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  • Evento vai debater temas ligados a pauta da COP em Belém, em setembro 

    Eventos serão um esquenta para o encontro global, focado nas pautas de meio ambiente e energias renováveis  Evento vai debater temas ligados a pauta da COP em Belém, em setembro Entre os dias 23 e 25 de setembro de 2025 , Belém (PA) sediará a Semana Internacional das Energias Renováveis, Sustentabilidade e Meio Ambiente , um dos eventos mais importantes do calendário nacional em preparação para a COP30 , marcada para novembro na mesma cidade.  O encontro visa promover um grande debate sobre o futuro energético, climático e ambiental da Amazônia, reunindo especialistas, empresas, autoridades e representantes da sociedade civil .  A programação ocorrerá no Auditório Orlando Sozinho Lobato , da FECOMÉRCIO-PA , e contará com painéis técnicos, fóruns temáticos, networking, exposições e debates estratégicos voltados à transição energética e ao desenvolvimento sustentável da região Norte.  Foco em transição energética e soluções para a Amazônia  A abertura da Semana, no dia 23 de setembro , será marcada pela realização do 3º Fórum Carbono Neutro , com atividades ao longo de todo o dia.  O evento abordará temas como estratégias de descarbonização , créditos de carbono, ESG e os impactos das novas regulamentações internacionais sobre o setor produtivo, com especial atenção aos desafios da região amazônica.  “Em setembro estaremos realizando mais um Fórum Carbono, sobre o enfrentamento da crise climática. O primeiro foi em Manaus, foi um sucesso, e agora em Belém estamos reunindo grandes especialistas para debatermos caminhos para uma sociedade baixo carbono” destaca Ricardo Harduim, presidente do Instituto Prima (Projeto de Reflorestamento Integrado da Mata Atlântica) e um dos organizadores do evento.  Nos dias 24 e 25 , por sua vez, também acontecerá o 29° Fórum GD Norte , o maior encontro da região sobre geração distribuída de energia , com discussões sobre energia solar, armazenamento, financiamento, baterias, políticas públicas e inovação tecnológica .  A edição deste ano contará ainda com o Fórum Amazônia , incorporado como um painel especial dentro da programação, focado em bioeconomia, turismo sustentável, inovação social e valorização das comunidades locais .  “Teremos pessoas ligadas a área da academia, do empresariado, das energias renováveis, da ecologia humana e faremos uma pré-COP, exatamente para nos organizarmos para esse grande encontro que haverá no final do ano na cidade de Belém” explica Harduim.  Brasil lidera expansão das energias renováveis  Atualmente, o Brasil é referência global na produção de energia limpa. Segundo a Agência Nacional Energia Elétrica (ANEEL), por exemplo, mais de 41 GW de potência instalada já são provenientes da geração distribuída , com destaque para a energia solar, que representa 99,9% desse total.  Ainda segundo a agência, o país ultrapassou a marca de 39 GW de capacidade instalada em energia solar fotovoltaica , o que coloca o Brasil entre os cinco maiores mercados do mundo nesse segmento.  Na matriz elétrica brasileira, as fontes renováveis (hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa) já correspondem a cerca de 83% da produção de energia , muito acima da média global, que gira em torno de 28%.  Evento será ponte entre a região Norte e a COP30  A expectativa dos organizadores é que a Semana Internacional funcione como um verdadeiro divisor de águas, ampliando a visibilidade da região Norte e contribuindo com propostas concretas para a COP30.  Um documento técnico com os principais resultados dos debates, inclusive , será entregue ao comitê organizador da conferência.  Na avaliação de Tiago Fraga , CEO do Grupo FRG Mídias & Eventos , empresa organizadora dos eventos, a semana internacional fortalece a integração entre os diversos setores da economia verde e coloca Belém no centro das decisões sobre clima e energia no mundo.  “A Semana Internacional das Energias Renováveis, do Meio Ambiente e da Sustentabilidade veio para coroar esse momento todo especial no Brasil com a realização da COP, que vai ser realizada no mês de novembro na cidade de Belém” ressalta ele.  “Os temas são muito similares, onde o foco, os holofotes estão todos direcionados para as energias renováveis, a transição energética limpa e renovável, a indústria de baixo carbono. Então especialistas, empresas, players, acadêmicos do Brasil e do mundo estarão reunidos na cidade de Belém para debater os rumos, os futuros, as oportunidades, os gargalos. Tudo o que vai passar por esse setor que engloba meio ambiente, sustentabilidade, boas práticas de ESG e um foco todo especial no armazenamento de energia por causa dos sistemas isolados que muito se tem na região Norte” complementa Fraga.  “Nós temos certeza que o evento vai ser um marco, um divisor de águas, inclusive no número de conexões e também nos investimentos em energias renováveis e na sustentabilidade em toda a região Norte” finaliza o executivo.  Faça sua inscrição  A Semana Internacional das Energias Renováveis, Sustentabilidade e Meio Ambiente é promovida pelo Grupo FRG Mídias & Eventos , com apoio da FECOMÉRCIO-PA e diversas instituições públicas e privadas.  Faça sua inscrição através dos sites oficiais e garanta sua vaga. Acesse:  www.forumcarbononeutro.com.br   www.forumamazonia.com.br   www.forumgdnorte.com.br   Serviço  Evento: Semana Internacional das Energias Renováveis, Sustentabilidade e Meio Ambiente Data: 23 a 25 de setembro de 2025 Local: FECOMÉRCIO-PA – Auditório Orlando Sozinho Lobato Endereço: Av. Assis de Vasconcelos, 359 – Campina, Belém – PA Informações: contato@grupofrg.com.br | 55 (41) 9 91066463 Instagram: @forumgd | @forumamazonia | @forumcarbono  Evento vai debater temas ligados a pauta da COP em Belém, em setembro

  • ONU Reforça Alerta Climático: Relatório do PNUMA Pede Ação Urgente e Mais Ambição Ambiental Global

