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- Tigo Energy aposta em segurança, eficiência e retrofit para impulsionar produtividade solar no Brasil
Por EnergyChannel – Direto de São Paulo Em meio a um cenário desafiador para o setor de energia solar no Brasil, onde o crescimento em novas conexões enfrenta barreiras técnicas e regulatórias, a Tigo Energy reforça sua presença no mercado com uma proposta clara: aumentar a produtividade das usinas existentes e garantir segurança nas novas instalações . Tigo Energy aposta em segurança, eficiência e retrofit para impulsionar produtividade solar no Brasil Em entrevista ao EnergyChannel, os executivos André Gellers (Country Manager) e Manoel Monteiro (Sales Marketing Manager Latam) apresentaram os pilares da atuação da empresa e as soluções que vêm ganhando força no país. Eficiência como novo vetor de crescimento solar Com a expansão territorial limitada e entraves na infraestrutura elétrica — como saturação das subestações e falta de linhas de transmissão — o setor solar brasileiro precisa, mais do que nunca, apostar em produtividade. “Hoje a energia elétrica é um bem essencial como alimento. O desafio é extrair o máximo de eficiência das usinas já em operação”, destaca André Gellers. A Tigo se posiciona justamente neste ponto: melhorar a performance das usinas já conectadas , atuando onde o setor mais sente: perdas não identificadas, falhas técnicas ocultas e ausência de monitoramento em tempo real. Retrofit e monitoramento: inteligência aplicada à geração solar Uma das principais apostas da Tigo é o retrofit — ou seja, modernizar usinas existentes com tecnologias de monitoramento e otimização de desempenho . “Com nossos otimizadores, é possível identificar falhas em módulos específicos, sujeira excessiva, falhas em diodos e até sombreamentos localizados. Isso tudo sem precisar deslocar equipes ou interromper o funcionamento da planta”, explica Monteiro. A solução da Tigo permite a detecção automática de perdas de geração , e o retorno do investimento acontece, segundo os executivos, em menos de dois anos , com ganhos médios de geração entre 5% a 7% ao ano . Rapid Shutdown: segurança obrigatória e diferencial competitivo Além da eficiência energética, a segurança elétrica vem se consolidando como item obrigatório. Estados como Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e, em breve, São Paulo, já exigem sistemas de desligamento rápido (Rapid Shutdown) em novas instalações solares. E esse é um ponto em que a Tigo se diferencia. “Nossa tecnologia cumpre a norma NBR 17.193, protege as pessoas e os ativos. Isso reduz riscos operacionais e também já começa a impactar positivamente no valor dos seguros das usinas fotovoltaicas , tendência já consolidada na Alemanha”, afirma Gellers. Otimização seletiva: adaptabilidade e economia para integradores e residências Outro diferencial da solução Tigo é a possibilidade de otimização seletiva , ou seja, aplicar otimizadores apenas nos módulos onde há sombreamento ou queda de desempenho — o que reduz custos e permite adequações pontuais. “Não é necessário substituir todos os equipamentos ou investir em microinversores caros. Com os otimizadores da Tigo, o integrador pode preservar o inversor original e adaptar o projeto conforme as necessidades reais do cliente”, complementa Monteiro. Garantia alinhada ao ciclo de vida do projeto solar Com garantia de 25 anos , os equipamentos da Tigo estão em sintonia com o ciclo esperado das usinas solares. Isso significa maior segurança para investidores, integradores e usuários residenciais, além de melhor gestão de ativos no longo prazo. “A maturidade do mercado exige esse tipo de solução. Não temos mais espaço para desperdícios ou para usinas operando abaixo do projetado. O futuro da energia solar está na produtividade, e é isso que a Tigo entrega”, conclui Gellers. Quer aumentar a produtividade da sua usina solar? Se você é integrador, investidor ou consumidor final e quer entender como otimizar sua geração com as soluções da Tigo, deixe sua pergunta nos comentários abaixo ou entre em contato diretamente com a equipe da empresa. Tigo Energy aposta em segurança, eficiência e retrofit para impulsionar produtividade solar no Brasil
- Argentina mira liderança no mercado global de GNL, mas esbarra em desafio bilionário de infraestrutura
Com uma das maiores reservas de gás não convencional do mundo , a Argentina pode se tornar protagonista no mercado internacional de GNL se conseguir atrair ao menos US$ 10 bilhões em investimentos estratégicos . Argentina mira liderança no mercado global de GNL, mas esbarra em desafio bilionário de infraestrutura Por EnergyChannel – Buenos Aires, Argentina A Argentina está diante de uma oportunidade histórica no setor energético. Detentora da segunda maior reserva de gás não convencional do planeta , a formação de Vaca Muerta, na Patagônia, tem potencial para transformar o país em um player global de gás natural liquefeito (GNL). No entanto, entre o potencial e a realidade há uma lacuna bilionária: são necessários ao menos US$ 10 bilhões em infraestrutura para que o país possa competir no cenário internacional. A crescente demanda mundial por GNL, impulsionada pela transição energética e pela busca de segurança energética por parte da Europa e da Ásia, abriu uma janela de oportunidade. Mas para aproveitar o momento, a Argentina precisa correr contra o tempo e contra seus próprios entraves estruturais. Vaca Muerta: um gigante adormecido A formação de Vaca Muerta concentra volumes gigantescos de gás e petróleo não convencional, comparáveis aos maiores campos dos Estados Unidos. A produção já dá sinais de maturidade e expansão, com operadoras como YPF, Tecpetrol e outras majors globais acelerando operações de fraturamento hidráulico e extração. O problema não está na produção, mas no gargalo logístico. "Produzimos muito mais gás do que conseguimos escoar. Precisamos de gasodutos, plantas de liquefação e terminais de exportação" , afirmou em recente conferência o ministro da Economia argentino, Luis Caputo. “Temos um produto competitivo, mas sem infraestrutura, ele não sai do país.” O que está faltando? Para tornar o GNL argentino viável internacionalmente, o país precisa: Concluir novos gasodutos , como a extensão do Gasoduto Néstor Kirchner; Construir unidades de liquefação , com capacidade modular e escalável; Ampliar a capacidade portuária , com terminais de embarque no Atlântico; Estabilizar o ambiente regulatório , para atrair capital estrangeiro. Estima-se que os investimentos mínimos necessários para esse salto exportador girem em torno de US$ 10 bilhões . E esse valor pode crescer a depender do modelo de negócios adotado. Competição acirrada O mercado de GNL está em plena transformação. Países como os Estados Unidos e o Catar lideram a oferta global, enquanto novas frentes de produção surgem na África e na Ásia Central. O Brasil, por sua vez, amplia sua infraestrutura para importação e já opera terminais regaseificadores no Sudeste e no Nordeste. Nesse cenário, a Argentina tem uma vantagem competitiva : gás abundante, com preço doméstico muito abaixo do praticado internacionalmente. Mas sem resolver os gargalos de escoamento e liquefação, o país continuará desperdiçando valor e oportunidades. Caminho incerto, mas promissor Apesar dos desafios, o setor energético argentino tem conseguido avançar. O governo de Javier Milei defende uma política mais liberal, com foco em concessões e parcerias com o setor privado. As empresas, por sua vez, pressionam por mais previsibilidade fiscal e segurança jurídica. “Com as condições certas, poderemos exportar GNL já nos próximos cinco anos” , disse Pablo Iuliano, CEO da YPF, em recente apresentação. “Mas o tempo é curto, e a concorrência é brutal.” Conclusão: a hora é agora A Argentina tem tudo para se tornar uma potência no mercado global de GNL. Possui reservas, conhecimento técnico e empresas capazes. O que falta é transformar promessa em infraestrutura e atrair os bilhões que podem mudar o jogo. Argentina mira liderança no mercado global de GNL, mas esbarra em desafio bilionário de infraestrutura
- Geração Distribuída: o monstro do armário do ONS
