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- Com flexibilidade e monitoramento individualizado, microinversores são uma opção eficiente para quem busca ter energia solar
Microinversores Com flexibilidade e monitoramento individualizado, microinversores são uma opção eficiente para quem busca ter energia solar Com flexibilidade e monitoramento individualizado, microinversores são uma opção eficiente para quem busca ter energia solar Por Simone Cesário - Assessoria de Imprensa da SolaX Power A integração simplificada com sistemas de armazenamento e sua eficiência na produção de energia solar são alguns fatores que fazem com que os microinversores sejam uma opção viável para quem busca ter sistemas de energia solar em residências e pequenos negócios.Vale ressaltar que a principal diferença dos microinversores para os inversores convencionais está na instalação e seu funcionamento. Nos sistemas convencionais, um único inversor é instalado para vários painéis solares e, no caso dos microinversores, são instalados em grupos de 2 ou 4 painéis, com entradas individuais. Essa característica permite que cada painel funcione de forma independente e potencializa a eficiência na produção de energia solar. “Cada painel solar é conectado a uma única entrada do microinversor e isso permite que cada painel opere em seu ponto de máxima potência (MPP) independentemente do desempenho dos demais - assim, proporcionam mais eficiência ao sistema” , explica o engenheiro Marcelo Niendicker. Com flexibilidade e monitoramento individualizado, microinversores são uma opção eficiente para quem busca ter energia solar Além disso, possui mais flexibilidade, pois é fácil expandir o sistema adicionando mais painéis com seus respectivos microinversores, que suportam diferentes tamanhos e potências de módulos, o que possibilita combinações variadas. “ Também é possível o monitoramento individualizado dos microinversores. Dessa forma, o monitoramento do desempenho de cada painel solar de forma independente facilita a detecção de problemas e manutenção ”. Com uma expertise de mais uma década no segmento de inversores híbridos, a SolaX Power expandiu seu portfólio com os microinversores. No mercado brasileiro, a empresa oferece três modelos: X1-Micro 1200 (dois módulos), X1-Micro 2000 (quatro módulos) e X1-Micro 2200 (quatro módulos) . Niendicker destaca que, dentre os diferenciais desses modelos está a compatibilidade com os mais recentes módulos fotovoltaicos de alta potência, o que garante eficiência máxima na conversão de energia. Além disso, incorporam tecnologias de comunicação avançadas, incluindo Wi-Fi, o que proporciona flexibilidade na conectividade e facilidade no monitoramento e controle do sistema. Os microinversores da SolaX também são totalmente compatíveis com os inversores híbridos da SolaX Os microinversores da SolaX também são totalmente compatíveis com os inversores híbridos da SolaX e podem ser integrados a sistemas acoplados, o que permite configurações versáteis, como microrredes e soluções de armazenamento de energia. Importante salientar que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou, em 2024, alterações à Resolução Normativa nº 1.000/2021, e, entre os destaques, a aprovação da modalidade de fast track, que dispensa os estudos de inversão de fluxo a pedido do consumidor, caso a conexão de microgeração distribuída seja utilizada apenas para compensação na própria unidade consumidora, com potência instalada igual ou inferior a 7,5 kW. “Os clientes têm destacado o desempenho de um dos microinversores da SolaX, o X1-Micro 1800, como um modelo que se adequa muito bem nos casos de aplicação da regulamentação conhecida como Fast Track”, explica Niendicker. Além disso, há outros importantes diferenciais nesses produtos que facilitam a vida dos integradores no momento de executar o projeto. Um desses principais diferenciais é o monitoramento, já que não é necessária nenhuma ferramenta externa para fazer a comunicação dos microinversores com o servidor da plataforma de monitoramento, pois já possuem a comunicação interna via wi-fi. Outro diferencial é a corrente alta para entrada dos módulos fotovoltaicos, o que permite trabalhar com qualquer modulo fotovoltaico, além de operarem em tensões mais baixas, o que reduz riscos elétricos. E novidades virão por aí nos modelos de microinversores da SolaX. “O queridinho do mercado brasileiro é o modelo com 4 entradas e 4 MPPTs, potência de 2.000 Watts, o qual, em breve, traremos novidade com outras potências”, adianta o diretor-executivo da SolaX Power no Brasil, Gilberto Camargos . Sobre a SolaX Power - Multinacional fundada em 2012 com sede em Hangzhou, na China, e filiais em vários países, incluindo Holanda, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Japão e EUA. Com mais de 2 mil funcionários em todo o mundo, a empresa é reconhecida por sua atuação nas áreas de pesquisa e desenvolvimento: são mais de 100 patentes internacionais e mais de 500 certificações de mercado. Os microinversores da SolaX também são totalmente compatíveis com os inversores híbridos da SolaX Com flexibilidade e monitoramento individualizado, microinversores são uma opção eficiente para quem busca ter energia solar
- Futuro Energético da Austrália: Eleições de 2025 Marcam Nova Era de Sustentabilidade e Inovação
Por: 张金辉 Data: 4 de maio de 2025 A eleição federal de 2025 na Austrália trouxe uma notícia empolgante: o primeiro-ministro Anthony Albanese e seu Partido Trabalhista garantiram um segundo mandato, conquistando uma maioria expressiva de 85 cadeiras na Câmara dos Deputados. Este resultado marca um momento decisivo para o futuro energético do país, colocando a energia renovável e o crescimento sustentável na linha de frente do desenvolvimento nacional. from AI Por que isso importa? A paisagem energética australiana está em uma encruzilhada crucial. Sob a pressão do clima global, tecnologias como solar, eólica, armazenamento de baterias e hidrogênio emergem como motores essenciais para transformar a economia e o meio ambiente do país. As políticas do Partido Trabalhista visam não apenas reduzir as emissões, mas também criar um ambiente de prosperidade acessível a todos os cidadãos, de áreas urbanas a comunidades rurais, redefinindo o modo como os australianos vivem e trabalham. O Plano Energético: Destaques principais A plataforma do Partido Trabalhista para 2025 apresenta uma agenda ambiciosa e clara: - Crescimento acelerado de energias renováveis: com o esquema de investimentos em capacidade (CIS), o governo pretende impulsionar projetos de solar, eólica e baterias, gerando empregos e atraindo investimentos. - Redução de custos de energia: redução de 30% no preço das baterias residenciais e um subsídio trimestral de A$75 na conta de luz, aliviando o custo de vida enquanto incentiva a adoção de energias