    Por EnergyChannel | Cobertura Internacional | Julho de 2025 ONU Reforça Alerta Climático: Relatório do PNUMA Pede Ação Urgente e Mais Ambição Ambiental Global O planeta está diante de uma encruzilhada e o tempo para reagir está se esgotando. Essa é a principal mensagem do Relatório Anual 2024 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) , divulgado no início deste ano. O documento traz um panorama robusto sobre os desafios ambientais mais críticos do mundo e cobra ações concretas e imediatas dos governos, das empresas e da sociedade civil. Com foco em soluções e dados científicos, o relatório destaca avanços em algumas negociações globais, mas alerta: ainda falta muito para garantir um futuro seguro e sustentável. Negociações importantes, mas com resultados insuficientes O ano de 2024 foi marcado por uma agenda ambiental intensa no cenário internacional. Grandes encontros como a Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA-6)  no Quênia, a COP16 da Biodiversidade  na Colômbia e a COP29 do Clima  no Azerbaijão colocaram temas críticos na mesa. Também aconteceram reuniões estratégicas como as negociações para o tratado global de combate à poluição plástica na Coreia do Sul e a COP de Desertificação na Arábia Saudita. Apesar de avanços pontuais, o relatório evidencia um problema recorrente: as grandes decisões sobre o futuro do planeta continuam emperradas em divergências políticas e falta de consenso entre as nações. Questões-chave ficaram sem solução, reforçando a necessidade de cooperação global mais efetiva e urgente. Emissões ainda fora de controle O Relatório da Lacuna de Emissões de 2024 , publicado pelo PNUMA, trouxe um dado preocupante: as metas atuais dos países estão muito aquém do necessário para limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2100 , conforme o Acordo de Paris. A não ser que haja um corte drástico e imediato das emissões, essa meta está cada vez mais distante, o que coloca o mundo no caminho de um cenário climático com eventos extremos mais frequentes e devastadores. Emissões ainda fora de controle Adaptação e financiamento: o desequilíbrio persiste O Relatório sobre a Lacuna de Adaptação  também aponta um grave desequilíbrio entre necessidade e realidade. Mesmo com o aumento de US$ 6 bilhões nos fluxos de financiamento internacional  para adaptação entre 2021 e 2022, o valor atual ainda é insuficiente para preparar os países em desenvolvimento para os impactos das mudanças climáticas. Sem novos recursos, esses países continuarão vulneráveis a desastres naturais, secas, enchentes e crises humanitárias. Poluição em Gaza e a face invisível dos conflitos Outro ponto alarmante do relatório foi a avaliação ambiental preliminar em Gaza , onde o conflito na região gerou um colapso ambiental. Resíduos tóxicos, esgoto e munições estão contaminando o solo, a água e o ar, ameaçando de forma irreversível os ecossistemas locais. O PNUMA alerta que, além da crise humanitária, Gaza enfrenta agora uma crise ambiental de proporções inéditas. Monitoramento do metano: tecnologia a serviço da ação climática O PNUMA também intensificou a atuação no combate às emissões de metano , um dos gases de efeito estufa mais potentes. O Sistema de Alerta e Resposta ao Metano , parte do Observatório Internacional de Emissões de Metano, já enviou mais de 1.000 alertas a governos e empresas  nos últimos dois anos. A tecnologia, que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial, ajudou a interromper vazamentos na Argélia  e na Nigéria , evitando emissões equivalentes às de 1 milhão de veículos circulando por um ano . Mobilidade elétrica e energia limpa ganham força Apesar dos desafios, o relatório traz também boas notícias. O PNUMA conseguiu mobilizar recursos expressivos em parceria com financiadores internacionais, viabilizando projetos de mobilidade elétrica, eficiência energética e energias renováveis . Essas ações devem beneficiar diretamente mais de 17 milhões de pessoas  e reduzir cerca de 300 milhões de toneladas de CO₂ , o equivalente a tirar 65 milhões de carros das ruas . Mobilidade elétrica e energia limpa ganham força O recado do PNUMA: é hora de sair do discurso e partir para a prática O resumo do relatório é claro: o mundo já sabe o que precisa fazer. O desafio é transformar os compromissos em políticas concretas e ações rápidas. A ambição climática precisa deixar o papel e ganhar as ruas, as fábricas, os governos e as salas de reunião das grandes corporações. A sustentabilidade deixou de ser opção e se tornou questão de sobrevivência. ONU Reforça Alerta Climático: Relatório do PNUMA Pede Ação Urgente e Mais Ambição Ambiental Global

  • Paraguai: A Ascensão de um Gigante Energético e o Futuro de Itaipu

    Demanda Crescente por Criptomoedas, Data Centers e Hidrogênio Verde Redefine o Cenário Energético Regional Paraguai: A Ascensão de um Gigante Energético e o Futuro de Itaipu O Paraguai, historicamente reconhecido por sua vasta capacidade de exportação de energia hidrelétrica, projeta uma transformação significativa em seu perfil de consumo. Estimativas recentes indicam que, a partir de 2035, o país vizinho deverá absorver até 50% da energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, um marco que redefine a dinâmica energética regional e impulsiona discussões sobre a expansão da capacidade da binacional. Este aumento expressivo na demanda é multifacetado, impulsionado principalmente pelo florescimento de setores de alta intensidade energética, como a mineração de criptomoedas, a proliferação de data centers e o promissor desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde. Criptomoedas: A Febre da Mineração e o Consumo Energético A atratividade do Paraguai para a mineração de criptomoedas reside, em grande parte, no baixo custo da energia elétrica proveniente de Itaipu. Essa vantagem competitiva tem atraído um número crescente de mineradoras, transformando o país em um polo global para essa atividade. A mineração de criptoativos, especialmente Bitcoin, é um processo intensivo em energia, exigindo grandes quantidades de eletricidade para alimentar os equipamentos de hardware especializados. Embora a atividade seja legal no Paraguai, a fiscalização de operações clandestinas e o uso irregular da energia têm sido desafios para as autoridades, evidenciando a necessidade de regulamentação e infraestrutura adequadas para lidar com essa demanda crescente. O impacto da mineração de criptomoedas no consumo energético paraguaio é inegável, contribuindo significativamente para a projeção de aumento da demanda por energia de Itaipu. Paraguai: A Ascensão de um Gigante Energético e o Futuro de Itaipu Data Centers e Inteligência Artificial: O Novo Horizonte da Demanda Paralelamente à mineração de criptomoedas, o Paraguai emerge como um local estratégico para a instalação de data centers, impulsionado pela mesma oferta de energia abundante e de baixo custo. O avanço da inteligência artificial (IA) e a crescente necessidade de processamento e armazenamento de dados em larga escala têm catalisado a construção e expansão desses centros. Data centers são infraestruturas que consomem quantidades massivas de energia, não apenas para alimentar os servidores, mas também para sistemas de refrigeração que garantem o funcionamento adequado dos equipamentos. A chegada de grandes players do setor de tecnologia e o desenvolvimento de projetos de IA no país vizinho representam um vetor de crescimento substancial para a demanda energética, consolidando o Paraguai como um hub tecnológico na América do Sul e reforçando a projeção de consumo de 50% da energia de Itaipu. Data Centers e Inteligência Artificial: O Novo Horizonte da Demanda Hidrogênio Verde: A Aposta Sustentável para o Futuro Energético O hidrogênio verde, produzido a partir da eletrólise da água utilizando energia renovável, desponta como uma das principais apostas do Paraguai para diversificar sua matriz energética e se posicionar como um player relevante na transição energética global. A vasta disponibilidade de energia hidrelétrica de Itaipu confere ao país uma vantagem estratégica na produção desse combustível limpo. Projetos de grande escala para a produção de hidrogênio verde e seus derivados, como a amônia verde, estão em desenvolvimento, visando atender tanto à demanda interna quanto à exportação. A produção de hidrogênio verde é um processo eletrointensivo, o que significa que o crescimento dessa indústria no Paraguai contribuirá significativamente para o aumento do consumo de energia de Itaipu, alinhando o desenvolvimento econômico do país com as metas de sustentabilidade e descarbonização global. O Futuro de Itaipu e a Soberania Energética Paraguaia A projeção de que o Paraguai consumirá 50% da energia de Itaipu a partir de 2035 não é apenas um indicativo de crescimento econômico, mas também um reflexo da crescente soberania energética do país. A demanda impulsionada por setores de ponta como criptomoedas, data centers e hidrogênio verde posiciona o Paraguai como um ator estratégico no cenário energético sul-americano. Essa nova realidade exige uma gestão estratégica dos recursos energéticos e uma contínua colaboração entre Brasil e Paraguai para garantir a otimização da capacidade de Itaipu e o atendimento às crescentes necessidades de ambos os países. O EnergyChannel continuará acompanhando de perto essa evolução, trazendo as análises e os desdobramentos desse cenário dinâmico e promissor. --- Por EnergyChannel As informações apresentadas nesta matéria são baseadas em projeções e dados disponíveis até a data de publicação e podem estar sujeitas a alterações.