Por Daniel Lima – ECOnomista Dores nas articulações, veias e artérias entupidas: eis o estado de saúde do Sistema Interligado Nacional (SIN). Tudo indica que o diagnóstico é claro sedentarismo energético com risco de colapso funcional. Geração Distribuída: o monstro do armário do ONS Mas eis que surge o tratamento milagroso: geração distribuída. Sem contraindicação, de aplicação simples, disponível sem receita e com efeitos colaterais mínimos talvez apenas uma leve perda de controle central. Só que, por alguma razão místico-técnica, talvez até por um caso avançado de negacionismo contumaz, o ONS insiste em ignorar o remédio que está bem ali, na prateleira. Enquanto o mundo inteiro se deslumbra com painéis solares em telhados e comunidades inteiras se libertam da tirania dos megawatts centralizados, o Operador Nacional do Sistema (ONS) parece desenvolver uma nova fobia técnica: a Distribuitofobia. O cidadão comum, antes um mero pagador de tarifas e vítima das bandeiras vermelhas, agora ousa gerar a própria energia. E pior compartilha o excedente com a rede! Um ato quase subversivo. Para o ONS, isso não é empoderamento, é anarquia solar. Segundo relatos não oficiais (e alguns olhares bastante desconfiados), a proliferação da geração distribuída estaria tirando o sono do ONS. Afinal, como controlar um sistema quando o cidadão teima em produzir sua própria eletricidade? O medo declarado é que “a geração distribuída dificulta o planejamento e operação do sistema elétrico”. Mas a tradução livre seria: “não conseguimos mais brincar sozinhos com os botões gigantes que regulam o país”. Enquanto o operador do sistema ainda digita relatórios em Word 2007, a geração distribuída já conversa em Python, criando algoritmos em tempo real para balancear carga com inteligência artificial. A realidade ignorada é que esse modelo é um passo natural da evolução energética, traz mais resiliência, menor dependência de grandes usinas, e empodera o consumidor. Mas, claro, para quem cresceu no playground das hidrelétricas e termelétricas, isso soa como revolta organizada. O paradoxo curioso é ver o setor temer a evolução como se fosse um apagão iminente quando, na verdade, o apagão está em resistir à mudança. Com mais de 74 mil GWh de geração prevista para 2029, a energia que brota dos telhados parece estar conspirando contra os guardiões do sistema. Afinal, como manter o monopólio do fluxo elétrico quando cada cidadão vira miniusina com Wi-Fi? Geração Distribuída: o monstro do armário do ONS Geração Distribuída: o monstro do armário do ONS
- OPINIÕES DO MINISTRO ALEXANDRE SILVEIRA SÃO CONTESTADAS POR DEPUTADOS DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Em audiência pública realizada em 9 de julho de 2025 na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, o ministro Alexandre Silveira defendeu a aprovação da MP nº 1.300/2025, alegando que ela traria “justiça tarifária” e “liberdade do consumidor”. OPINIÕES DO MINISTRO ALEXANDRE SILVEIRA SÃO CONTESTADAS POR DEPUTADOS DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA No entanto, a proposta repete velhas fórmulas e ignora os reais entraves do setor elétrico. Ao manter benefícios sociais financiados via CDE, sem revisar os subsídios cruzados da geração distribuída, a medida perpetua um modelo tarifário injusto e insustentável. A falta de clareza sobre a abertura do mercado e os impactos do fim da geração incentivada só aumenta a insegurança entre consumidores e setores produtivos. A geração incentivada, que tem sido motor de desenvolvimento, corre o risco de ser enfraquecida, enquanto os mais pobres seguem arcando com o peso dos subsídios cruzados da GD. O deputado Arnaldo Jardim, no mesmo debate, cobrou a instalação da comissão mista para análise da MP, cuja vigência vai até 18 de setembro de 2025. O texto ainda precisará ser votado pelos plenários da Câmara e do Senado. Até lá, é urgente rever as distorções tarifárias, garantir competitividade e preservar políticas que funcionam de fato. ABERTURA DO MERCADO LIVRE: UMA PROPOSTA PREMATURA COM PROMESSAS E RISCOS A MP reacende o debate sobre a abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores , inclusive os de baixa tensão. Embora essa proposta tenha potencial no longo prazo, no cenário atual do setor elétrico brasileiro, sua implementação é precipitada e arriscada . A abertura ampla e irrestrita exige infraestrutura, segurança regulatória e preparação técnica dos consumidores, especialmente os pequenos, que podem ser os mais prejudicados. Não se trata apenas de uma questão técnica. Os entraves são econômicos, jurídicos e estruturais . Sem ajustes profundos, essa transição compromete a estabilidade do setor e impõe riscos ao equilíbrio tarifário. Liberdade de escolha é desejável, mas só faz sentido quando todos têm condições mínimas de participar do mercado em igualdade de condições — o que, claramente, não é o caso hoje. GERAÇÃO INCENTIVADA: UM PILAR QUE NÃO PODE SER ENFRAQUECIDO A MP também propõe revisar subsídios, mas o discurso do governo e especialmente do ministro ignora a importância estratégica da geração incentivada , colocando-a no mesmo pacote dos subsídios ineficientes. Trata-se de um equívoco grave, tanto do ponto de vista econômico quanto técnico. A geração incentivada não é um privilégio: é um instrumento de política energética e econômica. Ela garante competitividade à indústria, sustentabilidade ao agronegócio e previsibilidade ao varejo. É por meio desses contratos que grandes consumidores conseguem reduzir custos, manter empregos, investir em expansão e garantir preços mais estáveis ao consumidor final. Ao contrário do que se insinua, os custos associados à geração incentivada são, atualmente, menores que os de outros subsídios como os da geração distribuída, por exemplo, que atualmente beneficiam uma minoria da população, mas impõem custos a todos os demais consumidores via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). SUBSÍDIOS CRUZADOS DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA: O VERDADEIRO PESO NA CONTA DE LUZ Um dos grandes silêncios da proposta é sobre os subsídios cruzados da geração distribuída (GD) . Enquanto o ministro critica contratos de geração incentivada que movimentam setores produtivos inteiros, mantém intocados subsídios à microgeração solar residencial, que hoje representam um dos principais vetores de crescimento da CDE sem contrapartida econômica relevante para o país . Esses subsídios beneficiam poucos geralmente, consumidores com maior poder aquisitivo — e transferem os custos para a base de consumidores cativos. É este tipo de distorção que deveria ser alvo da racionalização prometida pela MP. Não faz sentido atacar quem gera riqueza e poupar quem transfere custo. DEPUTADO ARNALDO JARDIM: ALERTA NECESSÁRIO AO CONGRESSO Durante a audiência, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) trouxe ponderações fundamentais. Em sua fala, ele reconheceu os pontos positivos da MP, como a proposta de modernização e ampliação do acesso, mas alertou para riscos sérios à previsibilidade regulatória, à segurança jurídica e à sustentabilidade dos investimentos no setor. Jardim também cobrou a instalação imediata da comissão mista para análise da MP, alertando para o risco de se perder o prazo e aprovar uma reforma sem o devido debate. Suas palavras foram diretas: “Será que alguém não deseja que essa MP prospere?”, questionou. O tom do deputado revela preocupação legítima com a forma e o conteúdo da proposta, que precisa ser aprimorada não apenas aprovada por impulso. JUSTIÇA TARIFÁRIA: UMA FALÁCIA POLÍTICA OU UM OBJETIVO TÉCNICO? O ministro insiste em afirmar que a MP 1300/25 promove justiça tarifária , mas a proposta está longe disso. A tarifa social ampliada para famílias com consumo de até 80 kWh/mês é louvável — mas será bancada com recursos da CDE, que continuará sendo inchada por mecanismos mal calibrados e por emendas legislativas que fogem do controle técnico do setor. O próprio ministro prometeu uma nova MP para limitar o crescimento da CDE, em resposta às emendas “jabutis” da Lei 15.097, cujos vetos presidenciais foram derrubados. Porém, uma nova MP não resolverá o problema se os diagnósticos continuarem errados e as soluções continuarem políticas, e não técnicas . CONCLUSÃO A MP 1300/25 pode até ter nascido com boas intenções, mas está sendo conduzida de forma precipitada, com pouco embasamento técnico e ataques diretos a instrumentos que sustentam a economia real do país, como a geração incentivada que precisa ser preservada e expandida, não enfraquecida. A revisão de subsídios é necessária, mas deve começar pelas distorções mais evidentes, como as da GD residencial. A abertura do mercado, por sua vez, exige responsabilidade e planejamento, não decisões apressadas com viés populista. Até agora, sequer foi oficialmente instaurada a Comissão Mista que analisará a MP. Em audiência na CME, o deputado Carlos Zarattini (PT/SP) informou que o tema só deverá avançar em agosto, após conversas com o relator designado, deputado Fernando Coelho Filho (União/PE), ex-ministro de Minas e Energia. Eduardo Braga (MDB/AM), também ex-ministro da pasta, foi indicado para presidir a comissão — ambos os nomes foram confirmados, mas ainda não formalizados . O setor elétrico não pode ser vítima de improvisos. O Brasil precisa de uma política energética tecnicamente sólida, juridicamente segura e economicamente viável — e não de soluções apressadas em pleno ano eleitoral. Fonte: Agência Câmara de Notícias OPINIÕES DO MINISTRO ALEXANDRE SILVEIRA SÃO CONTESTADAS POR DEPUTADOS DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
