Opep+ amplia produção e mercado volta a cogitar petróleo a US$ 50 por barril
- Energy Channel United States

- 6 de out.
- 2 min de leitura

Aumento na produção da Opep+ e avanço em negociações internacionais reacendem especulações sobre uma possível queda no preço do petróleo para a faixa dos US$ 50 por barril até 2026. Entenda os fatores que pressionam o mercado.
Mercado global reage à nova ofensiva da Opep+
O cenário global de energia vive mais uma reviravolta. A Opep+ anunciou neste domingo (5) que elevará sua produção de petróleo em 137 mil barris por dia a partir de novembro, intensificando o fluxo de oferta no mercado internacional.
O movimento, semelhante ao ajuste feito em outubro, marca uma mudança estratégica importante do grupo, que agora adota uma postura mais agressiva para reconquistar participação de mercado.
Essa decisão reforça a tendência de maior competição entre os principais produtores globais, em um momento em que a demanda dá sinais de enfraquecimento, especialmente diante de perspectivas econômicas mais cautelosas nos Estados Unidos, China e Europa.
Pressão nos preços: analistas veem barril a US$ 50 em 2026
Com a ampliação da oferta e a desaceleração da demanda, analistas do setor começam a projetar um cenário de queda mais acentuada nos preços internacionais. A possibilidade de o barril de Brent recuar para a faixa dos US$ 50 até 2026 já aparece no radar de bancos e consultorias de energia.
Na última sexta-feira (3), o Brent fechou a US$ 64,53, acumulando queda de 6,78% na semana. O WTI, referência nos Estados Unidos, encerrou a US$ 60,88, com perdas de 7,36% no mesmo período.
Tensões geopolíticas e novos produtores aumentam a incerteza
Outro fator que contribui para o enfraquecimento das cotações é o avanço das negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza, após o Hamas sinalizar aceitação ao plano de paz proposto pelos Estados Unidos. O cenário geopolítico mais estável tende a reduzir o risco percebido pelos investidores, o que diminui o prêmio de guerra embutido nos preços do petróleo.
Paralelamente, o mercado também sente o impacto da expansão da produção fora da Opep+, com destaque para Guiana, Argentina, Canadá e Brasil, que têm impulsionado suas exportações e contribuído para um ambiente de sobreoferta global.
O que esperar daqui para frente
O aumento da produção da Opep+ representa um teste de força entre o cartel e os novos players do mercado. Caso o consumo mundial não acompanhe o ritmo de crescimento da oferta, o setor pode enfrentar um ciclo prolongado de preços mais baixos — cenário que afetaria investimentos em exploração e projetos de transição energética.
Por outro lado, se o crescimento econômico global se recuperar em 2026, parte dessa pressão poderá ser absorvida, estabilizando os preços em torno dos US$ 60 por barril.
Conclusão
A estratégia da Opep+ de aumentar gradualmente sua produção sinaliza uma tentativa de reconsolidar influência no mercado global de petróleo, mas traz consigo o risco de empurrar os preços para patamares não vistos desde a pandemia. O equilíbrio entre oferta, demanda e estabilidade geopolítica será determinante para definir o rumo do setor nos próximos meses.
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