diversificar sua cadeia de suprimentos e mitigar riscos. "Estamos constantemente avaliando nossa estratégia de aquisição para equilibrar custos, confiabilidade e conformidade regulatória", explica um executivo da empresa. "A volatilidade tarifária nos obriga a ser muito mais ágeis e a desenvolver relacionamentos com fornecedores em múltiplas regiões." Já a GS Power Partners, uma IPP distribuída, tem focado em soluções de fornecimento doméstico. "Estamos investindo em parcerias com fabricantes americanos emergentes, mesmo que isso signifique um prêmio de custo no curto prazo", comenta um representante. "A estabilidade e previsibilidade valem o investimento adicional." A Heliene, fabricante norte-americana, vê oportunidades em meio ao caos. "As tarifas criam desafios, mas também abrem espaço para que fabricantes domésticos como nós expandam operações e inovem", afirma um porta-voz da empresa. "Estamos acelerando nossos planos de expansão para atender à crescente demanda por produtos fabricados nos EUA." IMPACTOS NO FINANCIAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS As incertezas tarifárias estão complicando significativamente o financiamento de projetos solares. Desenvolvedores relatam que os investidores estão exigindo margens de risco maiores, elevando o custo de capital. Acordos de compra de energia (PPAs) estão sendo renegociados para incorporar cláusulas de contingência relacionadas a tarifas, e alguns projetos estão sendo adiados enquanto os desenvolvedores aguardam maior clareza regulatória. "O desenvolvimento de projetos solares nos EUA já enfrenta desafios significativos com custos de interconexão elevados e processos de permissão complexos", observa a Wood Mackenzie em seu relatório. "As tarifas adicionam outra camada de complexidade que pode atrasar a transição energética do país." A consultoria projeta que, se o cenário de guerra comercial se materializar, até 35% dos projetos solares planejados para 2026-2027 poderiam ser cancelados ou significativamente adiados, representando uma redução potencial de 15-20 GW na capacidade instalada. PERSPECTIVAS E CAMINHOS À FRENTE O futuro do setor solar americano dependerá em grande parte de como as políticas tarifárias evoluirão nos próximos meses. A Comissão de Comércio Internacional (ITC) tem até 2 de junho para decidir se cada país causou danos materiais ou não. Se uma determinação negativa for feita, nenhuma ordem seria emitida. Se a ITC fizer uma determinação afirmativa, as ordens de tarifas seriam emitidas em 9 de junho. Enquanto isso, o setor está se adaptando de várias maneiras: 1. Diversificação geográfica : Empresas estão buscando fornecedores em países não afetados pelas tarifas atuais, como Índia, México e nações europeias. 2. Aceleração da manufatura doméstica : Incentivados pela Lei de Redução da Inflação (IRA), fabricantes estão expandindo a produção local, embora o ritmo seja insuficiente para atender à demanda no curto prazo. 3. Inovação tecnológica : Algumas empresas estão investindo em tecnologias que utilizam menos materiais afetados por tarifas ou que oferecem maior eficiência para compensar os custos mais altos. 4. Advocacia política : Associações do setor estão pressionando por políticas mais previsíveis e por um equilíbrio entre proteção da indústria doméstica e manutenção do ritmo de implantação de energia limpa. A indústria solar dos EUA instalou quase 50 GW de capacidade em 2024, um aumento de 21% em relação a 2023. A SEIA, em parceria com a Wood Mackenzie, projeta que as instalações em 2025 e 2026 estarão novamente próximas de 50 GW por ano, mais do que o dobro dos 23 GW instalados em 2022. " As perspectivas permanecem brilhantes para toda a cadeia de suprimentos dos EUA, incluindo fabricantes domésticos – desde que este caso não prejudique esse crescimento projetado ", escreveu Hopper em testemunho apoiando uma determinação negativa da ITC. O que está claro é que o setor solar americano está em um momento de transformação. As políticas tarifárias, embora desafiadoras no curto prazo, podem potencialmente catalisar uma indústria doméstica mais robusta no longo prazo – se implementadas com cuidado e previsibilidade. No entanto, o equilíbrio entre proteger a manufatura doméstica e manter o ritmo da transição energética permanece delicado. Para consumidores e investidores, a mensagem é de cautela e adaptabilidade. O mercado solar americano continuará crescendo, mas com novos contornos econômicos e geográficos que premiarão aqueles capazes de navegar habilmente pelo complexo labirinto tarifário que se desenha no horizonte. TURBULÊNCIA TARIFÁRIA: COMO AS POLÍTICAS COMERCIAIS ESTÃO REMODELANDO O SETOR SOLAR AMERICANO
- INVESTIMENTOS GLOBAIS EM ENERGIA ATINGIRÃO RECORDE DE US$ 3,3 TRILHÕES EM 2025, COM ENERGIAS LIMPAS LIDERANDO A EXPANSÃO
Relatório da AIE aponta que tecnologias de baixa emissão receberão o dobro dos recursos destinados aos combustíveis fósseis, em meio a preocupações com segurança energética e incertezas econômicas Por Equipe EnergyChannel INVESTIMENTOS GLOBAIS EM ENERGIA ATINGIRÃO RECORDE DE US$ 3,3 TRILHÕES EM 2025, COM ENERGIAS LIMPAS LIDERANDO A EXPANSÃO Em um cenário global marcado por tensões geopolíticas e incertezas econômicas, o setor energético demonstra resiliência e continua sua transformação acelerada. Segundo dados divulgados pela Agência Internacional de Energia (AIE) em seu mais recente relatório "World Energy Investment", os investimentos globais em energia devem atingir a marca histórica de US$ 3,3 trilhões em 2025, representando um crescimento de 2% em termos reais em comparação com 2024. O dado mais significativo deste panorama é a consolidação da tendência de predominância das tecnologias limpas no direcionamento dos recursos. Do montante total previsto, aproximadamente US$ 2,2 trilhões serão destinados a energias renováveis, nuclear, redes elétricas, armazenamento, combustíveis de baixa emissão, eficiência energética e eletrificação. Este valor é praticamente o dobro dos US$ 1,1 trilhão que serão alocados para petróleo, gás natural e carvão. SEGURANÇA ENERGÉTICA COMO MOTOR DE INVESTIMENTOS Fatih Birol, diretor-executivo da AIE, destacou que a segurança energética emerge como um fator determinante para o crescimento dos investimentos globais. "Em meio às incertezas geopolíticas e econômicas que obscurecem as perspectivas para o mundo da energia, vemos a segurança energética surgindo como um impulsionador fundamental do crescimento do investimento global", afirmou Birol. O executivo observou ainda que, embora o cenário econômico e comercial em rápida evolução tenha levado alguns investidores a adotarem uma