limpas. - Inovação tecnológica: apoio ao desenvolvimento de hidrogênio, armazenamento avançado e tecnologias de redes inteligentes, posicionando a Austrália como líder mundial na transição energética. - Modernização da rede elétrica: investimentos em infraestrutura de transmissão para garantir uma integração estável das energias renováveis. Estas políticas refletem a fome da Austrália por um futuro sustentável, alinhando crescimento econômico com responsabilidade ambiental. Liderança global e impacto internacional A vitória não é apenas uma conquista local – ela estabelece um novo padrão para a liderança sustentável globalmente. Demonstrando que crescimento econômico e preservação ambiental podem caminhar juntos, a Austrália se prepara para se tornar uma potência em energias renováveis, atraindo investimentos internacionais e inspirando outros países a acelerarem suas próprias transições. Transformação do setor energético por segmento Transformação do setor energético por segmento Tendências de mercado a serem observadas: - Crescimento recorde na instalação de solar e eólica, impulsionado por políticas de incentivo; - Demanda crescente por baterias residenciais e industriais com a queda de custos; - O potencial do hidrogênio para se tornar uma economia de liderança global em um horizonte de médio prazo; - Modernização da infraestrutura de redes inteligentes, promovendo inovação tecnológica e projetos de engenharia. Chamada para profissionais de energia Para engenheiros, formuladores de políticas e líderes empresariais, esta é uma oportunidade única. Invistam em capacitação, inovem em tecnologias emergentes e colaborem para transformar o potencial energético da Austrália em realidade. Juntos, podemos construir um futuro mais limpo, próspero e liderar a revolução global das energias renováveis! Futuro Energético da Austrália: Eleições de 2025 Marcam Nova Era de Sustentabilidade e Inovação
- A relação entre inovação e regulação
Por Frederico Boschin Costuma-se dizer que a tecnologia vem antes da regulação. Ou seja, sempre teremos o agente regulador correndo atrás da tecnologia na formulação de normas técnicas do setor elétrico, mas também na regulamentação e parametrização de novas tecnologia. Essa dinâmica e velocidade diz muito sobre o avanço da inovação em um país. No caso brasileiro, ainda estamos fortemente ligados a um passado formador do nosso sistema elétrico e que tem sido tema recorrente nesta coluna, ou seja, centralizado e unidirecional. A relação entre inovação e regulação. A premissa fundamental na formação do nosso Sistema Interligado Nacional (SIN) é a geração de energia e operação de forma centralizada (feita pelo ONS – Operador Nacional do Sistema) com preços formados por modelos matemáticos que consideram, predominantemente, o regime de chuvas e nossa capacidade de acumulação de água. Neste sentido, a governança centralizada e a formação de preços feita por médias semanais (ou mensais) de previsões de geração e que não refletem as particularidades diárias e horárias de oferta e demanda de energia, inibem em certa medida a implementação de algumas tecnologias já existentes de digitalização e eficientização do setor. Os sinais econômicos seriam mais claros para geradores e consumidores e a amplitude de informações seria maior. A relação entre inovação e regulação. Por razões estruturais, que vão desde a avaliação de risco de suprimento (posto que a geração é centralizada e fortemente hidráulica) e impossibilidade de contratações em volumes diários de energia, o mercado brasileiro de energia encontra-se estagnado em investimentos e com aversão a inovações. O reflexo disso é uma baixa capacidade de inovação e assimilação de novos conceitos alinhados com tendencias tecnológicas hoje predominantes mundialmente: digitalização e descentralização. Novas tecnologias (energia solar, baterias e veículos elétricos) batem todo dia a porta de consumidores interessados em redução do custo de energia e maior controle sobre seu consumo (e geração de energia). Somos hoje um país com imensas potencialidades na inovação para o setor elétrico. A relação entre inovação e regulação. A Consulta Pública ANEEL nº 7/2025 surge em um momento crucial para o setor elétrico brasileiro, com propostas que podem impactar profundamente o mercado e abrir caminho para inovações importantes (e necessárias) no setor. O objetivo principal é dinamizar o ambiente de negócios atual, em que a falta de clareza e regulação gera insegurança no mercado. São inúmeras as áreas que podem se beneficiar dessa discussão. Vejamos. A referida consulta abre espaço para o Open Energy (já tratado nesta coluna), que permitirá ao consumidor acessar e compartilhar seus dados, com consentimento, com agentes do mercado. Como a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD (Lei 13.709/2018), exige transparência no compartilhamento de dados, mas a REN 1.000/2021 não tem regras claras sobre como esses dados devem ser compartilhados no setor elétrico. As propostas incluem a criação de Comitê Gestor do Open Energy (COGE) para gerenciar o compartilhamento de dados no setor elétrico e o uso de interfaces de programação de aplicativos (APIs) padronizadas para garantir que os dados possam ser compartilhados de forma segura e eficiente entre os sistemas. A proposta inclui também a criação de fatura única de energia com uma estrutura única, simplificando a compreensão e garantindo transparência no pagamento da fatura de energia com o detalhamento de custos regulatórios, tarifas e tributações. As faturas deverão especificar claramente os custos envolvidos, proporcionando maior visibilidade para o consumidor. A relação entre inovação e regulação. Estes avanços pretendidos abrem espaço para inovações importantes em aplicações para (i) novos modelos de formação e (ii) monitoramento de preços de energia, (iii) gestão de faturas de energia, (iv) gestão de geradores e (v) avaliação de riscos operacionais (curtailment), além de oportunidades em diversas outras áreas com a abertura e incentivo a Implementação de sandboxes regulatórios, que são ambientes de testes para novas tecnologias e metodologias, permitindo ajustes e aperfeiçoamentos antes de sua implementação ampla. Por Frederico Boschin Diretor Executivo da Noale Energia e Sócio na Ferrari Boschin Advogados. Possui 20 anos de experiência em projetos de energia nos Mercados Regulado (ACR), Livre (ACL) e Geração Distribuída. É Conselheiro da ABGD, Membro do Conselho de Infraestrutura da FIERGS, Conselheiro Fiscal e Diretor de Energia Solar do SindienergiaRS e Professor da PUC/RS e PUC/MG. Bacharel em Direito (UFRGS), MBA em Gestão Empresarial (FGV/RS), Mestre em Direito Econômico (Universidade de Lisboa), Especialista em Energias Renováveis (PUC/RS) e Especialista em Regulação do Setor Elétrico (UFRJ). A relação entre inovação e regulação.