  • INDICADOS PARA A DIRETORIA DA ANEEL EM 2025: WILLAMY MOREIRA FROTA E GENTIL NOGUEIRA DE SÁ JÚNIOR

    Em julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Senado Federal as indicações de Willamy Moreira Frota  e Gentil Nogueira de Sá Júnior  para compor a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Essas nomeações visam preencher vagas deixadas pelos ex-diretores Hélvio Neves Guerra e Ricardo Lavorato Tili, cujos mandatos se encerraram em maio de 2024 e maio de 2025, respectivamente. As indicações, publicadas no Diário Oficial da União  em 15 de julho de 2025 , aguardam sabatina e aprovação no Senado , previstas para ocorrer entre 11 e 15 de agosto de 2025. Este artigo detalha os perfis dos indicados, suas trajetórias, quem os apadrinhou, suas possíveis ideias e as pautas que devem assumir na ANEEL. PERFIL E TRAJETÓRIA DOS INDICADOS WILLAMY MOREIRA FROTA ORIGEM E EXPERIÊNCIA : Willamy Frota é um Engenheiro Eletricista com experiência no setor elétrico, especialmente na região Norte do Brasil. Ele ocupou cargos de destaque, como presidente da Amazonas Energia , distribuidora de energia do Amazonas, e diretor da Eletronorte , empresa responsável pela geração e transmissão de energia na região. Durante sua gestão na Amazonas Energia, Frota enfrentou desafios significativos, como a privatização da empresa e a expansão da infraestrutura energética em uma região marcada por dificuldades logísticas e geográficas. Ele também atuou como chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia (MME)  durante a gestão do senador   Eduardo Braga  (MDB-AM) no governo Dilma Rousseff, o que reforça sua proximidade com o político amazonense. INDICAÇÃO : A indicação de Frota foi articulada pelo senador Eduardo Braga , ex-ministro de Minas e Energia e uma liderança influente no setor elétrico. Sua nomeação é vista como parte de um acordo político entre o governo Lula e Braga, refletindo a influência do MDB no Senado. A escolha também é interpretada como uma tentativa de dar voz à região Norte na diretoria da ANEEL , considerando os desafios energéticos específicos da Amazônia. GENTIL NOGUEIRA DE SÁ JÚNIOR   ORIGEM E EXPERIÊNCIA : Gentil Nogueira é o atual secretário de Energia Elétrica  do Ministério de Minas e Energia (MME). Engenheiro mecânico  com ênfase em produção, ele possui especialização em direito regulatório da energia e análise de impacto regulatório. Nogueira tem uma trajetória técnica sólida, com passagens anteriores pela própria ANEEL e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) , o que lhe confere um perfil técnico e institucional. Sua experiência no MME o coloca em sintonia com as políticas energéticas do governo Lula, especialmente sob a liderança do ministro Alexandre Silveira . INDICAÇÃO : Gentil Nogueira foi indicado com o apoio direto do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira , que tem buscado emplacar nomes alinhados com sua agenda no setor elétrico. A nomeação de Nogueira é vista como uma tentativa do governo de alinhar as políticas públicas do MME com as decisões regulatórias da ANEEL, garantindo maior integração entre o ministério e a agência. CONTEXTO DAS INDICAÇÕES As indicações de Frota e Nogueira ocorrem em um momento de recomposição da diretoria da ANEEL, que enfrenta instabilidade devido a vagas abertas desde maio de 2024. A agência, responsável pela regulação do setor elétrico brasileiro, opera com uma diretoria colegiada composta por um diretor-geral e quatro diretores. Atualmente, a diretoria conta com Sandoval de Araújo Feitosa Neto  (diretor-presidente, mandato até 2027), Fernando Luiz Mosna Ferreira da Silva  (mandato até 2026) e Agnes Maria de Aragão da Costa  (mandato até 2027), além de uma vaga em aberto. O processo de indicação foi marcado por negociações políticas entre o governo Lula e o Senado, especialmente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre  (União-AP). Um acordo garantiu que as vagas fossem divididas entre indicações do governo (Nogueira, apoiado por Silveira) e do Senado (Frota, apadrinhado por Braga ). Esse equilíbrio reflete a prática histórica de divisão de influência entre o Executivo e o Legislativo nas nomeações para agências reguladoras. PAUTAS PROVÁVEIS NA ANEEL Os novos diretores, caso aprovados, assumirão em um momento sensível para o setor elétrico brasileiro. As principais pautas que devem estar na agenda da ANEEL incluem: ORÇAMENTO DA CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO (CDE) : Em 15 de julho de 2025, a ANEEL aprovou o orçamento da CDE para 2025, no valor de R$ 49,23 bilhões, um aumento de 32,4% em relação a 2024. Esse orçamento financia subsídios, como a tarifa social, e impacta diretamente as tarifas de energia. Os novos diretores terão que gerir os impactos desse aumento nas contas dos consumidores e na sustentabilidade financeira do setor. MODERNIZAÇÃO DO MARCO REGULATÓRIO DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA : A geração distribuída, especialmente de energia solar, está em expansão no Brasil. A ANEEL tem discutido ajustes regulatórios para equilibrar o crescimento desse segmento com a estabilidade do sistema elétrico, considerando os impactos nas distribuidoras e nos consumidores. Nogueira, com sua experiência no MME, deve liderar essa pauta. TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E DIGITALIZAÇÃO : O avanço de tecnologias como inteligência artificial e a digitalização da infraestrutura energética são prioridades do MME. Os diretores devem trabalhar na regulamentação de soluções inovadoras, como redes inteligentes e armazenamento de energia, para aumentar a eficiência do sistema. UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À ENERGIA : Especialmente na região Norte, onde Frota tem expertise, a ANEEL enfrenta o desafio de expandir o acesso à energia em áreas remotas e isoladas, como as comunidades da Amazônia. Isso envolve programas como o Luz para Todos  e a integração de fontes renováveis em sistemas isolados. RESPOSTA A CRISES ENERGÉTICAS : Após o apagão em São Paulo em 2024, que gerou tensões entre o MME e a ANEEL, os novos diretores terão que fortalecer a fiscalização das concessionárias, como a Enel, e melhorar a resposta a crises. A relação entre o ministro Alexandre Silveira e o diretor-geral Sandoval Feitosa tem sido marcada por atritos, o que pode influenciar as decisões da diretoria. EÓLICA OFFSHORE : O MME abriu consulta pública em 2025 para definir critérios para a geração de energia eólica offshore. A ANEEL terá um papel crucial na regulamentação desse novo segmento, que promete atrair investimentos significativos. CONCLUSÃO As indicações de Willamy Moreira Frota e Gentil Nogueira de Sá Júnior para a diretoria da ANEEL representam uma combinação de experiência técnica e articulação política. Frota, com sua trajetória na região Norte e apoio do senador Eduardo Braga, deve trazer uma perspectiva regional e prática, enquanto Nogueira, alinhado ao MME e ao ministro Alexandre Silveira, reforçará a agenda do governo na agência. As pautas que assumirão, como a gestão do orçamento da CDE, a modernização regulatória e a transição energética, serão cruciais para o futuro do setor elétrico brasileiro. As sabatinas no Senado, previstas para agosto de 2025, determinarão se esses nomes serão confirmados, marcando um novo capítulo na regulação da energia no Brasil. INDICADOS PARA A DIRETORIA DA ANEEL EM 2025: WILLAMY MOREIRA FROTA E GENTIL NOGUEIRA DE SÁ JÚNIOR

  • China Dá um Salto Estratégico no Armazenamento de Energia com Mega Projeto em Xinjiang

