Publicidade
Resultados da busca
2434 resultados encontrados com uma busca vazia
- FOX ESS Impulsiona a Inovação Solar na Intersolar South America 2025
Ricardo Honório do EnergyChannel Entrevista Giulia Di Sipio sobre Expansão e Novidades Tecnológicas São Paulo, Brasil – A Intersolar South America 2025, o maior evento do setor solar na América Latina, serve como palco para as mais recentes inovações e estratégias de mercado. Neste cenário dinâmico, a FOX ESS, líder global em soluções de inversores e armazenamento de energia, destacou-se com um estande vibrante e repleto de novidades. Em uma entrevista exclusiva para o EnergyChannel, Ricardo Honório, renomado jornalista especializado em energia, conversou com Giulia Di Sipio, gerente de marketing para Américas da FOX ESS, para desvendar os planos e as tecnologias que a empresa está trazendo para o mercado brasileiro. O Momento de Expansão da FOX ESS no Brasil Giulia Di Sipio enfatizou o momento de expansão da FOX ESS no mercado brasileiro, evidenciado pelo grande movimento no estande da empresa desde as primeiras horas da feira. “ acho que tem muitas pessoas interessas nos nossos produtos, principalmente híbridos e baterias ”, afirmou Di Sipio, ressaltando o crescente interesse do público e dos profissionais do setor pelas soluções da FOX ESS. Este cenário reflete não apenas a qualidade e a relevância dos produtos da empresa, mas também a maturidade e o potencial de crescimento do mercado solar fotovoltaico no Brasil. Lançamentos e Inovações Tecnológicas: Inversores Híbridos e o BESS Um dos pontos altos da participação da FOX ESS na Intersolar 2025 foi o lançamento de novos produtos que prometem revolucionar o setor. Entre as novidades, destacam-se os **inversores híbridos** de maior capacidade e as avançadas **baterias** de armazenamento de energia. Contudo, o grande destaque, e um tópico de entusiasmo para Ricardo Honório, foi o sistema **BESS (Battery Energy Storage)**. “O BESS é uma coisa muito legal, né? Uma coisa que realmente ela vai fazer uma diferença boa aqui”, comentou Honório, sublinhando o impacto transformador que essa tecnologia pode ter na otimização do consumo de energia e na estabilidade da rede. O BESS representa um avanço significativo para a autonomia energética, permitindo que a energia solar gerada seja armazenada e utilizada em períodos de baixa irradiação solar ou durante picos de demanda, reduzindo a dependência da rede elétrica e proporcionando maior segurança energética. A FOX ESS, ao investir em soluções como o BESS, demonstra seu compromisso com a inovação e com o fornecimento de tecnologias que atendam às necessidades emergentes de um mercado em constante evolução. FOX ESS Impulsiona a Inovação Solar na Intersolar South America 2025 Inovação Contínua e o Futuro da Energia Solar A FOX ESS reafirma seu compromisso com a inovação contínua, buscando sempre atualizar seu portfólio para oferecer as soluções mais eficientes e sustentáveis. A presença marcante na Intersolar South America 2025 e o lançamento de produtos de ponta, como os inversores híbridos de alta capacidade e o sistema BESS, são testemunhos dessa dedicação. A empresa não apenas acompanha as tendências do mercado, mas também as impulsiona, contribuindo ativamente para a transição energética global. Reconhecimento e Celebração no Evento O EnergyChannel, parceiro de longa data da FOX ESS, mais uma vez prestigiou o estande da empresa, reforçando a importância da colaboração entre a mídia especializada e os players do setor para disseminar conhecimento e impulsionar o desenvolvimento. Para celebrar o sucesso e as parcerias, a FOX ESS estendeu um convite especial para um Happy Hour exclusivo na quarta-feira, com open food e open bar, um momento de confraternização e networking que promete selar ainda mais os laços com clientes e parceiros. FOX ESS Impulsiona a Inovação Solar na Intersolar South America 2025
- Microinversores da APsystems se consolidam como referência em segurança no Brasil
Por Ricardo Honório – EnergyChannel Na Intersolar South America, o EnergyChannel conversou com João Souza, engenheiro e responsável técnico da Ecori , sobre uma das pautas mais relevantes do setor: a segurança dos sistemas fotovoltaicos e o papel dos microinversores da APsystems nesse cenário. Microinversores da APsystems se consolidam como referência em segurança no Brasil Com mais de uma década de presença no Brasil, a tecnologia da APsystems já se consolidou como referência global em confiabilidade e desempenho. Segundo Souza, o diferencial está na combinação de robustez, histórico de uso e requisitos rigorosos de segurança internacional. “Os microinversores da APsystems trazem para o consumidor final uma solução altamente segura, eficiente e com histórico comprovado. Trata-se de uma tecnologia já validada tanto no mercado brasileiro quanto no norte-americano, onde surgiram normas exigentes de segurança, como desligamento rápido e proteção contra arco elétrico”, explicou o engenheiro. Tecnologia testada em cenários extremos Souza destacou que muitos mitos ainda circulam em torno da questão de temperaturas elevadas em equipamentos fotovoltaicos. Entretanto, ele lembra que os microinversores já foram testados em condições ainda mais severas que as brasileiras. “Nos Estados Unidos, temos regiões desérticas com temperaturas altíssimas, como Mojave e partes do Texas, que superam facilmente o calor do sertão brasileiro. E mesmo nesses ambientes, os microinversores da APsystems mantêm desempenho estável, sem comprometer a segurança ou a durabilidade do sistema”, afirmou. Segurança como prioridade Para Souza, o consumidor brasileiro está em vantagem ao contar com uma tecnologia que nasceu em um dos mercados mais exigentes do mundo e que hoje se adapta perfeitamente às necessidades locais. Com requisitos como proteção contra arco elétrico e desligamento rápido já embutidos na concepção dos microinversores , a solução se posiciona como tendência no setor de energia solar, elevando o padrão de qualidade e proteção das instalações residenciais e comerciais. Um mercado em crescimento Durante o congresso, o estande da Ecori recebeu grande movimentação, refletindo o interesse crescente do mercado por soluções inovadoras e confiáveis em energia solar. “É sempre uma satisfação estar presente e compartilhar informações que ajudam consumidores e integradores a entenderem o valor real de investir em segurança. A APsystems já é referência global e segue mostrando porque essa tecnologia é cada vez mais adotada no Brasil”, concluiu Souza. Microinversores da APsystems se consolidam como referência em segurança no Brasil
- GoodWe Avança no Mercado de BIPV e Revoluciona a Geração de Energia Integrada à Construção