- Ministro anuncia que portaria para leilão de baterias de armazenamento deve ser divulgada em breve
Em uma sinalização importante para o avanço do armazenamento de energia no Brasil, o ministro de Minas e Energia confirmou nesta semana que a portaria que regulamenta o tão aguardado leilão de baterias de grande porte está prestes a ser publicada. A medida é vista como um passo estratégico para ampliar a capacidade de armazenamento nacional, impulsionar o setor de energias renováveis e fortalecer a segurança energética do país. Ministro anuncia que portaria para leilão de baterias de armazenamento deve ser divulgada em breve Durante evento setorial, o ministro destacou que o documento está na fase final de elaboração e deve ser divulgado nas próximas semanas. “ Estamos afinando os detalhes finais para garantir um marco regulatório mais dinâmico, transparente e atrativo para investidores, além de estimular a expansão das soluções de armazenamento de energia no Brasil ”, afirmou. A iniciativa visa promover a competitividade e reduzir custos na implementação de grandes projetos de armazenamento, essenciais para viabilizar a integração de fontes intermitentes como solar e eólica à matriz energética nacional. A expectativa é que o leilão atraia investimentos privados e internacionais, gerando empregos e fortalecendo a cadeia produtiva de baterias, que atualmente enfrenta desafios relacionados à produção e logística. Especialistas apontam que a publicação dessa portaria pode transformar o cenário energético brasileiro, facilitando a implementação de sistemas de armazenamento de alta capacidade, essenciais para garantir maior estabilidade e flexibilidade à rede elétrica. Além disso, ela abre possibilidade de financiar projetos com foco em tecnologias sustentáveis e de ponta, alinhados às metas de redução de emissões do país. Apesar do entusiasmo, há também a necessidade de atenção a temas críticos, como o fornecimento de matérias-primas, a sustentabilidade na fabricação das baterias e a gestão de resíduos. Experts alertam que, para que o potencial dessas tecnologias seja plenamente aproveitado, é fundamental que o marco regulatório seja acompanhado de políticas de incentivo, pesquisa e inovação que promovam uma cadeia de valor limpa e responsável. A expectativa é de que, ao serem formalizados, esses mecanismos reforcem a competitividade do Brasil no mercado global de armazenamento de energia, ampliando o uso de fontes renováveis, garantindo maior estabilidade do sistema e contribuindo para um futuro energético mais sustentável. Ficamos atentos às próximas movimentações do governo, que prometem abrir uma nova frente de oportunidades e desafios para o setor energético brasileiro. Ministro anuncia que portaria para leilão de baterias de armazenamento deve ser divulgada em breve
- Parceria entre Ministério de Minas e Energia e Rosatom levanta questionamentos sobre os riscos da energia nuclear no Brasil
Recentemente, o Governo Federal anunciou a assinatura de um acordo de cooperação com a estatal russa Rosatom, com o objetivo de impulsionar a expansão da energia nuclear no Brasil. A iniciativa, que promete modernizar e ampliar a matriz energética brasileira com tecnologia de ponta, também desperta uma série de questionamentos sobre os riscos associados a essa fonte de energia, especialmente em um país que possui alternativas sustentáveis e menos arriscadas. Parceria entre Ministério de Minas e Energia e Rosatom levanta questionamentos sobre os riscos da energia nuclear no Brasil Seja para quem defende a tecnologia, ou para aqueles preocupados com os desafios, as questões permanecem: qual o real custo-benefício de apostar na energia nuclear, diante dos inúmeros riscos já identificados globalmente? Afinal, o que aprendemos até hoje sobre os acidentes com usinas nucleares, vazamentos de radiação e problemas de segurança que, apesar de controlados na maioria das vezes, ilustram os percalços de uma tecnologia potencialmente perigosa? Riscos ambientais e de segurança nuclear A história registra acidentes graves em usinas nucleares, como Chernobyl, Fukushima e Three Mile Island, que evidenciam os riscos de vazamentos radioativos com consequências devastadoras para o meio ambiente e a saúde pública. Para se proteger contra acidentes, o Brasil precisaria investir bilhões em sistemas de segurança avançados, além de garantir o gerenciamento de resíduos altamente perigosos por décadas, uma tarefa complexa e com riscos de contaminação permanente. Embora o acordo preveja o desenvolvimento de tecnologias mais seguras, a realidade mostra que imprevistos sempre existem, e que um desastre nuclear poderia afetar milhões de brasileiros, especialmente em regiões próximas às futuras usinas. A questão é: o custo de uma possível acidente vale o risco que estamos dispostos a correr? Corrupção, obras superfaturadas e insegurança na gestão Outro ponto preocupante é o histórico brasileiro de obras públicas mal administradas, com desvios de recursos, superfaturamentos e obras paralisadas. Grandes projetos como hidrelétricas e linhas de transmissão estão frequentemente marcados por escândalos e má gestão. A construção de usinas nucleares não estaria imune a esses problemas? A centralização de recursos em grandes obras de infraestrutura aumenta o risco de corrupção e desvio de valores. Essa tendência já é vista em outros projetos de enorme porte no setor de energia, levantando dúvidas sobre se o Brasil realmente está preparado para garantir transparência, fiscalização rígida e eficiência na execução dessas obras de alta complexidade e custo. A questão da sustentabilidade e alternativas renováveis Com toda a sua potencialidade, a energia nuclear também levanta questões sobre sustentabilidade e sua compatibilidade com o cenário de crescente adoção de fontes renováveis, como solar e eólica. Em um país com abundância de recursos solares e eólicos, será que não seria mais inteligente investir de forma mais robusta nessas fontes, que apresentam menor risco ambiental, menor perigo de acidentes e maior potencial de descentralização? Por que continuar apostando em uma tecnologia que requer controles rigorosos, gera resíduos radioativos de difícil tratamento e está sujeita a crises internacionais, como a dependência da Rússia neste momento? Além disso, o risco de queda de braços políticos, sob suspeitas de interesses econômicos e políticos por trás de grandes obras, não deveria ser mais uma preocupação dos brasileiros? Descentralização e geração distribuída: o caminho para um Brasil mais seguro? Outra reflexão importante é sobre o modelo de geração de energia no país. Por que não priorizar uma estratégia de descentralização? A expansão de redes menores, mais independentes, com geração distribuída em residências e pequenas empresas, poderia reduzir perdas de transmissão, aumentar a segurança e democratizar o acesso à energia. Assim, o Brasil poderia evitar a concentração de poder e de riscos em uma fonte centralizada, como a nuclear. Conclusão: vale a pena apostar na energia nuclear? Com tantas opções renováveis à disposição, o Brasil precisa refletir se investir em energia nuclear é, de fato, o caminho mais seguro, sustentável e eficiente para garantir seu futuro energético. Além dos riscos ambientais, de segurança e de corrupção já destacados, o próprio cenário internacional demonstra que a tecnologia nuclear exige um controle rigoroso, recursos elevados e uma gestão transparente — elementos que muitas vezes escorregam na prática. Diante de uma crise climática global, de avanços em energia limpa e de um crescente debate sobre a segurança, a autonomia e a sustentabilidade, será que o Brasil não deveria priorizar alternativas mais simples, baratas e seguras? Ou estamos apenas apostando em uma tecnologia que, por mais moderna e tecnologicamente avançada que seja, ainda carrega perigos que podem colocar em risco o futuro do próprio país? Perguntas que não podem ficar sem resposta. Participe, deixe seus comentários, o que você acha sobre isso? Parceria entre Ministério de Minas e Energia e Rosatom levanta questionamentos sobre os riscos da energia nuclear no Brasil