    EnergyChannel – Cobertura Internacional A China acaba de dar um passo decisivo no avanço da infraestrutura de armazenamento de energia em larga escala. No último dia 19 de julho, entrou em operação a primeira fase do maior projeto autônomo de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) do país, uma iniciativa pioneira que promete redefinir o papel do armazenamento energético na transição para fontes renováveis. Imagem, créditos Power China Localizado na região de Kashgar, em Xinjiang, o complexo da Huadian Xinjiang Kashgar Energy Storage Plant  já nasce como um gigante do setor: são 500 MW de potência e 2 GWh de capacidade de armazenamento por quatro horas , o suficiente para equilibrar picos de consumo e dar suporte à rede elétrica regional em momentos críticos. A segunda fase do projeto, já planejada, dobrará essa capacidade para impressionantes 1 GW/4 GWh . Um projeto monumental com tecnologia de ponta O empreendimento ocupa uma área de 119 mil metros quadrados , equivalente a cerca de 17 campos de futebol. O investimento total é estimado em 1,6 bilhão de yuans , o que corresponde a aproximadamente US$ 223 milhões . O diferencial tecnológico está no modelo híbrido de operação. O sistema utiliza 100 unidades de armazenamento LFP , com metade da estrutura equipada com inversores formadores de rede  (grid-forming), e a outra metade com inversores seguidores de rede  (grid-following). Essa abordagem inovadora aumenta a flexibilidade do sistema, permitindo maior estabilidade e eficiência na resposta às oscilações da demanda. A conexão do projeto à malha energética é feita por meio de uma linha de transmissão de 220 kV , interligada diretamente à subestação de 750 kV de Kashgar , assegurando a integração do sistema ao backbone energético do país. Quem está por trás do projeto? O projeto é liderado pela Huadian Xinjiang Company , braço regional da China Huadian Corporation , uma das cinco maiores estatais do setor elétrico da China. A PowerChina atuou como contratada EPC (Engineering, Procurement and Construction), coordenando a construção e instalação do complexo. Além da Huadian, a State Grid Xinjiang Electric Power Company  e outros parceiros estratégicos colaboraram para viabilizar a obra, superando desafios logísticos típicos da região de Xinjiang, que incluem clima extremo e questões de transporte em longas distâncias. Por que esse projeto é tão relevante? O crescimento da energia renovável, especialmente solar e eólica, coloca pressão sobre os sistemas de transmissão e exige soluções para lidar com a intermitência das fontes limpas. Nesse contexto, os sistemas de armazenamento por baterias se tornam peças-chave. Ao inaugurar um projeto deste porte, a China fortalece sua estratégia de segurança energética e acelera sua transição para uma matriz mais sustentável, ao mesmo tempo em que lidera a corrida global por soluções de armazenamento de larga escala. Impacto regional e global Além de beneficiar diretamente a região de Xinjiang, um polo estratégico para a produção de energia renovável na China, o megaprojeto de Kashgar sinaliza um movimento de transformação do mercado global de armazenamento. A tendência é clara: o armazenamento não é mais apenas um complemento da geração renovável, mas sim um ativo essencial para garantir estabilidade e confiabilidade à rede elétrica do futuro. Sobre o EnergyChannel O EnergyChannel  é um canal internacional de jornalismo especializado em energia, sustentabilidade e inovação tecnológica. Com presença em 10 países e distribuição multiplataforma, nosso objetivo é informar, debater e acompanhar as principais tendências da transição energética global. Acompanhe tudo sobre energias renováveis, baterias e armazenamento em   www.energychannel.co . China Dá um Salto Estratégico no Armazenamento de Energia com Mega Projeto em Xinjiang

  • Brasil, aqui o elétron é doce!

    O tema energias neutras em emissões de produtos livres de componentes de materiais fósseis é um tema que permeia estudos diversos, seja biometano, hidrogênio, biodiesel, etanol, baterias, etc. Brasil, aqui o elétron é doce! No ano 2000 tive a feliz oportunidade de visitar profissionalmente a China, e a imagem que vislumbrei foi triste demais. Aquele estereótipo de pobreza instalada e agora testemunhada foi complicada, pois pensei, como isso será revertido. Nas ruas a bicicleta predominava como os meio de transporte e a vestimenta era tipo um uniforme azul e simples. A poluição era algo que não permitia ver o céu azul, era de uma cor branca e presumida contaminante. A atuação dos chineses que atuavam no setor automotivo era muito primária e simples, falo isso pois fui fazer um apoio nesse setor. Na época visitei clientes que estavam descontentes com os produtos - microônibus - que operavam em rodovias. Fizemos uma reunião de 3 horas e no fim tive que pensar em como resolver e falei: hoje, a hora que os ônibus chegarem vamos passar a madrugada revisando os ônibus e amanhã às 6:00 h estarão prontos para viajarem! Pergunto, qual resposta vocês dariam? Precisei dar o contexto do ambiente que encontrei para entender o movimento dos chineses para os carros elétricos! Ou faziam isso que fizeram ou se asfixiariam com o ar poluído, pior, venenoso! Ou seja tiveram que seguir um caminho energético de despoluição das cidades! Nesse entretempo tive oportunidade de voltar profissionalmente à China em 2011! Já encontrei uma China em ebulição econômica, e em visita a um distribuidor levei a maior dura pela invasão de carros da Volkswagen - Santana - muito usados como táxi, levei a repreenda por ser brasileiro e marca que trabalhava era concorrente, acho que no fim o diretor da concessionária extravasou o descontentamento com alguém do pais de origem do carro! Preciso destacar que fui para um treinamento de vendas na cidade de Sanya, onde fiquei no melhor hotel que já fiquei em toda carreira profissional! Prelúdios de mudanças da e na China! De um pais nota 2,5 já o avaliei como 5,5! Nesse entretempo trabalhei para uma empresa chinesa que estava se instalando no Brasil, quando tive a oportunidade de pergunta aos novatos de Brasil, o que os impressionou mais no Brasil, resposta: blue sky, ou seja, céu azul! E essa resposta impressiona por que lá esteve e presenciou a situação! Aí dá para entender a resposta. Agora vamos pensar em Brasil, que ao invés de focar em elétrico a baterias, em função da crise do petróleo dos anos 70, focou no “doce etanol”! Uma energia renovável e assumo neutra em emissões poluidoras! O etanol está para a gasolina assim como o BeVant óleo diesel de origem vegetal está para o diesel de origem fóssil! Isso é o Brasil, energias de fontes vegetais em abundância, é só querer que tem! Brasil, aqui o elétron é doce!

  • Caminhos da Descarbonização: Por Que o Futuro dos Veículos Pesados Será Múltiplo e Gradual?

