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  • Armazenar ou Cortar: O Brasil Está no Fio da Navalha Energética

    Por Daniel Lima – ECOnomista Os que fazem o Sistema Elétrico Brasileiro estão diante de um dilema: Armazenar ou Cortar?   Armazenar ou Cortar: O Brasil Está no Fio da Navalha Energética Em setembro de 2025, segundo dados da Aneel¹ e da EPE², já são cerca de 3,1 milhões de residências com usinas solares instaladas sobre os telhados, com potência média de 7,0 kW. Juntas, essas unidades somam 21,4 GW de potência instalada, o equivalente a quase duas vezes a capacidade da Usina de Belo Monte. Essas usinas geram aproximadamente 1.600 GWh por mês, dos quais 64% são injetados na rede elétrica — cerca de 1.000 GWh/mês, o que representa 18% da geração mensal da Usina de Itaipu em 2024³. É energia limpa, barata, descentralizada e democrática. Mas há um problema. O Dilema do "Vale de Carga" Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a expansão acelerada da micro e minigeração distribuída (MMGD) tem trazido desafios à gestão da carga. O maior deles ocorre nos chamados "vales de carga" — períodos em que a demanda por energia é baixa, mas a geração solar continua alta. Nesses momentos, o ONS é obrigado a desligar usinas centralizadas para evitar sobrecarga na rede. É um paradoxo: temos energia sobrando, mas não conseguimos aproveitá-la plenamente. E isso pode levar, ironicamente, a cortes de energia em horários críticos. A Solução Está ao Alcance A resposta está diante de nós: armazenamento de energia por baterias. Se cada residência com geração solar tivesse um sistema de armazenamento, seria possível reter o excedente gerado durante o dia e utilizá-lo à noite ou em momentos de pico. Isso desafogaria a rede, reduziria a necessidade de desligamentos e aumentaria a resiliência do sistema elétrico nacional. A tecnologia já existe e está sendo amplamente adotada em países como Austrália, Estados Unidos e na União Europeia. O Brasil não precisa reinventar a roda — basta incentivar a adoção em larga escala. O Papel do Governo Cabe ao governo federal através do Ministério de Minas e Energia (MME) e ao órgão regulador criar políticas públicas e normas que estimulem o armazenamento residencial. Incentivos através de linhas de crédito específicas e acessíveis, isenção de impostos e programas de conscientização podem acelerar a adoção da tecnologia. Se o Brasil quer manter sua liderança em energia limpa e evitar os gargalos da MMGD, não há outra solução viável a curto prazo. Armazenar energia é mais do que uma alternativa é uma necessidade estratégica e uma resposta responsável e justa para a sociedade. Armazenar ou Cortar: O Brasil Está no Fio da Navalha Energética

  • Bandeira tarifária Vermelha mais barata em outubro: entenda impactos, cálculos e estratégias de economia

    Por Glauber Cavalcante Bandeira tarifária Vermelha mais barata em outubro: entenda impactos, cálculos e estratégias de economia Diretor de gestão e inteligência energética na EMANA Energy, com ampla atuação em projetos de eficiência energética, com Benchmark de 12%, voltados à redução de consumo de energia com investimento inicial zero. É doutorando e mestre em Eficiência Energética (Lean Energy) pela Universidade Federal do Ceará (UFC), engenheiro eletricista (UFC) e possui certificação Green Belt Lean Six Sigma. A conta de luz deve ficar um pouco mais leve a partir de outubro de 2025. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2 (VP2) para a vermelha patamar 1 (VP1), o que representa uma redução de cerca de R$ 4,00 a cada 100 kWh consumidos. A medida reflete um cenário de maior equilíbrio no setor elétrico, impulsionado por recordes de geração renovável e pelas afluências favoráveis registradas ao longo de setembro/25. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), as precipitações acima da média na região Sul contribuíram para melhorar as condições hidrológicas, ainda que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas permaneçam em patamar desfavorável. Por isso, a estratégia segue orientada para o controle dos reservatórios e não descarta a necessidade de despacho térmico adicional. O alívio na bandeira tarifária, portanto, deve ser interpretado com cautela, já que os custos de energia continuam sendo um desafio para famílias, empresas e governo. Nesse contexto, mesmo com a redução, a conta de energia pode pesar no orçamento sem hábitos conscientes de consumo. No ambiente residencial, o uso racional de equipamentos como chuveiro elétrico, condicionador de ar e geladeira pode gerar impacto significativo. Pequenas atitudes, como apagar as luzes ao sair de um ambiente, evitar o modo stand-by ou programar o uso de eletrodomésticos por meio de automação, ajudam a reduzir despesas e, ao mesmo tempo, contribuem para a sustentabilidade ambiental. Compreender como a energia é contabilizada também favorece escolhas mais conscientes. A unidade de medida utilizada pelas distribuidoras é o quilowatt-hora (kWh). Nesse cálculo, o “k”, que é apenas uma constante, é o prefixo quilo, que equivale a mil; o “W” corresponde ao Watt, unidade de potência elétrica dos equipamentos; e o “h” indica o tempo, em horas, que o equipamento permanece ligado. Assim, o consumo resulta da multiplicação da potência pelo tempo de uso. Por exemplo: um aparelho de 1.000 W (ou 1 kW) ligado por três horas consome 3 kWh, valor que será multiplicado pela tarifa de energia elétrica vigente, com os devidos impostos, resultando no custo final na fatura. Além disso, o consumidor pode adotar uma forma simples de gestão energética: o Consumo Médio Diário (CMD). Esse indicador pode ser obtido a partir da própria fatura, dividindo-se o consumo mensal (em kWh) pelo número de dias do período de leitura. Ao acompanhar esse valor mês a mês, é possível identificar variações, avaliar o impacto de novos hábitos — como ajustar o condicionador de ar para 23°C — e comparar o perfil de consumo entre diferentes épocas do ano. Trata-se de um recurso prático que aumenta a consciência energética e ajuda a planejar melhor os gastos. No caso das empresas, a gestão deve ir além. Consultorias especializadas em eficiência energética podem ser decisivas para transformar custos em oportunidades, oferecendo análises detalhadas para identificar desperdícios, propor soluções técnicas e aplicar a chamada inteligência tarifária. Essa prática consiste em estudar profundamente as tarifas aplicáveis ao perfil de consumo da empresa, avaliando a demanda contratada, os horários de ponta e fora de ponta, os encargos setoriais, a viabilidade de migração para o mercado livre de energia e até eventuais erros de faturamento. Nesse último caso, a Resolução Normativa nº 1.000/21 da ANEEL garante, no artigo 323, o direito à devolução em dobro do valor pago em excesso. Com esse tipo de abordagem, torna-se possível estruturar um plano de gestão que não apenas reduz o consumo desnecessário, mas também otimiza a fatura ao alinhar o perfil de uso à modalidade tarifária mais vantajosa. Em setores industriais, hospitalares, comerciais e de serviços, os resultados podem ser expressivos: economias relevantes, maior previsibilidade orçamentária e ganhos de competitividade. Em um cenário de incertezas no setor elétrico, uma lição se impõe: quem enxerga energia como estratégia e não apenas como custo está um passo à frente. A combinação de hábitos conscientes, uso inteligente das informações da fatura e apoio técnico especializado é o caminho para transformar a energia em fator de sustentabilidade econômica e vantagem estratégica. Bandeira tarifária Vermelha mais barata em outubro: entenda impactos, cálculos e estratégias de economia

