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- Um setor solar em transição
Conhecimento aprofundado, decisões técnicas e conexões estratégicas para investimentos rentáveis serão fundamentais para o posicionamento de quem investe Um setor solar em transição O mercado solar brasileiro vive um momento de transição. Após anos de expansão acelerada, marcada pelo avanço da geração distribuída (GD) e geração centralizada (GC), além da consolidação de players em diversos elos da cadeia, o setor enfrenta hoje um novo tipo de desafio: como sustentar a rentabilidade dos modelos existentes e ao mesmo tempo se adaptar às novas tecnologias e tendências de mercado? Após anos de expansão acelerada, marcada pelo avanço da geração distribuída (GD) De um lado, investidores e empresas lidam com a complexidade regulatória, incertezas econômicas e a necessidade de garantir performance em projetos já em operação. De outro, surgem novas fronteiras — como armazenamento de energia, usinas híbridas, abertura do mercado e até modelos adjacentes à geração solar — que exigem visão estratégica, protagonismo e inovação. Entender essa transição e antecipar os próximos movimentos do setor é o que norteia os debates do Greener Summit 2025 . Mais do que um evento, ele se propõe a ser um espaço estratégico de construção de futuro — onde os principais players do mercado se reúnem para trocar visões, debater riscos e desenhar, juntos, o próximo capítulo da energia no Brasil. O tempo da consolidação (ou maturação) A primeira pergunta que muitos investidores fazem em 2025 é: ainda vale a pena investir nos modelos tradicionais de solar? Para quem já está investindo no setor, o momento pede otimismo realista. Mesmo diante de desafios como as altas taxas de juros — representadas pela Selic em 14,75% a.a. — e a oscilação cambial, ainda há oportunidades para quem souber avaliar riscos, mas a seleção de ativos e parceiros exige cada vez mais sofisticação e eficiência. É possível observar um amadurecimento do mercado em torno de temas regulatórios, financeiros e operacionais. A volatilidade de preços, seus respectivos descolamentos entre submercados e a expectativa de reforma do Setor Elétrico impactam diretamente os PPAs e o fluxo de caixa dos projetos. A Reforma Tributária adiciona mais uma camada de complexidade: as importações, o regime de transição e o novo modelo de tributação a partir da Lei Complementar nº 214/2015 afetam desde a estruturação financeira de projetos até a precificação de produtos e serviços. Para alguns modelos de negócio, como locação de usinas ou comercialização de créditos de energia, os impactos podem ser significativos. Em paralelo, a profissionalização da operação e o crescimento do mercado de fusões e aquisições demandam que empresas repensem seu posicionamento. O investidor precisa decidir: construir um novo ativo ou adquirir um já em operação? Diante da qualidade dos ativos e da evolução do setor acerca das melhores práticas de O&M, quando optar pelo retrofit ou pela venda dos ativos? E como valorar corretamente durante a compra e venda? O Boletim de M&A da Greener identificou mais de 100 transações nos últimos 3 anos no setor solar brasileiro, sendo mais da metade registradas em 2024 e com muitas delas envolvendo empresas com portfólio em geração compartilhada. O crescimento desse mercado evidencia a busca por escala, sinergia operacional e expansão geográfica como diferenciais para se destacar. Onde está o futuro: inovação como diferencial competitivo Ao mesmo tempo em que o setor ajusta suas engrenagens, novas possibilidades emergem com força. Um dos destaques está no armazenamento de energia, tema que deixou de ser tendência e já começa a se materializar em projetos reais no Brasil. O Estudo de Armazenamento da Greener aponta que o mercado brasileiro de sistemas de armazenamento (BESS) atingiu 685 MWh em aplicações junto ao consumidor em 2024, com potencial para ultrapassar 7 GWh até o fim da década. A maior parte da capacidade instalada está concentrada em aplicações off-grid para dar acesso à eletricidade em regiões remotas. Além disso, aplicações comerciais e industriais começam a ganhar tração para garantir confiabilidade e qualidade de energia ao consumidor final. Modelos como o Energy Storage as a Service (ESaaS) têm sido utilizados no mercado com aplicações práticas que vão de peak shaving à arbitragem e backup energético, especialmente em áreas com baixa qualidade de rede e restrições de escoamento. Outro avanço importante é o Leilão de Reserva de Capacidade para baterias, que coloca os sistemas de armazenamento no centro da estratégia de segurança energética do país. A necessidade de uma rápida resposta do sistema em determinados momentos do dia é exemplificada através da recente previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a possibilidade de déficit de potência de 4 GW no 2º semestre de 2025. A entrada de agentes como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e operadoras internacionais