- Indústria no MENA aposta em energia solar com baterias para garantir competitividade e autonomia energética
Por Kevin A transformação energética nas regiões do Oriente Médio e Norte da África (MENA) avança com velocidade. Pressionadas por metas climáticas ambiciosas, custos crescentes de eletricidade e a necessidade crítica de estabilidade energética, indústrias estão migrando para soluções mais inteligentes e sustentáveis. Indústria no MENA aposta em energia solar com baterias para garantir competitividade e autonomia energética A aposta do momento? Sistemas híbridos que integram geração solar fotovoltaica e armazenamento por baterias . Essa estratégia vem sendo adotada por grandes empresas da região e representa uma nova fase na transição energética do setor industrial, onde a busca por resiliência operacional, independência energética e redução de custos se tornou vital para a sobrevivência no mercado. Solar + armazenamento: a dupla que redefine o futuro energético das fábricas Durante décadas, as indústrias na região dependeram fortemente da rede elétrica local e, em muitos casos, de geradores a diesel como fonte de contingência. No entanto, essa combinação tem se mostrado cara, poluente e ineficiente diante das novas exigências do mercado. Com os sistemas híbridos solar + storage , essa lógica está mudando. A geração fotovoltaica cobre o consumo diurno com energia limpa e de baixo custo, enquanto sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) garantem fornecimento contínuo à noite ou durante falhas na rede. O resultado? Produção ininterrupta, menor exposição a tarifas de pico e mais controle sobre a gestão energética. Casos de sucesso: do setor logístico aos data centers Diversos setores vêm aderindo a esse novo modelo na região MENA: 🏭 Parques industriais e fábricas : redução de dependência da rede e maior previsibilidade de custos energéticos. ❄️ Centros de logística e refrigeração : energia de backup confiável para preservar cadeias de suprimento. 💻 Data centers e instalações de alta tecnologia : autonomia energética para garantir operação contínua, mesmo diante de instabilidades. Viabilidade financeira acelera adesão A combinação entre queda no custo das baterias — que já ultrapassa 80% de redução na última década — e os avanços tecnológicos na eficiência dos painéis solares criou um cenário propício para o retorno rápido sobre o investimento (ROI). As empresas que apostam em soluções híbridas observam: 💸 Contas de energia mais baixas , com uso inteligente da energia solar e otimização do uso da rede. 🔌 Redução de falhas operacionais causadas por apagões ou flutuações de tensão. ♻️ Cumprimento de metas ESG e fortalecimento da imagem institucional junto a investidores e parceiros internacionais. Haier Energy lidera soluções customizadas no mundo árabe Na vanguarda dessa revolução energética está a Haier New Energy , braço de soluções sustentáveis do grupo Haier. Com mais de duas décadas de experiência no setor de baterias e dez anos focados em energias renováveis, a empresa projeta soluções híbridas sob medida para o setor industrial em toda a região MENA. “Nosso papel é oferecer às empresas um caminho claro rumo à independência energética, com soluções que combinam tecnologia, economia e sustentabilidade”, afirma Zhang Jinhui, diretor de operações internacionais da Haier Energy. Energia limpa e competitividade: a hora de agir é agora Com políticas públicas em favor das renováveis ganhando força no mundo árabe e a descarbonização industrial como prioridade, as empresas que saírem na frente terão vantagem competitiva real. O recado é claro: o futuro da energia industrial está na integração entre geração solar e armazenamento inteligente . E ele já começou. Indústria no MENA aposta em energia solar com baterias para garantir competitividade e autonomia energética
- Zero Grid: O novo paradigma da autonomia energética no Brasil
Por Laís Víctor – Especialista em energias renováveis e Diretora executiva de parcerias Em um cenário energético cada vez mais descentralizado e orientado à sustentabilidade, empresas ao redor do mundo estão acelerando a busca por modelos que garantam maior autonomia, eficiência e resiliência. A combinação estratégica entre geração distribuída, armazenamento inteligente e liberdade de negociação no mercado de energia está impulsionando o avanço do conceito Zero Grid, uma abordagem inovadora que redefine a forma como organizações produzem, consomem e gerenciam sua energia. Zero Grid: O novo paradigma da autonomia energética no Brasil Maior usina fotovoltaica na América Latina (Janaúba-MG), capacidade de geração de 1,2 gigawatts (GW), equivalente ao abastecimento de uma cidade com mais de 1,5 milhões de residências. Mais do que uma tendência tecnológica, o Zero Grid simboliza uma transformação estrutural no setor elétrico global, abrindo espaço para soluções autossuficientes e integradas que priorizam flexibilidade, previsibilidade de custos e segurança energética. No Brasil, esse movimento ganha contornos ainda mais promissores. O país, que já desponta como líder em fontes renováveis, vive a expansão da energia solar, a consolidação do mercado livre e os primeiros passos em projetos com baterias e microrredes. Esse ambiente, somado ao avanço regulatório e à demanda crescente por eficiência operacional, posiciona o Brasil como terreno fértil para a consolidação do Zero Grid como novo paradigma energético. Cenário atual O Brasil se destaca globalmente como um dos países com maior ritmo de expansão em energia solar. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o país atingiu, em 2024, aproximadamente 54 GW de capacidade solar instalada, representando cerca de 22% da matriz elétrica nacional. Desse total, mais de 40 GW correspondem à geração distribuída (GD), que envolve mais de 5 milhões de unidades consumidoras. Essa penetração tem se concentrado principalmente em três segmentos: residências urbanas, comércios de pequeno e médio porte, e propriedades rurais que utilizam energia solar para irrigação, refrigeração e automação de processos agroindustriais. Estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul lideram a adesão, beneficiados por legislações estaduais incentivadoras e boa irradiação solar. Já a região Nordeste, com altos índices de insolação e menor custo de conexão, tem se tornado polo estratégico para projetos de grande porte. No ambiente do Mercado Livre de Energia (ACL), a adesão é crescente. Mais de 70 mil empresas já operam nesse regime, especialmente na categoria A1 (tensão igual ou superior a 230 kV), onde os consumidores negociam diretamente com geradores e comercializadoras. O modelo permite maior previsibilidade, flexibilidade e eficiência nos custos. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) destaca que setores como alimentos, metalurgia, papel e celulose são os mais ativos nesse mercado. Com a recente ampliação do acesso ao ACL para consumidores com carga inferior a 500 kW, prevista para 2024 e 2025, a expectativa é que menores e médias empresas adotem soluções integradas de autogeração + mercado livre. Esse dinamismo está criando um terreno fértil para inovações como o modelo Zero Grid, que alia liberdade comercial, eficiência operacional e sustentabilidade. Armazenamento emergente À medida que a penetração de fontes renováveis intermitentes como solar e eólica, cresce a necessidade de soluções robustas de armazenamento de energia torna-se crítica para a estabilidade e flexibilidade do sistema elétrico brasileiro. Nesse contexto, o armazenamento deixa de ser um recurso complementar e passa a ocupar um papel central na arquitetura energética do futuro. O Brasil já iniciou um movimento estruturado para incorporar tecnologias de armazenamento em sua matriz. Estão em andamento investimentos superiores a R$ 300 milhões em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com foco em baterias de diferentes tecnologias, eficiência de sistemas e integração com fontes renováveis. Esses projetos-piloto estão sendo testados em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e em áreas estratégicas da Região Norte, onde o isolamento geográfico e a dependência de diesel tornam o armazenamento ainda mais urgente. Globalmente, os custos das baterias de íon-lítio caíram cerca de 90% desde 2010, tornando sua adoção cada vez mais viável economicamente. Essa redução de custos, combinada com o avanço dos sistemas de gestão e monitoramento, abre espaço para a aplicação de baterias em diferentes escalas, desde residências e comércios até grandes plantas industriais e parques solares. No Brasil, a adoção de baterias está especialmente alinhada ao modelo Zero Grid, permitindo que empresas operem de forma autônoma, reduzam sua exposição à tarifa convencional e otimizem o uso de energia solar durante períodos de baixa irradiação. Além disso, o armazenamento tem sido explorado como mecanismo de suporte à operação do sistema elétrico, reduzindo picos de demanda e contribuindo para o equilíbrio da rede nacional. Com o avanço da regulação e a introdução de novos modelos de negócio, o armazenamento tende a se consolidar como um dos vetores mais estratégicos da transição energética brasileira. Casos reais e exemplos regionais De acordo com a PV Magazine (2024) e dados regionais compilados pela ABSOLAR, diversos empreendimentos brasileiros já testam e implementam soluções baseadas no modelo Zero Grid. Em São Paulo, por exemplo, um shopping center de grande porte integra um sistema solar de 1,2 MWp a baterias de 2 MWh e uma plataforma de gestão inteligente, permitindo a operação autônoma em horários de ponta, reduzindo significativamente a dependência da rede e os custos com demanda contratada. No interior de Minas Gerais, uma agroindústria do setor sucroalcooleiro implementou um sistema fotovoltaico com armazenamento que cobre mais de 70% de sua demanda anual. A energia excedente é comercializada no mercado livre por meio de contratos sob medida, reduzindo sua exposição às flutuações tarifárias e aumentando sua previsibilidade financeira. No Ceará, uma iniciativa coordenada entre um polo logístico e um instituto de pesquisa energética está testando uma microrrede autônoma com financiamento internacional. O sistema utiliza rastreamento solar, baterias inteligentes e gestão por IA para ajustar em tempo real consumo e geração, tornando-se modelo replicável para outras regiões semiáridas. Desafios estruturais e técnicos para a consolidação do modelo zero grid Apesar de seu alto potencial, a implementação em larga escala do modelo Zero Grid enfrenta uma série de desafios que precisam ser superados para que sua adoção seja eficaz, segura e escalável. 1. Regulação defasada e limitações normativas Um dos principais obstáculos está no campo regulatório. As normas atuais ainda não contemplam plenamente a operação de sistemas com medição bidirecional, controle de injeção de energia e comercialização de excedentes em tempo real. A ausência de um arcabouço jurídico moderno para a geração distribuída com armazenamento e integração ao Mercado Livre limita a viabilidade técnica e econômica de soluções mais autônomas. Além disso, as regras tarifárias e de compensação não refletem as novas dinâmicas de produção e consumo descentralizados. 2. Infraestrutura de rede limitada As redes de distribuição no Brasil, em sua maioria, foram desenhadas para fluxo unidirecional e estão longe de oferecer suporte adequado a microrredes, sistemas híbridos e respostas dinâmicas à demanda. A ausência de tecnologias de automação, medição inteligente e integração digital em tempo real compromete a confiabilidade e a flexibilidade necessárias para a operação eficiente de sistemas Zero Grid, sobretudo em ambientes urbanos e industriais de alta complexidade. 3. Complexidade na engenharia de sistemas Integrar geração solar, armazenamento, software de gestão energética e negociação em tempo real exige uma engenharia altamente especializada. O desenvolvimento e a operação desses sistemas requerem profissionais com domínio em áreas como eletrônica de potência, automação, análise de dados, redes elétricas e regulação energética. A escassez de mão de obra qualificada e a curva de aprendizado tecnológica ainda são entraves relevantes para o avanço do modelo. 4. Modelos de negócio e estrutura comercial A lógica tradicional de comercialização de energia está sendo desafiada por novos modelos baseados em flexibilidade contratual, precificação dinâmica e monetização de excedentes. Para que empresas possam operar com autonomia energética, é necessário desenvolver instrumentos financeiros e jurídicos adequados, como contratos de energia por performance, acordos de compartilhamento de baterias e plataformas digitais de transação peer-to-peer. Essas inovações exigem novas competências administrativas, recursos de TI e segurança regulatória para atrair investidores e garantir a viabilidade econômica dos projetos. 4. Oportunidades Apesar dos desafios, o modelo Zero Grid se destaca como uma das soluções mais promissoras da transição energética, apresentando ganhos expressivos de eficiência, competitividade e sustentabilidade. A seguir, destacam-se as principais oportunidades que tornam essa abordagem especialmente atrativa para o contexto brasileiro e global. 1. Payback acelerado e maior retorno do investimento Projetos que integram geração solar, armazenamento e comercialização de excedentes no ambiente do Mercado Livre têm alcançado reduções significativas no prazo de retorno do investimento (payback). Enquanto sistemas tradicionais podem levar de 5 a 7 anos para se pagar, soluções Zero Grid já demonstram payback entre 2 e 3 anos, principalmente em projetos comerciais e industriais. Essa agilidade se deve à eliminação de tarifas de uso da rede, redução de encargos e possibilidade de monetização dos excedentes em momentos de alta demanda ou preço elevado. 2. Redução de perdas e riscos operacionais O Zero Grid favorece a geração e consumo local da energia, eliminando longos percursos em linhas de transmissão e distribuição o que reduz perdas técnicas e aumenta a eficiência energética. Além disso, a presença de sistemas de armazenamento confere resiliência frente a falhas da rede pública, flutuações tarifárias ou instabilidades climáticas, que afetam a operação de setores industriais, comerciais e rurais. Essa independência operacional reduz riscos e agrega previsibilidade ao planejamento estratégico das empresas. 3. Aumento da competitividade industrial Ao operar com energia autônoma, previsível e sob gestão própria, empresas conseguem reduzir seus custos energéticos em até 90%, dependendo do perfil de consumo e da estratégia contratual adotada. Essa economia direta se traduz em maior competitividade frente à concorrência, além de melhorar margens operacionais e reduzir a exposição a variações de mercado. O acesso à energia limpa também fortalece a reputação corporativa diante de investidores, clientes e órgãos reguladores. 4. Abertura de um novo mercado de negócios O Zero Grid inaugura uma nova lógica econômica no setor elétrico. A capacidade de negociar excedentes, prestar serviços ancilares à rede, operar em plataformas peer-to-peer ou integrar contratos flexíveis via blockchain está criando um mercado emergente de energia inteligente e descentralizada. Investidores institucionais, fundos ESG, utilities e startups enxergam nesse modelo uma oportunidade de alto valor agregado, com possibilidade de inovação financeira, comercial e tecnológica. Essa dinâmica tende a expandir-se à medida que os marcos regulatórios e a infraestrutura tecnológica forem atualizados. Recomendações para viabilizar e escalar o modelo zero grid no brasil A consolidação do modelo Zero Grid no Brasil dependerá de uma ação coordenada entre o setor público, investidores, indústria e especialistas. A seguir, destacamos cinco eixos estratégicos que devem orientar a formulação de políticas, investimentos e modelos de negócios no curto e médio prazo: 1. Regulação flexível e convergente É fundamental atualizar o marco regulatório para viabilizar a operação de sistemas híbridos, que combinem geração solar, armazenamento e comercialização de excedentes no mercado livre. Isso exige a introdução de normas específicas para medição bidirecional, tarifação dinâmica e contratos de energia por desempenho. Além disso, é urgente criar um ambiente regulado para microrredes privadas e autossuficientes, que hoje operam em uma zona cinzenta do sistema elétrico nacional. 