  • BV é a instituição financeira mais lembrada pelos instaladores para financiamentos fotovoltaicos pela 9ª vez consecutiva, segundo pesquisa Greener

    Banco mantém posição de destaque no segmento que registrou mais de R$3,9 bilhões no segundo trimestre deste ano BV é a instituição financeira mais lembrada pelos instaladores para financiamentos fotovoltaicos pela 9ª vez consecutiva, segundo pesquisa Greener São Paulo, 01 de outubro de 2025 -  O banco BV, uma das maiores instituições financeiras do Brasil, foi novamente reconhecido como a instituição mais lembrada pelos instaladores de sistemas solares na pesquisa Greener, que avalia a percepção do mercado sobre os principais agentes de financiamento em Geração Distribuída. Este é o nono ano consecutivo em que o BV lidera o ranking, reforçando sua posição de destaque e confiança junto aos profissionais do setor. “O financiamento é uma ferramenta essencial na ampliação do acesso à energia solar no Brasil e no BV trabalhamos para estar sempre na linha de frente desse movimento, oferecendo soluções que tornam a tecnologia mais acessível para famílias, comércios e pequenas empresas. Estar novamente na liderança de uma pesquisa de referência no setor é o reconhecimento do nosso compromisso em estimular a conscientização e acelerar a transição para uma matriz energética mais sustentável”, afirma Jamil Ganan, Diretor de Negócios de Varejo do banco BV. O BV oferece um portfólio completo de soluções para energia solar, contemplando desde o financiamento de sistemas fotovoltaicos até baterias — sistemas de armazenamento de energia que ganham cada vez mais relevância no setor. Essa diversificação permite que clientes residenciais, comerciais e empresariais ampliem sua autonomia, tenham maior confiabilidade no fornecimento, otimizem o consumo e conquistem mais controle sobre a conta de luz, além de contribuir para a sustentabilidade e a diversificação da matriz energética nacional. O banco também disponibiliza crédito para projetos em condomínios, aquisição de carregadores para veículos elétricos e seguros para sistemas financiados, em parceria com a Brasilseg (BB Seguros). Dessa forma, o BV reforça seu compromisso com a inovação, a agenda ESG e o atendimento às demandas de um mercado cada vez mais atento à eficiência energética e à transição para fontes limpas. “Ao investir continuamente em soluções para o setor solar, fortalecemos nossa posição como referência no mercado, ampliamos as oportunidades de negócios e contribuímos para a construção de uma matriz energética mais limpa e resiliente, alinhada ao compromisso da instituição com a sustentabilidade e a geração de valor para clientes e sociedade”, disse Ganan. Sobre o banco BV O banco BV é uma das maiores instituições financeiras do país em ativos e atua nos segmentos de Varejo e Corporate & Investment Banking. Em sua estratégia de negócios, reúne a solidez dos bancos tradicionais com o mindset dos digitais. O banco é líder de financiamento de placas solares, especialista no financiamento de veículos usados leves e a primeira instituição a neutralizar a emissão de poluentes dos automóveis que financia. Conhecida pelas parcerias com startups, a instituição apresenta soluções inovadoras para o mercado. O banco BV definiu seus compromissos com os pilares ambientais, sociais e de governança no documento público "Compromissos para um futuro mais leve 2030". BV é a instituição financeira mais lembrada pelos instaladores para financiamentos fotovoltaicos pela 9ª vez consecutiva, segundo pesquisa Greener

  • O Brasil precisa falar sobre baterias: o papel do armazenamento na transição energética