no debate mostra que o mercado caminha para uma nova fase, com players buscando receita estável por meio de serviços ancilares e regulação dedicada. Além do armazenamento, o setor elétrico começa a olhar com ainda mais atenção para a abertura do mercado livre de energia. Por meio da Portaria nº 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), os consumidores do Grupo A foram permitidos a contratar bilateralmente o seu fornecimento no Ambiente de Contratação Livre (ACL). A abertura total, porém, poderá até ser adiantada nos moldes da Medida Provisória (MP) nº 1.300/2025, a Reforma do Setor, que propõe já para 2027 a livre contratação para todos os consumidores. Com o mercado livre atingindo níveis de varejo, a discussão será em torno das condições competitivas para a conversão de clientes diante das possibilidades ofertadas na GD em modelos como a energia por assinatura. Começam a ganhar atenção também modelos híbridos (combinando solar e outras fontes), usinas flutuantes, mobilidade elétrica integrada à GD e até a transformação da matriz elétrica em vetores energéticos mais amplos, como Hidrogênio Verde e combustíveis sustentáveis (Power-to-X). É a transição do “solar tradicional” para um setor de energia distribuída, digital e multifuncional. O desafio da “reinvenção” (ou “transformação”) O cenário que se desenha pede uma nova postura dos investidores, geradores, comercializadores e demais agentes do setor. Consolidar modelos de negócio já existentes como a geração compartilhada, o autoconsumo remoto e a autoprodução continua essencial. Mas é preciso fazer isso com estratégia, escala e visão de longo prazo, reconhecendo que aquilo que funcionou até aqui talvez não seja suficiente para sustentar o crescimento futuro. Nesse novo ciclo, destacam-se empresas com capacidade de estruturar projetos com governança, previsibilidade e gestão de risco. Isso se aplica tanto aos ativos em geração centralizada quanto à GD de maior porte, em modelos como locação de usinas e serviços integrados de gestão de créditos. A profissionalização dessas operações será determinante para atrair capital e garantir retorno sustentável. Ao mesmo tempo, quem quiser se manter relevante precisará explorar novos caminhos. Os próximos anos exigirão mais que eficiência técnica ou ganhos operacionais: será preciso coragem para inovar, capacidade de ler tendências e, principalmente, compromisso com a transição energética brasileira. Um novo ciclo pede novas conexões Diante do atual e desafiador contexto da geração renovável no Brasil, o primeiro dia do Greener Summit 2025 tem como objetivo trazer reflexões e ensinamentos para que os investimentos atuais aumentem a sua rentabilidade diante dos riscos e desafios, com a presença de especialistas e responsáveis por cases de sucesso. Além de Marcio Takata e toda a equipe Greener, entre os principais nomes do primeiro dia estarão presentes Roberto Padovani, Economista-Chefe do Banco BV; Helder Sousa, Diretor de Regulação da TR Soluções; José Laydner, Diretor de Operações da Engie; entre outros. Com os desafios do setor, surgem também as oportunidades. E novos modelos de negócio. É neste contexto que o segundo dia do evento aponta quais as soluções necessárias para a contínua evolução da matriz elétrica rumo à transição energética e como os investidores atuarão trazendo tais soluções: flexibilidade, armazenamento de energia, mobilidade elétrica, além de vetores de consumo alinhados às políticas Net Zero como Hidrogênio Verde no contexto de Power-to-X e Data Centers. Thiago Prado, Presidente da EPE; Sumara Ticom, Assessora Executiva da Diretoria de Planejamento do ONS; Thiago Hipólito, Diretor Sr. de Inovação da 99 e Raphael Gomes, Sócio da Lefosse Advogados serão alguns dos nomes presentes no segundo dia. Ser capaz de maximizar o retorno do que já possui e de se antecipar às mudanças que ditam o futuro dos investimentos na transição energética exige conhecimento técnico e conexões direcionadas com quem toma decisões. Saiba mais como o Greener Summit 2025 vem para unir tudo isso em um só lugar: Um setor solar em transição
- HJT em Todos os Lugares: Huasun Apresenta Soluções Flexíveis de Energia Solar – de Sacadas a Veículos Elétricos – na SNEC 2025
Xangai, China – 11 de junho de 2025 – A Huasun Energy, maior fornecedora mundial de tecnologia solar de heterojunção (HJT), surpreendeu o público no primeiro dia da SNEC PV Power Expo 2025, em Xangai, com o lançamento de três inovações que ampliam as fronteiras da aplicação fotovoltaica: soluções solares estéticas para sacadas, tecnologia fotovoltaica integrada a veículos (VIPV) e módulos antirreflexo de alta performance. HJT em Todos os Lugares: Huasun Apresenta Soluções Flexíveis de Energia Solar – de Sacadas a Veículos Elétricos – na SNEC 2025 Sistema Solar para Sacadas com Módulos HJT Coloridos Os centros urbanos apresentam desafios únicos para a instalação de sistemas solares tradicionais em telhados. Pensando nisso, a Huasun desenvolveu um sistema compacto