abordagem de "esperar para ver" em relação a novos projetos energéticos, a maioria dos empreendimentos existentes não sofreu impactos significativos até o momento. ENERGIA SOLAR LIDERA INVESTIMENTOS SETORIAIS Entre as tecnologias de energia limpa, a solar fotovoltaica continua a atrair o maior volume de capital, com previsão de investimentos na ordem de US$ 450 bilhões em 2025. Este montante fará da energia solar o maior destino de investimentos em todo o setor energético global, superando qualquer segmento individual de combustíveis fósseis. O relatório da AIE destaca que a competitividade de custos, a escalabilidade e a rapidez de implementação são fatores que mantêm a energia solar na liderança dos investimentos. A tecnologia tem se beneficiado de contínuas reduções de custos e ganhos de eficiência, além de políticas de apoio em diversos mercados. ARMAZENAMENTO DE ENERGIA: CRESCIMENTO EXPRESSIVO Em paralelo ao avanço da geração solar, os investimentos em sistemas de armazenamento de energia estão previstos para alcançar US$ 65 bilhões em 2025, um crescimento significativo em relação aos anos anteriores. Este aumento reflete a necessidade crescente de soluções para equilibrar a intermitência das fontes renováveis e garantir a estabilidade das redes elétricas. "O crescimento exponencial da capacidade de armazenamento é fundamental para viabilizar a integração massiva de fontes renováveis variáveis como solar e eólica", explica Paulo Martins, especialista em transição energética consultado pelo EnergyChannel. "Estamos observando não apenas o aumento dos investimentos em baterias convencionais de íons de lítio, mas também em tecnologias emergentes como armazenamento de longa duração e soluções híbridas." ENERGIA NUCLEAR RETOMA PROTAGONISMO Após anos de estagnação em várias regiões do mundo, a energia nuclear volta a ganhar espaço na matriz de investimentos globais. O relatório da AIE indica que os investimentos no setor nuclear estão sendo impulsionados por preocupações com segurança energética e pela necessidade de fontes de geração de baixo carbono que possam fornecer energia de base. "O nuclear está experimentando um renascimento estratégico, especialmente em economias que buscam reduzir sua dependência de combustíveis fósseis importados e, ao mesmo tempo, garantir uma fonte confiável de energia de baixa emissão", analisa Carla Mendes, especialista em política energética. "Além das tecnologias convencionais, vemos um interesse crescente em reatores modulares pequenos (SMRs), que prometem custos menores e maior flexibilidade de implantação." Países como China, Índia, Reino Unido e França estão liderando este movimento de expansão nuclear, enquanto nos Estados Unidos há esforços para estender a vida útil das usinas existentes e desenvolver novas tecnologias. ENERGIA EÓLICA ENFRENTA DESAFIOS Embora continue sendo um componente essencial da transição energética, o setor eólico enfrenta desafios que têm moderado o ritmo de investimentos. Problemas na cadeia de suprimentos, aumento de custos e complexidades nos processos de licenciamento têm afetado o desenvolvimento de novos projetos, especialmente no segmento offshore. "O setor eólico está passando por um período de ajuste após anos de crescimento acelerado", comenta Roberto Almeida, analista do setor de energias renováveis. "As pressões inflacionárias e os gargalos logísticos têm comprimido as margens dos fabricantes de turbinas, mas a demanda fundamental por energia eólica permanece robusta, especialmente considerando as metas de descarbonização de longo prazo." Apesar desses desafios, os investimentos em energia eólica continuam significativos, com expectativa de recuperação à medida que os problemas da cadeia de suprimentos sejam resolvidos e novas políticas de apoio sejam implementadas em mercados-chave. COMBUSTÍVEIS DE BAIXA EMISSÃO: HIDROGÊNIO EM DESTAQUE Os investimentos em combustíveis de baixa emissão devem atingir um novo recorde em 2025, ultrapassando US$ 30 bilhões, com o hidrogênio desempenhando um papel de destaque neste segmento. Segundo dados compilados pela H2-View, os investimentos específicos em hidrogênio devem alcançar US$ 8 bilhões em 2025, quase o dobro do valor registrado em 2024. "O hidrogênio está emergindo como uma peça-chave no quebra-cabeça da descarbonização, especialmente para setores difíceis de eletrificar como indústria pesada, transporte marítimo e aviação", explica Fernando Costa, especialista em transição energética. "Embora ainda estejamos nos estágios iniciais do desenvolvimento da economia do hidrogênio, os investimentos crescentes sinalizam confiança no potencial de longo prazo desta tecnologia." O relatório da AIE destaca, no entanto, que o setor de combustíveis de baixa emissão ainda representa uma pequena parcela do investimento total em energia e permanece altamente dependente de políticas e regulamentações de apoio. A incerteza política continua a pesar sobre as decisões finais de investimento para muitos projetos de hidrogênio e captura de carbono. DECLÍNIO NOS INVESTIMENTOS EM COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS Em contraste com o crescimento dos investimentos em energia limpa, o relatório da AIE prevê uma queda de aproximadamente 2% nos investimentos em fornecimento de combustíveis fósseis em 2025 – o primeiro declínio desde 2020. Os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás devem cair cerca de 4%, para pouco menos de US$ 570 bilhões, liderados por uma queda de 6% nos gastos com petróleo, para aproximadamente US$ 420 bilhões. "A queda acentuada nos preços do petróleo, o aumento dos custos operacionais, os impactos das tarifas e as preocupações com potencial excesso de oferta levaram muitas empresas a revisar seus planos de investimento", aponta o relatório da AIE. Os investimentos em fornecimento de carvão devem crescer novamente em 2025, mas em ritmo mais lento – aumento de 4% em relação ao ano anterior, comparado com um crescimento médio anual de 6% nos últimos cinco anos. Estes investimentos são impulsionados principalmente por China e Índia. DISPARIDADES REGIONAIS NOS INVESTIMENTOS O relatório da AIE destaca significativas disparidades regionais nos padrões de investimento em energia. A China permanece como o maior investidor global "por uma ampla margem", com sua participação no investimento global em energia limpa aumentando de um quarto há uma década para quase um terço atualmente. Nos Estados Unidos, os investimentos em renováveis e combustíveis de baixa emissão "devem se estabilizar à medida que políticas de apoio são reduzidas", segundo a AIE. A agência observou que os produtores de petróleo