    Por Laís Víctor – Especialista em energias renováveis e Diretora executiva O Brasil precisa falar sobre baterias: o papel do armazenamento na transição energética O Brasil vem avançando de forma consistente na diversificação da sua matriz elétrica, impulsionado pelo crescimento expressivo de fontes renováveis, principalmente solar e eólica. Esse movimento é um marco positivo da transição energética e posiciona o país como referência internacional em energia limpa. No entanto, junto com essa expansão, surgem desafios técnicos e estruturais que exigem atenção: como garantir a estabilidade da rede elétrica diante da intermitência natural dessas fontes? Como manter a segurança do fornecimento energético em horários de pico ou em dias nublados e com pouco vento? E, mais do que isso, como transformar esse crescimento em um modelo de geração cada vez mais eficiente, flexível e acessível? A resposta para essas questões passa por um tema ainda pouco debatido com a profundidade necessária no Brasil: o armazenamento de energia. Esse recurso, cada vez mais estratégico, permite compensar oscilações na geração, otimizar o uso de fontes renováveis e dar suporte técnico ao sistema elétrico nacional. Em outras palavras, armazenar energia é tão importante quanto gerá-la. Ignorar essa etapa compromete a solidez da transição energética e limita o pleno aproveitamento do potencial das renováveis no país. Por que o armazenamento é essencial para a segurança energética O avanço das fontes renováveis no Brasil, especialmente solar e eólica, representa uma conquista importante do ponto de vista ambiental e estratégico. No entanto, essas fontes têm uma característica que, apesar de natural, impõe desafios técnicos significativos: a intermitência. Sol e vento não seguem a lógica da demanda elétrica. A geração depende de condições climáticas que variam ao longo do dia, da semana e das estações. Quando há sol em excesso, por exemplo, parte da energia gerada pode ser desperdiçada por falta de uso imediato. Por outro lado, em momentos de maior consumo, como no início da noite, a geração solar já caiu, forçando o acionamento de outras fontes, geralmente térmicas, que são mais caras, mais poluentes e, muitas vezes, menos eficientes. É nesse contexto que o armazenamento de energia se torna essencial para a segurança e a estabilidade do sistema elétrico brasileiro. Ele atua como um "pulmão" da rede, absorvendo o excedente de energia gerada em horários de baixa demanda e devolvendo essa energia em momentos de necessidade. Com isso, o armazenamento oferece mais previsibilidade ao operador do sistema, ajuda a reduzir picos de carga, evita o acionamento de usinas fósseis e melhora a gestão de frequência e tensão da rede. Para o consumidor, o impacto se traduz em maior confiabilidade no fornecimento, menor exposição a variações tarifárias e acesso a soluções mais inteligentes de gestão energética. O tema já é tratado com alta prioridade em outras partes do mundo. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, 2024), os sistemas de armazenamento são considerados o “elo crítico” para que as redes elétricas possam operar com segurança e eficiência em cenários de alta penetração renovável. A BloombergNEF projeta que o mercado global de baterias estacionárias deve crescer mais de 15 vezes até 2030, movimentando investimentos e impulsionando uma cadeia tecnológica robusta em diversos países. O Brasil, apesar do enorme potencial, ainda caminha de forma tímida nessa frente o que pode comprometer a resiliência do sistema e limitar os benefícios da transição energética. Para que possamos consolidar uma matriz mais limpa e estável, o armazenamento precisa deixar de ser uma discussão técnica restrita e passar a integrar o planejamento energético nacional de forma transversal, conectando geração, distribuição, consumo e inovação. Geração distribuída e baterias: o novo modelo de negócio A geração distribuída (GD) viveu uma verdadeira revolução nos últimos anos no Brasil, impulsionada pela popularização dos sistemas fotovoltaicos e pela percepção de que produzir sua própria energia representa, ao mesmo tempo, uma economia e um ato de sustentabilidade. Com mais de 2 milhões de unidades consumidoras conectadas, a GD solar passou a ocupar um espaço relevante na matriz elétrica brasileira, transformando consumidores em produtores e mudando a lógica centralizada do setor. No entanto, o cenário regulatório evoluiu. O novo Marco Legal da Geração Distribuída (Lei nº 14.300/2022) trouxe alterações importantes na forma como a energia excedente é compensada na rede, o que impactou diretamente o tempo de retorno dos investimentos especialmente para quem ainda não considera soluções integradas como o armazenamento. Com essas mudanças, as baterias ganham protagonismo. Mais do que uma tecnologia complementar, elas podem se tornar a chave para a viabilidade econômica e técnica da geração distribuída no médio e longo prazo. Armazenando parte da energia gerada durante o dia, o consumidor pode utilizar essa energia nos períodos de maior consumo (e tarifas mais altas), reduzindo sua exposição à rede e, em alguns casos, até operando em modo de backup durante interrupções. Esse movimento cria uma dinâmica mais inteligente, na qual o consumo deixa de ser passivo e passa a responder estrategicamente a sinais de preço, disponibilidade e estabilidade da rede. Mas o potencial vai além da autossuficiência individual. Já começam a surgir no Brasil projetos-piloto que combinam geração distribuída, armazenamento e serviços de rede, como resposta à demanda (demand response), geração virtual e até participação em mercados de capacidade e serviços ancilares. Isso abre espaço para um novo ecossistema de negócios, em que consumidores residenciais, comerciais e industriais podem se agrupar, compartilhar recursos energéticos e operar como agregadores, prestando serviços para o sistema elétrico e recebendo por isso. Modelos híbridos também se destacam. Usinas solares com baterias já são realidade em diversos países, e começam a surgir no Brasil como soluções para regiões remotas, áreas com infraestrutura de rede precária ou locais que sofrem com tarifas elevadas. Essas usinas podem operar com mais flexibilidade, atendendo à demanda local e oferecendo suporte à rede, além de contribuírem para reduzir perdas e melhorar a qualidade do fornecimento. A combinação de geração distribuída com armazenamento não apenas torna o sistema mais eficiente, como também cria novas oportunidades para empreendedores, integradores e investidores. É a base de um modelo energético descentralizado, dinâmico e adaptável, alinhado às necessidades do século XXI. O que dizem as perspectivas regulatórias e tecnológicas no Brasil Embora o armazenamento de energia seja reconhecido internacionalmente como uma tecnologia essencial para a consolidação de matrizes renováveis, o Brasil ainda está construindo os fundamentos regulatórios e institucionais necessários para que o setor se desenvolva com escala e segurança jurídica. Atualmente, não há uma regulamentação específica que defina as regras de acesso, remuneração, conexão ou comercialização de serviços relacionados ao armazenamento. Isso cria um vácuo normativo que dificulta tanto a atração de investimentos quanto o planejamento de projetos viáveis tecnicamente e financeiramente. Em 2024, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou uma Nota Técnica sinalizando o início das discussões sobre a regulamentação de sistemas de armazenamento. O documento reconhece que essa tecnologia será estratégica para o equilíbrio da rede elétrica nos próximos anos, especialmente diante do crescimento das fontes intermitentes. No entanto, ainda há uma série de temas em aberto: como será feito o enquadramento tarifário? Os sistemas de baterias poderão participar do mercado de energia ou apenas como apoio à operação? Haverá incentivos fiscais ou financiamento específico? Essas definições são urgentes para que o setor possa sair do papel e avançar com segurança. O armazenamento de energia também aparece no Plano Decenal de Expansão Energética (PDE 2035) como uma das tecnologias de apoio à modernização do sistema elétrico nacional. O plano aponta o armazenamento como um elemento de flexibilidade, com potencial de reduzir o custo marginal da operação e contribuir para a segurança energética em cenários de alta penetração renovável. No entanto, o próprio documento reconhece a ausência de modelos de negócio estruturados e a necessidade de articulação entre diferentes órgãos e políticas públicas para que essa solução avance de forma integrada com a geração, transmissão, distribuição e consumo. No campo tecnológico, o Brasil conta com centros de pesquisa de excelência que vêm desenvolvendo alternativas em baterias, principalmente à base de íon-lítio, sódio e materiais de menor impacto ambiental. Instituições como o LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), o Instituto de Energia e Ambiente da USP e o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica têm atuado em frentes como eficiência energética, novos materiais e gestão inteligente do armazenamento. Apesar desses esforços, a cadeia industrial ainda é incipiente, com forte dependência de insumos importados, especialmente da