2. Integração entre PLD, P&D e inovação digital A adoção de PLDs (Preços de Liquidação das Diferenças) dinâmicos e regionalizados permitirá uma precificação mais justa e transparente da energia nos sistemas autônomos. Para isso, é necessário investir em plataformas de precificação inteligentes, que incorporem variáveis em tempo real, como demanda local, geração solar e estado das baterias. Paralelamente, incentivos à Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) devem priorizar soluções em armazenamento, redes inteligentes e uso de IA para gestão energética autônoma. 3. Parcerias estratégicas para escala e integração A expansão do Zero Grid exige a formação de consórcios e alianças estratégicas entre integradores solares, fabricantes de tecnologia, startups de software e consultorias especializadas. Essas parcerias devem atuar de forma colaborativa no desenho, implementação e monitoramento de projetos personalizados, reduzindo o custo de entrada e acelerando a curva de aprendizado do mercado. As experiências-piloto devem ser documentadas e compartilhadas com o setor para fomentar a replicabilidade e padronização. 4. Financiamento verde e incentivos econômicos A viabilidade do Zero Grid passa pela ampliação das linhas de crédito verdes, com taxas atrativas e prazos de carência adaptados à curva de retorno do investimento. Bancos públicos e privados, fundos climáticos e instituições multilaterais devem incluir em suas carteiras o financiamento de baterias, softwares de gestão energética e sistemas híbridos inteligentes. Políticas de incentivo fiscal, como depreciação acelerada e créditos de carbono, também podem acelerar a adesão empresarial ao modelo. 5. Capacitação técnica e desenvolvimento de talentos O sucesso do Zero Grid dependerá diretamente da formação de uma mão de obra técnica altamente qualificada em áreas como engenharia elétrica, automação, armazenamento, análise de dados e gestão de energia. Programas de capacitação devem ser integrados a centros de pesquisa, SENAI, universidades e empresas do setor, com ênfase em operações descentralizadas, plataformas digitais e sistemas de decisão autônoma. A capacitação contínua também é essencial para operadores, gestores de energia e profissionais da área regulatória. A era da autonomia energética e o papel do brasil no cenário global Ao longo dos últimos anos, acompanhei de perto tanto em campo quanto nos bastidores institucionais, a evolução da transição energética no Brasil. O que antes era uma tendência pontual, hoje se apresenta como um movimento irreversível em direção à descentralização, digitalização e descarbonização da matriz elétrica. Nesse contexto, o modelo Zero Grid representa não apenas uma inovação tecnológica, mas uma virada de chave estratégica na forma como empresas se relaciona com a energia. Estamos diante de um novo paradigma em que a autonomia energética deixa de ser um privilégio e passa a ser uma ferramenta competitiva e sustentável. Com o Zero Grid, organizações de diversos portes passam a gerar, armazenar, monitorar e comercializar sua própria energia, com eficiência técnica, previsibilidade financeira e independência regulatória. Trata-se de um ecossistema em que a inteligência embarcada nos sistemas energéticos é capaz de responder, em tempo real, às necessidades do negócio com confiabilidade, transparência e segurança. Como profissional atuante na articulação de parcerias estratégicas, desenvolvimento de novos modelos e apoio à inovação no setor de renováveis, vejo de forma clara que o Brasil reúne os pilares necessários para liderar esse processo. Possuímos abundância de recursos solares, um mercado livre em expansão, uma cadeia produtiva consolidada e uma base crescente de empresas e consumidores dispostos a inovar. Contudo, para que essa revolução se consolide, será necessário avançar com maturidade regulatória, inteligência de mercado e políticas de incentivo bem direcionadas. O Zero Grid não é uma solução teórica, ele já está em curso em projetos pioneiros que demonstram como unir sustentabilidade, tecnologia e retorno financeiro em um mesmo modelo. Se implementado com visão estratégica, o Zero Grid pode transformar o Brasil em um referencial global de autonomia energética, resiliência industrial e inovação regulatória. Estamos diante da oportunidade de liderar, e não apenas seguir, a próxima fase da transição energética mundial. Sobre a autora Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis. Zero Grid: O novo paradigma da autonomia energética no Brasil
- ABGD fortalece rede de conexões com eventos que aproximam o setor de geração distribuída
Por Ricardo Honório – EnergyChannel São Paulo, 10 de julho de 2025 – A movimentação em torno da geração distribuída no Brasil tem ganhado força não apenas nos corredores técnicos e regulatórios, mas também no campo das conexões humanas e institucionais. Uma das iniciativas que tem impulsionado esse avanço é o Conexão Empresarial ABGD , evento promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída , que vem se consolidando como ponto de encontro estratégico para os players do setor. ABGD fortalece rede de conexões com eventos que aproximam o setor de geração distribuída Em entrevista exclusiva ao EnergyChannel , a gerente de marketing e eventos da ABGD, Jéssica Soares , detalhou a proposta do encontro e destacou a importância dessa agenda para o fortalecimento da comunidade da GD no país. “O Conexão Empresarial surgiu de uma demanda dos próprios associados, que buscavam espaços para discutir os desafios e oportunidades do setor. É um ambiente aberto, voltado majoritariamente para os nossos associados, mas que também acolhe o mercado em geral”, explicou Jéssica. Segundo ela, o objetivo é claro: promover debates relevantes, ampliar o networking entre empresas e reforçar o papel da ABGD nas diversas frentes em que atua , como governança institucional, técnico-regulatória e projetos especiais com impacto nacional. Networking qualificado e discussões estratégicas Com edições previstas para diversas cidades brasileiras ao longo de 2025, o Conexão Empresarial ABGD não apenas aproxima os agentes da cadeia produtiva da energia solar e de outras fontes descentralizadas, como também cria pontes com instituições, investidores, gestores públicos e entidades de classe. “Queremos que as empresas falem entre si, compartilhem suas experiências, se conectem com o ecossistema da geração distribuída. As conversas que acontecem nesses eventos são riquíssimas, com insights que reverberam muito além do dia do encontro”, acrescenta Jéssica. Próximo evento no Teatro Santander trará foco em diversidade e sustentabilidade A próxima edição já tem data e local confirmados: acontecerá no Teatro Santander, em São Paulo, e será realizada em conjunto com o movimento Mulheres da Energia – uma iniciativa também apoiada pela ABGD. O encontro será uma oportunidade para aprofundar discussões sobre temas como economia verde, sustentabilidade, o protagonismo feminino no setor e os preparativos do Brasil para a COP 30 , além de apresentar os projetos da ABGD voltados para a Amazônia Legal. “Convidamos não apenas mulheres, mas todos os profissionais do setor interessados em entender para onde caminha o mercado de geração distribuída no Brasil”, reforçou Jéssica. ABGD amplia presença e voz no setor A atuação da ABGD tem se destacado em várias frentes. Além da articulação institucional, a entidade lidera iniciativas de capacitação, participa ativamente de consultas públicas, promove diálogos com o governo e fomenta a representatividade do setor em pautas estratégicas — como o avanço da GD na matriz elétrica brasileira e a regulamentação do marco legal do setor. Com o Conexão Empresarial , a associação reforça seu papel como catalisadora de conexões, impulsionando parcerias e criando um ambiente propício para a inovação e o crescimento sustentável da geração distribuída. ABGD fortalece rede de conexões com eventos que aproximam o setor de geração distribuída
- Construir uma comunidade pode ser sua maior vantagem competitiva no mercado livre de energia