de xisto dos EUA estão particularmente desafiados pela queda nos preços do petróleo, e que os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás "estão gravitando em direção a grandes detentores de recursos no Oriente Médio". REDES ELÉTRICAS: INVESTIMENTOS RECORDES, MAS AINDA INSUFICIENTES Um aspecto crítico destacado pelo relatório é o investimento em infraestrutura de redes elétricas, que deve superar a marca recorde de US$ 400 bilhões em 2025. Apesar deste montante expressivo, a AIE alerta que os investimentos em redes "estão lutando para acompanhar o aumento na demanda por energia elétrica". "A modernização e expansão das redes elétricas representa um dos maiores gargalos para a transição energética global", avalia Luísa Ferreira, especialista em sistemas elétricos. "À medida que avançamos para um sistema energético mais eletrificado e descentralizado, com milhões de novos pontos de geração distribuída e consumo inteligente, as redes precisam se tornar mais robustas, flexíveis e digitalizadas." A insuficiência de investimentos em redes pode limitar a capacidade de integração de novas fontes renováveis e comprometer a confiabilidade do fornecimento de energia em várias regiões do mundo. PERSPECTIVAS E TENDÊNCIAS FUTURAS O panorama de investimentos para 2025 reflete um setor energético em profunda transformação, impulsionado por múltiplos fatores que vão além da descarbonização. A segurança energética, a competitividade econômica e as políticas industriais estão desempenhando papéis cada vez mais importantes nas decisões de alocação de capital. "Estamos testemunhando não apenas uma transição energética, mas uma reconfiguração completa do sistema energético global", analisa Marcos Oliveira, economista especializado em energia. "Os US$ 3,3 trilhões de investimentos previstos para 2025 representam não apenas um recorde em termos de volume, mas também uma mudança qualitativa na direção dos fluxos de capital." Para os próximos anos, especialistas preveem: 1. Aceleração da eletrificação : Com o aumento dos investimentos em geração renovável e redes, a eletricidade deve consolidar sua posição como o vetor energético dominante do século XXI. 2. Convergência tecnológica : Integração crescente entre diferentes tecnologias, como sistemas híbridos de geração renovável com armazenamento e soluções de flexibilidade baseadas em hidrogênio. 3. Digitalização intensiva : Aumento dos investimentos em tecnologias digitais para otimizar a operação de ativos energéticos e gerenciar sistemas cada vez mais complexos e descentralizados. 4. Localização de cadeias de valor : Continuidade da tendência de regionalização das cadeias de suprimentos de tecnologias energéticas, impulsionada por políticas industriais e preocupações com segurança. 5. Financiamento inovador : Desenvolvimento de novos mecanismos financeiros para mobilizar capital para projetos de energia limpa em mercados emergentes e economias em desenvolvimento. "O desafio para os próximos anos não será apenas manter o volume de investimentos, mas garantir que estes recursos sejam alocados de forma eficiente e equitativa", conclui Oliveira. "Isso exigirá coordenação entre políticas públicas, estratégias corporativas e inovações financeiras em uma escala sem precedentes." INVESTIMENTOS GLOBAIS EM ENERGIA ATINGIRÃO RECORDE DE US$ 3,3 TRILHÕES EM 2025, COM ENERGIAS LIMPAS LIDERANDO A EXPANSÃO
- Holanda acelera transição energética com megaprojeto de armazenamento da Giga Storage
Com investimento de € 300 milhões, começa a construção do Giga Leopard, sistema de 1,2 GWh que deve redefinir o papel das baterias no setor elétrico europeu Imagem ilustrativa: Holanda acelera transição energética com megaprojeto de armazenamento da Giga Storage Por EnergyChannel – Redação Internacional A transição energética na Europa avança com mais um passo decisivo: a Giga Storage, empresa holandesa especializada em armazenamento de energia, deu início à construção do Giga Leopard , seu maior projeto até o momento — um sistema BESS (Battery Energy Storage System) de 300 MW / 1.200 MWh localizado na cidade de Delfzijl, província de Groningen. O anúncio foi feito após a empresa assegurar um financiamento de € 300 milhões junto a um consórcio de oito instituições financeiras. O empreendimento está sendo instalado no terreno de uma antiga fundição de alumínio e tem previsão de entrar em operação no segundo semestre de 2027 . De startup local à liderança europeia Desde sua fundação, a Giga Storage tem se destacado pelo ritmo acelerado de crescimento. Começou com um projeto piloto de 12 MW em 2020, financiado por meio de crowdfunding, e rapidamente conquistou espaço no mercado holandês e belga. Agora, a companhia avança rumo à liderança europeia no segmento de baterias de grande porte. Começou com um projeto piloto de 12 MW em 2020, financiado por meio de crowdfunding, e rapidamente conquistou espaço no mercado holandês Infraestrutura pronta para o futuro O que diferencia o Giga Leopard de outros projetos é a inteligência estratégica por trás da escolha do local. Para evitar os gargalos da sobrecarga na rede elétrica — um desafio comum na Holanda — a Giga Storage adquiriu a rede de distribuição local da antiga fundição DAMCO Aluminium, obtendo acesso direto à transmissão de alta tensão. Essa jogada possibilitou o avanço do cronograma sem os tradicionais atrasos relacionados à conexão com a malha elétrica nacional. Impacto regional e conexão internacional Além de contribuir com a estabilidade da rede e acelerar a transição energética na Holanda, o Giga Leopard é parte de um pipeline ainda maior. A empresa também desenvolve o projeto Green Turtle , na Bélgica, com impressionantes 700 MW / 2.800 MWh , previsto para ser o maior BESS da Europa quando concluído. Para garantir a execução em larga escala, a Giga Storage contratou a Sweco, multinacional de engenharia, para coordenar a parte técnica e de construção do Green Turtle. Ainda assim, segundo o diretor comercial Lars Rupert, o foco imediato está no Giga Leopard. “ É um desafio de engenharia e logística gerenciar dois projetos simultâneos com essa magnitude. Por isso, optamos por iniciar primeiro o Giga Leopard ”, explicou Rupert. Baterias como serviço: o novo modelo energético Mais do que desenvolver e vender ativos, a Giga Storage aposta em um modelo baseado na propriedade, operação e comercialização de serviços de armazenamento para utilities, comercializadoras e otimizadores de energia. Esse modelo atraiu o interesse da gestora de infraestrutura InfraVia , que adquiriu o controle da empresa e aposta em um portfólio com mais de 2 GW em desenvolvimento. Segundo o gerente de investimentos Vincent Menager, o Green Turtle, com sua posição estratégica entre Holanda, Bélgica e Alemanha, representa um marco para o setor: “ Será o maior sistema de baterias da Europa e um exemplo de como o armazenamento em larga escala está mudando as regras do jogo energético no continente .” O que vem por aí? Enquanto a Giga Storage avança com o Giga Leopard, outros projetos ganham destaque no cenário holandês. A concessionária Eneco prevê a entrada em operação, ainda este ano, de um sistema de 31,6 MW / 126,4 MWh. Já a Rolls-Royce anunciou a entrega de um sistema mtu de 35,1 MW / 144,4 MWh à Eleqtis. A movimentação intensa sinaliza que o armazenamento de energia, por muito tempo visto como suporte, agora assume protagonismo nas redes do futuro — redes mais descentralizadas, resilientes e limpas. 