Ásia. Isso impacta os custos e limita a competitividade de soluções nacionais no curto prazo. Faltam ainda políticas industriais que incentivem a nacionalização de componentes, a capacitação da mão de obra e a criação de um ecossistema de inovação voltado para o armazenamento. Em paralelo, também é necessário desenvolver ferramentas de financiamento específicas, como linhas do BNDES e fundos de investimento voltados à infraestrutura de energia limpa, para viabilizar projetos que incluam baterias em suas soluções estruturadas. Sem um avanço coordenado entre regulação, tecnologia e financiamento, o Brasil corre o risco de perder a janela de oportunidade para liderar a integração do armazenamento em sua matriz elétrica. O momento exige planejamento, articulação interinstitucional e visão estratégica de longo prazo. Lições do cenário internacional Enquanto o Brasil ainda debate como incluir o armazenamento de energia de forma estruturada no planejamento do setor elétrico, outros países já tratam essa tecnologia como uma infraestrutura essencial e estratégica para a transição energética. Em mercados mais maduros, o armazenamento é integrado aos instrumentos regulatórios, aos mecanismos de mercado e às políticas públicas de incentivo à inovação e à descarbonização. Nos Estados Unidos, por exemplo, o armazenamento faz parte do planejamento energético estadual e federal. A Califórnia, uma das regiões mais avançadas nesse tema, já superou a marca de 6 GW de capacidade instalada de armazenamento conectado à rede, atuando como reserva estratégica para o sistema. A política estadual inclui metas obrigatórias para armazenamento, incentivos financeiros para projetos residenciais e industriais, e programas de resposta à demanda que remuneram consumidores por usar suas baterias em horários de pico. Além disso, as baterias participam ativamente do mercado atacadista de energia, oferecendo serviços de regulação de frequência, suporte à tensão e resposta rápida a oscilações. Na Alemanha, o movimento é semelhante, mas com ênfase na integração entre geração distribuída e armazenamento. Já são mais de 600 mil residências equipadas com sistemas de baterias acopladas a painéis solares, formando uma rede de prosumidores capaz de atuar de forma coordenada em apoio ao sistema elétrico. Os alemães também investem pesadamente em pesquisa e desenvolvimento de baterias mais sustentáveis, com foco em segurança, reciclagem e independência da cadeia asiática. O país oferece subsídios diretos para a aquisição de baterias e reduções de impostos para quem instala sistemas híbridos. A Austrália é outro exemplo notável, especialmente no que diz respeito à escala. O país abriga alguns dos maiores projetos de armazenamento em baterias do mundo, incluindo a Hornsdale Power Reserve, que ficou conhecida como a “Tesla Big Battery”. Esses sistemas ajudam a equilibrar a rede, estabilizar frequências e evitar apagões, principalmente em regiões isoladas com alta penetração de solar e eólica. A estratégia australiana combina incentivos financeiros, abertura de mercado para serviços ancilares e políticas locais que estimulam a descentralização energética. Um fator que tem viabilizado essa expansão é a redução significativa no custo das baterias de íon-lítio, que caiu mais de 80% entre 2010 e 2023, segundo a BloombergNEF. Essa queda abriu espaço para que soluções de armazenamento se tornassem economicamente viáveis não apenas para grandes projetos, mas também para consumidores residenciais e pequenos negócios. A tendência é que o custo continue caindo, impulsionado por ganhos de escala, inovação em materiais e aumento da concorrência internacional. Esses países mostram que, quando há visão estratégica, clareza regulatória e incentivos bem desenhados, o armazenamento de energia pode evoluir rapidamente, beneficiando toda a cadeia do consumidor final ao sistema elétrico como um todo. O Brasil tem muito a aprender com esses exemplos e, mais do que isso, tem potencial para adaptar essas lições à sua própria realidade, tropicalizando soluções e construindo um modelo nacional de armazenamento alinhado às suas características geográficas, econômicas e sociais. O que falta para o Brasil avançar Em um cenário onde as fontes renováveis assumem protagonismo crescente, o armazenamento de energia não pode mais ser visto como um luxo ou uma tecnologia futurista. Ele se tornou um elemento estruturante para garantir a viabilidade técnica, econômica e ambiental da transição energética. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), os sistemas de armazenamento serão responsáveis por até 15% da flexibilidade global necessária para redes elétricas com alta penetração de renováveis até 2030. Já a BloombergNEF estima que o mercado mundial de baterias estacionárias deve alcançar mais de 1.100 GWh até o final da década, impulsionado pela queda contínua de custos e pela expansão das aplicações residenciais, comerciais e utilitárias. No Brasil, a ausência de uma estrutura regulatória específica, aliada à escassez de incentivos e à dependência de uma cadeia industrial internacional, tem atrasado a inserção estratégica do armazenamento no sistema elétrico. Ainda que o Plano Decenal de Expansão Energética (PDE 2035) mencione o armazenamento como uma tecnologia habilitadora, ainda falta clareza sobre sua função no planejamento integrado de geração, transmissão e consumo. Não há mecanismos regulatórios que reconheçam a multifuncionalidade das baterias – que podem atuar como geradoras, cargas controladas, ou prestadoras de serviços ancilares – nem políticas fiscais que incentivem sua adoção por parte de consumidores, distribuidores e investidores institucionais. Enquanto isso, outros países avançam de forma coordenada. A Alemanha já subsidia a instalação de baterias residenciais há mais de uma década. A Califórnia impôs metas obrigatórias de armazenamento para suas distribuidoras. A China, maior fabricante de baterias do mundo, implementou um programa nacional de estímulo à industrialização local de tecnologias de armazenamento e à criação de hubs logísticos estratégicos. Esses exemplos mostram que o tempo é um fator competitivo e que os países que souberem agir com visão, coordenação e agilidade ocuparão posições centrais na economia de baixo carbono que se consolida globalmente. Portanto, quanto mais rapidamente o Brasil reconhecer o armazenamento como infraestrutura crítica, e não apenas como apoio técnico, mais resiliente, eficiente e competitiva será sua matriz elétrica. Ignorar esse movimento global é abrir mão de protagonismo, inovação e oportunidades. Avançar nesse tema, por outro lado, significa posicionar o país de forma estratégica em uma nova era energética mais descentralizada, limpa, flexível e segura. Investir em armazenamento é investir em segurança energética A transição energética no Brasil está em andamento, mas ainda carece de um elemento fundamental para ser, de fato, estruturada e completa: o armazenamento de energia. Gerar eletricidade limpa é essencial, mas não suficiente. É preciso ir além da geração e incorporar, com inteligência e estratégia, soluções que garantam a estabilidade do sistema elétrico, especialmente em um contexto de crescimento acelerado de fontes intermitentes como a solar e a eólica. Sem a capacidade de armazenar energia de forma eficiente, o país corre o risco de limitar o uso pleno de seu potencial renovável e de comprometer a confiabilidade da rede em momentos de maior demanda ou de variações climáticas intensas. Como especialista em parcerias no setor de energias renováveis, tenho acompanhado de perto tanto o avanço tecnológico quanto as barreiras institucionais que ainda travam a expansão do armazenamento no Brasil. A ausência de incentivos financeiros consistentes, a falta de uma regulação específica que reconheça o valor técnico e econômico das baterias, e a inexistência de uma cadeia produtiva nacional sólida fazem com que o país caminhe de forma lenta e desarticulada nessa agenda. Enquanto isso, o mundo já trata o armazenamento como peça-chave para garantir segurança energética, estabilidade de preços e atração de investimentos em projetos sustentáveis. Apesar disso, o Brasil possui um potencial extraordinário para se destacar nessa frente. Nossa matriz majoritariamente limpa, combinada à crescente digitalização do setor elétrico e à demanda por soluções descentralizadas, cria um ambiente favorável para o crescimento do mercado de armazenamento. Com visão estratégica e articulação entre governo, iniciativa privada e academia, o país pode transformar essa tecnologia em um vetor de eficiência operacional, redução de custos sistêmicos e geração de novos modelos de negócio voltados para a inovação e a sustentabilidade. O Brasil precisa falar sobre baterias com a seriedade e a prioridade que o tema exige. E mais do que isso, precisa agir com planejamento, coragem institucional e compromisso de longo prazo, colocando o armazenamento de energia no centro das políticas públicas, do planejamento setorial e das decisões estratégicas que moldarão o futuro do setor energético brasileiro. Sobre a autora   Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis.  O Brasil precisa falar sobre baterias: o papel do armazenamento na transição energética