São Paulo, 04 de setembro de 2025 – A GoodWe, multinacional chinesa reconhecida no setor de energia solar, intensifica sua presença no mercado brasileiro com soluções inovadoras em BIPV (Building-Integrated Photovoltaics) , tecnologia que integra a geração de energia fotovoltaica diretamente às edificações. GoodWe Avança no Mercado de BIPV e Revoluciona a Geração de Energia Integrada à Construção Durante o primeiro dia da Intersolar South America 2025 , o EnergyChannel conversou com Lucas Santos, BIPV Solution Engineer LATAM da GoodWe , que destacou o potencial transformador desta abordagem para cidades inteligentes e edifícios autossustentáveis. “Não se trata de apenas instalar painéis solares. Nossa solução integra o gerador fotovoltaico à própria construção, desde fachadas e sacadas até guarda-corpos solares e telhas substitutas”, explica Santos. Segundo ele, a GoodWe disponibiliza 10 produtos diferentes para atender a cada tipo de projeto, oferecendo flexibilidade e máxima eficiência energética sem comprometer o espaço ou o design arquitetônico. GoodWe Avança no Mercado de BIPV e Revoluciona a Geração de Energia Integrada à Construção Um exemplo prático é o prédio corporativo da GoodWe na China, que utiliza 52% de sua área para geração de energia BIPV , alcançando grande parte de seu consumo interno sem a necessidade de painéis tradicionais adicionais. “Em edifícios comerciais e residenciais onde o espaço é limitado, o BIPV permite gerar energia de forma eficiente e estética”, reforça Santos. Entre os destaques do portfólio brasileiro estão o Galaxy , painel ultraleve e ultrafino que dispensa fixações tradicionais, ideal para galpões e coberturas logísticas, e o Polares , que substitui completamente as telhas convencionais, mantendo vedação total e aproveitando a estrutura do edifício. A GoodWe também oferece oito soluções customizadas , adaptadas às necessidades específicas de cada cliente, com acompanhamento de engenharia desde a concepção até a validação final do projeto. Para o mercado, a adoção do BIPV representa um passo decisivo em direção à autossuficiência energética e à construção de cidades inteligentes , especialmente em áreas urbanas densas, onde a instalação de painéis tradicionais é limitada. “Estamos em 2025, e ainda há empresas que trabalham com módulos convencionais como há 13 anos. O próximo passo lógico é investir em tecnologia BIPV”, comenta Santos. O EnergyChannel continuará acompanhando a GoodWe durante a Intersolar South America 2025, trazendo análises, entrevistas e novidades sobre o futuro da energia solar integrada à construção civil. GoodWe Avança no Mercado de BIPV e Revoluciona a Geração de Energia Integrada à Construção
- PARECER (CN) N° 1 DA MP 1300: ANATOMIA DE UMA REFORMA EVISCERADA PELA CONVENIÊNCIA POLÍTICA
Por Arthur Oliveira | Artigo de Opinião A comissão mista da Medida Provisória (MP) 1.300/2025 aprovou nesta quarta-feira (3) o texto, que altera a Tarifa Social de Energia Elétrica para isentar famílias de baixa renda da conta de luz em casos de pouco consumo. MP 1300: ANATOMIA DE UMA REFORMA EVISCERADA PELA CONVENIÊNCIA POLÍTICA A MP ainda será votada nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. O relatório é do deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), que o apresentou na terça-feira (2), com vista coletiva concedida, e complementou o voto na reunião desta quarta, suprimindo pontos do primeiro relatório. Segundo o relator, "esta MP é muito importante porque vai atender milhões de brasileiros". O presidente da comissão, senador Eduardo Braga (MDB-AM), ausente em Brasília, delegou a condução dos trabalhos ao vice-presidente, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), que elogiou o acordo construído no texto final. Contudo, o Parecer (CN) nº 1, de 2025, revela uma reforma ambiciosa que foi metodicamente "desidratada" pela conveniência política, transformando-se em um instrumento de apelo populista imediato, enquanto adia soluções estruturais cruciais. A comissão mista não legislou para o futuro; gerenciou o presente, optando por um caminho de menor resistência e maior ganho político. O ACERTO TÁTICO: ADIAR O CAOS PARA GANHAR TEMPO Antes de qualquer crítica, é fundamental reconhecer a notável arquitetura legislativa empregada pela comissão mista para gerir a complexidade da MP 1.300/2025, o que constitui seu principal ponto positivo. A decisão de “desidratar” a Medida Provisória não foi um simples recuo, mas uma manobra tática deliberada para evitar o colapso de uma pauta originalmente extensa e complexa. O texto inicial, publicado em 21 de maio de 2025, propunha uma reestruturação sistêmica do setor elétrico , alterando oito leis fundamentais, incluindo a Lei nº 9.074/1995 (concessões), a Lei nº 9.427/1996 (ANEEL) e a Lei nº 14.300/2022 (Geração Distribuída). Entre os pontos de maior complexidade, destacam-se a abertura total do mercado livre , que alteraria o Art. 15 da Lei nº 9.074/1995 para permitir que consumidores de baixa tensão escolhessem fornecedores até 1º de dezembro de 2027. Essa medida demandaria uma regulamentação hercúlea pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), incluindo uma campanha educativa de 12 meses , além de ajustes operacionais, contratos e mecanismos de migração que garantissem previsibilidade e segurança ao mercado. Outro ponto crítico era o fim abrupto dos descontos na Tarifa de Uso dos Sistemas de Transmissão e Distribuição (TUST/TUSD) para energia incentivada , implícito no Art. 26 da Lei nº 9.427/1996 a partir de 2026. Essa alteração poderia desencadear um verdadeiro “ apagão de investimentos ” em fontes renováveis, além de gerar uma onda de judicialização por violação de direitos adquiridos, respaldada por precedentes do Supremo Tribunal Federal (ADIs 4.029 e 6.10). Ambos os temas, devido à sua complexidade, exigiriam regulamentação detalhada, mecanismos de transição e ampla campanha educativa para mitigar riscos jurídicos e proteger os investimentos no setor, o que configura um ponto positivo na condução estratégica da Comissão. Outro ponto positivo destacado foi a manutenção da separação tarifária e contábil até 1º de julho de 2026, conforme o Art. 4º, § 14 da Lei nº 9.074/1995. Embora essa obrigação possa gerar custos administrativos e desafios de eficiência, ela assegura o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias de comercialização e distribuição. A comissão preservou essa regra sem alterações específicas, subordinando-a a outras prioridades do parecer e evitando desequilíbrios imediatos enquanto os temas mais complexos foram adiados para a MP 1.304/2025. Na “Complementação de Voto”, Fernando Coelho Filho explicou que certos assuntos “cuja discussão pode ser mais bem aprofundada” deveriam ser tratados na MP 1.304/2025. Acima de tudo, a comissão, sob a liderança do relator, Deputado Fernando Coelho Filho, executou uma estratégia de esvaziamento precisa , documentada na "Complementação de Voto" (p. 16-17 do parecer). A justificativa apresentada foi a de que certos