- CATL Revoluciona o Mercado de Armazenamento com Sistema de 9 MWh e Tecnologia de Ponta
A liderança da CATL no setor de energia renovável ficou ainda mais evidente nesta semana, ao anunciar a chegada de uma verdadeira inovação no campo de sistemas de armazenamento: o TENER Stack, a maior solução de BESS de ultra-alta capacidade já apresentada no mercado global. Revelado na feira ees Europe 2025, o sistema elevou o padrão de eficiência, densidade e praticidade no armazenamento de energia. CATL Revoluciona o Mercado de Armazenamento com Sistema de 9 MWh e Tecnologia de Ponta “ Estamos na linha de frente da transformação energética mundial ”, afirma Amanda Xu, CTO da ESS e presidente da CATL Europe, destacando que o TENER Stack é um avanço que promete redefinir o cenário de armazenamento. Com uma combinação de alta densidade, design compacto e instalação mais simples, o sistema responde às demandas crescentes por soluções mais eficientes e acessíveis. A tecnologia incorpora células de alta energia, oferecendo uma degradação zero por até cinco anos. Visando otimizar o uso do espaço, o sistema alcança uma capacidade interna de até 9 MWh, com uma melhora de 45% na ocupação volumétrica — um salto de 50% em relação aos tradicionais sistemas de contêiner de 20 pés. A inovação permite que grandes volumes de energia sejam armazenados em unidade muito menores, facilitando projetos de maior escala e menor impacto ambiental. CATL Revoluciona o Mercado de Armazenamento com Sistema de 9 MWh e Tecnologia de Ponta Outro destaque do TENER Stack é sua compatibilidade avançada com arquiteturas de sistemas de conversão de energia (PCS), suportando tanto configurações centralizadas quanto em string, oferecendo maior flexibilidade para diferentes aplicações na rede elétrica. Essa versatilidade garante integração perfeita com equipamentos convencionais de corrente alternada e amplia as possibilidades de uso em diferentes contextos de rede. Segundo os especialistas, a eficiência espacial do sistema traz benefícios econômicos consideráveis: a implantação de 800 MWh de armazenamento demanda cerca de 30% menos contêineres do que sistemas tradicionais de 6 MWh, reduzindo custos de instalação, operação e uso do solo em até 20%. Além disso, a redução do número de unidades PCS e a diminuição de custos ocultos representam um avanço estratégico para projetos de grande escala. CATL Revoluciona o Mercado de Armazenamento com Sistema de 9 MWh e Tecnologia de Ponta Na lógica do transporte, o TENER Stack apresenta uma inovação que promete transformar a logística global de armazenamento: o projeto “dois em um”, que utiliza unidades de meia altura compatíveis com o limite de peso de 36 toneladas vigente em muitos países. Essa estratégia facilita o transporte, reduzindo em até 35% os custos e tempos de espera relacionados a cargas especiais, ao mesmo tempo em que torna as operações mais seguras e ágeis. Segurança é prioridade na nova solução da CATL. Com uso da química LFP, a bateria apresenta sensores de gás com sensibilidade 40% maior, acionando sistemas de supressão de incêndio 35% mais rápidos. O sistema possui isolamento de camada tripla, garantindo resistência ao fogo por até duas horas, além de atender aos rigorosos padrões sísmicos IEEE693, resistindo a terremotos de até magnitude 9, e furacões de categoria 5. Ainda, seu sistema de gerenciamento térmico suspenso minimiza a radiação térmica, reduz custos de manutenção e emissão de ruído, mantendo o nível de conforto operacional em ambientes urbanos. “Habilitamos uma solução que combina flexibilidade, segurança e inovação para transformar a energia do amanhã”, afirma Hank Zhao, CTO da ESS Europe na CATL. “O TENER Stack não representa apenas uma tecnologia — é uma plataforma confiável e acessível que pode ampliar o acesso a energia limpa em escala global. E o melhor: cada avanço em densidade energética abre espaço para uma nova fronteira de possibilidades.” O anúncio da CATL reforça sua posição de destaque no mercado de armazenamento de energia, liderando uma revolução que visa tornar o futuro energético mais sustentável, inteligente e acessível. CATL Revoluciona o Mercado de Armazenamento com Sistema de 9 MWh e Tecnologia de Ponta
- Huasun fecha parceria exclusiva com a Next2Sun para projetos de energia solar vertical bifacial na Europa
A Huasun Energy, maior fabricante mundial de produtos solares com tecnologia heterojunction (HJT), acaba de anunciar uma parceria estratégica exclusiva com a alemã Next2Sun para atuação no mercado europeu. O acordo foi oficializado durante a Intersolar Europe 2025 e marca um passo importante para a expansão das aplicações verticais em energia fotovoltaica. Huasun fecha parceria exclusiva com a Next2Sun para projetos de energia solar vertical bifacial na Europa Referência global em inovação, a Next2Sun é pioneira na tecnologia de sistemas solares verticais bifaciais e na área de agrivoltaica. A sinergia entre as duas empresas é evidente: ambas compartilham o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o avanço tecnológico no setor de energia. A união entre os módulos de altíssima bifacialidade da Série Kunlun da Huasun e o design exclusivo dos sistemas da Next2Sun já está gerando frutos com diversos projetos em andamento pela Europa. Os sistemas solares verticais se destacam por otimizar o uso do solo, sendo ideais para integração com áreas agrícolas, infraestrutura e corredores de transporte. Com um perfil de geração que se alinha aos picos de consumo da manhã e do fim da tarde, essa solução se mostra altamente eficiente e compatível com as necessidades da rede elétrica. Huasun fecha parceria exclusiva com a Next2Sun para projetos de energia solar vertical bifacial na Europa Graças à bifacialidade próxima de 100%, a tecnologia HJT da Huasun é perfeita para esse tipo de aplicação. Seus diferenciais — como filmes de conversão de luz bifacial, vidros com revestimento antirreflexo e design otimizado da caixa de junção — garantem desempenho superior. Em regiões como Munique, na Alemanha, esses recursos resultam em um retorno estimado (IRR) de 15,1% para projetos verticais, tornando-os altamente atrativos para investidores. A versátil Série Kunlun foi projetada para atender a diversas demandas globais, oferecendo modelos G12-132 e G12R-132 otimizados para instalações em orientação vertical, além dos modelos G12R-120 