  • Bombeiros de SP divulgarão nos próximos dias norma para instalação de pontos de recarga em garagens

    Bombeiros de SP divulgarão nos próximos dias norma para instalação de pontos de recarga em garagens Lauro Ladeia, diretor do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Capitão da PM Roberto Adashi, do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Carlos Borges, vice-presidente do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Administração de Imóveis de São Paulo) e Clemente Gauer, diretor e coordenador do Grupo de Segurança da ABVE. Nova regra prevê normativas NBR e responsabilidade técnica do instalador Medidas aumentarão a segurança e darão tranquilidade a síndicos e condôminos Em evento promovido pela Prefeitura paulistana, ABVE e outras entidades, no dia 23/9, o Corpo de Bombeiros de São Paulo informou que deverá divulgar nos próximos dias uma instrução específica sobre instalação de pontos de recarga de veículos elétricos em edifícios residenciais e comerciais. Essa instrução, segundo o capitão Renato Adashi, aumentará a segurança predial e dará mais previsibilidade às empresas de recarga. A nova regra prevê a adoção obrigatória de um conjunto de normativas NBR (diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas) e a exigência de responsabilização técnica e habilitação do instalador por parte de sua entidade profissional. Na avaliação da ABVE, essas providências aumentarão substancialmente a segurança das instalações de pontos de recarga nas garagens dos edifícios, tranquilizarão síndicos e condomínios e reduzirão a incerteza do mercado de infraestrutura. “Entendemos que essa medida dos bombeiros de São Paulo dará uma orientação clara aos síndicos e administradores prediais sobre como instalar equipamentos de recarga, além ampliar a segurança de toda a garagem”, disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos. As normativas previstas incluem: NBR 5410 (Instalações elétricas de baixa tensão), NBR 17019 (Instalações elétricas de baixa tensão — Requisitos para instalações em locais especiais - Alimentação de veículos elétricos), NBR IEC 618S1-1 (Sistema de recarga condutiva para veículos elétricos), Modos de recarga 3 e 4 (conforme a NBR 61851-1), Exigência de habilitação do instalador dos equipamentos por sua entidade profissional e responsabilidade técnica pelas instalações. Seminário A segurança das garagens foi o tema principal do painel “Eletromobilidade e Segurança nas Edificações”, durante o seminário “Caminhos da Eletromobilidade Urbana em São Paulo, no Memorial da América Latina. O evento foi organizado pela Prefeitura, ABVE, C40 e ICCT, com presença do prefeito Ricardo Nunes. Outros aspectos da segurança nas garagens dos prédios existentes e novos em São Paulo, como instalação de chuveiros automáticos (sprinklers), detectores de fumaça, exaustores e planos de gerenciamento de risco, ficarão para um segundo momento e demandarão nova consulta pública, segundo o capitão Renato Adashi. O debate no Memorial da América Latina deixou claro que a recente diretriz sobre o tema da Ligabom (Conselho Nacional dos Comandantes de Bombeiros), divulgada no dia 26 de agosto, é apenas “recomendativa e orientativa”, e não necessariamente será seguida à risca em São Paulo. “Os senhores podem ficar tranquilos, essa discussão a gente vai trazer à sociedade, não vai ser da noite para o dia”, disse o capitão. Também participaram do painel Carlos Borges, vice-presidente do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Administração de Imóveis de São Paulo), e Lauro Ladeia, diretor do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil). A mediação foi de Clemente Gauer, diretor e coordenador do Grupo de Segurança da ABVE. Bombeiros de SP divulgarão nos próximos dias norma para instalação de pontos de recarga em garagens