temas, devido à sua complexidade, precisavam ser movidos para o âmbito da MP 1.304/2025, garantindo uma análise mais aprofundada e técnica. Essa decisão teve consequências imediatas e drásticas no texto: Primeiramente, houve a rejeição em massa de emendas . Conforme o relatório de mérito (p. 5), todas as 601 emendas oferecidas foram rejeitadas. Essa ação não consistiu em análise individual de mérito, mas em uma decisão política para “limpar a pauta” e evitar que o debate se fragmentasse, o que poderia inviabilizar um acordo consistente. Em segundo lugar, ocorreu a supressão de artigos inteiros . A "Complementação de Voto" detalha a “cirurgia” realizada no Projeto de Lei de Conversão (PLV): foram retirados o Art. 1º do PLV, que alterava a Lei nº 9.074/1995 (abertura de mercado), e o Art. 3º, que modificava a Lei nº 9.648/1998, além de propostas de alteração na Lei nº 10.848/2004, relativas à flexibilização da contratação regulada. Ao transferir a responsabilidade desses debates para a futura comissão da MP 1.304/2025 onde a liderança será compartilhada entre o Senador Eduardo Braga (relator) e o Deputado Fernando Coelho Filho (presidente) — a comissão garantiu continuidade da discussão sob comando alinhado , evitando decisões precipitadas. Este recuo tático não apenas preveniu uma aprovação apressada e malfeita, mas também preservou a integridade de uma reforma que, se mantida em sua forma original, certamente colapsaria sob o peso de sua própria complexidade e do prazo exíguo para deliberação. O ERRO ESTRATÉGICO: A OPÇÃO PELO POPULISMO E SEUS DANOS COLATERAIS Se a comissão acertou ao adiar, errou gravemente ao priorizar medidas assistencialistas, configurando seu principal PONTO NEGATIVO . O parecer transformou a MP em um veículo de apelo populista, socializando custos de forma perversa e adiando reformas estruturais. Tarifa social: benefício visível, custo oculto O carro-chefe do texto aprovado é a profunda alteração na política da Tarifa Social, com modificações diretas em leis estruturantes: Alteração na Lei nº 12.212/2010 (Art. 5º do PLV): A nova redação do Art. 1º da lei concede isenção de 100% na tarifa para o consumo de até 80 kWh/mês para famílias de baixa renda. O mesmo artigo estabelece que, acima dessa faixa, o desconto será de 0%, eliminando a antiga progressividade. O § 4º do Art. 2º estende este benefício integral a famílias indígenas e quilombolas. Alteração na Lei nº 10.438/2002 (Art. 2º do PLV): O novo § 3º-I do Art. 13 cria outra camada de benefício: a partir de 2026, famílias com renda entre meio e um salário mínimo terão isenção total do pagamento da quota da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para consumo de até 120 kWh/mês. O discurso é socialmente poderoso, mas a matemática, quando exposta, é cruel. O impacto líquido total dessas medidas na CDE é um aumento de custo estimado entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,5 bilhões por ano. Este valor é a soma do subsídio adicional para zerar a conta de 80 kWh com a receita que a CDE deixará de arrecadar da outra faixa de beneficiários. O parecer do relator, na página 27, tenta justificar essa despesa com uma manobra contábil, afirmando que a arrecadação extraordinária de R$ 6 bilhões com a repactuação do UBP e o "risco fiscal evitado" de R$ 20 bilhões "compensam e justificam renúncia fiscal". Isso é perigosamente enganoso. Uma receita única (UBP) não pode, sob nenhuma ótica de gestão responsável, justificar uma despesa anual e permanente de mais de R$ 5 bilhões. O resultado inevitável é um déficit estrutural na CDE que será pago por todos os outros consumidores – classe média e setor produtivo – através de aumentos tarifários nos anos vindouros. Repactuação do UBP: benefício temporário, viés populista O parecer introduz, no Art. 7º do PLV, a repactuação do Uso do Bem Público (UBP) para usinas hidrelétricas, com uma arrecadação estimada em R$ 6 bilhões para a CDE. No entanto, o § 8º do mesmo artigo direciona esses recursos "exclusivamente para fins da modicidade tarifária, para os anos de 2025 e 2026, dos consumidores do ambiente regulado situados nas regiões abrangidas pela SUDAM e SUDENE". Embora pareça meritório, o ato tem um viés populista e regionalista, utilizando um recurso extraordinário para um alívio tarifário temporário e localizado, em vez de endereçar problemas estruturais da CDE. Rateio de custos de Angra: ônus nacional, benefício regional A comissão manteve a redação do Art. 11-A da Lei nº 12.111/2009, que determina o rateio dos custos de Angra 1 e 2 entre todos os usuários do SIN (exceto baixa renda). A energia firme gerada pelas usinas nucleares é crucial para a estabilidade do subsistema Sudeste, beneficiando diretamente o Rio de Janeiro. No entanto, o custo dessa estabilidade será pago por consumidores de todo o Brasil, incluindo regiões que não usufruem da mesma forma dessa segurança energética. Trata-se de uma socialização de custos que ignora o princípio da isonomia e da justa alocação de encargos. Em suma, ao alterar a Lei nº 12.111/2009, o parecer mantém o rateio dos custos de Angra 1 e 2 entre todos os usuários do SIN, com a única exceção da baixa renda. A medida impõe um ônus nacional para garantir a segurança energética de uma região específica, violando a isonomia tarifária. Geração Distribuída: Ponto Negativo A ausência de qualquer menção à sustentabilidade da Geração Distribuída (GD) no parecer é um PONTO NEGATIVO flagrante. A Lei nº 14.300/2022 estabeleceu um marco, mas deixou pontas soltas sobre a alocação de custos de rede. Ao se omitir, a comissão perdeu a chance de promover um modelo de GD autossustentável, mantendo a incerteza e a dependência de subsídios que, no fim, também recaem sobre a CDE e oneram todos os consumidores. Riscos hidrológicos No Parecer da MP 1.300/2025 , o risco hidrológico é tratado no Art. 6º do PLV , alterando a Lei nº 13.203/2015. O mecanismo proposto prevê a liquidação de passivos do MRE (Generation Scaling Factor) via leilão centralizado pela CCEE , em que geradores ofertam títulos representando créditos não pagos na liquidação financeira do mercado de curto prazo. O pagamento ocorre por extensão da outorga das usinas por até sete anos , condicionado à desistência judicial e renúncia de direitos futuros. Críticas técnicas: Transparência insuficiente : avaliação do valor da outorga estendida é complexa e opaca, podendo gerar benefício excessivo a geradores. Socialização de risco privado : custos originalmente assumidos por geradores passam a ser indireta e parcialmente suportados pela sociedade. Custo de oportunidade : a extensão de outorgas impede arrecadação potencial de novas licitações, impactando tarifas e aumentando o encargo sobre consumidores. Em resumo, o mecanismo busca resolver passivos judiciais bilionários, mas pode gerar benefícios desproporcionais a grandes agentes e reduzir a arrecadação