🔗 Acompanhe todas as atualizações sobre armazenamento de energia, inovação e transição energética aqui no EnergyChannel. 👉 www.energychannel.co | Jornalismo especializado em energia, com foco no futuro. Holanda acelera transição energética com megaprojeto de armazenamento da Giga Storage
- COP30: O mundo pede ação e a Huasun Solar responde com energia limpa e responsabilidade desde a origem
Por Vinicius Luiz, Country Manager da Huasun A contagem regressiva para a COP30 já começou. Em novembro de 2025, os olhos do mundo estarão voltados para Belém, no coração da Amazônia, para discutir soluções reais diante da emergência climática. Com o Brasil como anfitrião, o evento simboliza uma nova fase de compromissos, não apenas com a preservação ambiental, mas com a transformação estrutural da forma como produzimos e consumimos energia. COP30: O mundo pede ação e a Huasun Solar responde com energia limpa e responsabilidade desde a origem E é nesse exato ponto que a Huasun Solar se conecta ao espírito da COP30 — com inovação, consciência e impacto real. A empresa vem redefinindo os padrões da indústria fotovoltaica global com a adoção da tecnologia de Heterojunção (HJT), entregando não apenas eficiência energética de ponta, mas também uma das menores pegadas de carbono do setor. Imagen ilustrativa: COP30: O mundo pede ação e a Huasun Solar responde com energia limpa e responsabilidade desde a origem Enquanto tecnologias tradicionais como TOPCon ainda operam com processos industriais complexos e intensivos em energia, a Huasun aposta em um modelo enxuto e sustentável: são apenas quatro etapas de produção, com uso de lâminas de silício mais finas, menor consumo de matéria-prima e temperaturas significativamente reduzidas. O resultado? Emissões de apenas 366,12 gramas de CO₂ por watt produzido, o menor índice já registrado na indústria fotovoltaica. E esse número ainda deve cair: a meta da Huasun é alcançar a marca de 300 g/W em breve. Essa conquista já ganhou reconhecimento internacional. Em 2025, a revista TIME incluiu a Huasun na lista das “Melhores Empresas de Tecnologia Verde do Mundo”, sendo a única representante do setor fotovoltaico. Uma prova de que inovação e consciência ambiental podem, e devem, caminhar juntas. Mas a sustentabilidade não vem sozinha: os módulos da Huasun entregam eficiência de até 26,5% em escala industrial, com recordes laboratoriais chegando a 29,2%. Isso significa mais geração por metro quadrado, maior desempenho em altas temperaturas e baixa degradação ao longo do tempo. É tecnologia pensada para durar e respeitar o planeta desde o primeiro watt. Para investidores de usinas solares, a mensagem é clara: apostar em HJT é garantir retorno econômico com responsabilidade ambiental. É gerar energia limpa de verdade, não só no telhado, mas também na fábrica. Em um setor cada vez mais pressionado por critérios ESG e regulações climáticas, a Huasun oferece uma solução madura, confiável e alinhada com o futuro. A COP30 será palco de discursos sobre descarbonização. A Huasun já é exemplo de ação concreta. Porque o futuro da energia não pode esperar e começa com quem escolhe investir com propósito. COP30: O mundo pede ação e a Huasun Solar responde com energia limpa e responsabilidade desde a origem
- GoodWe aposta em BIPV e redesenha o futuro da energia nas cidades
EnergyChannel embarca para a China para conhecer, com exclusividade, a fábrica que está moldando a nova geração de edifícios inteligentes e sustentáveis. Por Redação EnergyChannel – Especial China Num momento em que as cidades enfrentam os desafios da urbanização acelerada e da descarbonização da matriz energética, surge uma tecnologia que promete transformar a paisagem urbana: o BIPV (Building-Integrated Photovoltaics) — ou, em bom português, sistemas fotovoltaicos integrados à arquitetura. Imagem ilustrativa: GoodWe aposta em BIPV e redesenha o futuro da energia nas cidades Na vanguarda dessa revolução está a GoodWe , uma das gigantes globais em soluções solares inteligentes. E é para entender de perto essa transformação que a equipe do EnergyChannel está de malas prontas rumo à China, onde vai visitar com exclusividade a fábrica de BIPV da GoodWe — um dos polos mais modernos e inovadores do setor. Energia que faz parte do edifício Diferente dos tradicionais sistemas de geração solar, o BIPV propõe uma mudança estrutural: os módulos fotovoltaicos deixam de ser instalados sobre os edifícios e passam a fazer parte da construção — aplicados diretamente em fachadas, telhados, janelas e coberturas. A proposta une design, eficiência energética e funcionalidade , permitindo que edifícios gerem sua própria energia de forma estética, discreta e integrada. Para grandes metrópoles com alta densidade urbana, isso representa um avanço significativo. “O BIPV da GoodWe representa uma fusão entre arquitetura e geração solar, criando soluções que economizam energia e valorizam o espaço urbano”, destaca Ricardo Honório Sanches Perez, jornalista e fundador do EnergyChannel, que lidera a missão à China. 