  • Cresce participação em simulados de segurança da Usina Hidrelétrica São Simão

    Treinamentos mobilizaram comunidades em Goiás e Minas Gerais entre os dias 23 e 28 de setembro. Usina possui rígidos protocolos de segurança e nunca registrou ocorrências desde que entrou em operação, em 1978 Cresce participação em simulados de segurança da Usina Hidrelétrica São Simão Na última semana, mais de 600 pessoas participaram dos simulados que treinaram a população sobre como agir em caso de emergência na barragem da Usina Hidrelétrica (UHE) São Simão, na divisa entre Goiás e Minas Gerais. Pela segunda vez, a ação foi organizada pela SPIC Brasil, responsável pela operação da usina desde 2018, em parceria com entes públicos e privados, como a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Prefeituras municipais de São Simão (GO) e Santa Vitória (MG) e concessionária Ecovias do Cerrado. Foram mais de nove meses de preparação e 40 voluntários envolvidos na organização das atividades, que culminaram em um aumento de aproximadamente 85% no engajamento do público-alvo nos três dias de simulado: em 23/9 (público interno), 26/9 (Distrito Industrial de São Simão-GO) e 28/9 (Distrito de Chaveslândia-MG). O treinamento de segurança ocorre a cada três anos e está previsto no Plano de Ação de Emergência (PAE) da usina. “Desde nosso último exercício, em 2022, houve um crescimento muito grande na participação das comunidades, especialmente do Distrito Industrial e de Chaveslândia. Tivemos muito apoio de toda a população, das indústrias, além da participação ativa de todos os órgãos públicos. Os simulados transcorreram sem contratempos, difundindo nossa cultura de segurança. A usina segue extremamente segura, com instrumentos e equipes que monitoram diariamente a barragem. Não há com o que se preocupar”, afirma Paulo Cesar Pereira, Gerente de Operações Hidroelétricas da SPIC Brasil. Além dos encontros realizados com a comunidade, neste ano a SPIC investiu no cadastramento de todas as 1.100 pessoas de Chaveslândia, distrito localizado abaixo da barragem. Na ocasião, as equipes explicaram sobre a dinâmica do treinamento, esclarecerem dúvidas e fornecerem materiais informativos. Também foi realizado um trabalho de conscientização especial para o público infantil em escolas da região, com utilização de recursos lúdicos, como contação de histórias e jogos. As comunidades ainda foram orientadas a baixar ou atualizar o aplicativo Alert Indivíduo, um sistema complementar às sirenes que envia notificações por mensagens de texto e chamadas de voz em tempo real, além de indicar a melhor rota de evacuação em caso de emergência. Divulgação SPIC Brasil Sinalização Rota de Fuga Simulado de Segurança 2025 UHE São Simão Para o Tenente Pedro Omar Peres, agente regional da Defesa Civil de MG, buscar informações de qualidade e participar do simulado são um exercício de cidadania. “É importante que toda comunidade saiba avaliar situações de risco e adote a cultura de prevenção. Sabemos que a usina é muito segura, mas em caso de qualquer emergência, a população deve saber qual a rota seguir e a localização dos pontos de encontros. A Defesa Civil vai sempre acolher as pessoas caso seja necessário”, reforça o tenente. Primeira moradora de Chaveslândia a chegar ao ponto de encontro, instalado em uma área segura no caso de alagamento, Rosângela de Oliveira Santos se disse “aliviada” após participar da experiência. “Esse já é meu segundo simulado. As pessoas se sentem mais confiantes em saber o que fazer, a rota para onde ir, qual direção tomar. Nós que moramos aqui precisamos nos conscientizar”, declara. Francisco Aparecido Medeiros da Silva, morador há 40 anos do Distrito de Chaveslândia, contou que já estava sabendo do simulado, por isso se deslocou tranquilamente quando recebeu uma mensagem em seu celular, indicando o início do exercício de evacuação. “Achei bem fácil seguir as placas de sinalização. Eu me sinto seguro, a barragem para mim não é novidade, mas se precisar, tem que sair, né?”, afirma. A SPIC Brasil mantém outras ações de prevenção e treinamento. Em caso de dúvidas ou para mais informações, a população pode entrar em contato pelo telefone 0800 200 0204 (segunda a sexta, das 8h às 17h) ou pelo e-mail  portasabertas@spicbrasil.com.br . Cresce participação em simulados de segurança da Usina Hidrelétrica São Simão

  • O que são os projetos de eficiência energética e quais os benefícios para empresas

    Por Jones Poffo, especialista em eficiência energética e CEO da P3 Engenharia Nos últimos anos, a eficiência energética deixou de ser apenas uma pauta ambiental e se tornou uma estratégia essencial de competitividade para empresas de todos os setores. Projetos voltados para este viés geram ganhos financeiros, ambientais e sociais: a economia obtida permite que empresas direcionem recursos para outras áreas estratégicas, há a redução das emissões de gases de efeito estufa, e uma contribuição direta para os compromissos de ESG. Projetos de eficiência energética são iniciativas voltadas à otimização do uso da energia em processos produtivos, sistemas de climatização, iluminação, motores elétricos, etc. O objetivo é fazer mais com menos, garantindo o mesmo nível de produção, conforto ou desempenho utilizando menos energia elétrica. Esses projetos envolvem diagnósticos técnicos, análise de consumo, levantamento de oportunidades e implantação de soluções que vão desde a troca de equipamentos por modelos mais eficientes até automações e sistemas de monitoramento em tempo real.  Investir em eficiência energética é uma decisão estratégica que traz retorno direto para as empresas. Os principais benefícios incluem a redução de custos operacionais — pois a energia representa uma das maiores despesas fixas em indústrias e comércios, e com as medidas corretas, é possível alcançar reduções significativas —; aumento da competitividade, uma vez que empresas que controlam melhor seus custos ganham mais fôlego para investir em inovação e crescer; sustentabilidade e imagem de marca, devido à valorização de consumidores e investidores por organizações comprometidas com a redução de impactos ambientais; atendimento às legislações e normas, pois, em alguns setores, a eficiência energética é pré-requisito para manter conformidade regulatória; e maior vida útil de equipamentos, afinal, sistemas mais modernos e adequados consomem menos energia e exigem menos manutenção. O processo para entregar a eficiência energética começa com um levantamento minucioso de oportunidades, que identifica onde estão os maiores desperdícios e quais as soluções mais adequadas para cada empresa. Outro diferencial é a viabilização financeira dos projetos. Muitas vezes, a empresa não precisa desembolsar recursos próprios para implementar as melhorias. Enquanto engenheiro eletricista especialista, tenho atuado junto com meu time na estruturação dos projetos e conectado o cliente a fundo de investimentos em eficiência energética, que aplicam o capital necessário. Dessa forma, o custo do projeto é pago com parte da economia gerada na conta de energia, sem comprometer o fluxo de caixa da empresa. Após a aprovação, a empresa de engenharia elétrica deve cuidar de todas as etapas: da engenharia à execução, garantindo que as adequações sejam feitas de forma segura, eficiente e dentro do prazo.  Mais do que uma tendência, a eficiência energética se consolida como um investimento estratégico, capaz de gerar economia, fortalecer a sustentabilidade e preparar as empresas para os desafios do futuro. Sobre a P3 Engenharia Elétrica Fundada em 2006 em Indaial (SC) e com atuação em todo o país, a P3 é especializada em administração e execução de obras, montagem de painéis elétricos, realização de laudos técnicos, projetos de eficiência energética e no ramo do mercado livre de energia. São mais de 4 mil obras atendidas em 19 estados brasileiros. A companhia conta com uma equipe de quase 200 profissionais diretos e indiretos que atuam de ponta a ponta nas obras industriais e projetos de eficiência energética, levando tranquilidade e confiança para os clientes. Mais de 7 mil painéis elétricos já foram entregues pela P3 e mais de 5 mil megawatts instalados.   O que são os projetos de eficiência energética e quais os benefícios para empresas

  • JA Solar Fornecerá Módulos DeepBlue 4.0 Pro para Projeto Solar em Tomakomai, Japão