    EnergyChannel | Cobertura Especial A transição energética no transporte pesado já começou, mas a rota não será única nem imediata. Durante um debate promovido pelo EnergyChannel, especialistas do setor defenderam a necessidade de um caminho eclético para descarbonizar a mobilidade urbana e rodoviária, sobretudo no transporte de carga e passageiros. Participaram da conversa o consultor Eustáquio Sirolli, referência em veículos movidos a hidrogênio e células de combustível, e o executivo Cláudio Nelson, especialista no mercado de transporte e sustentabilidade veicular. Descarbonização: Nem só de elétrico vive o futuro Apesar do apelo midiático em torno da eletrificação, a realidade do transporte pesado no Brasil impõe desafios estruturais e econômicos que dificultam uma migração rápida e integral para veículos 100% elétricos. "O Brasil tem características específicas. Não dá para dizer que o futuro será totalmente elétrico ou totalmente a hidrogênio. O cenário é plural e exige soluções combinadas", defendeu Cláudio Nelson. A análise faz sentido: além das questões técnicas — como o peso das baterias e a autonomia limitada —, o custo dos veículos elétricos ainda é proibitivo. Hoje, um ônibus elétrico pode custar de 2,5 a 3 vezes mais do que um equivalente a diesel. No caso dos caminhões, a diferença chega a 30% a mais para modelos a gás. Segundo o levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte), um caminhão Euro 6 emite hoje 1,5 g de CO₂ por kWh, contra 4 g dos modelos fabricados entre 2000 e 2005. Quando o assunto é material particulado, a diferença é ainda mais gritante: 0,01 g no Euro 6 contra 0,15 g nos antigos Euro 2. Curto, médio e longo prazo: a trilha para uma frota mais limpa O caminho para a descarbonização passa por etapas: Curto prazo (até 2 anos) : Renovação da frota com motores Euro 6/Proconve P8. A simples troca de veículos antigos já traz uma redução significativa nas emissões. Médio prazo (2 a 5 anos) : Uso de biocombustíveis avançados, como o diesel vegetal tipo Bivante, produzido sem necessidade de adaptar motores a diesel já existentes. Além disso, o biometano entra no radar, embora ainda com produção concentrada em alguns estados. Longo prazo (acima de 5 anos) : Ampliação da frota elétrica e implementação do hidrogênio como solução de ponta, com corredores específicos de abastecimento e incentivos estruturais. O papel do governo e a importância das políticas públicas Sem políticas públicas e incentivos fiscais, a transição não acontecerá na velocidade desejada. Financiamentos acessíveis, redução de impostos, benefícios em pedágios e IPVA diferenciado são ferramentas possíveis para acelerar a renovação da frota. "Precisamos de um trabalho em conjunto entre setor privado, governo e fabricantes. O caminhoneiro ou empresário quer ajudar o planeta, mas não pode fazer isso sozinho, sob o risco de quebrar o negócio", destacou Ricardo Honório, jornalista e mediador do debate no EnergyChannel. Etanol, biodiesel e novas tecnologias brasileiras Além do diesel vegetal, os especialistas lembraram a importância estratégica do etanol, uma das soluções mais sustentáveis já disponíveis no Brasil desde os anos 70. Novas tecnologias, como o DieselFlex , em desenvolvimento pela Bosch, também prometem ampliar o uso do etanol em motores diesel. "Se a China aposta no carro elétrico, no Brasil o etanol precisa ser mais valorizado. O elétron brasileiro é renovável", reforçou Eustáquio Sirolli. Proposta: um debate contínuo e soluções por etapas O EnergyChannel propõe ampliar o debate, reunindo especialistas de todas as frentes — etanol, hidrogênio, biodiesel, fabricantes e representantes do governo — para construir uma agenda realista e tecnicamente viável de transformação da matriz energética do transporte. "Não se trata de radicalizar. Não será tudo elétrico ou tudo a hidrogênio de uma hora para outra. O futuro do transporte pesado será múltiplo, gradual e adaptado à realidade do Brasil", concluiu Honório. Sobre o EnergyChannel O EnergyChannel  é uma plataforma internacional de jornalismo especializada em energia, sustentabilidade e inovação, com presença em 10 países e cobertura multicanal. Nossa missão é levar informação qualificada sobre a transição energética, sempre com independência editorial e foco no impacto positivo para as futuras gerações. Baixe o aplicativo do EnergyChannel ou acesse www.energychannel.co  para acompanhar os próximos debates e reportagens. Caminhos da Descarbonização: Por Que o Futuro dos Veículos Pesados Será Múltiplo e Gradual?

  • O papel do armazenamento de energia na consolidação de um setor elétrico inteligente e resiliente