futura do setor. CONCLUSÃO: UMA REFORMA ADIADA, UMA CONTA ANTECIPADA O Parecer (CN) nº 1, de 2025, reflete uma escolha política: priorizar impacto imediato em detrimento da modernização setorial. Adiar temas complexos foi prudente, mas o foco em políticas assistencialistas como Tarifa Social (R$ 5 bi) e repactuação do UBP (R$ 6 bi) cria distorções tarifárias e regionais, com custos anuais estimados em R$ 11 bilhões. A rejeição de emendas e a omissão sobre GD, riscos hidrológicos e autoprodução evidenciam uma reforma eviscerada, deixando para trás livre concorrência e eficiência (art. 170, IV e IX da CF/88). A conta será paga nas tarifas dos brasileiros e na perda de competitividade do país. A verdadeira reforma, que promova sustentabilidade e equidade, foi adiada para a MP 1.304/2025, mas sem garantias de execução. A MP 1.300/2025 foi desfigurada pela conveniência política; resta torcer que o Congresso, ao votar o PLV, resgate seu potencial transformador, incorporando soluções como MIGRH e flexibilização da autoprodução. PARECER (CN) N° 1 DA MP 1300: ANATOMIA DE UMA REFORMA EVISCERADA PELA CONVENIÊNCIA POLÍTICA
- Huasun atinge recorde de 34,02% de eficiência em células solares tandem HJT-Perovskita
A Huasun Energy anunciou recentemente dois avanços importantes no desenvolvimento de células solares tandem que combinam silício heterojunção (HJT) e perovskita. A empresa alcançou 34,02% de eficiência em células de laboratório de pequeno porte (1 cm²) e 29,01% em células de grande porte (210 HP) produzidas em sua linha industrial. O feito reforça a capacidade de inovação da Huasun e sua liderança na transição da pesquisa científica para a produção em escala comercial. Huasun atinge recorde de 34,02% de eficiência em células solares tandem HJT-Perovskita No nível de laboratório, a equipe aplicou uma estratégia de dupla passivação , que combina efeitos de campo físico e ligações químicas, reduzindo de forma significativa as perdas por recombinação não radiativa na interface. Isso permitiu elevar a eficiência das células tandem HJT-perovskita a 34,02%, posicionando a Huasun entre os líderes globais no setor. Além disso, com o uso de novos aditivos para a cristalização da perovskita e camadas de transporte com maior mobilidade de portadores, a empresa otimizou a orientação dos grãos, o alinhamento de níveis de energia e a estabilidade das interfaces criando uma base sólida para explorar limites ainda maiores de eficiência. Huasun atinge recorde de 34,02% de eficiência em células solares tandem HJT-Perovskita Já em escala industrial, a Huasun alcançou 29,01% de eficiência em células de grande porte (210 HP) , superando em quase 4% as células convencionais de silício de junção simples. O resultado foi obtido graças à tecnologia proprietária de deposição de filmes finos em grandes texturas, que garante uniformidade de revestimento em superfícies complexas e resolve desafios críticos na aplicação da perovskita em escala. A empresa também incorporou estabilizadores orgânicos para aumentar a uniformidade e a estabilidade ambiental, além de novos materiais de transporte de interface que melhoram a confiabilidade e a compatibilidade do processo. As células solares tandem são vistas como a chave para superar o limite de eficiência do silício cristalino tradicional. Os avanços da Huasun 34,02% em células de pequeno porte e 29,01% em células de produção comprovam não apenas a viabilidade teórica da tecnologia, mas também seu potencial de escalabilidade. Quando a eficiência das células tandem ultrapassar 30%, o custo da energia solar poderá cair para menos de 1 centavo de dólar por watt , abrindo caminho para a produção competitiva de hidrogênio verde e soluções de armazenamento de energia. Esse marco reforça o enorme potencial das células solares tandem HJT-perovskita para além das arquiteturas convencionais, apresentando um modelo escalável para produção em massa. Com isso, a Huasun contribui diretamente para acelerar a transição energética global, fortalecendo a confiança da indústria na viabilidade de fabricar células de alta eficiência e baixo custo em larga escala. Huasun atinge recorde de 34,02% de eficiência em células solares tandem HJT-Perovskita
- Sigenergy estreia no Brasil com soluções inovadoras de gestão energética na Intersolar 2025
Por Ricardo Honório – EnergyChannel Sigenergy estreia no Brasil com soluções inovadoras de gestão energética na Intersolar 2025 A Intersolar South America 2025 foi palco da estreia oficial da Sigenergy no mercado brasileiro. A companhia, que em apenas três anos já conquistou posições de liderança na Europa e na Austrália, apresentou ao público nacional um portfólio de soluções que promete redefinir a forma como residências e empresas gerenciam energia. Sigenergy estreia no Brasil com soluções inovadoras de gestão energética na Intersolar 2025 À frente da operação no Brasil está Rodrigo Teixeira Matias , executivo com mais de uma década de experiência no setor solar e que agora assume o desafio de consolidar a marca no país. “A Sigenergy representa um novo patamar de tecnologia e integração energética. Estamos falando de soluções que não apenas geram e armazenam energia, mas colocam o consumidor no controle total da sua gestão energética”, destacou Matias em entrevista exclusiva ao EnergyChannel . All-in-One: tudo em um único equipamento Entre os destaques do estande da empresa está o All-in-One , sistema compacto que reúne inversor, carregador veicular, baterias com EMS integrado e PCS em um único equipamento. A solução foi desenvolvida para unir eficiência, estética e praticidade no ambiente residencial. O sistema conta com inteligência artificial embarcada , capaz de prever padrões de consumo, cruzar informações com dados meteorológicos e ajustar automaticamente cargas prioritárias. “Se o sistema detecta que vai chover e a geração solar será reduzida, ele pode reorganizar o uso da bateria ou até carregar a energia da rede no período mais barato, garantindo autonomia ao cliente”, explicou Matias. Além disso, o carregador veicular suporta até 25 kW de potência e já está habilitado para V2X (Vehicle-to-Everything) , permitindo que a bateria do carro elétrico atue como fonte de energia complementar para a residência. Energia sob medida para cada consumidor O conceito defendido pela Sigenergy vai além do armazenamento: trata-se de gestão energética personalizada . O consumidor passa a entender em tempo real como cada dispositivo impacta na conta de luz e pode ajustar seus hábitos para reduzir custos e aumentar a segurança energética. Esse diferencial ganha relevância em um momento em que o Brasil se prepara para a abertura do mercado livre de energia e para a adoção de tarifas dinâmicas . “Estamos falando de dar ao consumidor a capacidade de economizar em tempo real, sem perder conforto ou previsibilidade”, afirma o executivo. Impacto no setor