e "plug-and-play" para sacadas, ideal para apartamentos e residências em áreas de alta densidade. O kit conta com suportes pré-montados, módulos HJT coloridos e microinversores integrados, permitindo que o próprio morador instale o sistema em menos de 15 minutos, gerando energia limpa e independente de forma rápida e prática. VIPV: Fotovoltaico Integrado a Veículos Com o crescimento acelerado da mobilidade elétrica, aumenta também a demanda por maior autonomia e opções de recarga off-grid. A solução VIPV da Huasun incorpora módulos HJT diretamente na superfície dos veículos. Graças ao design curvado sem barramentos (0BB) e ao vidro moldado, o sistema gera mais de 1,2 kWh por dia — energia suficiente para estender a autonomia do veículo em até 25 km diários. Em um ano, isso representa cerca de 2.000 km de deslocamento movido exclusivamente à energia solar, ideal para regiões remotas ou com infraestrutura limitada. Módulos HJT Antirreflexo: Segurança e Eficiência Tradicionalmente, a instalação de módulos solares em áreas próximas a rodovias, ferrovias e aeroportos era limitada por questões de reflexo. A Huasun revoluciona esse cenário com seus novos módulos HJT antirreflexo, desenvolvidos com tratamento óptico especial na superfície que reduz significativamente o brilho sem comprometer o desempenho elétrico. Assim, é possível garantir segurança e alta eficiência energética em locais sensíveis à luz refletida. Como maior fabricante global de tecnologia HJT, a Huasun Energy segue na vanguarda da pesquisa, desenvolvimento e produção em larga escala de lingotes, wafers, células e módulos de silício tipo n de alta eficiência. Adaptando continuamente suas inovações para aplicações reais, a empresa acelera a integração da energia solar em diversos aspectos da vida moderna. Site oficial: www.huasunsolar.com Acompanhe no LinkedIn: “HUASUN HJT” para as últimas novidades sobre tecnologia de heterojunção. HJT em Todos os Lugares: Huasun Apresenta Soluções Flexíveis de Energia Solar – de Sacadas a Veículos Elétricos – na SNEC 2025
- GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável
Shanghai (China) – EnergyChannel A GoodWe, uma das gigantes globais em soluções para energia renovável, vem consolidando sua estratégia de mercado ao oferecer um portfólio completo de tecnologias integradas – dos inversores às baterias, passando por módulos BIPV (Building Integrated Photovoltaics), carregadores de veículos elétricos, bombas de calor e sistemas avançados de gestão energética. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável A visão da empresa ultrapassa a oferta tradicional de inversores – seu carro-chefe globalmente reconhecido. A GoodWe tem investido pesado em soluções que unam desempenho, design arquitetônico e automação, reforçando a tendência das construções energeticamente autossuficientes e integradas à rede. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável “Nosso diferencial está em oferecer ao cliente uma solução all-in-one. Todos os equipamentos essenciais do sistema vêm da mesma fonte, o que garante não apenas compatibilidade e eficiência, mas também suporte técnico unificado e uma experiência otimizada no pós-venda”, destacou a equipe técnica da GoodWe durante a SNEC 2025, maior feira solar do mundo. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável Segurança e inteligência embarcadas O foco em segurança operacional também se destaca nos lançamentos da marca. Os inversores da sexta geração já contam com recursos como detecção de arco elétrico via inteligência artificial (AFCI) e sistema de desligamento rápido (Rapid Shutdown) – essenciais para evitar riscos de incêndio e facilitar intervenções de emergência. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável As baterias, outro pilar do portfólio, possuem monitoramento em tempo real de temperatura, tensão e corrente, ampliando a segurança do armazenamento doméstico e comercial. Essa gestão é conectada à plataforma em nuvem da empresa, permitindo ao usuário visualizar, de qualquer lugar, o desempenho do sistema, receber alertas preventivos e maximizar o retorno financeiro do investimento. BIPV: energia integrada ao design urbano O segmento de BIPV (módulos fotovoltaicos integrados à edificação) ganha cada vez mais espaço na estratégia da GoodWe. Diferente dos tradicionais sistemas BAPV (módulos aplicados sobre a edificação), o BIPV transforma a própria estrutura do prédio em geradora de energia – fachadas e coberturas passam a ter função dupla: estética e energética. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável “Com o BIPV, é possível atender às exigências arquitetônicas modernas sem comprometer a eficiência elétrica ou a segurança estrutural”, explicam os engenheiros da empresa. Os módulos da linha Sunshine, voltados para telhados inclinados, exemplificam bem essa proposta: são projetados com vidros reforçados e certificações globais de resistência ao fogo e impactos mecânicos, além de integrarem tecnologias como microinversores e dispositivos de desligamento rápido em caso de emergência. Em áreas urbanas densas, onde o espaço de cobertura é limitado, a tecnologia BIPV nas fachadas amplia a área útil para captação solar, possibilitando maior geração local de energia e reduzindo a pressão sobre a rede elétrica – uma solução estratégica diante do avanço das tarifas dinâmicas e da necessidade de estabilidade no fornecimento. Armazenamento é peça-chave na transição energética O papel das baterias no modelo proposto pela GoodWe vai além do backup em caso de falhas na rede. Em mercados como o brasileiro, que já adotam tarifas diferenciadas por horário de consumo, o armazenamento permite otimizar o uso da energia gerada durante o dia para os momentos de maior demanda noturna, gerando economia real na conta de luz. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável Além disso, o sistema facilita soluções off-grid e contribui para a resiliência energética em regiões sujeitas a instabilidades no fornecimento convencional. Uma solução integrada para o futuro das cidades A aposta da GoodWe em integração total – reunindo inversores, módulos BIPV, baterias, bombas de calor e softwares de gestão – responde a uma demanda crescente do mercado por sistemas que combinem design, performance, segurança e praticidade. Para o consumidor final, isso significa simplicidade na operação e eficiência garantida em todas as etapas do ciclo energético. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável “Estamos preparando o caminho para edifícios energeticamente autônomos, inteligentes e sustentáveis. O futuro das cidades passa pela energia solar integrada e gerida de forma inteligente”, conclui a marca. GoodWe aposta em soluções completas e destaca crescimento do BIPV como tendência global em energia renovável
- Suíça aposta alto no armazenamento energético com megaprojeto de 1,6 GWh em tecnologia de fluxo redox
EnergyChannel – Especial Armazenamento de Energia A Suíça está se posicionando como um dos polos mais promissores no desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de energia de grande escala na Europa . Um projeto inovador de bateria de fluxo redox, com capacidade impressionante de 1,6 GWh , foi oficialmente iniciado por um consórcio de desenvolvedores suíços — iniciativa que promete mudar o jogo na estabilidade e flexibilidade da rede elétrica do país. Suíça aposta alto no armazenamento energético com megaprojeto de 1,6 GWh em tecnologia de fluxo redox Segundo informações obtidas pelo EnergyChannel, a obra — ainda em fase inicial — deverá estar concluída até meados de 2028 . O sistema adotará a tecnologia de baterias de fluxo redox , considerada uma das mais robustas e seguras do mercado para armazenamento de longo prazo, graças à sua alta durabilidade e capacidade de suportar ciclos profundos sem degradação significativa. Um passo estratégico para o futuro energético suíço Com a crescente penetração de fontes renováveis variáveis — como solar e eólica — o desafio de gerenciar a intermitência dessas fontes tem se tornado cada vez mais crítico. A solução suíça vem para responder exatamente a essa necessidade: proporcionar uma reserva estratégica de energia capaz de abastecer a rede em momentos de baixa geração ou picos de consumo. Um passo estratégico para o futuro energético suíço O projeto de 1,6 GWh é um dos maiores em desenvolvimento na Europa com esta tecnologia específica, e poderá oferecer suporte de energia estável tanto para uso industrial quanto para demandas urbanas, reduzindo a dependência de fontes fósseis e importação de eletricidade nos períodos de escassez. Por que a tecnologia de fluxo redox? Ao contrário das tradicionais baterias de lítio, as de fluxo redox armazenam energia em eletrolitos líquidos, separados em dois tanques distintos. Essa solução garante segurança superior contra riscos de incêndio, longevidade operacional de até 20 anos e possibilidade de rápida expansão modular — fatores que tornam esse tipo de sistema uma aposta certeira para aplicações em larga escala. Além disso, o design flexível permite que a capacidade de armazenamento (em MWh) seja ampliada de forma independente da potência de saída (em MW), facilitando a adaptação da solução conforme a evolução da demanda energética suíça. Impacto global e sinalização para o mercado O projeto chama atenção de todo o setor de energia renovável global. Empresas de tecnologia, governos e investidores observam atentamente este movimento suíço, que pode influenciar decisões similares em outras regiões da Europa e do mundo — incluindo América Latina, onde soluções de armazenamento de grande porte começam a ganhar espaço. Este é mais um sinal de que o futuro da transição energética passará, inevitavelmente, por soluções inteligentes de armazenamento — sem as quais a estabilidade das redes elétricas modernas não será possível. O EnergyChannel seguirá acompanhando cada etapa desse megaprojeto, trazendo informações exclusivas para o mercado brasileiro e latino-americano.