🔍 Muito além do painel solar A unidade fabril que será visitada pelo EnergyChannel é considerada uma das mais avançadas do setor e será palco de uma cobertura completa sobre o desenvolvimento, a tecnologia e a aplicação real do BIPV da GoodWe. GoodWe aposta em BIPV e redesenha o futuro da energia nas cidades A marca, presente em mais de 100 países, tem investido fortemente em pesquisa e desenvolvimento para criar soluções de BIPV com alta durabilidade, eficiência e adaptabilidade arquitetônica. O objetivo é simples: transformar edifícios em geradores de energia limpa , sem comprometer o projeto estético ou estrutural. Transição energética urbana: o próximo passo A visita à fábrica na China é também um reflexo do momento estratégico vivido pelo setor: a busca por novos caminhos além das soluções convencionais . Num cenário de cidades cada vez mais verticalizadas e com pouco espaço disponível para infraestrutura energética tradicional, o BIPV surge como resposta natural — capaz de gerar energia segura, distribuída e resiliente diretamente nos centros urbanos. O que esperar da cobertura exclusiva Durante a missão à China, o EnergyChannel vai documentar em vídeo e em reportagens especiais: Como funciona a linha de produção de BIPV da GoodWe Casos de aplicação real em edifícios inteligentes Entrevistas com engenheiros e executivos da companhia Tendências de integração urbana e sustentabilidade energética A cobertura será publicada em formatos diversos: vídeos, reels, entrevistas e reportagens no portal oficial do EnergyChannel, com foco em inovação, arquitetura solar e soluções energéticas para o futuro urbano. 🔗 Fique ligado no EnergyChannel para acompanhar, em primeira mão, como o BIPV da GoodWe pode transformar o modo como as cidades consomem e geram energia. 👉 www.energychannel.co | O futuro da energia se constrói com informação. GoodWe aposta em BIPV e redesenha o futuro da energia nas cidades
- EnergyChannel Reportagem Especial: Novo Inversor Solis Pode Redefinir o Mercado de Energia Solar no Brasil
No cenário brasileiro de energia solar, a busca por soluções mais flexíveis, eficientes e adaptáveis aos diferentes perfis de consumo ganha um novo capítulo com a chegada do Solis Solarator S6-EH2P(5-8)K02-SV-YD-L. Trata-se de um inversor híbrido de armazenamento de energia que promete atender, com precisão e performance, às particularidades do mercado nacional — e pode, inclusive, acelerar a adoção da energia solar em regiões estratégicas do país. EnergyChannel Reportagem Especial: Novo Inversor Solis Pode Redefinir o Mercado de Energia Solar no Brasil Compatibilidade que amplia possibilidades Um dos grandes diferenciais do modelo está na sua elevada corrente de entrada, o que garante compatibilidade com praticamente todos os módulos fotovoltaicos atualmente disponíveis no mercado. Isso representa uma vantagem direta para distribuidores e integradores, que passam a ter mais liberdade para montar kits personalizados sem ficarem restritos a uma faixa específica de potência dos painéis. Em um mercado dinâmico como o brasileiro, essa flexibilidade logística pode ser determinante para a competitividade. Overload inteligente, sem desperdício Outro destaque técnico é o overload de até 100% , que permite ao sistema absorver uma quantidade significativamente maior de energia solar sem que essa produção extra seja desperdiçada por efeito de clipping — problema comum em inversores on-grid convencionais. Esse desempenho garante maior aproveitamento da geração e contribui para a eficiência geral da planta, especialmente em sistemas híbridos que contam com armazenamento em bateria. Energia para onde o Brasil precisa Projetado com fase dividida e tensão de saída de 127V, mas também atende 220v, o inversor atende diretamente à demanda de consumidores das regiões Sul e Sudeste, onde essa é a tensão predominante. Isso elimina a necessidade de transformadores ou adaptações técnicas, o que simplifica a instalação e reduz os custos para o consumidor final. Autonomia energética com inteligência artificial A integração com plataformas VPP (Virtual Power Plant) e EMS (Energy Management System), aliada à gestão inteligente de carga e descarga com base em tarifas TOU (Time-of-Use), torna o inversor Solis não apenas eficiente, mas estrategicamente inteligente. A lógica embarcada permite maximizar a economia para o usuário final, armazenando energia nos horários de menor custo e utilizando-a quando a tarifa é mais cara. Fácil de instalar e operar A praticidade também foi levada a sério: a tela LCD de 7 polegadas oferece uma interface amigável, e o suporte via aplicativo Bluetooth permite configurações rápidas e intuitivas. O sistema ainda permite expansão com acoplamento CA e conexões paralelas, ideal para projetos residenciais e comerciais que podem evoluir com o tempo. Transformação real no uso da energia Ao combinar armazenamento eficiente, entrega energética em 127V, mas também atende 220v, ampla compatibilidade e gestão inteligente, o novo inversor Solis surge como uma ferramenta essencial para impulsionar o avanço da energia solar distribuída no Brasil. Mais do que um equipamento técnico, ele representa uma mudança de paradigma: é a energia solar pensada para a realidade brasileira — descentralizada, escalável e acessível. Com soluções como essa, a transição energética no Brasil se torna mais prática e inclusiva, abrindo novas oportunidades tanto para profissionais do setor quanto para consumidores que buscam independência energética com tecnologia de ponta. O Solis Solarator não apenas acompanha a revolução solar brasileira — ele promete liderá-la. "O produto será apresentado na próxima semana durante a SNEC e estará disponível no Brasil no segundo semestre." Acompanhe o EnergyChannel para mais análises técnicas, lançamentos e tendências que estão moldando o futuro da energia no Brasil e no mundo. EnergyChannel Reportagem Especial: Novo Inversor Solis Pode Redefinir o Mercado de Energia Solar no Brasil
- Aço USISAC Convert: Valmont aposta em inovação estrutural para avançar em energia solar e infraestrutura urbana
Por Redação EnergyChannel | Inovação em Materiais & Energia Renovável Aço USISAC Convert: Valmont aposta em inovação estrutural para avançar em energia solar e infraestrutura urbana Na corrida por soluções mais sustentáveis , eficientes e de alta durabilidade no setor energético, o material usado nas estruturas tem se tornado protagonista. Um bom exemplo disso é o avanço do aço patinável USISAC Convert , desenvolvido pela Valmont Solar em parceria com a Enel Green Power, Usiminas, Universidade de Roma e Convert Itália. Longe de ser apenas uma escolha estética, trata-se de uma solução de engenharia com impactos reais em desempenho, longevidade e sustentabilidade ambiental. Essa tecnologia é hoje o coração de diversas estruturas aplicadas tanto em infraestrutura urbana quanto em usinas solares de grande porte — e reforça o compromisso da Valmont com inovação, engenharia de ponta e uma transição energética sólida. Resistência que evolui com o tempo O USISAC Convert é a versão própria da Valmont do aço Corten , também conhecido como weathering steel . Sua fórmula química especial — composta por elementos como cobre, cromo e fósforo — permite que o material desenvolva uma *pátina protetora autogerada* quando exposto ao ambiente. Essa camada superficial atua como um escudo contra a corrosão, eliminando a necessidade