    JA Solar Fornecerá Módulos DeepBlue 4.0 Pro para Projeto Solar em Tomakomai, Japão A JA Solar anunciou que fornecerá seus módulos de última geração DeepBlue 4.0 Pro  para o novo projeto solar de Tomakomai, em Hokkaido, reforçando sua presença no mercado japonês de energia renovável. O empreendimento é desenvolvido em parceria pela Tomakomai Port Development Co. , JAPEX  e Development Bank of Japan , e promete se tornar um marco de confiabilidade e desempenho em uma das regiões de clima mais desafiador do país. O parque solar será instalado no Akeno Kita Industrial Park , com capacidade projetada de 20,57 MWp (DC)  e saída de 13 MW (AC) . A expectativa é de uma geração anual de cerca de 23 milhões de kWh , energia suficiente para evitar a emissão de aproximadamente 9.700 toneladas de CO₂  por ano. Com ventos intensos, grande acúmulo de neve e elevada umidade, Tomakomai exige sistemas capazes de manter alta performance em condições extremas. Segundo a JA Solar, os módulos DeepBlue 4.0 Pro  foram projetados exatamente para esse tipo de cenário, oferecendo alta eficiência de conversão, baixas taxas de degradação e excelente desempenho bifacial . Os equipamentos passaram por rigorosos testes de certificação para resistência à névoa salina, amônia, poeira, cargas desiguais de neve e ventos fortes , garantindo maior durabilidade e menor custo nivelado de energia ao longo do ciclo de vida do projeto. A JA Solar tem um histórico consolidado em Tomakomai. Em 2015, forneceu todos os módulos para a usina solar de 29,8 MW de Yufutsu , que segue operando de forma confiável até hoje. Em 2019, a empresa também participou do projeto de 32 MW em Shibetsu , uma das maiores plantas solares com armazenamento de energia de Hokkaido, que superou as expectativas de geração. Para Aiqing Yang, presidente-executivo da JA Solar, o fornecimento para Tomakomai confirma o compromisso da empresa com o mercado japonês: “No Japão, onde o clima impõe desafios extremos, nossos módulos DeepBlue 4.0 Pro entregam a robustez e o desempenho que os clientes esperam. Aliando tecnologia n-type avançada, suporte local e histórico comprovado, vamos ajudar o país a acelerar sua transição para uma matriz mais limpa.” Com esse novo contrato, a JA Solar fortalece sua posição como parceira estratégica na expansão da energia solar no Japão, apoiando o país em suas metas de descarbonização e segurança energética. JA Solar Fornecerá Módulos DeepBlue 4.0 Pro para Projeto Solar em Tomakomai, Japão

  • Carga de Energia no Brasil Deve Avançar 2,5% em Outubro, Aponta ONS

    Perspectiva de crescimento vem acompanhada de hidrologia abaixo da média histórica em todos os submercados Carga de Energia no Brasil Deve Avançar 2,5% em Outubro, Aponta ONS O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou sua projeção mais recente para o comportamento da carga de energia elétrica no país e indicou que outubro deverá registrar um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024 . A expansão é atribuída à retomada gradual da atividade econômica e ao crescimento do consumo residencial e industrial. Apesar da elevação na demanda, o ONS alerta para um cenário de hidrologia desfavorável . As previsões de afluência para o mês estão abaixo da média histórica em todos os submercados – Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Essa condição exige atenção redobrada para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), especialmente no planejamento de despacho de usinas hidrelétricas e térmicas. Impactos no Planejamento Energético Segundo especialistas, a combinação de maior carga com afluências reduzidas  pode pressionar os reservatórios das hidrelétricas, aumentando a necessidade de acionamento de fontes complementares, como térmicas a gás natural, biomassa e eólicas. “É um cenário que demanda equilíbrio para garantir segurança no abastecimento e evitar elevação de custos para o consumidor final”, aponta o ONS. Mercado Acompanha de Perto Agentes do setor elétrico e comercializadores de energia acompanham de perto os boletins semanais do ONS para ajustar estratégias de compra e venda de energia no mercado livre. O comportamento do regime de chuvas ao longo do mês será determinante para o fechamento do balanço energético de 2025. Com o avanço da carga e a perspectiva hidrológica menos favorável, a gestão eficiente do SIN será crucial para atravessar o período seco  e garantir a confiabilidade do suprimento. Carga de Energia no Brasil Deve Avançar 2,5% em Outubro, Aponta ONS

  • ANEEL Reduz Bandeira Tarifária para Vermelha 1 em Outubro: Impacto no Bolso do Consumidor

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)  anunciou nesta semana a redução da bandeira tarifária para vermelha 1  no mês de outubro, após dois meses consecutivos de acionamento da bandeira vermelha 2 . A medida traz um alívio para os consumidores brasileiros, refletindo diretamente na conta de luz. ANEEL Reduz Bandeira Tarifária para Vermelha 1 em Outubro: Impacto no Bolso do Consumidor A bandeira tarifária é um mecanismo que sinaliza o custo da geração de energia no país e influencia o valor final da fatura de forma proporcional. No caso da bandeira vermelha 1 , cada 100 kWh consumidos gera um acréscimo de R$ 3,00 na conta, enquanto a bandeira vermelha 2, aplicada em agosto e setembro, chegava a R$ 9,49 a cada 100 kWh. Segundo a ANEEL, a decisão foi tomada considerando a melhora das condições hidrológicas  e a redução do custo da geração termelétrica  no sistema interligado nacional. A hidrologia, que é determinante para a produção de energia, apresentou recuperação em diversas regiões, permitindo menor dependência de usinas termelétricas, tradicionalmente mais caras. Especialistas apontam que a diminuição da bandeira representa não apenas um alívio imediato na conta de luz, mas também uma sinalização positiva para o mercado de energia , contribuindo para a previsibilidade de custos no setor elétrico brasileiro. No entanto, o cenário ainda exige atenção. A hidrologia segue abaixo da média histórica  em algumas regiões, o que mantém a necessidade de monitoramento constante do sistema e da demanda elétrica. Para os consumidores, a dica é manter hábitos de consumo conscientes. Pequenos ajustes, como reduzir o uso de eletrodomésticos em horários de pico e investir em soluções de eficiência energética , podem potencializar a economia, mesmo com a redução da bandeira. Resumo do impacto da bandeira de outubro: Bandeira anterior (agosto e setembro):  Vermelha 2 – R$ 9,49/100 kWh Bandeira vigente (outubro):  Vermelha 1 – R$ 3,00/100 kWh Motivo:  Melhorias na hidrologia e redução do custo de geração termelétrica A ANEEL reforça que o monitoramento do sistema é constante, e novas alterações nas bandeiras podem ocorrer caso as condições hidrológicas se modifiquem. ANEEL Reduz Bandeira Tarifária para Vermelha 1 em Outubro: Impacto no Bolso do Consumidor