- AFCI: A tecnologia que eleva a segurança dos sistemas fotovoltaicos e ganha espaço no mercado global
EnergyChannel – Especial SNEC 2025 A busca por soluções cada vez mais seguras no setor de energia solar impulsionou a adoção de uma tecnologia que promete se tornar padrão nos sistemas fotovoltaicos ao redor do mundo: o AFCI (Arc Fault Circuit Interrupter) , ou Detector e Interrompedor de Arco Elétrico. AFCI: A tecnologia que eleva a segurança dos sistemas fotovoltaicos e ganha espaço no mercado global Embora seu nome ainda seja pouco familiar ao consumidor final, sua importância cresce em ritmo acelerado – tanto por exigências regulatórias quanto por demanda do próprio mercado. Por que o AFCI é essencial? O AFCI é um componente inteligente presente nos inversores fotovoltaicos mais modernos. Sua função é simples e vital: identificar e interromper arcos elétricos indesejados no circuito de corrente contínua (CC), um dos principais causadores de incêndios em instalações solares. Por que o AFCI é essencial? Esses arcos ocorrem quando há uma ruptura ou falha no isolamento dos cabos, gerando uma descarga elétrica invisível a olho nu, mas que produz calor suficiente para provocar danos graves – especialmente em instalações residenciais e comerciais. O AFCI detecta esse fenômeno analisando a assinatura elétrica do circuito e, em milésimos de segundo, interrompe o fluxo de energia, evitando o agravamento do problema. “Trata-se de uma tecnologia indispensável para a segurança do sistema e dos ocupantes da edificação”, aponta o time técnico do EnergyChannel. “Sua atuação rápida pode ser a diferença entre uma falha controlada e um acidente de grandes proporções.” Obrigatório em diversos países – e em expansão no Brasil Nos Estados Unidos, o uso de AFCI é obrigatório desde 2011 em muitas aplicações residenciais, de acordo com a norma NEC (National Electrical Code) , referência mundial em segurança elétrica. Europa e Japão também avançaram na adoção de dispositivos semelhantes, visando reduzir riscos em suas crescentes instalações solares. No Brasil, o tema entrou no radar técnico e regulatório com força a partir de 2023. A nova revisão da Norma ABNT NBR 16690 , que trata de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, já recomenda o uso de AFCI especialmente em instalações superiores a 1,5 kW, além de prever exigências específicas para edifícios públicos e comerciais. A expectativa de especialistas do setor – e do próprio Inmetro – é que sua adoção se torne obrigatória nos próximos ciclos de atualização normativa , acompanhando a tendência internacional de elevar o nível de segurança das instalações solares no país. Por que o consumidor deve exigir AFCI no seu sistema solar? Escolher equipamentos que já trazem AFCI de fábrica não é apenas uma questão de atendimento à norma – é uma decisão estratégica. Os benefícios vão além da segurança contra incêndios: ✅ Proteção do investimento : Evita danos ao sistema e ao imóvel; ✅ Segurança da família, clientes ou funcionários ; ✅ Valorização do imóvel equipado com tecnologia certificada e atualizada ; ✅ Compatibilidade com seguros e garantias estendidas ; ✅ Atendimento às normas vigentes e futuras exigências do mercado brasileiro e internacional . Em resumo: o AFCI não é mais um diferencial técnico — é um item que separa sistemas solares realmente seguros dos que ainda carregam riscos desnecessários. O futuro do AFCI no Brasil Grandes fabricantes globais já oferecem inversores equipados com AFCI, inclusive modelos residenciais e comerciais. No mercado nacional, a tendência é que os projetos fotovoltaicos novos sejam especificados com essa tecnologia, sob pena de ficarem defasados e até impedidos de operar em redes mais exigentes no quesito segurança. “O AFCI será tão comum quanto o disjuntor em um quadro elétrico tradicional”, conclui a equipe técnica do EnergyChannel. “Quem investir em energia solar precisa ficar atento: segurança e inovação devem caminhar juntas na transição energética.” 🔍 AFCI: A tecnologia que eleva a segurança dos sistemas fotovoltaicos e ganha espaço no mercado global
- Inovação, Terras Raras e a Oportunidade Histórica do Brasil na Transição Energética