de galvanização ou pintura anticorrosiva. Além do visual marcante e natural — com tons terrosos que evoluem conforme as condições climáticas — o material oferece: • *Maior vida útil* • *Baixa manutenção* • *Alta performance estrutural em ambientes hostis* • *Redução de 20% na emissão de CO₂ durante o processamento do aço* A tecnologia do aço USICAC Convert segue os mais rigorosos padrões de qualidade, como EN 40-5 e certificações internacionais, garantindo segurança e confiabilidade estrutural. Ambas as opções seguem os mais rigorosos padrões de qualidade, como *EN 40-5* e certificações internacionais, garantindo segurança e confiabilidade estrutural. Aplicação estratégica em usinas solares fotovoltaicas O aço USISAC Convert tem se consolidado como um elemento estratégico para projetos de energia solar — especialmente em locais remotos, com solos desafiadores e variações climáticas extremas. Seu desempenho é comprovado em condições críticas, como as enfrentadas nas usinas brasileiras *Ituverava/Horizonte (350 MW), **Caldeirão Grande 2 (250 MW)* e *Verde Vale III (17 MW)* — esta última, a *primeira no mundo* a utilizar trackers com aço patinável. Benefícios principais para o setor solar: ✅ *Durabilidade superior*: resistência prolongada sem pintura ou galvanização ✅ *Redução de custos operacionais*: menos manutenção e inspeções ✅ *Integração paisagística*: estética natural, ideal para zonas de preservação ✅ *Menor impacto ambiental*: sem resíduos tóxicos e redução significativa de CO₂ ✅ *Segurança estrutural*: estabilidade para módulos, inversores e trackers mesmo em terrenos irregulares Além disso, a fabricação 100% nacional — com parceria sólida com a *Usiminas* — permite à Valmont oferecer *lead times reduzidos, maior controle de qualidade e **preços estáveis* ao longo de todo o ciclo do projeto. Uma trajetória sólida de inovação Com mais de *70 anos de atuação global, a Valmont é uma referência em estruturas para energia, mobilidade e infraestrutura. O lançamento da Valmont Solar , em 2022, consolidou essa expertise em uma marca voltada exclusivamente ao setor fotovoltaico, com resultados expressivos: 📊 *US\$ 4,3 bilhões* em receita anual 👥 *11.000 colaboradores* em mais de *100 países* 🏗️ *84 fábricas* ao redor do mundo ⚡ *5,5 GW* de trackers Convert instalados globalmente ☀️ + de 2 GWp em projetos solares acumulados no Brasil Parcerias estratégicas e presença nacional A Valmont Solar já é fornecedora de grandes players do mercado, como Enel Green Power, Atlas, Engie, Norsk, Raízen, Toyo Setal, Lightsource BP, Ibitu Energia, Enerside, Trinity, Araxá, Evolua, Faro Energy dentre outros players. Sua operação no Brasil se destaca por: • *Produção local e cadeia verticalizada* • *Maior previsibilidade de custos e menos riscos cambiais* • *Capacidade produtiva escalável e estoques regionais* Material do futuro — disponível hoje Com o USISAC Convert, a Valmont não apenas entrega estruturas — entrega soluções completas com engenharia personalizada, durabilidade incomparável e responsabilidade ambiental no centro da proposta. Para o setor de energia solar, trata-se de um salto tecnológico que une desempenho, economia e estética. Um verdadeiro framework para o futuro da infraestrutura energética. A tecnologia do USISAC Convert foi reconhecida internacionalmente e publicada na ABM Week — uma das principais referências da indústria siderúrgica mundial. Aço USISAC Convert: Valmont aposta em inovação estrutural para avançar em energia solar e infraestrutura urbana EnergyChannel | Jornalismo especializado em Energia, Inovação e Sustentabilidade www.energychannel.co Aço USISAC Convert: Valmont aposta em inovação estrutural para avançar em energia solar e infraestrutura urbana
- EnergyChannel Especial: Biomassa e a Transição Energética no Brasil
No atual cenário global, a transição energética é um tema que desperta cada vez mais interesse, especialmente no Brasil, um país rico em recursos naturais. Neste episódio de "O Mundo da Transição Energética", recebemos uma figura proeminente no campo dos biocombustíveis: Plínio Nastari, um especialista renomado com vasta experiência na indústria. EnergyChannel Especial: Biomassa e a Transição Energética no Brasil Ansgar Pinkowski, fundador da Agência Neue Wege, deu início à conversa abordando o avanço do Brasil na transição para fontes de energia mais limpas. O país já se destaca na produção de energia renovável, utilizando abundantes recursos como sol, vento, água e, hoje, um foco especial na biomassa. Durante a entrevista, Nastari elucidou a relevância do etanol, que representa uma alternativa viável à gasolina. Com a substituição de aproximadamente 45% da gasolina brasileira pelo etanol em 2024, o Brasil se posiciona como um exemplo mundial na adoção de biocombustíveis, com estados como São Paulo liderando com quase 60% de substituição. A conversa ainda destacou como o biocombustível brasileiro não apenas combate a poluição, mas também impulsiona a economia e aumenta a segurança energética. Nastari também levantou um ponto crucial: a indústria de biocombustíveis não concorre com a produção de alimentos. Pelo contrário, ela demonstra como a produção sustentável pode coexistir e até mesmo fortalecer a agricultura. Dados apontam que, com a utilização de cana-de-açúcar para etanol, a expansão do agronegócio no Brasil gera empregos e renda, enquanto ajuda a integrar práticas de economia circular. EnergyChannel Especial: Biomassa e a Transição Energética no Brasil Além do etanol, o biogás e biometano emergem como novas frentes de energia renovável. O Brasil, com seu vasto potencial agrícola, promete expandir estas fontes de energia, superando exemplos de países europeus que historicamente dominaram este setor. No entanto, desafios persistem. no inicio Nastari mencionou o impacto do desmatamento e a necessidade de regulamentações rigorosas para garantir práticas agrícolas sustentáveis. Apesar de alguns dados alarmantes, a legislação brasileira demanda uma porcentagem significativa de reservas legais das propriedades rurais, e os agricultores têm interesse direto na preservação ambiental, garantindo recursos hídricos essenciais para a produção. Ao final da entrevista, Nastari enfatizou que a transição energética não é apenas uma questão de tecnologia, mas uma oportunidade para inovar e criar sistemas mais sustentáveis que beneficiem toda a sociedade. Com o Brasil se preparando para ser um pilar fundamental na oferta de soluções energéticas limpas, a conversa deixou claro: o futuro é promissor, e o compromisso com os biocombustíveis deve ser uma prioridade. Na luta contra as mudanças climáticas, o Brasil se coloca como um exemplo a ser seguido, demonstrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental, solidificando sua posição no cenário global de energias renováveis. É um convite a todos os brasileiros para abraçar um futuro mais limpo e sustentável. Sintonizem-se na próxima edição de "O Mundo da Transição Energética" para mais discussões importantes sobre o futuro da energia! EnergyChannel Especial: Biomassa e a Transição Energética no Brasil