Em um cenário de transformação no setor elétrico brasileiro, surge o reforço de uma oportunidade estratégica: construir comunidade. Uma comunidade não apenas amplia a base de clientes, mas também fortalece a posição competitiva das empresas no setor. Construir uma comunidade pode ser sua maior vantagem competitiva no mercado livre de energia A Medida Provisória nº 1.300/2025, que visa modernizar o setor elétrico, ampliando a liberdade de escolha dos consumidores e promovendo maior eficiência e competitividade, reforça a necessidade de estratégias colaborativas. A abertura do mercado livre de energia para consumidores de baixa tensão, prevista para agosto de 2026, representa uma oportunidade significativa para empresas que já operam com comunidades como canais de vendas estabelecidas. Antes de mais nada, é importante entender o que significa uma comunidade. Em termos simples, uma comunidade é um grupo de pessoas sejam parceiros, clientes, ou até mesmo colaboradores que compartilham um interesse comum e colaboram para alcançar objetivos de negócio. A ideia é criar um ecossistema em que todos se sintam parte de algo maior, um movimento, e não apenas “consumidores” ou “vendedores". No setor de energia, isso se traduz em formar uma rede de parceiros e agentes autorizados que não apenas vendem soluções energéticas, mas educam, compartilham experiências e geram confiança. Isso é especialmente importante quando falamos de mercado livre de energia, um mercado que ainda está em crescimento no Brasil e que apresenta barreiras de entrada relacionadas a conhecimento técnico e regulação. Uma das maiores dificuldades que as empresas enfrentam hoje é a educação do consumidor. O mercado livre de energia oferece uma proposta vantajosa, com preços mais baixos e maior liberdade de escolha, mas muitas vezes os consumidores não sabem como ele funciona e até mesmo desconfiam de como podem se beneficiar dele. A MP 1300 propõe facilitar a migração de consumidores para o mercado livre, permitindo que mais empresas e residências possam se beneficiar da liberdade de escolher seus fornecedores de energia. Com essa mudança, a demanda por informações sobre como navegar nesse novo cenário vai aumentar. Quem estiver pronto para fornecer essas informações de forma clara e confiável, estará melhor preparado. Alcance não é comunidade e confiar exclusivamente em mídia paga para escalar presença pode ser uma armadilha silenciosa para quem está ingressando ou expandindo no mercado livre de energia. À medida que o retorno sobre investimento em mídia paga diminui, cresce a urgência de um marketing mais estratégico, onde cada real investido precisa equilibrar performance de curto prazo com construção de autoridade de longo prazo. Nesse cenário, saber quais canais priorizar sejam próprios, conquistados ou híbridos pode ser justamente o que define se a empresa conseguirá cruzar o abismo entre o mercado inicial e o mercado mainstream , onde os critérios de confiança, reputação e experiência pesam mais que a promoção. O Community Canvas é uma ferramenta de estruturação estratégica voltada para a criação de comunidades com propósito. Mais do que gerar engajamento, ele permite desenhar ecossistemas em torno de uma marca ou solução, organizando elementos fundamentais como narrativa, rituais, estrutura de governança, valor compartilhado e papel dos membros. Em mercados como o livre de energia, onde confiança, recorrência e capital relacional são ativos críticos, aplicar o Community Canvas pode ser a diferença entre apenas gerar audiência ou formar uma comunidade real, com advocacy , co-criação e tração de longo prazo, pensando na digitalização e transformação, conforme imagem abaixo: Construir uma comunidade pode ser sua maior vantagem competitiva no mercado livre de energia A construção de uma comunidade de parceiros no mercado livre de energia não deve ser tratada como uma tática complementar, mas como uma possível extensão estratégica do modelo de negócio. No entanto, nem toda comercializadora varejista está, de fato, preparada para estruturar esse tipo de iniciativa com profundidade. Antes de seguir nessa direção, é necessário um exercício crítico de posicionamento e clareza de propósito. E três perguntas podem ajudar a sinalizar se esse é um caminho viável e sustentável para sua marca. Primeiro: Qual é o seu grau de relevância percebida dentro do ecossistema energético? Não se trata aqui de popularidade, market shar e ou presença publicitária, mas de posicionamento estratégico. Sua marca possui uma narrativa própria, com uma bandeira clara, capaz de agregar valor simbólico ao redor daquilo que entrega? Marcas relevantes são aquelas que ocupam um espaço mental distinto, com uma promessa que transcende atributos funcionais e que mobiliza seja intelectualmente, seja emocionalmente. Um exemplo claro fora do setor é o Nubank , que se estabeleceu como um símbolo contra a opacidade dos grandes bancos, traduzido em micro decisões de design, linguagem e experiência. No mercado livre, marcas que defendem autonomia energética real, inteligência tarifária ou desburocratização do acesso podem construir algo semelhante se forem consistentes, conforme imagem abaixo com oportunidades para uma comercializadora varejista: Construir uma comunidade pode ser sua maior vantagem competitiva no mercado livre de energia Segundo: Qual é a sua real disposição de investir em estratégias de longo prazo? Uma comunidade é, por definição, um mecanismo baseado na lógica do flywheel: quanto mais você alimenta, mais ela gira e os retornos se acumulam com o tempo. Mas esse efeito de retroalimentação exige intencionalidade, recursos e tempo de maturação. Não é viável criar uma comunidade apenas para lançar uma campanha ou bater uma meta trimestral. É preciso visão. O case do podcast “Boteco Solar”, por exemplo, é um ótimo exemplo de construção orgânica de comunidade: o canal nasceu de um conteúdo espontâneo, criou um núcleo de audiência de integradores que interagia, e depois foi formalizado em um ambiente digital que perdura até hoje, com moderação, pertencimento e autonomia. No setor elétrico, um representante comercial que permanece engajado por anos, defende a marca e compartilha feedbacks espontâneos é o equivalente mais valioso dessa jornada. Por fim: seus clientes ou parceiros já demonstram comportamentos de cocriação espontânea? Em outras palavras: há sinais de um capital relacional já em construção? Isso pode surgir de um parceiro que sugere melhorias em um contrato, de outro que envia um vídeo com dicas para novos clientes, ou até daquele que cria espontaneamente um conteúdo de venda porque acredita no produto. Esses sinais não são ruídos, são indícios de que sua marca já passou da fase de transação e está se tornando uma plataforma. A comunidade, nesse caso, deixa de ser uma aposta e se torna um caminho natural de amplificação e fidelização. No mercado livre, onde a decisão do cliente é técnica, mas também relacional, a construção de uma comunidade comercial pode ser o diferencial competitivo que estrutura confiança, reduz churn e transforma representantes em embaixadores. E isso só acontece quando a marca deixa de ser apenas fornecedora de energia e passa a ser infraestrutura de significado. Tatiane Carolina Especialista em marketing e modelos de negócios no setor elétrico. Engenheira, MBA em Gerenciamento de Projetos e pós-graduanda em Comunicação Empresarial Transmídia pela ESPM, atua conectando engenharia e marketing no desenvolvimento de marcas, produtos e ecossistemas no setor de energia. CEO da Ello Moving e Host do podcast Boteco Solar. Construir uma comunidade pode ser sua maior vantagem competitiva no mercado livre de energia
- Siltrax quebra recorde de densidade de potência em células a combustível para impulsionar transporte limpo e aviação de alto desempenho