Inovação, Terras Raras e a Oportunidade Histórica do Brasil na Transição Energética A corrida pela energia limpa é também uma corrida por recursos estratégicos — e o Brasil tem nas mãos um trunfo decisivo: as terras raras. A transição energética deixou de ser uma pauta do futuro para se tornar um imperativo do presente. O mundo caminha, ainda que a passos desiguais, para a descarbonização de sua matriz energética. Nesse novo cenário, recursos minerais antes considerados de interesse limitado ganham protagonismo absoluto — e entre eles estão as chamadas terras raras . O que são terras raras e por que o mundo depende delas? As terras raras são minerais da família dos elementos químicos denominados lantanídeos. Apesar de sua denominação, sua ocorrência na natureza e as reservas atualmente conhecidas são relativamente abundantes. O que as torna "raras" é o grau de complexidade e custo de seu processamento. Esses 17 elementos químicos são componentes indispensáveis na fabricação de motores elétricos, turbinas eólicas, painéis solares, baterias, ímãs permanentes, telas de alta resolução, equipamentos médicos e tecnologias de defesa. Com a expansão da mobilidade elétrica e das energias renováveis, a demanda por terras raras cresce em ritmo acelerado. E é aí que o Brasil entra em cena. O Brasil e seu potencial estratégico O Brasil possui reservas expressivas de terras raras, especialmente nos estados de Minas Gerais, Amazonas e Goiás. Em um contexto geopolítico em que a China responde por mais de 80% da produção mundial desses elementos, países e blocos econômicos buscam fornecedores alternativos confiáveis e sustentáveis. A pergunta que se impõe é: o Brasil está pronto para assumir esse papel? A resposta depende de uma equação que vai muito além da geologia. É preciso investimento em pesquisa, desenvolvimento tecnológico, infraestrutura e, sobretudo, políticas públicas de longo prazo. A criação de cadeias produtivas nacionais de alto valor agregado — que envolvam desde a mineração até o beneficiamento, o refino e a fabricação de componentes — é o único caminho para evitar que o país permaneça na condição de mero exportador de commodities. Empresas como a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) já vêm desenvolvendo técnicas de aproveitamento desses recursos com foco em inovação e sustentabilidade. Com o avanço de estudos geológicos e tecnológicos, cresce a expectativa de que o país possa alcançar protagonismo na produção mundial. Inovação como vetor de soberania tecnológica Transformar potencial mineral em riqueza estratégica exige pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação . O Brasil começa a dar passos importantes que cabem destaque: GT10 do MIBI/MDIC : Grupo de Trabalho coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, responsável por articular políticas públicas para impulsionar a cadeia produtiva de materiais críticos, nos quais se incluem as terras raras. O GT10 integra governo, setor produtivo e academia com foco na inovação e soberania tecnológica. Centro de Inovação e Tecnologia para Ímãs de Terras Raras (CIT SENAI ITR), em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. o CIT SENAI ITR é o primeiro laboratório-fábrica da América do Sul voltado à produção de ímãs de terras raras. A instituição também está próxima de formalizar o projeto estruturante MagBras, que reunirá 28 empresas e seis Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), além do próprio CIT SENAI ITR. A iniciativa cria uma rede robusta de pesquisa e desenvolvimento com foco em soberania tecnológica, inovação industrial e sustentabilidade e visa estruturar uma cadeia nacional e competitiva para esses materiais críticos. Fomento Finep e BNDES: edital que encerrou em maio deste ano, iniciativa no âmbito da Nova Indústria Brasil recebeu 124 propostas de 136 grupos econômicos, com destaque para investimentos em terras raras, lítio, cobre e grafite. Objetivo é apoiar projetos ligados à transformação de minerais estratégicos, totalizando investimento potencial de R$ 85,2 bilhões. Essas iniciativas mostram que o Brasil está começando a alinhar recursos naturais, capacidade tecnológica e inteligência institucional para ocupar seu lugar no tabuleiro da transição energética global. Importante que neste contexto tenhamos visão de médio e longo prazo e políticas de estado perenes que tragam não apenas recursos financeiros, mas também segurança jurídica e política para investimentos robustos também do setor privado. Sustentabilidade: o maior desafio e a maior oportunidade A mineração de terras raras pode gerar impactos ambientais significativos se conduzida sem critérios. O desafio brasileiro está em construir um modelo sustentável , que combine crescimento econômico com responsabilidade ambiental. Isso inclui: Tecnologias limpas de extração e separação; Políticas de reabilitação de áreas mineradas; Reciclagem e reaproveitamento de resíduos industriais; Fomento à pesquisa em universidades e centros tecnológicos. Transformar terras raras em um pilar estratégico exige mais do que mineração, requer uma nova mentalidade industrial , baseada em inovação e sustentabilidade. Uma nova corrida do ouro — e o Brasil pode liderar O mundo caminha para uma economia verde, digital e descarbonizada. E nesse novo cenário, os elementos raros são a base invisível sobre a qual se erguerá boa parte da tecnologia do século XXI. O Brasil tem as condições ideais para liderar esse processo: reservas abundantes, capacidade científica