e G12R-108 — disponíveis com ou sem moldura — ideais para sistemas montados na horizontal. Huasun fecha parceria exclusiva com a Next2Sun para projetos de energia solar vertical bifacial na Europa Para Heiko Hildebrandt, CEO da Next2Sun, a parceria é promissora: “A união de duas líderes tecnológicas — a Huasun com seus módulos HJT de última geração e a Next2Sun com sua expertise em sistemas verticais — nos permitiu desenvolver o módulo ideal para essa aplicação. Estamos entregando tecnologia de ponta para uma geração solar mais inteligente e em sintonia com os novos tempos.” Terence Xing, Vice-presidente da Huasun Energy, também celebrou a parceria: “Vemos um enorme potencial na energia solar bifacial vertical. Como pioneiros em módulos HJT, temos orgulho de expandir esse mercado ao lado da Next2Sun, que também é referência nesse segmento. Estamos certos de que esse modelo de instalação crescerá fortemente, não só na Europa, mas também na China e em outros mercados ao redor do mundo.” Huasun fecha parceria exclusiva com a Next2Sun para projetos de energia solar vertical bifacial na Europa
- Sob a Ótica da AIE: Workshop Ressalta a Ambição Global Necessária para Impulsionar Combustíveis Sustentáveis
Na tentativa de promover a adoção global de combustíveis sustentáveis, a Agência Internacional de Energia (AIE) recentemente organizou um workshop inovador. Mais de 80 especialistas de variados setores, incluindo governos, indústria, organizações internacionais e sociedade civil, se reuniram para debater estratégias e soluções. Sob a Ótica da AIE: Workshop Ressalta a Ambição Global Necessária para Impulsionar Combustíveis Sustentáveis O evento, realizado em 29 de abril e em parceria com a presidência brasileira da COP30, trouxe à tona a urgente necessidade de um compromisso global em elevar a ambição para o uso de combustíveis sustentáveis. Outra questão crucial foi o alinhamento internacional das estruturas de contabilidade de carbono. Os combustíveis sustentáveis – como biocombustíveis líquidos, biogases, hidrogênio e combustíveis baseados em hidrogênio – são vistos como complementos essenciais à eletrificação e às medidas de eficiência energética, ajudando a mitigar emissões nos setores mais desafiadores. Além disso, eles promovem a diversificação energética, reforçam a segurança e oferecem novas oportunidades econômicas. Analisando o cenário atual de políticas e mercado, projeta-se um aumento de 35% na demanda por esses combustíveis até 2030. Entretanto, o ritmo atual não garante que as metas globais de redução de emissões a longo prazo sejam atingidas. Durante o workshop, as discussões foram concentradas em quatro áreas cruciais: transporte, indústria, finanças e o papel vital do diálogo internacional. Os participantes compartilharam suas perspectivas sobre: - Os desafios enfrentados para criar demanda nos setores de transporte e indústria; - Incentivos políticos, mecanismos de financiamento e práticas exemplares para superar esses obstáculos; - Orientações estratégicas para o próximo relatório da AIE sobre combustíveis sustentáveis em apoio à presidência do Brasil na COP30. Os especialistas ressaltaram a importância de programas de compras públicas, expansão do comércio, inovação e o desenvolvimento de abordagens setoriais específicas para acelerar o uso de combustíveis sustentáveis. Este workshop integra os esforços contínuos da AIE em fomentar a colaboração internacional e o desenvolvimento de políticas voltadas aos combustíveis sustentáveis, sustentando a presidência brasileira da COP30. As diretrizes formuladas seguiram as indicações da Aliança Global de Biocombustíveis, lançadas durante a presidência indiana no G20 em 2023, e se basearam nos relatórios da AIE sobre contabilidade de carbono e critérios comuns para combustíveis sustentáveis, elaborados em apoio à presidência brasileira do G20 em 2024. O último relatório anual sobre energias renováveis da AIE também dedicou um capítulo especial aos mercados de combustíveis sustentáveis, enfatizando a importância crescente deste tema no cenário energético global. Sob a Ótica da AIE: Workshop Ressalta a Ambição Global Necessária para Impulsionar Combustíveis Sustentáveis
- O FUTURO DA ÁREA DE ENERGIA PÓS REFORMA TRIBUTÁRIA
A nova reforma tributária me deixa com um pé atrás. Todo mundo fala em simplificar os impostos, mas quando a teoria chega na prática – especialmente no setor de energia –, a coisa complica. E muito. Confesso que fico desconfiado com essa história de tratar energia como "bem material". Na teoria, parece lógico. Na prática, significa mais burocracia e custos para quem quer produzir energia limpa. O mais irônico? Enquanto o cidadão comum com painel solar no telhado continua tranquilo com suas isenções, os projetos maiores – justamente os que poderiam fazer diferença na matriz energética – vão ficar com a conta mais salgada. O que mais me incomoda é ver como a reforma, sem querer (ou querendo?), beneficia os grandes players. Cooperativas e projetos comunitários de energia podem não ter grandes benefícios. O FUTURO DA ÁREA DE ENERGIA PÓS REFORMA TRIBUTÁRIA Não nego que a reforma era necessária. Mas será que não estamos criando um sistema que, na tentativa de organizar, acaba travando justamente as iniciativas que deveriam ser prioridade? Energia limpa e acessível deveria ser meta nacional, não vítima colateral de mudanças tributárias. No final, fico com a impressão de que mais uma vez o Brasil está dando um tiro no próprio pé. Ajustes serão necessários – e tomara que venham rápido, antes que a conta dessa "simplificação" tributária chegue para todos nós, literalmente, na conta de luz. I. EQUIPARAÇÃO DA ENERGIA A BEM MATERIAL Art. 3º, parágrafo único define que “equiparam se a bens materiais as energias que tenham valor econômico”. IMPACTO: Uniformiza a base de incidência, mas força distribuidoras, geradores e comercializadores a tratar energia com a mesma burocracia de estoque de mercadorias. Exige robustez nos sistemas fiscais e de TI para rastrear geração, injeção e compensação de energia fotovoltaica. II. TRIBUTAÇÃO DA CADEIA ELÉTRICA Art. 10, II : o fato gerador de IBS/CBS ocorre “quando se torna devido o pagamento” em serviços contínuos, inclusive energia elétrica . Art . 