- TotalEnergies acelera expansão solar no Reino Unido com aquisição de 435 MW em projetos renováveis
Por Redação EnergyChannel | Energia Renovável e Transição Global A TotalEnergies acaba de dar um passo estratégico para consolidar sua presença no setor elétrico do Reino Unido, com a aquisição de um portfólio de projetos solares e de armazenamento de energia totalizando 435 MW . O pacote adquirido da Low Carbon , uma das principais desenvolvedoras de renováveis da Europa, abrange oito usinas solares (350 MW) e dois sistemas de baterias (85 MW) , todos localizados no sul da Inglaterra. A expectativa é que os empreendimentos entrem em operação até 2028 , com potencial de geração superior a 350 GWh por ano — o suficiente para abastecer cerca de 100 mil residências britânicas com energia limpa e de baixo carbono. TotalEnergies acelera expansão solar no Reino Unido com aquisição de 435 MW em projetos renováveis Transição energética com escala e velocidade A movimentação reforça o posicionamento da TotalEnergies como uma das protagonistas da transição energética europeia. Mais do que adquirir ativos, a companhia fortalece seu portfólio integrado de geração elétrica no Reino Unido, que já inclui: • 🌬️ 1,1 GW em capacidade bruta de eólicas offshore • 🔄 1,3 GW em termelétricas de ciclo combinado a gás • ☀️ Mais de 600 MW em projetos solares em desenvolvimento Com a nova aquisição, o grupo francês amplia significativamente sua capacidade de entrega no mercado britânico, em linha com sua estratégia global de alcançar 100 GW de capacidade renovável instalada até 2030 . Armazenamento: o novo pilar do sistema elétrico Os projetos de baterias de 85 MW incluídos na transação evidenciam a importância crescente da armazenagem de energia na estabilização de redes com alta penetração de renováveis. Sistemas de armazenamento são essenciais para garantir segurança e previsibilidade em um cenário com fontes intermitentes como o sol e o vento. Segundo a TotalEnergies, o foco está em soluções que não apenas gerem, mas também integrem energia renovável de forma inteligente, acompanhando as mudanças estruturais na matriz energética do Reino Unido. Parceria com a Low Carbon: excelência na origem A negociação marca também o fortalecimento da relação entre a TotalEnergies e a Low Carbon , reconhecida por desenvolver infraestrutura renovável com padrões internacionais de qualidade e sustentabilidade. A colaboração entre as empresas reforça o papel de desenvolvedores como peças-chave na aceleração da transição energética — tanto pela agilidade na entrega de projetos quanto pela viabilidade técnica e ambiental das soluções propostas. Uma Europa mais limpa e segura O avanço da TotalEnergies em mercados como o britânico está inserido em um contexto mais amplo: a busca por segurança energética, descarbonização e independência de fontes fósseis . Com desafios como a crise climática e a geopolítica do gás, iniciativas como essa demonstram que grandes players globais têm papel ativo na construção de sistemas mais resilientes e sustentáveis. 📈 Siga o EnergyChannel para cobertura contínua da transição energética no Reino Unido, Europa e América Latina — da inovação em tecnologias ao impacto na vida das pessoas. Energia limpa, informação com profundidade. www.energychannel.co TotalEnergies acelera expansão solar no Reino Unido com aquisição de 435 MW em projetos renováveis
- Brasil amplia capacidade energética com entrada em operação da maior termelétrica a gás do país, no Rio de Janeiro
Por Redação EnergyChannel | Geração de Energia e Infraestrutura Nacional A matriz elétrica brasileira acaba de ganhar um novo marco. Com potência instalada de 1,7 gigawatt (GW) , entrou em operação no Rio de Janeiro a maior usina termelétrica a gás natural do Brasil . O empreendimento representa um avanço significativo para a diversificação da oferta de energia firme no país e reforça o papel estratégico do gás natural na segurança do sistema elétrico nacional. Imagem, ilustrativa: Brasil amplia capacidade energética com entrada em operação da maior termelétrica a gás do país, no Rio de Janeiro O projeto, que exigiu investimentos superiores a R$ 7 bilhões , está situado em uma região de alta demanda energética e foi desenvolvido com foco em confiabilidade, eficiência e impacto positivo na economia local. Durante as fases de construção e comissionamento, foram gerados mais de 10 mil empregos diretos e indiretos , fomentando a cadeia produtiva de bens, serviços e engenharia. Capacidade que equivale a 8% da carga do Sudeste em horário de pico Com seus 1.700 MW de capacidade instalada, a nova termelétrica tem potencial para abastecer cerca de 8 milhões de habitantes . Na prática, isso significa suprir até 8% da carga elétrica da região Sudeste nos momentos de maior demanda. A usina entra em operação em um cenário estratégico: o Brasil tem enfrentado a necessidade de reforçar sua geração firme, especialmente em períodos de estiagem, quando o despacho hidrelétrico se torna limitado. Nesse contexto, o gás natural se consolida como um vetor de transição energética ao oferecer estabilidade ao sistema e maior previsibilidade na geração. Integração com o sistema de gás e eficiência operacional O projeto foi concebido para operar com alto nível de eficiência térmica, utilizando tecnologias avançadas de ciclo combinado — modelo em que o calor residual da turbina a gás é aproveitado para gerar vapor e acionar uma turbina a vapor adicional, maximizando a produção de energia. Além disso, a planta está conectada a uma infraestrutura logística estratégica, com acesso direto à malha de gás natural, garantindo suprimento confiável e competitividade na operação. A integração com o Sistema Interligado Nacional (SIN) já está em pleno funcionamento, permitindo a injeção da energia gerada diretamente nos pontos de maior consumo. Geração térmica em contexto de transição Embora o foco das políticas energéticas esteja cada vez mais voltado às fontes renováveis, o Brasil ainda depende de uma base térmica robusta para garantir estabilidade — especialmente em um país de dimensões continentais e com sazonalidades hídricas marcantes. A entrada em operação desta usina a gás não apenas fortalece o sistema, como também ilustra uma visão de transição realista: equilibrar renováveis com fontes de apoio confiáveis , aproveitando a infraestrutura existente e promovendo investimentos com responsabilidade ambiental. O desafio da descarbonização com segurança energética O projeto inclui mecanismos de controle ambiental e emissão, e é parte de uma agenda mais ampla que visa à modernização do parque gerador nacional com menor intensidade de carbono . O gás natural, nesse processo, cumpre um papel relevante como combustível de menor emissão em comparação ao óleo combustível ou carvão. Com a operação da nova usina, o Brasil reforça a capacidade de resposta a eventos climáticos extremos e amplia sua flexibilidade operacional — condição fundamental em um setor onde confiabilidade e sustentabilidade precisam andar juntas. 