Célula a combustível verificada pela TÜV Rheinland estabelece novo padrão em tamanho, peso e desempenho — abrindo caminho para os setores aeroespacial, marítimo e de transporte Siltrax quebra recorde de densidade de potência em células a combustível para impulsionar transporte limpo e aviação de alto desempenho SYDNEY – 9 de julho de 2025 – A Siltrax , empresa pioneira em inovação com células a combustível, anunciou hoje que alcançou as maiores densidades de potência volumétrica e gravimétrica já registradas para células a hidrogênio. Testes independentes realizados pela TÜV Rheinland validaram a célula proprietária G-100 de 150 kW da Siltrax, que alcançou 9,77 kW/L de densidade volumétrica e 9,7 kW/kg de densidade gravimétrica , superando todos os recordes conhecidos do setor. Esse avanço permite o desenvolvimento de células mais leves, compactas e eficientes, acelerando a descarbonização de indústrias em que espaço e peso são fatores críticos — como aeronaves elétricas, caminhões pesados e transporte marítimo. No centro dessa conquista está a arquitetura patenteada da Siltrax, baseada em silício. Ao integrar uma placa bipolar de silício (Si-BPP) — inédita no mundo — e um design de microcanais de fluxo, antes inviável com materiais convencionais, a empresa conseguiu extrair mais potência com menos materiais. Isso representa um passo essencial para viabilizar o uso em larga escala de células a combustível em mercados com restrições severas de espaço e peso. “Nossos resultados mais recentes mostraram um ganho de desempenho de 30% em relação aos melhores benchmarks da indústria, destacando os benefícios extremos do nosso design com Si-BPP e microcanais,” afirma Dr. Zhengrong Shi , fundador da Siltrax.“Essa inovação se traduz diretamente em células mais densas em potência, mais confiáveis e com custo mais competitivo.” O marco de desempenho reforça a força do núcleo tecnológico da empresa: sua placa bipolar patenteada e os canais de fluxo projetados com precisão. O feito foi alcançado utilizando apenas componentes comerciais disponíveis no mercado , evidenciando o potencial ainda inexplorado da abordagem. “O mais empolgante é que esse resultado de alta eficiência foi conquistado apenas com a otimização da nossa placa bipolar e design dos canais,” explica Shi.“Esses números são apenas o começo. Ao integrar camadas de difusão de gás e membranas customizadas ao nosso sistema de alta precisão, vemos ganhos de desempenho ainda mais expressivos no horizonte,” acrescenta Daniel Zafir , Diretor de Parcerias Globais da Siltrax. Densidade de potência que abre novos mercados Enquanto sistemas tradicionais de célula a hidrogênio costumam não atender às exigências de aplicações críticas, o G-100 da Siltrax estabelece um novo patamar. Os resultados não só superam metas internacionais de longo prazo, como também redefinem o que é possível em mobilidade e energia limpa de nova geração. Por exemplo, as densidades de 9,7 kW/L (volumétrica) e 9,7 kW/kg (gravimétrica) ultrapassam as metas estabelecidas pela organização japonesa NEDO para 2030 (6,76 kW/L), 2035 (8,42 kW/L) e 2040 (10,38 kW/L), além das metas do programa USDRIVE do Departamento de Energia dos EUA para potência específica por stack: 2.000 W/kg (atual), 2.700 W/kg (meta para 2025). Ao ultrapassar marcos que a concorrência ainda persegue, a Siltrax acelera a adoção comercial de células em indústrias nas quais cada quilo e cada centímetro cúbico importam . À medida que setores buscam alternativas mais limpas aos combustíveis fósseis, soluções compactas e potentes como a G-100 tornam-se protagonistas da nova era da energia. Impulsionando o futuro da energia zero emissões Com esse desempenho recorde, a Siltrax amplia os limites do que é possível em aplicações onde stacks tradicionais enfrentam restrições críticas: Aeroespacial e eVTOLs (aeronaves de decolagem e pouso vertical elétricas) : Altas relações potência/peso permitem maior alcance e mais carga útil, maximizando o retorno sobre investimento. Marítimo e Drones : Soluções duráveis e compactas ideais para operação prolongada em ambientes com pouco espaço. Transporte pesado : Propulsão de alta densidade viabiliza eletrificação de cargas pesadas, otimizando capacidade útil e eficiência de abastecimento. O marco G-100 se baseia na plataforma de célula a combustível de silício já anunciada pela Siltrax, desenvolvida com apoio da Clean Energy Finance Corporation (CEFC) e da Virescent Ventures . Ao aproveitar as cadeias de suprimento maduras da indústria fotovoltaica e técnicas de fabricação de silício em alta escala, a abordagem também tem potencial para reduzir significativamente os custos de produção dessas tecnologias avançadas. Sobre a Siltrax Sediada em Sydney, Austrália , a Siltrax lidera o desenvolvimento de tecnologias com células a combustível baseadas em silício, oferecendo soluções de ponta para geração de energia, transporte e logística. Combinando pesquisa avançada e cadeias de suprimentos consolidadas, a empresa impulsiona a eficiência energética e a sustentabilidade com células robustas, de alta performance e ótimo custo-benefício. Comprometida com a expansão da economia do hidrogênio, a Siltrax se posiciona como agente de transformação na transição energética global.Mais informações: www.siltrax.net Siltrax quebra recorde de densidade de potência em células a combustível para impulsionar transporte limpo e aviação de alto desempenho
- Thopen capta R$ 293 milhões com XP e Kinea e acelera expansão do seu portfólio de energia limpa no Brasil
Os recursos foram levantados em duas emissões de debêntures de infraestrutura e serão destinados para o financiamento da construção de 32 ativos de energia solar em diferentes estados brasileiros Thopen capta R$ 293 milhões com XP e Kinea e acelera expansão do seu portfólio de energia limpa no Brasil São Paulo, 7 de julho de 2025 — A Thopen , maior plataforma integrada de geração e gestão de energia elétrica com foco na abertura total do mercado livre, acaba de anunciar duas novas captações de investimentos para ativos de energia solar fotovoltaica. A primeira foi coordenada pela XP Investimentos, no montante de R$ 200 milhões. Já a segunda, foi realizada com a Kinea, desta vez, no valor de R$ 93 milhões. Os recursos foram captados via emissão de debêntures de infraestrutura não conversíveis em ações e serão destinados para o financiamento da construção de 32 projetos, distribuídos em diferentes estados brasileiros. A partir da captação com a XP, serão construídos 21 projetos nos estados de Goiás, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Destes, mais de 80% dos ativos possuem previsão de início de operação ainda em 2025 e o restante para o primeiro semestre de 2026, incluindo 58,1 MWp de capacidade instalada ao portfólio da Thopen. Thopen capta R$ 293 milhões com XP e Kinea e acelera expansão do seu portfólio de energia limpa no Brasil Já os investimentos da Kinea serão destinados para 11 projetos, localizados no Paraná, São Paulo, Maranhão, Bahia e Goiás. Juntas, as usinas totalizam 30,5 MWp de capacidade instalada . O capex total, que inclui o desenvolvimento destes ativos, foi de R$ 127,5 milhões. Thopen capta R$ 293 milhões com XP e Kinea e acelera expansão do seu portfólio de energia limpa no Brasil Em abril deste ano, a Thopen já havia realizado uma captação de R$ 90 milhões em investimentos com a Kinea para outros projetos renováveis nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Ceará. “Esse novo ciclo de captações acelera ainda mais o nosso compromisso com a transição energética do Brasil. Estamos construindo, com solidez e agilidade, um portfólio que democratiza o acesso à energia limpa, reduz custos para empresas e consumidores, e posiciona a Thopen como protagonista na abertura do mercado livre de energia”, comenta Gustavo Ribeiro, CEO da Thopen e da Pontal Energy, empresas do mesmo grupo. Plano acelerado de expansão e realização de acordos estratégicos no mercado Desde o início de 2025, a Thopen já realizou mais de R$1,7 bilhão em investimentos no seu portfólio, incluindo soluções para criação da nova plataforma focada em oferecer soluções inovadoras enquanto agente na transição do mercado livre de energia e aquisição de empreendimentos de energia limpa. Nos últimos meses, a Thopen também fechou uma parceria com a operadora de telefonia TIM em um programa que prevê economia na conta de luz para consumidores em diversos estados do Brasil. Estas iniciativas prometem expandir a carteira de clientes da companhia, que hoje já ultrapassa a marca de 250 mil unidades consumidoras gerenciadas. A empresa projeta chegar a 1 milhão de clientes nos próximos anos, além de aplicar R$ 2,3 bilhões nos seus segmentos de atuação até 2027. Atualmente, a Thopen, junto com a Pontal Energy, possui uma capacidade total instalada de 608 MW em geração centralizada e um portfólio de projetos greenfield que somam mais de 1 GW. A plataforma também possui 240 MWp de capacidade operacional em GD e está construindo novas usinas, que aumentarão esta produção para 500 MWp. Juntas, as empresas projetam atingir cerca de 800 MWp de capacidade em GD até o final de 2026, através de desenvolvimento próprio ou aquisição de usinas de terceiros. Thopen capta R$ 293 milhões com XP e Kinea e acelera expansão do seu portfólio de energia limpa no Brasil
- Livoltek aposta em ecossistema completo e fábrica no Brasil para liderar nova fase da energia solar com armazenamento