  • Sigenergy Revoluciona o MPPT e Eleva a Eficiência da Geração Solar

    Por Redação EnergyChannel A ideia de que sistemas solares perdem grande parte da eficiência em dias nublados ou sob sombreamento parcial já não condiz com a realidade da tecnologia atual. A evolução dos inversores fotovoltaicos transformou a forma como a energia solar é aproveitada, e um dos protagonistas dessa mudança é o MPPT — Maximum Power Point Tracking, ou Rastreamento do Ponto de Máxima Potência. Sigenergy Revoluciona o MPPT e Eleva a Eficiência da Geração Solar Hoje, o MPPT é presença obrigatória nos inversores modernos. Mas, para a Sigenergy, essa funcionalidade é apenas o ponto de partida. A empresa tem investido em algoritmos inteligentes e em uma arquitetura de sistema inovadora que leva o MPPT a um novo patamar, garantindo maior geração de energia, mesmo em cenários desafiadores. Sigenergy Revoluciona o MPPT e Eleva a Eficiência da Geração Solar Resposta Rápida às Oscilações de Irradiação Em situações de variação brusca de luminosidade como no nascer ou pôr do sol, ou com o avanço rápido de nuvens os inversores tradicionais podem sofrer atrasos na identificação do ponto de máxima potência, resultando em perdas de energia. A Sigenergy adotou uma abordagem preditiva. Seu algoritmo proprietário analisa múltiplos fatores e se ajusta em milissegundos, antecipando mudanças no ponto de máxima potência e “travando” nele em tempo real. O resultado é um aproveitamento mais consistente da energia disponível, evitando que o sistema fique “correndo atrás do sol” e perca geração em momentos críticos. Escaneamento Multipeak para Máxima Geração Outro desafio para os sistemas fotovoltaicos é o chamado multi-peak curve , quando sombreamentos parciais ou sujeira nos módulos criam vários picos de potência na curva de geração. Inversores convencionais frequentemente ficam presos em um pico local, entregando menos energia do que poderiam. A Sigenergy resolveu esse problema com o Multipeak MPPT Scanning Optimization , um algoritmo capaz de escanear toda a curva em segundos, identificar o verdadeiro pico global e ajustar o sistema para operar nele. Na prática, isso significa que, mesmo com sombreamento complexo, a geração é rapidamente restaurada ao nível máximo — em apenas 10 segundos enquanto soluções tradicionais podem levar até um minuto para reagir, desperdiçando energia. Resultados Comprovados em Campo Os avanços da Sigenergy não ficam apenas no papel. Um teste de campo realizado na fábrica de Jiaozhou, em Qingdao (China), comparou o inversor C&I de 110 kW da empresa com um concorrente de marca Tier-1. Sob as mesmas condições de operação, o equipamento da Sigenergy entregou, em média, 0,41% a mais de geração , com picos diários de até 2,12% de ganho adicional . Pode parecer pouco, mas em uma usina de 10 MW, isso representa cerca de 53.000 kWh de energia extra por ano o suficiente para gerar mais de RMB 40 mil em receita adicional. Em projetos de escala centenária de megawatts, o impacto é exponencial, aumentando significativamente o retorno sobre o investimento. Inovação Contínua em um Mercado Competitivo Num setor onde muitos produtos parecem semelhantes, a Sigenergy vem se destacando ao somar avanços em hardware, algoritmos e design de sistema, sempre com foco em eficiência e confiabilidade. “Nosso objetivo é extrair o máximo valor de cada raio de sol e oferecer aos clientes soluções de energia limpa mais estáveis e rentáveis”, afirma a empresa. A expectativa é que a Sigenergy continue ampliando o uso de inteligência preditiva e otimização dinâmica, consolidando-se como referência em inversores de alta performance e ajudando a acelerar a transição global para energia renovável. Sigenergy Revoluciona o MPPT e Eleva a Eficiência da Geração Solar

  • Computação Quântica Alcança 6.100 Qubits e Abre Novo Capítulo na Era da Supremacia Quântica

    Por Redação EnergyChannel Computação Quântica Alcança 6.100 Qubits e Abre Novo Capítulo na Era da Supremacia Quântica A corrida global pela supremacia quântica acaba de ganhar um marco histórico: uma equipe de pesquisadores apresentou uma memória quântica com 6.100 qubits endereçáveis , superando em larga escala os recordes anteriores e aproximando o mundo da era dos computadores quânticos práticos. Até então, os avanços mais notáveis vinham da IBM, com o processador Condor (1.121 qubits), da Atom Computing, com 1.180 qubits, e da Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, com 1.305 qubits. Esses números já eram considerados marcos para se atingir o ponto em que os computadores quânticos demonstram vantagens reais sobre as máquinas clássicas — o chamado ponto de supremacia quântica . Agora, com 6.100 qubits operacionais, o cenário muda de patamar. “Este é um momento empolgante para a computação quântica baseada em átomos neutros. Agora podemos vislumbrar um caminho para grandes computadores quânticos com correção de erros”, declarou Manuel Endres , professor do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Como funciona a nova arquitetura quântica O diferencial da conquista está na tecnologia empregada. Ao invés dos qubits supercondutores, que dominam a maioria das plataformas atuais, os cientistas utilizaram qubits de átomos neutros , manipulados com altíssima precisão. Para isso, foi utilizado um sistema de pinças ópticas , feixes de laser extremamente focados capazes de capturar e organizar milhares de átomos individuais de césio. No total, mais de 12.000 pinças foram criadas, resultando em uma grade que acomodou os 6.100 qubits em uma câmara de vácuo — uma verdadeira “matriz quântica” vista pelos pesquisadores como uma imagem impressionante, com cada qubit aparecendo como um ponto brilhante. Estabilidade e precisão sem precedentes O que mais chamou atenção não foi apenas o número de qubits, mas a qualidade da coerência quântica  alcançada. Os pesquisadores conseguiram manter os qubits em superposição por cerca de 13 segundos  — quase dez vezes mais do que experimentos anteriores com arquiteturas semelhantes — e atingiram 99,98% de precisão na manipulação individual dos qubits . “Qubits não são úteis sem qualidade. Agora temos quantidade e qualidade”, destacou Gyohei Nomura , integrante da equipe responsável pela pesquisa. O próximo desafio: correção de erros em larga escala O próximo passo para transformar esse avanço em aplicações comerciais será a implementação da correção de erros quânticos  na escala de milhares de qubits. Esse é o ponto crítico que permitirá a criação de processadores capazes de executar tarefas complexas, como simulações de novos materiais, otimização de redes elétricas e avanços em inteligência artificial. Com essa conquista, os átomos neutros se consolidam como um dos candidatos mais promissores para liderar o desenvolvimento de computadores quânticos escaláveis e confiáveis. Computação Quântica Alcança 6.100 Qubits e Abre Novo Capítulo na Era da Supremacia Quântica

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