instalada, capital humano qualificado e um ecossistema de inovação em expansão . O momento exige coordenação estratégica, investimento e visão de futuro. Se bem conduzida, essa jornada pode gerar bilhões em investimentos, novos empregos, fortalecimento da indústria nacional e posicionar o país como referência mundial em mineração e tecnologia limpa . Vamos conversar sobre isso? Se você atua nos setores de inovação, mineração, energia ou políticas públicas, quero ouvir sua opinião. Como o Brasil pode consolidar uma cadeia sustentável e inovadora de minerais estratégicos? O debate está aberto. #inovacao #terrasraras #transicaoenergetica #mineracao #sustentabilidade #CTI #Brasil #MineraisCriticos #CITSENAIITR #GT10 #tecnologia #economiaverde #industria4.0 #liderança #SoberaniaNacional #MineraisEstrategicos Inovação, Terras Raras e a Oportunidade Histórica do Brasil na Transição Energética
- Congresso Nacional derruba vetos e destrava regras para eólicas offshore, PCHs e usinas do Proinfa
Brasília – 18 de junho de 2025 – O Congresso Nacional concluiu nesta semana a votação que derruba os principais vetos presidenciais ao marco legal da energia eólica offshore no Brasil. A decisão representa uma vitória para o setor elétrico, especialmente para pequenos produtores e para projetos de geração renovável vinculados ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), bem como para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Congresso Nacional derruba vetos e destrava regras para eólicas offshore, PCHs e usinas do Proinfa A derrubada dos vetos garante, entre outros pontos, que contratos de usinas do Proinfa – programa criado no início dos anos 2000 para estimular fontes alternativas – possam ser prorrogados por mais 20 anos, sob regras já previstas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A decisão beneficia dezenas de empreendimentos eólicos, de biomassa e PCHs que já viam seus contratos originais se aproximando do fim, sem regras claras para renovação. Além disso, o Congresso também retomou artigos que tratam da prorrogação de contratos de uso de bens da União para PCHs. A medida assegura mais estabilidade regulatória e abre caminho para novos investimentos no segmento de pequenas hidrelétricas, consideradas uma fonte renovável relevante para a segurança energética do país. Mas o ponto mais simbólico da votação foi a preservação do capítulo que define as bases para o desenvolvimento da energia eólica offshore no Brasil. O texto estabelece critérios para cessão de uso do espaço marinho, assegura prioridade para projetos que avancem em licenciamento ambiental e define a necessidade de realização de leilões para garantir competitividade entre os interessados em explorar o potencial eólico da costa brasileira. Com isso, o marco legal das eólicas offshore volta a ter força integral, criando segurança jurídica para investidores e sinalizando a disposição do país em atrair capital privado para explorar uma das fontes de energia mais promissoras da transição energética global. Repercussão no setor Especialistas e representantes do mercado comemoraram a decisão. Para associações do setor eólico e de PCHs, a medida corrige distorções que poderiam comprometer a viabilidade de projetos maduros e já consolidados, além de abrir espaço para novos empreendimentos de larga escala no mar, área em que o Brasil é visto como um mercado emergente com grande potencial. "A decisão do Congresso elimina incertezas e torna o ambiente de negócios mais previsível para investidores nacionais e internacionais" , avaliou um executivo do setor ouvido pelo EnergyChannel . O marco das eólicas offshore é considerado fundamental para que o Brasil diversifique ainda mais sua matriz energética renovável, hoje já fortemente baseada em hidrelétricas e energia solar. Congresso Nacional derruba vetos e destrava regras para eólicas offshore, PCHs e usinas do Proinfa Congresso Nacional derruba vetos e destrava regras para eólicas offshore, PCHs e usinas do Proinfa
- ONS projeta aumento do curtailment e acende alerta para o futuro da geração renovável no Brasil
Brasília – 18 de junho de 2025 – O cenário de crescimento acelerado das fontes renováveis no Brasil traz consigo um novo desafio para o setor elétrico: o aumento do curtailment – termo que se refere à limitação ou corte da geração de energia de usinas renováveis, mesmo quando elas estariam tecnicamente aptas a produzir. ONS projeta aumento do curtailment e acende alerta para o futuro da geração renovável no Brasil Em recente análise, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sinalizou que essa prática deve se intensificar nos próximos anos, principalmente em regiões com alta concentração de usinas solares e eólicas, como o Nordeste. O motivo: a expansão dessas fontes variáveis não tem sido acompanhada no mesmo ritmo por