11, § 7º : para energia elétrica, o local da operação será I – lugar da disponibilização (cativo); II – domicílio do adquirente (geração, transmissão, distribuição, comercialização). IMPACTO: Cada fatura de mercado livre, PPA ou GD remota precisará indicar o “domicílio do consumo” para rateio de arrecadação entre União, Estado e Município. Eleva complexidade operacional e aumenta custos de compliance, mas cria transparência na arrecadação. III. LOCAÇÃO, CESSÃO ONEROSA E ARRENDAMENTO DE USINAS SOLARES Na locação, cessão onerosa e arrendamento de usinas solares, o IBS e a CBS incidem integralmente sobre o valor efetivamente pago pela utilização do ativo, tendo o momento do pagamento como fato gerador (Art. 259, Seção VI) . O Art. 246, III inclui expressamente “locação, cessão onerosa e arrendamento de bem imóvel” entre as operações tributáveis pelo IBS/CBS . Para atenuar esse impacto, o Art. 17, § 3º da LC XX/2023 prevê redução de 70 % da base de cálculo quando se trate de autoprodução remota qualificada, desde que exista vínculo direto e exclusivo entre a usina e a unidade consumidora, formalizado em contrato de, no mínimo, cinco anos, com mesma titularidade para gerador e tomador de energia . Essa disciplina exige não apenas adequação contratual—com cláusulas claras sobre prazo e exclusividade—mas também robustez documental: comprovantes de titularidade, relatórios de injeção e consumo e laudos de medição são imprescindíveis para auditoria e apropriação de crédito. Arrendamentos inferiores a cinco anos, contratos envolvendo múltiplos consumidores ou projetos sem vínculo direto não se enquadram na redução, sujeitando toda a receita à alíquota plena, que pode chegar a 28 %. O novo regime redefine profundamente os modelos de leasing de usinas solares. Enquanto a locação convencional suporta 28 % sobre o valor total pago, a autoprodução qualificada efetiva apenas 8,4 % de encargos (30 % da base tributável), gerando economia de cerca de 19,6 pontos percentuais. Modelos Ready-to-Build (RTB) extraem ganhos adicionais ao segmentar o projeto em duas fases—desenvolvimento (tributação integral) e operação (base reduzida)—desde que mantenham rigorosamente os critérios legais de exclusividade e vínculo. Modelo Base de Cálculo Alíquota Nominal Alíquota Efetiva Locação convencional 100 % 28 % 28 % Autoprodução qualificada 30 % 28 % 8,4 % RTB (fase operacional) 30 % 28 % 8,4 % Para potencializar esses benefícios, os desenvolvedores devem estruturar seus contratos como autoprodução qualificada, preservando toda a documentação que comprove a exclusividade de consumo pela mesma unidade. Consumidores precisam negociar prazos mínimos de cinco anos, cláusulas de manutenção de titularidade e considerar arrendamento mercantil em vez de simples locação, garantindo a continuidade do benefício fiscal. Em projetos RTB, recomenda-se a constituição de SPEs específicas para a fase operacional, isolando o ativo locado e assegurando o enquadramento na redução da base tributável . Esse rigor contratual e documental, aliado a sistemas de compliance que integrem medição automática, faturamento eletrônico e escrituração fiscal em tempo real, será determinante para que o setor de energia solar navegue com segurança e eficiência pela transição tributária até 2033. IV. EXCEÇÃO PARA MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA Embora não no substitutivo, a LC 214/2025 (LC 214/2025, Art. 28) prevê que não incidirá CBS/IBS sobre energia compensada em sistemas de netmetering até 1 MW, exceto encargos de conexão, reativa, demanda e tarifas não associadas à energia. IMPACTO: Mantém incentivos para residências e pequenas empresas, salvaguardando o mote principal da GD . Pressiona concessionárias a atualizar seus backoffices para isentar corretamente esses volumes sem impactar os demais componentes tarifários. V. BENEFÍCIOS À IMPORTAÇÃO (REIDI) A LC 214 preserva e amplia o REIDI , suspendendo CBS/IBS sobre importação e compra de bens e equipamentos de infraestrutura (inclusive painéis e inversores). IMPACTO: Crucial para manter competitividade frente a importações chinesas. Garante redução de CAPEX e viabilidade de grandes projetos de usinas centrais, mas reforça dicotomia: Projetos de grande porte ganham estímulo; GD e modelos descentralizados arcam com maior carga operacional e tributária. VI. PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E MERCADO Reengenharia de Contratos PPAs e leasing: Revisão de cláusulas para repasse ou internalização de CBS/IBS, mitigando variações de alíquota entre 2026 (0,9 %) e 2027 (8,7 %) e, depois, a introdução gradual do SII (0,1 % em 2026). GD compartilhada: Alteração de modelos de remuneração, privilegiando esquemas de créditos fiscais (Art. 28–38) sobre arrendamentos tributados em até 28 %. Digitalização e Compliance AMI e DTE: Implantação de sistemas avançados de medição para identificar o “fato gerador” (Art. 10, II) em tempo real e destino de arrecadação (Art. 11, § 7º). ERP fiscal integrado: Automação do split payment (Art. 27 III–IV) e gestão de créditos de CBS/IBS, evitando prisões de capital e sanções. Concentração e Modelos Cooperativos Grandes players: Vantagem competitiva pelo REIDI e escala financeira permite absorver CAPEX e O&M, consolidando participação no mercado centralizado. Pequenas geradoras: Necessidade de agrupar-se em consórcios robustos ou cooperativas que disputem economia de escala, reduzindo exposição à carga tributária sobre locação (Art. 246–248). Insegurança Jurídica e Regulação Complementar Cooperativas e associações: Lacunas sobre sujeição ao IBS/CBS geram risco de autuações; regulamentação urgente é necessária para segurança dos modelos de GD compartilhada. SII e Senado: Monitoramento das resoluções sobre SII, setor por setor, para antecipar eventuais alíquotas de tributação seletiva (combustíveis, eletricidade). A tabela abaixo mostra que, até 2033 , o setor de energia enfrentará uma redução gradual de tributos como IPI, ICMS e ISS , mas terá que se adaptar ao aumento da CBS e à introdução do SII : Tabela de Transição Tributária no Setor de Energia (2026–2033) Ano IPI SII (Imposto Seletivo) ISS ICMS CBS PIS/COFINS Observações 2026 Sem alteração 0,1% (estadual) Sem alteração Sem alteração 0,9% Sem alteração Início da transição. CBS começa baixa. 2027 Sem alteração 0,05% estadual + 0,05% municipal Sem alteração Sem alteração 8,7% Extinção PIS/COFINS são substituídos pela CBS. 2028 Alíquota reduzida 0,05% estadual + 0,05% municipal Sem alteração Sem alteração 8,7% – IPI começa a ser reduzido. 2029 Alíquota reduzida Definida por resolução do Senado – – – – SII passa a ter alíquotas reguladas. 2030 Alíquota reduzida Definida por resolução do Senado – – – – Continuação da transição. 2031 Alíquota reduzida 90% 80% 70% 60% Extinção ICMS e ISS começam a ser substituídos pelo IBS. 2032 Alíquota reduzida 100% 90% 80% 70% 40% Último ano de transição para ICMS/ISS. 2033 Alíquota reduzida 100% 100% 100% 100% 100% Sistema totalmente unificado (CBS + IBS). VII. RECOMENDAÇÕES PARA OS PRÓXIMOS ANOS • Monitorar cronograma de transição (2026–2033): Antecipar o salto de CBS e a substituição total de ICMS/ISS até 2033, ajustando orçamentos e planos de negócios. • Fortalecer governança fiscal: Criar squads internos de “IVA energético” para atualização contínua de processos e treinamentos. • Alavancar incentivos de GD: Concentrar investimentos em instalações de até 1 MW (Art. 28 da LC 214) enquanto se desenham rotas de migração para mercados mais complexos. • Fomentar alianças estratégicas: Unir-se a players de distribuição e comercialização para compartilhar infraestrutura de faturamento e reduzir custos de compliance. À medida que o Brasil evolui para um sistema tributário mais transparente e alinhado ao padrão internacional, o setor de energia solar que abraçar esses desafios técnicos e operacionais estará pronto para liderar a próxima onda de crescimento sustentável. VIII. CONCLUSÃO E PERSPECTIVAS A reforma tributária que institui o IBS e CBS me parece um avanço ambíguo para o setor de energia. Embora a unificação de impostos sob o modelo de IVA traga maior racionalidade ao sistema, na prática vejo que ela pode acabar privilegiando determinados modelos de negócio em detrimento de outros. O que mais me preocupa