    Por  Laís Víctor, especialista em energias renováveis e diretora executiva A transição energética em curso, impulsionada pela crescente participação de fontes renováveis na matriz elétrica, tem promovido avanços significativos em termos de sustentabilidade, redução de emissões e modernização da infraestrutura energética global. Imagens ilustrativa: créditos Hopewind No entanto, esse novo arranjo também impõe desafios operacionais complexos, especialmente no que diz respeito à estabilidade e à previsibilidade do fornecimento. A intermitência característica da geração solar e eólica, fontes cada vez mais relevantes na expansão da oferta evidencia a limitação dos modelos convencionais de operação do sistema elétrico, estruturados historicamente sobre fontes controláveis e despacháveis. Neste cenário, o armazenamento de energia passa a ocupar um papel central na viabilização técnica e econômica da transição. Longe de ser um recurso auxiliar ou contingencial, o armazenamento consolida-se como infraestrutura estratégica para garantir a segurança energética, aumentar a eficiência dos ativos existentes e permitir a gestão inteligente de fluxos energéticos em tempo real. Sua função transcende a simples compensação de intermitência: ele contribui ativamente para o equilíbrio dinâmico entre oferta e demanda, a estabilização de frequência e tensão, o alívio de congestionamentos na rede e a integração entre diferentes regiões e mercados. Além dos ganhos operacionais, o armazenamento influencia diretamente variáveis econômicas fundamentais. Impacta o modelo de precificação de energia, viabiliza contratos com maior flexibilidade de entrega, reduz a dependência de térmicas para atendimento a picos de carga e permite novos arranjos comerciais, como os serviços ancilares e a arbitragem de energia. Trata-se, portanto, de um componente estrutural da matriz do futuro uma matriz que será cada vez mais limpa, descentralizada, digital e orientada por critérios de resiliência e eficiência. Uma corrida global já em curso O armazenamento de energia deixou de ser uma solução pontual para se tornar parte integrante da nova infraestrutura elétrica global. À medida que aumenta a participação das fontes renováveis intermitentes nas matrizes energéticas, países que lideram essa transição vêm adotando o armazenamento como uma resposta concreta à necessidade de estabilidade, previsibilidade e flexibilidade operacional. Segundo projeção da BloombergNEF, a capacidade instalada de sistemas de armazenamento deverá ultrapassar 1.000 gigawatts até 2040, um crescimento sustentado por metas climáticas, pressão regulatória e avanços em escala industrial. Estados Unidos, China e Europa ocupam posição de destaque nesse movimento. Esses mercados já operam sistemas híbridos em escala comercial, nos quais grandes plantas solares e eólicas são integradas a baterias de íons de lítio com controle digital. A consolidação desses projetos se apoia em dois fatores principais. O primeiro é a significativa redução no custo das baterias, que caiu cerca de 89 por cento na última década, conforme dados da Agência Internacional de Energia. O segundo é a existência de marcos regulatórios que reconhecem o papel do armazenamento e atribuem a ele fontes claras de remuneração, seja por serviços de resposta rápida, seja por alívio de sobrecarga na rede. Na Europa, a volatilidade nos mercados de energia de curto prazo tem levado agentes a investir em projetos dedicados à arbitragem, aproveitando diferenças horárias de preço para armazenar e despachar energia conforme o sinal econômico. Já nos Estados Unidos, o fortalecimento do papel das baterias em serviços ancilares vem sendo impulsionado por uma combinação de políticas federais e incentivos estaduais. Nestes casos, o armazenamento cumpre funções específicas, como estabilização de frequência, suporte à reserva girante e fornecimento imediato em situações de oscilação da carga. Essa movimentação internacional indica não apenas uma resposta à necessidade técnica, mas um alinhamento estratégico. O armazenamento passa a ser tratado como ativo essencial na construção de um sistema energético mais eficiente, seguro e preparado para operar com uma geração cada vez mais variável. A corrida já começou, e quem estruturá-la com clareza regulatória e viabilidade econômica ocupará posição central na nova geografia da energia. O Brasil tem potencial estratégico latente à espera de ativação efetiva O debate sobre armazenamento de energia no Brasil avança, mas ainda de forma restrita e fragmentada. Embora o tema já tenha sido incorporado em documentos estratégicos, como o Plano Decenal de Expansão de Energia 2032, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética em conjunto com o Ministério de Minas e Energia, sua inserção prática no sistema elétrico ainda esbarra em limitações institucionais. O plano reconhece que os sistemas de armazenamento podem reduzir os custos com geração de reserva, melhorar o aproveitamento de fontes renováveis e oferecer maior segurança na operação. No entanto, reconhecer a importância não é suficiente. Sem um arcabouço regulatório claro, esses benefícios permanecem potenciais, e não concretos. O principal obstáculo é a indefinição jurídica quanto à natureza do armazenamento no Brasil. Não há consenso entre os órgãos reguladores sobre como classificar essa tecnologia: se como uma forma de carga, geração ou serviço ancilar. Essa ambiguidade compromete a modelagem técnica e financeira dos projetos. Sem clareza sobre como o armazenamento será remunerado, é difícil estruturar contratos bancáveis, o que afasta investidores institucionais e encarece o custo do capital. Além disso, a ausência de um sinal econômico específico reduz o interesse de agentes que, em outros mercados, já operam modelos comerciais sustentados por diferentes fontes de receita. Outro ponto crítico é o não reconhecimento dos efeitos sistêmicos que o armazenamento pode gerar. Tecnologias de baterias aplicadas estrategicamente na rede podem aliviar congestionamentos, adiar a necessidade de novos investimentos em infraestrutura de transmissão e reduzir perdas elétricas em longas distâncias. Ainda assim, esses benefícios não são incorporados nos modelos tarifários nem nos mecanismos de leilão atualmente em vigor. Como consequência, projetos que trariam ganhos coletivos ao sistema não encontram espaço competitivo para se desenvolver. A despeito dessas limitações, há sinais positivos. Chamadas públicas, estudos regulatórios e iniciativas-piloto começam a ser promovidos por instituições como ANEEL, EPE e Operador Nacional do Sistema Elétrico. Mas o avanço dependerá de decisões concretas, que incluam definição de diretrizes regulatórias, revisão dos critérios de remuneração e estímulo à inserção do armazenamento em projetos de geração, distribuição e consumo final. O potencial técnico é evidente. O desafio agora é torná-lo viável. O que o armazenamento entrega e por que isso importa A introdução estruturada de tecnologias de armazenamento no sistema elétrico nacional representa uma resposta direta às limitações operacionais decorrentes da variabilidade das fontes renováveis. Mais do que uma alternativa técnica, o armazenamento agrega valor sistêmico à operação elétrica, criando condições para um uso mais racional da infraestrutura existente e viabilizando modelos energéticos mais resilientes e economicamente sustentáveis. Em primeiro lugar, o armazenamento viabiliza o deslocamento temporal da geração renovável, permitindo que a energia solar produzida em horários de baixa demanda, como o meio do dia, seja armazenada e consumida nos períodos de pico do início da noite. Isso reduz a necessidade de acionar usinas térmicas e contribui para a redução das emissões associadas à geração de ponta. Outro impacto relevante está no alívio da rede elétrica em horários críticos. Em regiões com restrições de escoamento ou sobrecarga na transmissão, o armazenamento em pontos estratégicos permite suavizar picos de carga, evitando a necessidade de investimentos imediatos em novas linhas e subestações. Essa função adquire relevância adicional em sistemas que enfrentam crescimento acelerado da demanda ou forte expansão da geração distribuída. O armazenamento também está apto a participar de serviços ancilares, oferecendo resposta em milissegundos para estabilização de frequência, controle de tensão e suporte à reserva operativa. Essas características tornam as baterias uma ferramenta de apoio à confiabilidade da operação em tempo real, especialmente em contextos de geração altamente distribuída e intermitente. Em ambientes isolados ou com vulnerabilidades climáticas e logísticas, o armazenamento permite autonomia energética por meio de microredes, nas quais sistemas solares ou eólicos são integrados a baterias locais. Isso garante continuidade do abastecimento, reduz dependência de geradores a diesel e fortalece a resiliência comunitária. Há um aspecto financeiro e estratégico que merece destaque. Projetos que integram armazenamento a soluções de eficiência energética e descarbonização se tornam mais competitivos na captação de financiamento climático. São elegíveis a linhas de crédito com critérios ESG, fundos multilaterais e emissões de títulos verdes, o que melhora o custo do capital e amplia o acesso a investidores institucionais. Essas aplicações, quando combinadas, ampliam a eficiência técnica da matriz elétrica, aumentam a previsibilidade do suprimento e criam novas fontes de receita para agentes do setor, seja por meio da comercialização de serviços, da redução de custos operacionais ou da inserção em mecanismos de remuneração por desempenho. O armazenamento, portanto, não apenas responde a uma limitação estrutural, mas inaugura uma nova lógica de gestão do setor elétrico. Preparar o setor para a nova lógica do investimento energético A consolidação do armazenamento de energia como elemento estrutural da matriz elétrica exige uma mudança de postura por parte dos agentes econômicos. Executivos e investidores que desejam atuar nesse segmento precisam adotar uma abordagem que vá além da avaliação tecnológica. É necessário compreender que o armazenamento opera de forma transversal dentro do setor, com impacto na geração, no transporte, na comercialização e no consumo de energia. A lógica que sustenta sua viabilidade é sistêmica, e sua integração exige leitura cuidadosa dos diferentes elos da cadeia. O primeiro passo consiste em mapear as aplicações de maior valor agregado, o que varia conforme a localização, a estrutura tarifária e o perfil de carga. Em áreas com restrições de rede, o armazenamento pode evitar investimentos em infraestrutura. Em sistemas isolados, ele garante segurança de suprimento. Em mercados mais maduros, atua como ativo financeiro, prestando serviços ancilares ou arbitrando energia entre horários de preços distintos. Entender esse contexto é essencial para desenvolver modelos de negócio coerentes com as necessidades do sistema e com o apetite dos financiadores. Ao mesmo tempo, é indispensável antecipar os movimentos regulatórios e institucionais. O Brasil ainda está construindo o marco regulatório para o armazenamento, o que exige atenção contínua a consultas públicas, estudos promovidos por órgãos como ANEEL, MME e EPE, e a iniciativas regionais ou setoriais que possam sinalizar caminhos viáveis. Projetos-piloto, leilões experimentais e programas de inovação podem abrir portas para agentes que desejam testar modelos e se posicionar de forma antecipada. Outro ponto relevante é a diversificação tecnológica. Embora as baterias de íons de lítio dominem o mercado global, especialmente em aplicações de curto ciclo e resposta rápida, outras tecnologias começam a se mostrar promissoras. Soluções como baterias de fluxo redox, armazenamento térmico, hidrogênio verde e sistemas mecânicos podem ser mais adequadas em determinados contextos operacionais ou em escalas específicas. A análise deve considerar critérios como profundidade de descarga, tempo de resposta, durabilidade, disponibilidade de insumos e impacto ambiental. Construir alianças estratégicas será determinante para a redução de riscos. Parcerias com desenvolvedores experientes, integradores de tecnologia, empresas de geração e distribuição e até startups especializadas permitem acelerar a curva de aprendizado, testar soluções de forma mais segura e compartilhar responsabilidades em projetos-piloto ou comerciais. A articulação entre os diferentes agentes será um dos pilares da inserção bem-sucedida do armazenamento no setor elétrico brasileiro. O investimento em armazenamento não é apenas uma aposta em tecnologia emergente. É uma decisão estratégica que exige visão de longo prazo, capacidade de articulação institucional e leitura precisa das transformações em curso nos mercados de energia. Preparar-se agora é uma forma de ocupar espaços futuros com segurança técnica e vantagem competitiva. O futuro da matriz elétrica será decidido por quem souber armazenar valor, não apenas energia O setor elétrico global avança em direção a uma configuração em que descentralização, digitalização e descarbonização não são mais tendências futuras, mas características operacionais já em curso. Neste novo arranjo, o armazenamento de energia ocupa uma função central. Ele permite maior aproveitamento das fontes renováveis, garante estabilidade ao sistema mesmo em condições de alta variabilidade e cria novas possibilidades de operação, precificação e participação nos mercados. Ao conectar os diferentes pilares da transição energética, o armazenamento se consolida como o componente que dará escala, previsibilidade e segurança a uma matriz mais limpa. Sua adoção não se limita a um avanço técnico, mas representa uma mudança estrutural na forma como se planeja, investe e opera energia. Do ponto de vista brasileiro, essa é uma oportunidade que não pode ser adiada. Temos uma matriz com alta participação renovável, disponibilidade de recursos naturais, capacidade técnica instalada e instituições que já reconhecem a importância do tema. Mas transformar potencial em liderança depende de ação coordenada. Isso significa definir regras claras, estruturar instrumentos financeiros adequados e preparar o ambiente regulatório para acolher o armazenamento com segurança jurídica e sinal econômico consistente. Estamos diante de uma inflexão estratégica. O armazenamento não é mais um recurso auxiliar. É o que permitirá ao Brasil consolidar sua posição como referência global em energia limpa. O país que souber armazenar valor - no sentido energético, econômico e institucional - será o país que liderará a próxima fase da transição energética. Essa decisão começa agora, e seu impacto será medido pelas próximas décadas. Sobre a autora   Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis.  O papel do armazenamento de energia na consolidação de um setor elétrico inteligente e resiliente