corporativo As soluções da empresa também foram desenhadas para o ambiente comercial e industrial . Segundo Matias, a proposta é permitir que empresas tratem a energia não apenas como insumo, mas como ativo estratégico. “Com previsibilidade e inteligência, conseguimos injetar competitividade direta na operação, tornando a gestão energética parte essencial da produtividade”, ressalta. Consolidação no Brasil e expansão global A operação brasileira da Sigenergy ainda está em fase de estruturação, mas a tendência é que a sede seja instalada em São Paulo ou Campinas, polos estratégicos do setor solar. No cenário internacional, a empresa já alcançou resultados expressivos. Na Austrália, consolidou-se como líder em sistemas de armazenamento residencial , superando mil instalações semanais recentemente. Na Europa, cresce em mercados estratégicos como Reino Unido, Irlanda e Suécia. Energia com controle Mais do que inovação tecnológica, a Sigenergy aposta em um conceito que se resume em uma palavra: controle . Controle do consumo, dos custos, da previsibilidade e até da autonomia energética. “Potência não é nada sem controle”, resume Matias, destacando que o consumidor do futuro olhará para trás e não entenderá como antes vivia sem essas ferramentas. O EnergyChannel seguirá acompanhando de perto a jornada da Sigenergy no Brasil, trazendo em primeira mão cada novidade dessa empresa que promete transformar o mercado nacional de energia. Sigenergy estreia no Brasil com soluções inovadoras de gestão energética na Intersolar 2025
- Euro Tubos aposta em inovação e respeito ao cliente para crescer no setor de energia
Durante a 4ª edição do Congresso Mulheres da Energia , o empresário Cícero André de Souza , fundador e diretor da Euro Tubos, compartilhou sua visão sobre o papel das mulheres no mercado e destacou a trajetória de expansão de suas empresas no segmento de infraestrutura elétrica e energia solar. Cícero relembrou que sua inspiração vem não apenas da vivência como projetista de instalações elétricas, mas também da parceria com uma sócia mulher, que hoje ocupa posição estratégica em sua principal companhia. “O sucesso acontece quando o homem aprende a respeitar e admirar as mulheres. Tenho uma sócia que é meu braço direito em uma empresa com mais de 230 colaboradores. A competência feminina é indiscutível” , afirmou. Eurotubos aposta em inovação e respeito ao cliente para crescer no setor de energia Euro Tubos e o crescimento no setor de energia Fundada em 1992, a Euro Tubos nasceu com a missão de oferecer produtos de qualidade para o setor elétrico, fabricando eletrocalhas, perfilados e eletrodutos. Com o avanço do mercado de energia solar no Brasil, a empresa diversificou sua atuação, passando a produzir estruturas metálicas para usinas fotovoltaicas, postes para iluminação pública, mastros para-raios e carports para sistemas solares. Atualmente, o grupo reúne três companhias voltadas à infraestrutura para passagem de cabos elétricos e de rede: Real Perfil, Euro Tubos e Pe Tubos . Segundo o empresário, a estratégia sempre esteve apoiada em três pilares: Produto especificado corretamente Preço justo e negociado Cumprimento rigoroso dos prazos de entrega “Esses três pontos são a base do nosso sucesso. Quando uma empresa não honra esse compromisso, pode até ter ganhos pontuais, mas perde a confiança do cliente. E confiança é algo que não se negocia” , ressaltou Cícero. Investimento em galvanização própria Um dos próximos passos da Euro Tubos é a inauguração de uma unidade própria de galvanização a fogo , prevista para entrar em operação em janeiro. A medida deve reduzir a dependência de serviços terceirizados e garantir mais agilidade e qualidade na entrega de grandes projetos, especialmente para usinas fotovoltaicas de solo. “Hoje, quase todas as empresas de estruturas dependem de galvanização terceirizada. Nós decidimos investir em uma unidade própria para assegurar prazos e manter a excelência que nossos clientes esperam. Assim, teremos mais controle e a capacidade de operar até 24 horas, se necessário”, destacou. Soluções personalizadas para o cliente Outro diferencial apontado pelo executivo é a capacidade de desenvolver soluções sob medida. Muitas obras demandam adaptações em campo devido a interferências estruturais, como sistemas de ar-condicionado ou concreto. Nesse cenário, a Euro Tubos se posiciona como parceira estratégica das maiores empresas de montagem, incluindo projetos de data center's . “Quando o cliente chega com uma demanda especial, nossa resposta é simples: se for aço cortado, dobrado e soldado, nós fabricamos. Esse tipo de parceria é o que garante fidelização e credibilidade no mercado” , concluiu. A Euro Tubos marcará presença na Intersolar South America , reforçando seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento de soluções robustas para o setor de energia. Euro Tubos aposta em inovação e respeito ao cliente para crescer no setor de energia
- Mulheres da Energia: Patrícia Cristinna une engenharia, audiovisual e sustentabilidade em projeto transformador na Amazônia
Por Ricardo Honório – Jornalista do EnergyChannel A quarta edição do Congresso Brasileiro Mulheres da Energia reuniu trajetórias inspiradoras que conectam inovação, propósito e transformação social. Entre os destaques do evento, esteve a engenheira e criadora audiovisual Patrícia Cristinna, que compartilhou sua vivência de mais de uma década na Amazônia e apresentou projetos que unem tecnologia, sustentabilidade e cinema. “Morar na Amazônia é uma experiência transformadora. Você chega de uma forma e sai de outra, mais humilde e com o coração aberto para a vida”, destacou Patrícia em entrevista exclusiva ao EnergyChannel. Sustentabilidade em blocos ecológicos Engenheira de formação, Patrícia sempre teve paixão pelo audiovisual. Essa conexão entre técnica e arte resultou em iniciativas de grande impacto. Um exemplo é o desenvolvimento de blocos ecológicos capazes de reutilizar garrafas PET retiradas de igarapés. “Em apenas um bloco conseguimos reaproveitar 186 garrafas de um litro. Imagine a escala disso aplicado na construção de casas na Amazônia” , explicou. A inovação alia engenharia, sustentabilidade e impacto social, transformando resíduos em oportunidade para comunidades locais. Cinema como ferramenta de sensibilização Além da engenharia, Patrícia dedicou 30 dias de imersão em comunidades amazônicas para registrar em filme a realidade local, dando voz aos povos originários e ribeirinhos. “Eu quis que o audiovisual fosse mais do que informação. Quis trazer a voz dos amazonenses, porque a preservação não está apenas nos grandes projetos, mas nas escolhas do dia a dia” , ressaltou. Uma frase dita por um morador marcou sua trajetória: “Se a gente pescar tudo hoje, amanhã não teremos nada” . Para Patrícia, essa percepção resume o verdadeiro espírito da sustentabilidade: cuidar do presente para garantir o futuro. Mulheres como protagonistas No painel do Congresso, Patrícia reforçou a importância do espaço conquistado pelas mulheres no setor de energia. “Cada mulher é uma pérola. Sozinhas temos valor, mas juntas formamos um cordão de pérolas muito mais forte e precioso. Precisamos cooperar, não competir” , afirmou. ⸻ Amazônia como inspiração Com 10 anos de vivência no Amazonas, desde a adolescência, Patrícia acumulou experiências que moldaram sua visão de mundo. “A Amazônia da capital é uma, mas o interior revela outra realidade. Essa diversidade cultural e natural me transformou profundamente”, contou. ⸻ O impacto do Congresso Mulheres da Energia Sobre a experiência no evento, Patrícia destacou a organização e o cuidado em valorizar histórias femininas que fazem diferença no setor. “Foi brilhante, feito com muito carinho. Conheci mulheres incríveis que atuam com amor e sensibilidade em seus projetos” , disse, reforçando o orgulho de ter contribuído com seu olhar durante o painel. ⸻ Energia, sustentabilidade e propósito A trajetória de Patrícia Cristinna mostra como a intersecção entre engenharia, cinema e Amazônia pode gerar iniciativas inovadoras e inspiradoras para o setor energético. Seu trabalho ecoa o chamado para uma transição energética sustentável, inclusiva e conectada às realidades locais. Mulheres da Energia: Patrícia Cristinna une engenharia, audiovisual e sustentabilidade em projeto transformador na Amazônia
- Amazônia em Foco: Sustentabilidade, Educação e Empoderamento Feminino no Congresso Mulheres da Energia
Por EnergyChannel – Especial do Congresso Mulheres da Energia 2025 A quarta edição do Congresso Brasileiro Mulheres da Energia trouxe à cena uma reflexão essencial: o papel transformador da Amazônia e da sustentabilidade como pilares de desenvolvimento social, econômico e humano. Entre as vozes que emocionaram e inspiraram, esteve a economista Régia Moreira Leite, diretora da IMPRAM – Impressora Amazonense, que apresentou iniciativas que unem responsabilidade socioambiental, inclusão e educação em comunidades da região. Régia, com mais de duas décadas de atuação no Amazonas, é uma das líderes à frente da Comissão ESG, em parceria com o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), a Suframa e a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). Seu trabalho é pautado por integrar práticas sustentáveis no setor produtivo local e ampliar o impacto positivo para a população. “Sempre que falamos da Amazônia, falamos de emoção e de responsabilidade. Nosso papel é levar os pilares ESG para dentro da indústria e também para a comunidade, porque desenvolvimento sem sustentabilidade não é viável”, destacou durante o painel. Amazônia em Foco: Sustentabilidade, Educação e Empoderamento Feminino no Congresso Mulheres da Energia Projetos que transformam a realidade amazônica Entre os exemplos apresentados por Régia, destacou-se o projeto “Amazônia que eu Quero”, iniciativa da Rede Amazônica, afiliada da Globo, que atua em toda a Amazônia Legal, promovendo ações de sustentabilidade, educação e conscientização ambiental. Outro marco é o “Rede Educa”, braço educacional que leva conhecimento a escolas indígenas e comunidades ribeirinhas. Em São Gabriel da Cachoeira — município único no Brasil por abrigar 23 etnias indígenas — foram entregues kits escolares e livros infantis desenvolvidos para retratar a vida, a cultura e os desafios da Amazônia. “Educar é empoderar. Criamos livros com narrativas indígenas para que as crianças se reconheçam e valorizem sua própria história”, explicou a executiva. Amazônia em Foco: Sustentabilidade, Educação e Empoderamento Feminino no Congresso Mulheres da Energia Entre cheias e secas: o impacto das mudanças climáticas A executiva também lembrou os impactos extremos que a região vem enfrentando nos últimos anos, como a maior enchente registrada em 2022 e as secas históricas de 2023 e 2024. Nessas ocasiões, a ação voluntária se tornou fundamental para garantir apoio às famílias. A bordo do barco Sumaúma, do Senai, Régia levou atendimento médico, cestas básicas e água potável a comunidades isoladas. “Entregar um galão de água e ver famílias chorando de gratidão é uma experiência transformadora. Esse contato direto mostra o quanto ainda temos que avançar em inclusão e dignidade básica”, afirmou. ⸻ Mulheres, Amazônia e Energia A participação de Régia no Congresso Mulheres da Energia reforça como a pauta da transição energética está diretamente ligada à preservação ambiental e à justiça social. Para ela, o papel das mulheres nesse processo é crucial. “O futuro da energia passa pela Amazônia. Se quisermos falar de inovação, precisamos falar também de inclusão, educação e sustentabilidade. É isso que garante que os recursos naturais sejam preservados para as próximas gerações”, concluiu. A Vice-Presidente da ABGD, Zilda Costa, reforçou em sua fala o simbolismo de trazer a Amazônia para o centro das discussões do setor: “A transição energética não pode ser pensada sem a Amazônia. O que acontece lá impacta o Brasil e o mundo. Trazer vozes como a da Régia para este congresso é reafirmar que o desenvolvimento só será justo quando incluir mulheres, comunidades tradicionais e inovação sustentável.” Zilda também destacou o papel do congresso como catalisador de mudanças: “Este encontro mostra que o protagonismo feminino não é exceção, mas regra. Somos nós, mulheres, que estamos redesenhando o setor energético brasileiro com visão, coragem e compromisso com o futuro.” Amazônia em Foco: Sustentabilidade, Educação e Empoderamento Feminino no Congresso Mulheres da Energia
- Líderes globais da XCMG vêm ao Brasil para discutir inovação e investimentos no setor
BRASIL PRODUTIVO O empresário Pérsio Briante, é o organizador e embaixador do evento da maior fabricante de máquinas da linha de construção no mundo Líderes globais da XCMG, maior fabricante de máquinas pesadas do mundo e líder global em diversos produtos do segmento - estarão no Brasil no dia 16 de setembro, às 17 horas, no Um Rooftop, em São Paulo, para participar do Brasil Produtivo, em São Paulo. O encontro, organizado pelo Grupo Extra Máquinas presente nos estados de Mato Grosso, Pará, Goiás e São Paulo, reunirá autoridades, empresários e representantes da cadeia produtiva para debater inovação, investimentos e o papel estratégico do Brasil no mercado global de máquinas pesadas. Líderes globais da XCMG vêm ao Brasil para discutir inovação e investimentos no setor Estão confirmados Yang Dongsheng, CEO & Chairman da companhia, que responde por todas as empresas do grupo, Li Hanguang, presidente da XCMG no Brasil e América do Sul, e Tian Dong, vice-general manager para a região. A presença das principais lideranças do grupo reforça o compromisso da XCMG com o país e com a América do Sul, onde a companhia tem ampliado sua atuação por meio