é como essa mudança afetará a competitividade dos diferentes players do mercado. Projetos de grande porte, com estrutura robusta e acesso a benefícios fiscais específicos, certamente saem em vantagem. Já os modelos distribuídos e iniciativas menores podem enfrentar dificuldades para se adaptar à nova realidade tributária. Não nego que a reforma traga ganhos de eficiência no longo prazo. A simplificação do sistema e o fim da cumulatividade são conquistas importantes. No entanto, me questiono se o período de transição até 2033 será suficiente para evitar turbulências no setor, especialmente considerando os altos investimentos necessários em compliance e adaptação de sistemas. O que fica evidente é que o novo modelo exige dos agentes do setor uma capacidade de planejamento tributário muito mais sofisticada. Empresas que conseguirem se antecipar às mudanças e otimizar sua estrutura fiscal certamente sairão na frente. Mas receio que muitos players, especialmente os menores, possam ficar pelo caminho nesse processo. No balanço final, acredito que a reforma era necessária, mas seu desenho atual ainda deixa lacunas importantes. Será crucial acompanhar como o mercado se adaptará nos próximos anos e se serão necessários ajustes para garantir que a transição energética não seja prejudicada por essa mudança tributária. O FUTURO DA ÁREA DE ENERGIA PÓSREFORMA TRIBUTÁRIA O FUTURO DA ÁREA DE ENERGIA PÓSREFORMA TRIBUTÁRIA
- Abertura Total do Mercado Livre de Energia: o que muda, como será feita e quando começa
Por Silla Motta O setor elétrico brasileiro está às portas de uma mudança histórica. A proposta de modernização do modelo elétrico apresentada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) à Casa Civil em abril de 2025 busca abrir de forma total o mercado livre de energia até o final de 2027. Com isso, todos os consumidores — inclusive residenciais — poderão escolher livremente de quem comprar energia elétrica, rompendo com um modelo de monopólio da distribuição que vigora há décadas. Abertura Total do Mercado Livre de Energia: o que muda, como será feita e quando começa Mas o que está de fato sendo proposto? A abertura dependerá de uma nova lei? O que já mudou e o que ainda está por vir? Quais os impactos para a população e os desafios do setor? Neste artigo, trago as respostas com base nos dados mais atualizados e nas discussões em andamento. O que está sendo proposto? A proposta entregue pelo ministro Alexandre Silveira à Casa Civil traz quatro grandes frentes de transformação para o setor: 1. Abertura Total do Mercado Livre de Energia A medida mais emblemática é a liberação da escolha do fornecedor de energia para todos os consumidores, inclusive os de baixa tensão, como residências, pequenos comércios e serviços. A previsão do MME é que essa abertura comece a ser implementada no final de 2026, de forma escalonada e regulada. 2. Revisão dos subsídios setoriais (CDE) A proposta visa redistribuir encargos de forma mais justa, eliminando subsídios cruzados que penalizam os consumidores cativos. Estima-se que a conta de luz possa ser reduzida em até 10%, com a revisão dos subsídios e a injeção de novos recursos. 3. Ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) O consumo isento de pagamento para beneficiários da tarifa social será ampliado de 50 para 80 kWh/mês, beneficiando cerca de 20 milhões de famílias. A medida busca combater a pobreza energética e reduzir inadimplência. 4. Criação de um fundo com recursos do pré-sal Parte dos lucros obtidos pela União com a comercialização do petróleo (PPSA) será destinada à modicidade tarifária, aliviando o peso da energia no orçamento das famílias brasileiras. Abertura depende de uma nova lei? Sim. A abertura total do mercado será formalizada por meio de um Projeto de Lei (PL) que está sendo elaborado pelo governo federal. O texto, ainda sob análise da Casa Civil e da Advocacia-Geral da União (AGU), deve ser encaminhado ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre de 2025. O modelo proposto prevê uma transição regulada, com regras claras de migração, proteção aos consumidores vulneráveis e estímulo à digitalização do setor. A Aneel, a CCEE e o ONS serão responsáveis pela regulamentação e operacionalização da abertura, após a aprovação legislativa. O que já mudou até agora? Desde 1º de janeiro de 2024, todos os consumidores do Grupo A (média e alta tensão) já podem migrar para o mercado livre de energia. E desde então, o mercado já foi ampliado para incluir consumidores com demanda contratada inferior a 500 kW, por meio da figura dos comercializadores varejistas. Esse modelo tem permitido que pequenos negócios, como padarias, lojas e pequenas indústrias, acessem energia mais barata e limpa sem precisar arcar com a complexidade burocrática da migração direta. Segundo dados da CCEE e da Abraceel, mais de 36 mil unidades consumidoras aderiram ao mercado livre com demanda inferior a 500 kW até o final de 2024 — e 95% delas migraram por meio de comercializadores varejistas. Como será a abertura total do mercado? A proposta prevê que o novo modelo entre em vigor de forma escalonada a partir de 2026, com regras que garantam equilíbrio entre a liberdade de escolha, segurança energética e justiça tarifária. Veja o que se espera: 1.Fase 1 (2026–2028): Abertura para consumidores do Grupo B com maiores volumes de consumo (pequenos comércios, por exemplo). 2.Fase 2 (até 2030): Abertura gradual para consumidores residenciais e microempresas. 3.Fase 3: Operacionalização completa, com ampla atuação de comercializadores varejistas, medição inteligente e ferramentas digitais de gestão de consumo. Quais os benefícios esperados? Mais liberdade de escolha: o consumidor poderá negociar preço, origem (renovável ou não), condições de fornecimento. Redução de tarifas: com mais concorrência e fim dos subsídios cruzados, espera-se uma economia de até R$ 35 bilhões por ano. Estímulo à inovação: maior competitividade impulsiona o uso de tecnologias como medição inteligente, armazenamento e resposta à demanda. Descarbonização: consumidores poderão contratar energia 100% renovável, acelerando a transição energética. E os desafios? Educação do consumidor: será necessário ampliar o conhecimento da população sobre o funcionamento do mercado livre. Regulação eficaz: a abertura precisa ser bem regulada para proteger consumidores vulneráveis e garantir estabilidade do sistema. Capacidade de atendimento: comercializadores e distribuidores precisarão se adaptar a um novo papel no setor. Segurança energética: a liberalização não pode comprometer a confiabilidade do suprimento. Conclusão A abertura total do mercado livre de energia é um passo decisivo rumo à modernização do setor elétrico brasileiro. Se bem conduzida, pode tornar a energia mais barata, limpa e acessível para todos os brasileiros. A proposta do MME representa uma nova era de liberdade de escolha, justiça tarifária e inovação. Cabe agora ao Congresso Nacional, às agências reguladoras e aos agentes do setor trabalharem juntos para que essa transformação aconteça com responsabilidade, planejamento e foco no consumidor final. Abertura Total do Mercado Livre de Energia: o que muda, como será feita e quando começa