🔎 EnergyChannel acompanha de perto os principais movimentos do setor elétrico brasileiro — da geração à transição energética. Siga nossa cobertura completa em: www.energychannel.co Energia em Perspectiva. Informação com Propósito. Brasil amplia capacidade energética com entrada em operação da maior termelétrica a gás do país, no Rio de Janeiro
- Crise entre gigantes da energia: CATL processa Powin e empresa dos EUA pode encerrar operações
Por Redação EnergyChannel | Atualizado em 2 de junho de 2025 A relação entre duas protagonistas do setor global de armazenamento de energia entrou em colapso. A CATL , líder mundial na produção de baterias de íons de lítio, acionou judicialmente a integradora norte-americana Powin por uma dívida que ultrapassa os US$ 44 milhões . A ação judicial, movida no Tribunal do Circuito do Oregon (EUA), expõe um conflito que ameaça não apenas o futuro da parceria entre as empresas, mas também a continuidade das operações da Powin. Créditos: imagem CATL Além da disputa contratual, a companhia americana notificou autoridades locais que pode encerrar suas atividades até o fim de julho , com impacto direto sobre 250 funcionários. A combinação de inadimplência, desaceleração comercial e desafios regulatórios coloca a Powin no centro de uma crise que reflete um momento de alta tensão para o setor de armazenamento energético nos Estados Unidos. Do fornecimento ao conflito: entenda o que levou à disputa De acordo com documentos judiciais obtidos por EnergyChannel, a CATL afirma ter fornecido remessas de células de bateria à Powin entre 2022 e 2023, por meio da subsidiária chinesa da integradora, Yangzhou Finway Energy Tech Co. Parte significativa dos lotes foi entregue sem que os valores combinados fossem pagos integralmente. Em 2023, após atrasos nos repasses referentes ao fornecimento anterior, as partes firmaram um termo de compromisso. A Powin reconheceu uma dívida de US$ 12,5 milhões e prometeu quitá-la até outubro daquele ano. No entanto, segundo a CATL, os pagamentos não foram honrados. Mesmo assim, uma nova remessa foi enviada — desta vez com um depósito de apenas 10%, deixando outros US$ 29,7 milhões em aberto. O total acumulado, segundo a CATL, chega a 310 milhões de yuans , o equivalente a US$ 44,3 milhões . Diante da falta de resposta por parte da Powin, a fabricante chinesa acionou também o mecanismo de arbitragem internacional previsto em contrato, com sede em Hong Kong. Sede ameaçada: Powin pode encerrar atividades em julho Em um movimento dramático e inesperado, a Powin notificou autoridades estaduais e municipais do Oregon sobre a possibilidade de fechar as portas até o dia 28 de julho de 2025 , caso “as atuais circunstâncias comerciais não melhorem”. A comunicação, assinada pelo vice-presidente de RH da empresa, Scott Getman, prevê a demissão permanente de 250 funcionários , incluindo executivos de alto escalão. A notificação atende à Lei WARN do estado, que obriga empresas com mais de 100 empregados a informar com 60 dias de antecedência sobre demissões em massa ou encerramento de atividades. CATL quer bloquear ativos da Powin nos EUA Além da queixa no tribunal de Oregon, a CATL solicita penhora preventiva de bens da Powin em território americano, incluindo estoques de baterias e imóveis vinculados à empresa. A fabricante alega que a Powin estaria dissolvendo sua estrutura na China , abandonando endereços e dificultando o rastreamento de ativos — o que pode configurar tentativa de esvaziamento patrimonial. Esse tipo de movimento é considerado alarmante para investidores e fornecedores, pois levanta dúvidas sobre a saúde financeira e a estabilidade jurídica da integradora. Powin: de destaque global à incerteza Fundada nos EUA, a Powin alcançou projeção global com sua solução modular Powin Pod — sistemas BESS refrigerados a líquido com até 6,26 MWh de capacidade, encapsulados em contêineres de 20 pés. A empresa já forneceu mais de 11 GWh em projetos operacionais e trabalha atualmente em outros 6 GWh em construção. Em 2023, levantou US$ 200 milhões em crédito com a gestora de investimentos KKR , sinalizando ambições de crescimento. Contudo, “circunstâncias comerciais imprevistas” — conforme descrito pela empresa — teriam comprometido seus planos. A disputa com a CATL pode ter sido o estopim de um cenário já pressionado por custos, mudanças regulatórias e incertezas nas políticas industriais dos EUA. Um mercado em alerta Enquanto a Powin recua, a CATL avança com sua linha de sistemas BESS em larga escala, como o TENER , que promete zero degradação nos primeiros cinco anos de operação. A empresa também abastece montadoras e operadores de infraestrutura energética globalmente, consolidando-se como uma fornecedora estratégica. Por outro lado, a instabilidade da Powin acende o sinal de alerta em um setor que exige alta confiabilidade para projetos críticos. Em meio a mudanças nas tarifas de importação e discussões sobre incentivos federais, o mercado de armazenamento de energia dos EUA vive uma fase de vulnerabilidade regulatória e competitiva . O que esperar? A possível saída da Powin do mercado pode gerar um efeito dominó em contratos, entregas e investimentos . Provedores de infraestrutura, governos estaduais e operadores de rede devem acompanhar de perto os desdobramentos judiciais e corporativos nos próximos meses. A arbitragem em Hong Kong e a decisão da justiça norte-americana sobre o bloqueio de ativos serão peças-chave para o futuro da empresa — e um marco nas relações entre fabricantes asiáticos e integradores ocidentais. EnergyChannel segue acompanhando o caso de perto. Para atualizações em tempo real e análises exclusivas, siga nossos canais Crise entre gigantes da energia: CATL processa Powin e empresa dos EUA pode encerrar operações