de investimentos em tecnologia, sustentabilidade e expansão de negócios. A programação prevê painéis temáticos, encontros de negócios e a apresentação de soluções que refletem a estratégia global da XCMG, voltada à produtividade, eficiência energética e inovação. A iniciativa busca aproximar diferentes segmentos da indústria, estimulando parcerias e fortalecendo o ambiente de negócios no Brasil. Para Pérsio Briante, CEO do Grupo Extra Máquinas, maior representante da XCMG na América Latina, a realização do Brasil Produtivo XCMG é mais do que um encontro empresarial, mas um evento histórico. “Não é apenas um encontro corporativo: é um marco para o fortalecimento da relação entre dois gigantes econômicos – Brasil e China – e uma oportunidade de abrir novos caminhos para investimentos, tecnologia e inovação. Cada participante tem um papel essencial nessa cadeia produtiva. O desenvolvimento do setor depende da atuação integrada de produtores, construtores, mineradores, operadores logísticos e fabricantes de máquinas. Esse é o espírito do Brasil Produtivo XCMG”, afirma. A importância da atuação da multinacional no Brasil também é destacada por Amanda Machado, diretora de Novos Negócios da XCMG. Segundo ela, os avanços da companhia no país se refletem em geração de empregos, expansão de mercado e compromisso com a inovação. “Ao longo de mais de uma década de presença no Brasil, conquistamos avanços expressivos, ampliamos nossa rede de concessionárias, consolidamos filiais estratégicas e fortalecemos nosso pós-venda. Em 2021, alcançamos crescimento de 210% em relação ao ano anterior e faturamento de R$ 1 bilhão, números que mostram a confiança do mercado no nosso trabalho. Hoje, temos foco em setores estratégicos como mineração, construção e guindastes, sempre com inovação e sustentabilidade como pilares”, destaca. O Brasil Produtivo XCMG terá três pilares principais: a apresentação institucional da empresa com foco em investimentos e planos de crescimento na América Latina; a exposição da Linha XCMG 2026, com soluções em máquinas pesadas para construção, mineração, agronegócio e logística; e um coquetel de networking reunindo autoridades, empresários, clientes, fornecedores e entidades de classe. O encontro busca estimular relações comerciais e institucionais, atrair novos investimentos e consolidar o papel do Brasil como protagonista econômico e tecnológico no setor. Com mais de 80 anos de história, a XCMG é líder absoluta no mercado chinês, ocupa a terceira posição mundial no ranking de fabricantes de equipamentos de construção, está presente em 190 países e conta com cerca de 30 mil colaboradores. Trajetória da XCMG Fundada em 1943 na cidade de Xuzhou, província de Jiangsu, a XCMG surgiu como uma pequena fábrica de reparo de equipamentos mecânicos ligados à indústria militar chinesa. Em 1989, foi reorganizada oficialmente como XCMG Group, unificando diversas fábricas da região. Nas décadas seguintes, consolidou-se como líder nacional em máquinas pesadas e, a partir de 2008, acelerou sua internacionalização com centros de pesquisa e desenvolvimento na Alemanha, Estados Unidos e Brasil. Em 2012, inaugurou um dos maiores parques industriais da China, com mais de 2 milhões de m², e em 2016 entrou no ranking das dez maiores fabricantes de equipamentos do mundo. Em 2024, alcançou a quarta posição global no setor de máquinas de construção, segundo a Yellow Table do KHL Group, e em 2023 passou a integrar a lista Fortune Global 500. Hoje, é líder no mercado chinês há 34 anos consecutivos, possui o maior portfólio de equipamentos pesados do mundo e é referência em soluções para construção, mineração, elevação, pavimentação e logística. No Brasil desde 2011, a XCMG se destaca pela expansão da rede de concessionárias, pelo investimento em tecnologia de ponta e pelo fortalecimento da atuação em segmentos estratégicos como a mineração, onde aposta em equipamentos elétricos, híbridos e conectados, alinhados à agenda global de descarbonização. Líderes globais da XCMG vêm ao Brasil para discutir inovação e investimentos no setor O Grupo Extra Máquinas tem unidades nos seguintes estados: Mato Grosso Cuiabá, Sinop, Nova Mutum, Primavera do Leste, Rondonópolis e Água Boa Pará Benevides, Marabá, Redenção, Parauapebas e Santarém Goiás Goiânia e Rio Verde São Paulo São Paulo, Sumaré e Guarulhos Líderes globais da XCMG vêm ao Brasil para discutir inovação e investimentos no setor
- Mulheres da Energia 2025: Biometano, geração distribuída e protagonismo feminino marcam edição histórica em São Paulo
Por Ricardo Honório – EnergyChannel A quarta edição do Congresso Brasileiro Mulheres da Energia, idealizado por Lúcia Abadia, reuniu em São Paulo lideranças femininas e especialistas do setor para debater os caminhos da transição energética no Brasil. O evento se consolidou como a principal plataforma de liderança feminina do setor elétrico na América Latina, onde inovação, negócios e políticas públicas caminham lado a lado. Entre os destaques, a subsecretária de Energia e Mineração da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Marisa Barros, apresentou as estratégias do governo paulista para avançar na agenda climática, ampliar a participação de renováveis e impulsionar soluções de transporte sustentável. ⸻ Transporte sustentável: o papel estratégico do biometano Durante sua participação no congresso e em entrevista ao EnergyChannel, Marisa destacou que o setor de transportes responde por cerca de 35% das emissões de gases de efeito estufa do estado – uma das maiores fatias da matriz de emissões. Para enfrentar esse desafio, o biometano foi apresentado como solução estratégica até 2050. “O biometano pode substituir o diesel em ônibus e caminhões pesados de forma adaptável, aproveitando a infraestrutura já existente do gás natural. Isso garante viabilidade imediata, reduz emissões e cria um caminho realista rumo à neutralidade de carbono”, afirmou a subsecretária. Hoje, São Paulo possui capacidade instalada de 300 mil m³/dia de biometano, mas o potencial mapeado chega a 6,4 milhões de m³/dia. Para acelerar a demanda, o governo aprovou a isenção de IPVA para ônibus e caminhões movidos a gás natural veicular, incentivando a substituição da frota a diesel por veículos compatíveis com o uso do biocombustível. ⸻ Políticas públicas e licenciamento ambiental Marisa reforçou que a expansão do biometano e de outras renováveis depende de segurança regulatória. Nesse sentido, o Estado criou procedimentos específicos de licenciamento ambiental para projetos de biometano, em parceria com a CETESB e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. “Agora os investidores sabem quais documentos apresentar e em quanto tempo podem esperar a liberação, o que acelera a instalação de novos empreendimentos”, explicou. ⸻ Geração distribuída e edifícios inteligentes Outro eixo destacado foi a descentralização