Por Ricardo Honório, direto de Campinas – Especial para o EnergyChannel Livoltek aposta em ecossistema completo e fábrica no Brasil para liderar nova fase da energia solar com armazenamento Direto da edição de julho da Performatec Campinas 2025 , o EnergyChannel acompanhou de perto as principais novidades do setor fotovoltaico, e uma delas veio da Livoltek , empresa que está construindo um posicionamento sólido no Brasil com soluções completas em energia solar e sistemas de armazenamento. Conversamos com Guilherme Deziatto , coordenador de suporte técnico da marca no país, que apresentou durante o evento uma palestra técnica sobre a evolução dos sistemas híbridos com baterias , destacando os ganhos práticos para o integrador e o consumidor final. Armazenamento: de tendência a realidade no mercado brasileiro Segundo Deziatto, a Livoltek tem reforçado seu compromisso com o mercado nacional, investindo na fabricação local e desenvolvendo tecnologias de armazenamento com baterias de lítio ferro fosfato , que hoje já entregam kWh abaixo dos R$ 0,20 em aplicações residenciais . “A proposta é clara: mais do que vender produtos, queremos entregar soluções energéticas completas que se conectem com a realidade do consumidor brasileiro”, afirmou. Entre os temas da apresentação, o especialista destacou as diferenças entre sistemas on-grid, off-grid e híbridos , e explicou como a Livoltek oferece apoio técnico completo ao integrador , desde a seleção de equipamentos até o suporte em cálculos de viabilidade econômica e dimensionamento de projetos. Indústria nacional: Livoltek inaugura primeira fábrica de inversores do Brasil Com presença global, a Livoltek é o braço de energias renováveis do Grupo Rex, mas tem dado passos firmes para se tornar referência nacional no segmento solar . Prova disso é a implantação de duas fábricas no país : uma em Manaus, dedicada à produção de inversores , e outra em Fortaleza, especializada em medidores de energia . “Somos a primeira empresa a ter uma fábrica de inversores operando no Brasil, o que representa um marco para o setor e uma vantagem competitiva para o cliente nacional em termos de prazo, suporte e custo”, explicou Deziatto ao EnergyChannel. Ecossistema 100% integrado: da geração à mobilidade elétrica A Livoltek não se limita a inversores. A empresa oferece um ecossistema completo que inclui baterias, carregadores veiculares, medidores e soluções de monitoramento , todos com integração nativa — o que facilita a instalação, o suporte e o pós-venda . “Com equipamentos de uma única marca, o integrador evita incompatibilidades e reduz o risco de falhas. Além disso, o cliente final ganha em confiabilidade, escalabilidade e controle”, completou. Outro destaque é o carregador veicular CC de 240 kW , voltado para aplicações industriais, frotas e eletropostos, além do modelo CA de 7 kW para uso residencial. Apoio total ao integrador e foco em soluções sob medida Com atuação desde o residencial até projetos comerciais e industriais , a Livoltek oferece soluções adaptadas para diferentes portes e tipos de consumidores. Para os integradores, a empresa disponibiliza suporte técnico direto , treinamentos e consultoria para customização de projetos com foco na viabilidade econômica e sustentabilidade. “Nosso papel é dar suporte completo, inclusive na transição de sistemas movidos a diesel para soluções com baterias , que já fazem sentido financeiramente em muitos casos”, destacou. O futuro da energia solar passa pelo armazenamento Livoltek aposta em ecossistema completo e fábrica no Brasil para liderar nova fase da energia solar com armazenamento Durante o evento, o executivo reforçou que o armazenamento de energia deixou de ser um conceito distante e já faz parte do presente , principalmente em aplicações onde o cliente busca autonomia energética, segurança e previsibilidade de custos . “O integrador precisa entender que o consumidor hoje quer mais do que um sistema solar — ele quer uma solução energética inteligente e pronta para o futuro. É isso que a Livoltek entrega”, concluiu. Quer saber mais sobre sistemas híbridos, armazenamento e o futuro da energia solar no Brasil? Acompanhe as atualizações no www.energychannel.co e siga o EnergyChannel nas redes sociais para coberturas exclusivas dos principais eventos do setor. Livoltek aposta em ecossistema completo e fábrica no Brasil para liderar nova fase da energia solar com armazenamento
- Alemanha já alcança metade da meta solar de 2030 — mas especialistas alertam para risco de desaceleração na transição energética
Por EnergyChannel – Redação Internacional Alemanha já alcança metade da meta solar de 2030 — mas especialistas alertam para risco de desaceleração na transição energética A Alemanha acaba de cruzar uma marca importante no seu plano de transição energética: atingiu 50% da meta de 215 GW de capacidade instalada de energia solar prevista para 2030 . O avanço, divulgado nesta semana pela Agência Federal de Redes (Bundesnetzagentur) , reflete o esforço contínuo do país em expandir suas fontes renováveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Alemanha já alcança metade da meta solar de 2030 — mas especialistas alertam para risco de desaceleração na transição energética No entanto, ao mesmo tempo em que os números representam um sinal de progresso, também acendem um alerta vermelho no setor . Segundo a Associação Alemã da Indústria Solar (BSW) , a trajetória de crescimento pode enfrentar um "ponto de inflexão" caso não sejam tomadas medidas urgentes para destravar investimentos e acelerar o desenvolvimento de soluções de armazenamento de energia . Alemanha precisa manter o ritmo — e resolver gargalos estruturais A meta ambiciosa da Alemanha de alcançar 215 GW de capacidade solar até 2030 faz parte do plano nacional para neutralizar emissões de carbono e ampliar a segurança energética diante dos desafios geopolíticos e climáticos. Hoje, com cerca de 107 GW de capacidade instalada , o país já avançou consideravelmente — mas o ritmo de crescimento precisa ser mantido ou ampliado nos próximos cinco anos. O desafio, segundo o setor, vai além da instalação de novos painéis solares. Um dos principais gargalos está na infraestrutura de armazenamento , essencial para garantir estabilidade ao sistema elétrico à medida que aumenta a participação de fontes intermitentes, como solar e eólica. “Sem soluções eficientes de armazenamento, o excesso de energia produzida durante o dia pode ser desperdiçado, enquanto a demanda continua crescente à noite”, alertou Carsten Körnig, diretor executivo da BSW. Condições de investimento precisam melhorar A Associação também destacou que barreiras burocráticas, incertezas regulatórias e entraves no licenciamento têm dificultado a implantação de grandes usinas fotovoltaicas e travado o interesse de investidores internacionais. Além disso, custos relacionados a terrenos, conexão à rede e mão de obra especializada pressionam a viabilidade de projetos em escala. Embora os subsídios e programas federais tenham sido cruciais para o avanço até agora, o setor cobra uma atualização nas políticas de incentivo , especialmente diante da concorrência com mercados emergentes que vêm oferecendo ambientes mais atraentes para negócios em energia renovável. Armazenamento é a chave para a segunda metade da meta A expansão da energia solar na Alemanha dependerá cada vez mais de tecnologias de armazenamento em larga escala , como baterias de íons de lítio e soluções de hidrogênio verde. Esses recursos são vistos como peças-chave para aumentar a flexibilidade da rede elétrica, evitar curtailment (desperdício de energia gerada) e garantir que a energia solar esteja disponível mesmo fora dos períodos de sol. O governo alemão já sinalizou que deve lançar novas diretrizes para facilitar o investimento em armazenamento , mas o setor defende que essas medidas precisam ser colocadas em prática rapidamente para evitar um retrocesso na curva de crescimento. Um alerta para o Brasil e o mundo O caso da Alemanha serve de alerta para outras nações em processo de transição energética , inclusive o Brasil. Embora a geração solar tenha crescido de forma expressiva em ambos os países, o planejamento de longo prazo exige mais do que a simples expansão da geração : é preciso garantir infraestrutura, regulação adequada e soluções que deem robustez ao sistema elétrico. Com a COP30 no horizonte e os compromissos climáticos se tornando mais exigentes, a integração entre geração renovável, armazenamento e digitalização da rede será decisiva para o futuro energético global . Acompanhe mais atualizações sobre energia solar, transição energética e inovação no setor elétrico em energychannel.co . Assine nossa newsletter e siga o EnergyChannel nas redes sociais para não perder nenhum avanço do setor de energias renováveis. Alemanha já alcança metade da meta solar de 2030 — mas especialistas alertam para risco de desaceleração na transição energética