  • Armazenamento Global de Energia Bate Recorde: Implantações de BESS Crescem 54% no Primeiro Semestre de 2025

    EnergyChannel | Cobertura Internacional – Julho de 2025 O mercado global de armazenamento de energia por baterias (BESS, na sigla em inglês) segue em ritmo acelerado e acaba de registrar um novo marco histórico. No primeiro semestre de 2025, as implantações de sistemas BESS em escala de rede cresceram 54% em comparação com o mesmo período do ano passado, consolidando o setor como peça-chave da transição energética mundial. Armazenamento Global de Energia Bate Recorde: Implantações de BESS Crescem 54% no Primeiro Semestre de 2025 Segundo dados da Rho Motion , referência internacional em inteligência de mercado, só no mês de junho foram conectados à rede 7,96 GW/22,17GWh  de capacidade de armazenamento em 109 projetos ao redor do mundo. Trata-se do maior volume mensal de 2025 até agora, representando um salto de aproximadamente 19% em relação a maio . China lidera a corrida do armazenamento Mais da metade dos novos sistemas instalados estão na China, que mantém uma liderança confortável no mercado global de armazenamento em larga escala. O país vem acelerando a implementação de BESS para dar suporte à integração de fontes renováveis variáveis como solar e eólica, reduzindo riscos de intermitência e fortalecendo a segurança energética de sua matriz. A expansão do armazenamento por baterias também reflete a urgência dos países em modernizar suas redes elétricas diante do crescimento exponencial das energias limpas e do aumento da demanda por flexibilidade no fornecimento. Energia armazenada: o novo ativo estratégico do setor elétrico O avanço dos sistemas de armazenamento em escala de rede está mudando a dinâmica do mercado energético global. Tecnologias como BESS permitem não apenas armazenar excedentes de geração renovável para utilização posterior, mas também oferecem suporte à estabilidade da rede, evitando apagões e aliviando picos de consumo. “Os números de 2025 mostram que o armazenamento já deixou de ser um segmento emergente para se tornar um componente estratégico das políticas energéticas globais”, destaca o EnergyChannel em análise do setor. Projeções para o segundo semestre Com o ritmo atual de implantações e uma agenda global cada vez mais focada em descarbonização e segurança energética, a expectativa é de que o segundo semestre de 2025 mantenha a tendência de crescimento acelerado do armazenamento em baterias. Empresas, governos e investidores acompanham de perto esse movimento, que redefine o papel do armazenamento como um elo indispensável na nova cadeia de valor da energia limpa. Armazenamento Global de Energia Bate Recorde: Implantações de BESS Crescem 54% no Primeiro Semestre de 2025

  • Huasun Energy celebra 5 anos liderando a inovação e a industrialização da tecnologia solar Heterojunction (HJT)

    A Huasun Energy  comemora seu quinto aniversário consolidada como a principal fabricante mundial de produtos solares de ultra-alta eficiência com tecnologia HJT (Heterojunction) . Huasun Energy celebra 5 anos liderando a inovação e a industrialização da tecnologia solar Heterojunction (HJT) Em apenas cinco anos, a empresa passou de uma startup ambiciosa para uma potência global, com cinco unidades de fabricação distribuídas pelas cidades chinesas de Xuancheng, Hefei, Wuxi, Dali e Yinchuan , atingindo uma capacidade produtiva de 20 GW  com cadeia de suprimentos totalmente integrada — desde a produção de lingotes até a montagem dos módulos. Huasun Energy celebra 5 anos liderando a inovação e a industrialização da tecnologia solar Heterojunction (HJT) Até o momento, a Huasun já forneceu mais de 13 GW de produtos HJT para mais de 80 países e regiões  em todo o mundo. Fundada em 2020, em um momento em que o mercado estava saturado com a tecnologia PERC , a Huasun apostou desde o início no potencial do HJT devido às suas vantagens técnicas e possibilidades ainda pouco exploradas.“Desde o início, eu acreditava que o HJT lideraria a próxima era da energia solar”, afirma Jimmy Xu, presidente da Huasun . “Essa tecnologia oferece alta eficiência, baixa degradação e flexibilidade de aplicação — exatamente o que o mundo precisa para alcançar a energia sustentável.” Huasun Energy celebra 5 anos liderando a inovação e a industrialização da tecnologia solar Heterojunction (HJT) Portfólio de produtos avançados e soluções para ambientes extremos Atenta à crescente demanda global, a Huasun lançou diversas linhas de produtos, entre elas as séries Himalaya, Everest e Kunlun . Um dos destaques é o módulo Himalaya G12-132 , que bateu recordes ao atingir 768,9 W de potência de célula campeã  e até 730 W de potência entregue em campo , com uma eficiência de 23,5% . Huasun Energy celebra 5 anos liderando a inovação e a industrialização da tecnologia solar Heterojunction (HJT) Esses módulos foram implementados com sucesso em projetos solares de larga escala, inclusive em condições extremas, como áreas marinhas e desérticas. Graças à tecnologia avançada de encapsulamento, que inclui filme conversor de luz, adesivo butílico e estrutura glass-glass , os módulos garantem alto desempenho, durabilidade e confiabilidade a longo prazo. Fotovoltaico vertical e novas fronteiras tecnológicas A série Kunlun , por sua vez, foi projetada com quase 100% de bifacialidade , sendo ideal para aplicações verticais em agrovoltaicos, corredores de transporte e fachadas de edifícios . Na Europa, a Huasun firmou parceria com a Next2Sun AG , participando de quase 100 MW em projetos de PV vertical  em setores como Agri-PV  e cercas solares. Esses projetos são reconhecidos por reduzir o acúmulo de neve e poeira, capturar luz refletida e minimizar o impacto no uso da terra. Próximo passo: tandem HJT-Perovskita No seu quinto ano de operação, a Huasun iniciou uma linha piloto de 100 MW para células tandem HJT-perovskita , com o objetivo de lançar até o final de 2026 um módulo de nova geração com mais de 800 W de potência e eficiência de 25,75% . Com uma trajetória construída sobre ciência, agilidade e sustentabilidade, a Huasun Energy  segue na vanguarda da inovação solar, oferecendo soluções acessíveis e de alto desempenho para impulsionar um mundo mais limpo e eficiente. Huasun Energy celebra 5 anos liderando a inovação e a industrialização da tecnologia solar Heterojunction (HJT)