energética. São Paulo já tem 60% de renováveis na oferta primária de energia, contra 50% da média nacional e apenas 15% da OCDE. Na matriz elétrica, o índice é ainda mais expressivo: quase 100% da eletricidade gerada no estado é renovável. Porém, como essa produção cobre apenas 45% da demanda, ainda há forte dependência do Sistema Interligado Nacional. “A geração distribuída, aliada a edificações inteligentes e eficientes, é essencial para reduzir perdas e aumentar a segurança energética local. Quanto mais gerarmos dentro do estado, menor será a dependência externa”, ressaltou Marisa. ⸻ O papel do Congresso e a visão de Lúcia Abadia Para além dos números, o Congresso Mulheres da Energia mostrou que nenhuma solução terá êxito sem políticas públicas consistentes. É justamente esse o papel defendido por sua idealizadora, Lúcia Abadia: aproximar o setor privado, a academia e o poder público para transformar propostas em realidades concretas. Sob sua liderança, o congresso já se tornou um espaço de articulação institucional, onde documentos oficiais, como a Carta das Mulheres da Energia para a COP30, são elaborados e entregues a autoridades, garantindo que a voz feminina esteja presente nas grandes decisões sobre o futuro energético do Brasil. “Nosso congresso não é apenas um evento. É uma plataforma de construção de soluções, e sem o alinhamento com o poder público, essas soluções não chegam ao campo real. É essa ponte que buscamos construir aqui”, destacou Lúcia Abadia. ⸻ Conclusão: protagonismo coletivo e futuro sustentável Com painéis que abordaram biometano, baterias, mobilidade elétrica, regulação e políticas públicas, a edição de 2025 reafirmou a missão do congresso: mostrar que o futuro energético do Brasil depende da soma de inovação, diversidade e diálogo com o poder público. A simbologia da abertura – a flor de lótus, resiliente mesmo em águas turbulentas – representou não apenas a força das mulheres, mas também o espírito de um evento que se torna cada vez mais central para o futuro da energia no Brasil. Mulheres da Energia 2025: Biometano, geração distribuída e protagonismo feminino marcam edição histórica em São Paulo
- Arquitetura Solar: Clarissa Zomer defende protagonismo do BIPV na transição energética
São Paulo – EnergyChannel | O avanço da energia solar no Brasil está ganhando uma nova dimensão: a integração entre arquitetura e geração fotovoltaica. No 4º Congresso Mulheres da Energia, idealizado por Lúcia Abadia, a arquiteta e empresária Clarissa Zomer – CEO da Arquitetando Energia Solar, diretora da ABGD e da Garantia Solar BIPV – destacou o papel estratégico do BIPV (Building Integrated Photovoltaics) para transformar edificações em fontes de energia limpa, sem abrir mão de estética, funcionalidade e conforto. Arquitetura Solar: Clarissa Zomer defende protagonismo do BIPV na transição energética “Estamos falando de fachadas, coberturas, vidros e até guarda-corpos que, além de compor o projeto arquitetônico, também geram energia. É a possibilidade de transformar cada elemento construtivo em ativo energético” , afirmou Clarissa em entrevista ao EnergyChannel. Arquitetura que gera valor Segundo a especialista, um dos principais entraves para a expansão do BIPV no Brasil é a falta de conhecimento técnico entre arquitetos e construtores. “O retrofit é caro e muitas vezes inviável. A integração dos módulos deve ser pensada já na concepção do projeto. Dessa forma, uma fachada deixa de ser apenas estética e passa a gerar retorno financeiro” , explicou. Arquitetura Solar: Clarissa Zomer defende protagonismo do BIPV na transição energética Clarissa destacou ainda que, em edifícios de grande porte, a área de fachada pode superar em até cinco vezes a área de cobertura. Isso significa que, mesmo com eficiência um pouco menor em relação ao telhado, o potencial de geração elétrica é altamente competitivo. “Estamos falando de até 64% da produção de um sistema convencional, mas em superfícies que, de outra forma, seriam apenas custo”, complementou. Garantia Solar e soluções premiadas Além de liderar a Arquitetando Energia Solar – único escritório no país dedicado exclusivamente à arquitetura solar – Clarissa também é diretora de projetos arquitetônicos da Garantia Solar, empresa focada em obras que unem design e energia limpa. Entre os destaques estão os pergolados solares, cada vez mais requisitados em projetos residenciais e comerciais. “São soluções esteticamente sofisticadas, que permitem aproveitamento de rooftops, áreas gourmet e espaços de convivência. Desenvolvemos estruturas metálicas vedadas que aliam robustez, conforto e eficiência energética”, afirmou. O trabalho da Garantia Solar já ganhou reconhecimento internacional, com prêmios em Londres por projetos inovadores de integração fotovoltaica. Educação como motor de mudança Apesar do entusiasmo com o futuro do setor, Clarissa reforça que a disseminação do conhecimento é fundamental para acelerar a adoção do BIPV no Brasil. “Muitos arquitetos ainda desconhecem as possibilidades dessa tecnologia. É um campo de atuação enorme para profissionais que queiram se diferenciar e oferecer projetos mais sustentáveis e inovadores”, defendeu. Ela também ressaltou o impacto social: “Energia está diretamente ligada ao conforto das famílias. Quando conseguimos gerar eletricidade no próprio prédio, reduzimos contas, ampliamos o bem-estar e ajudamos a acelerar a transição energética nas cidades.” O papel das cidades na transição energética São Paulo, segundo Clarissa, é um exemplo de oportunidade ainda pouco explorada. “Basta caminhar pela Avenida Paulista para perceber fachadas gigantescas que poderiam gerar energia, mantendo a mesma estética. É um desperdício enorme de potencial”, analisou. Para ela, a incorporação de soluções BIPV em grandes centros urbanos será decisiva para democratizar o acesso à energia limpa. “Cada unidade consumidora em um edifício poderia receber parte da energia gerada pela fachada. Essa é a verdadeira revolução que a arquitetura solar pode proporcionar.” Congresso Mulheres da Energia: palco de soluções O Congresso Mulheres da Energia, sob liderança de Lúcia Abadia, mais uma vez mostrou seu papel essencial como espaço de construção de soluções. Ao reunir vozes como a de Clarissa Zomer, o evento reforça que sem políticas públicas, conhecimento técnico e inovação integrada, a transição energética não se concretiza. “Venho do mercado imobiliário e, em todos os empreendimentos que estou envolvida, busco integrar sustentabilidade desde a concepção. Os projetos de BIPV são incríveis porque unem sustentabilidade, modernidade e beleza em cada detalhe arquitetônico. Eles representam exatamente a convergência entre estética e futuro energético que queremos ver no Brasil”, destacou Lúcia Abadia. Arquitetura Solar: Clarissa Zomer defende protagonismo do BIPV na transição energética