- Nordeste Brasileiro Perde Energia Renovável por Falta de Linhas de Transmissão Adequadas
O Nordeste do Brasil, reconhecido por seu potencial robusto em energia renovável, enfrenta um entrave significativo: a insuficiência de linhas de transmissão para distribuir a energia produzida na região para o restante do país. Este fenômeno, conhecido no setor como "curtailment", tem causado grandes prejuízos para os produtores locais. Nordeste Brasileiro Perde Energia Renovável por Falta de Linhas de Transmissão Adequadas O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem sido forçado a limitar a geração de energia para evitar sobrecarga nas infraestruturas de transmissão, que já não comportam o volume de energia gerado. Essa situação crônica levou a perdas significativas para as empresas, atingindo um prejuízo acumulado de mais de R$ 1,2 bilhão até setembro do último ano. Essa realidade se revela especialmente crítica durante picos de produção de energia. Em resposta ao cenário desafiador, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), subordinação do Ministério de Minas e Energia, determinou que o ONS formule novas diretrizes até junho. O objetivo é mitigar o impacto das interrupções na geração sem sufocar o potencial expansivo do setor renovável. Contudo, especialistas destacam que tais medidas, embora necessárias, podem apenas aliviar temporariamente os cortes sem atender à demanda crescente por infraestrutura para futuras expansões, particularmente em projetos solares. Atualmente, esforços intensivos estão sendo feitos para aprimorar a capacidade de intercâmbio de energia entre diferentes regiões. Entretanto, a solução definitiva ainda depende de investimentos substanciais em novas linhas de transmissão. Esta situação levanta um alerta: sem a expansão da infraestrutura de transmissão, a desejada transição energética do Brasil, liderada por fontes limpas e renováveis, pode enfrentar obstáculos e custos inesperados. As expectativas são de que, com as devidas melhorias, o Nordeste possa alavancar ainda mais sua posição como pilar da sustentabilidade energética no Brasil. Nordeste Brasileiro Perde Energia Renovável por Falta de Linhas de Transmissão Adequadas
- Com mercado em alta, setor de cibersegurança registra aumento de fusões e aquisições no Brasil
Estudo da Redirection International mapeou 19 transações envolvendo empresas do setor no país nos últimos dois anos Com mercado em alta, setor de cibersegurança registra aumento de fusões e aquisições no Brasil Com o segmento de cibersegurança aquecido no Brasil - que ocupa a terceira posição no ranking global de crescimento, segundo a Check Point Research (CPR) - a expectativa é que as atividades de fusões e aquisições (M&A) também sejam intensificadas. A avaliação é da Redirection International, assessoria especializada em fusões & aquisições, em estudo recente sobre o mercado de cibersegurança. O levantamento mapeou pelo menos 19 transações na área nos últimos dois anos, um número significativo que reforça o crescimento e a relevância do setor. De acordo com o economista e sócio da Redirection International, Gabriel Loest Cardoso, o mercado de cibersegurança está em plena aceleração, alavancado principalmente pelo aumento das ameaças digitais e pela transformação digital das empresas. “Em um setor ainda fragmentado, as operações de M&A têm se mostrado o caminho mais estratégico para a consolidação e profissionalização. Nesse mercado, vemos oportunidades tanto para empresas médias que buscam escala por meio de aquisições, quanto para grupos internacionais que desejam entrar no Brasil com acesso imediato à capacidade técnica e base de clientes já estabelecida”, destaca Cardoso, ao lembrar que o país é o maior mercado de cibersegurança da América Latina, representando cerca de 40% de participação na região, de acordo com a International Data Corporation (IDC). Prova desse crescimento é a intensa atividade de fusões e aquisições no setor de cibersegurança — como a recente transação da BluePex®, que adquiriu ativos da Safe Cyber no final do ano passado para fortalecer sua estratégia de expansão no mercado de médias empresas e ampliar sua receita recorrente mensal (MRR). Outro exemplo, deste ano, é a IPV7 Security, que comprou a HuntersPay, especializada em Bug Bounty e segurança ofensiva, visando consolidar um ecossistema de proteção digital no Brasil. A Conviso expandiu sua presença na América Latina ao adquirir a Matrix Cyber Consulting, reforçando sua oferta de soluções completas voltadas à proteção de dados e conformidade regulatória. Já a fusão entre a Trust Cybersecurity e a GC Security, ambos do grupo de consultoria Falconi, resultou na criação da Vultus Cybersecurity Ecosystem, com o objetivo de ser um "one stop shop" em segurança digital. “Essas transações evidenciam uma estratégia clara de expansão de portfólio, entrada em novos mercados e fortalecimento das capacidades tecnológicas, posicionando o Brasil como um polo emergente no cenário global de cibersegurança”, analisa o economista. O mercado brasileiro de cibersegurança foi estimado em aproximadamente R$20 bilhões em 2025 e a expectativa é de um crescimento anual médio perto de 10% nos próximos anos, segundo dados da Mordor Intelligence. Movimento favorável para M&A no Brasil Apesar do avanço acelerado no setor, Cardoso afirma que o mercado brasileiro ainda é bastante fragmentado, ou seja, composto por empresas especializadas em nichos específicos, o que cria um ambiente favorável para movimentos de consolidação. Outro aspecto importante é a presença crescente de investidores internacionais como Accenture e Minsait, que demonstra o forte interesse global no potencial do Brasil na área de cibersegurança. Grandes fundos de investimento nacionais como Pátria também estão ativos neste segmento. “Além disso, modelos de negócios com receita recorrente — como serviços gerenciados de segurança (MSSP) e plataformas SaaS — têm atraído a atenção de players estratégicos e fundos de private equity, por aliarem previsibilidade financeira a oportunidades estratégicas em um mercado em franca expansão”, complementa. Segundo o economista, as oportunidades também se estendem às sinergias cross-border, com empresas locais contribuindo com expertise técnica especializada e conhecimento regulatório, enquanto os investidores internacionais agregam capital, escala e capacidade de expansão. “Muitas das empresas locais, apesar de possuírem excelência técnica, frequentemente carecem de recursos financeiros para sustentar planos ambiciosos de expansão, tornando-se alvos ideais para grupos interessados em ampliar sua presença regional por meio de soluções integradas e completas em cibersegurança”, diz. Sobre a Redirection International A Redirection é especializada em assessoria de Fusões & Aquisições para empresas locais e internacionais, em transações de middle market. Possui uma grande experiência em transações cross-border, com equipe atuante diretamente no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Reino Unido. É membro da ACG e, também, desenvolve uma rede de parceiros selecionados em todos os principais setores de negócios e regiões do mundo. www.redirection.com.br Com mercado em alta, setor de cibersegurança registra aumento de fusões e aquisições no Brasil