  • Irlanda bate recorde e consolida energia eólica como pilar da matriz elétrica

    Por EnergyChannel – Cobertura Internacional Dublin, 21 de julho de 2025 —  A transição energética irlandesa ganhou um novo marco histórico em junho. De acordo com dados divulgados pelo operador nacional de energia, os parques eólicos do país foram responsáveis por 30% de toda a eletricidade consumida no mês , consolidando a energia do vento como um dos principais pilares da matriz elétrica da Irlanda. Irlanda bate recorde e consolida energia eólica como pilar da matriz elétrica O resultado representa um crescimento em relação ao mesmo período de 2024, quando a participação da eólica foi ligeiramente inferior. Além disso, junho de 2025 também foi um mês recorde para a geração solar no país , reforçando o avanço das fontes renováveis em uma nação que, tradicionalmente, sempre apostou forte no vento, mas começa a diversificar sua matriz limpa. Demanda energética também sobe, mas renováveis acompanham Segundo o relatório mensal do operador elétrico irlandês, o consumo total de energia em junho atingiu 3.151 GWh , um crescimento de aproximadamente 4,3%  em relação aos 3.019 GWh  registrados no mesmo mês do ano passado. O aumento no consumo acompanha a tendência de crescimento econômico e da eletrificação de setores como transporte e indústria. Apesar dessa expansão na demanda, as renováveis conseguiram manter o ritmo e evitar que o aumento do consumo representasse um crescimento proporcional da geração fóssil. Energia eólica: a força motriz da transição irlandesa A Irlanda é hoje uma das líderes globais em energia eólica per capita. O país investiu pesado nos últimos anos em infraestrutura offshore e onshore, aproveitando sua localização estratégica no Atlântico Norte. Com ventos constantes e regulatórios favoráveis, o mercado eólico irlandês segue batendo recordes. O desempenho robusto de junho fortalece o plano nacional de descarbonização, que prevê a substituição gradual das termelétricas a gás e carvão por fontes limpas até 2030. A meta do governo é atingir 80% da eletricidade a partir de renováveis  até o final da década, e os dados recentes indicam que esse caminho está bem pavimentado. Solar ganha espaço mesmo com desafios climáticos Embora o foco principal da geração renovável da Irlanda seja o vento, o mês de junho mostrou que a energia solar também começa a ganhar relevância no mix energético do país. Aproveitando os dias mais longos do verão europeu, os parques solares atingiram volumes inéditos de geração. Mesmo com limitações climáticas, como a menor incidência de sol em comparação a países do sul da Europa, a tecnologia fotovoltaica tem se mostrado viável em território irlandês graças ao avanço tecnológico e à redução dos custos de instalação. Cenário global e oportunidades de mercado O desempenho da Irlanda é acompanhado de perto por outros países europeus e serve de exemplo para mercados emergentes em energia limpa. O equilíbrio entre geração eólica e solar, mesmo em um cenário de crescimento de consumo, é um case que reforça a viabilidade da transição energética acelerada. Empresas de tecnologia, investidores e desenvolvedores de projetos de energia renovável enxergam no modelo irlandês um laboratório real de como integrar renováveis de forma eficiente ao sistema elétrico. Cobertura Especial – EnergyChannel: As notícias mais relevantes sobre energia, inovação e sustentabilidade no Brasil e no mundo. Irlanda bate recorde e consolida energia eólica como pilar da matriz elétrica

  • Belo Monte Sofre Revés na Justiça e Enfrenta Cobrança Bilionária no Mercado de Energia

    Por EnergyChannel – Cobertura Especial Brasília, julho de 2025 —  A Norte Energia, concessionária responsável pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, enfrenta um dos capítulos jurídicos mais delicados desde a sua operação comercial. Uma decisão judicial recente reverteu uma liminar que protegia a empresa de uma cobrança milionária no mercado de energia. Belo Monte Sofre Revés na Justiça e Enfrenta Cobrança Bilionária no Mercado de Energia Agora, a concessionária corre contra o tempo para evitar um débito que já ultrapassa R$ 480 milhões . O imbróglio envolve o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), sistema do setor elétrico brasileiro criado para redistribuir, entre os geradores, os riscos de hidrologia adversa. Na prática, o MRE funciona como uma espécie de "seguro coletivo" contra períodos de seca. Quando as hidrelétricas geram menos energia do que o previsto, os custos são compartilhados. No caso de Belo Monte, a Norte Energia vinha questionando judicialmente parte desses repasses desde 2021, alegando desequilíbrios no cálculo e impactos específicos relacionados ao modelo de operação da usina no rio Xingu. Com a liminar que mantinha o pagamento suspenso derrubada, a empresa agora precisa arcar com o montante acumulado nos últimos anos, acrescido de juros e correções. Impacto bilionário e riscos ao caixa A dívida, segundo fontes do setor, pode ultrapassar os R$ 500 milhões  caso novas cobranças sejam incorporadas até o julgamento final do mérito. O valor coloca pressão sobre o caixa da Norte Energia e acende um alerta no mercado de geração. Apesar de operar uma das maiores hidrelétricas do mundo, com capacidade instalada de 11,2 GW , Belo Monte tem convivido com desafios relacionados à sazonalidade da geração e à complexidade do sistema elétrico brasileiro. A situação também reacende o debate sobre o modelo de gestão de riscos hidrológicos no Brasil, especialmente em grandes empreendimentos da Amazônia, onde o regime de chuvas é diferente do restante do país. O que diz a Norte Energia Em nota, a companhia afirmou que "mantém diálogo com os órgãos reguladores e o Operador Nacional do Sistema (ONS) para buscar uma solução equilibrada que respeite a sustentabilidade financeira da operação e a segurança jurídica do setor". A empresa destaca ainda que o modelo de operação de Belo Monte foi desenhado para respeitar condicionantes ambientais e indígenas, o que, segundo a concessionária, "impacta diretamente nos volumes de geração e na previsibilidade da energia entregue ao sistema". Reflexos no mercado e cenário regulatório Especialistas do setor elétrico consultados pelo EnergyChannel  avaliam que a decisão cria um precedente relevante para outros players do mercado, especialmente para grandes hidrelétricas com operação complexa ou sazonal. Além disso, o episódio coloca em pauta a necessidade de modernização do MRE e de mecanismos mais adequados para lidar com a nova realidade do setor elétrico, que hoje convive com uma matriz cada vez mais híbrida, combinando hidrelétricas, solares, eólicas e sistemas de armazenamento. Enquanto o mercado acompanha os próximos desdobramentos, a Norte Energia tenta evitar que a conta bilionária se concretize. Nos bastidores, fontes do setor afirmam que a empresa poderá buscar novos acordos ou até mesmo renegociações dentro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Cobertura contínua: EnergyChannel – Acompanhe as principais atualizações do setor elétrico brasileiro. Belo Monte Sofre Revés na Justiça e Enfrenta Cobrança Bilionária no Mercado de Energia

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