obras de reforço em transmissão e por soluções de armazenamento, criando gargalos na capacidade de escoamento da energia gerada. ONS projeta aumento do curtailment e acende alerta para o futuro da geração renovável no Brasil “Estamos diante de um novo patamar de operação do sistema, em que o excesso momentâneo de geração renovável já não é exceção, mas uma realidade recorrente”, destacou o ONS no documento técnico. Isso significa que, mesmo com condições climáticas ideais para produção, usinas poderão ser acionadas para reduzir ou parar sua geração, a fim de evitar sobrecarga nas redes ou desequilíbrios operacionais. Impacto econômico e necessidade de modernização Esse fenômeno, que já vem sendo registrado em picos sazonais, poderá impactar diretamente a receita de empreendedores do setor renovável. Para os investidores, representa um risco adicional em projetos que dependem de previsibilidade de geração e retorno financeiro. Segundo analistas ouvidos pelo EnergyChannel , o crescimento do curtailment reforça a urgência de políticas públicas e ações estruturantes – como a modernização das redes de transmissão, o incentivo a soluções de armazenamento de energia (como baterias em larga escala) e a adoção de mecanismos de mercado mais flexíveis, incluindo resposta da demanda. “Não basta apenas adicionar nova capacidade de geração renovável. O sistema precisa ser preparado para absorver essa energia de forma eficiente e segura, evitando desperdícios e perdas econômicas” , avaliou um consultor especializado em planejamento energético. Oportunidades em meio ao desafio Apesar do alerta, o cenário abre espaço para inovação. Tecnologias de armazenamento, como baterias de lítio e sistemas híbridos, ganham relevância estratégica. Além disso, soluções de gestão inteligente da demanda – permitindo o ajuste do consumo em momentos de excesso de oferta – podem mitigar o problema. O ONS também sugere que leilões futuros de energia e projetos de expansão considerem de forma mais integrada a distribuição geográfica das novas usinas e a capacidade real da malha elétrica, a fim de reduzir o risco de curtailment nos próximos ciclos de crescimento. Para o Brasil, que busca consolidar uma matriz energética limpa e competitiva no cenário global, o desafio do curtailment é mais um fator que exigirá planejamento, investimento e inovação para ser superado. ONS projeta aumento do curtailment e acende alerta para o futuro da geração renovável no Brasil
- Os Desafios da Eletrificação do Transporte Coletivo nas Cidades Brasileiras
Por Marco Saltini , Vice-president at VW Truck & Bus Com o avanço das discussões sobre sustentabilidade e a necessidade urgente de redução das emissões de gases de efeito estufa, a eletrificação do transporte coletivo desponta como uma solução estratégica para os centros urbanos brasileiros. No entanto, apesar dos benefícios ambientais e econômicos associados à transição dos ônibus a diesel para modelos elétricos, as cidades brasileiras enfrentam uma série de desafios que tem dificultado a consolidação dessa nova solução de mobilidade. Os Desafios da Eletrificação do Transporte Coletivo nas Cidades Brasileiras Um dos principais entraves à eletrificação está na ausência de infraestrutura adequada. Se por um lado vemos a crescente presença de automóveis elétricos ou híbridos plug in circulando nas grandes cidades brasileiras, a situação para as frotas de ônibus urbanos nestas cidades é bem mais complexa. A rede de abastecimento elétrico, por exemplo, não está preparada para atender à demanda de carregamento em larga escala. A instalação de eletropostos, subestações, pontos de recarga e sistemas de gerenciamento inteligente da energia exige altos investimentos e planejamento urbano integrado, o que ainda é uma barreira em muitas cidades. Os Desafios da Eletrificação do Transporte Coletivo nas Cidades Brasileiras Além disso, os sistemas de transporte atuais foram concebidos com base em veículos movidos a combustíveis fósseis. A adaptação da malha viária, garagens e terminais de ônibus para atender às novas exigências tecnológicas é um processo complexo e dispendioso e precisa necessariamente ser planejado como um todo. Não basta apenas a aquisição dos veículos, é preciso principalmente equacionar a questão da recarga destes veículos. Há de se considerar por exemplo que boa parte destes ônibus voltam às garagens no inicio da madrugada e tem que minimamente fazer uma higienização (limpeza, lavagem), manutenção (e não apenas de sistema de propulsão mas de todos os itens que compõe por exemplo a carroceria) e recarregar para que no inicio da manhã já esteja apto a circular novamente. É impossível resolver estas situações? Claramente não, mas é preciso planejar adequadamente as soluções e desafios, que não são poucos. O custo de aquisição de ônibus elétricos ainda é significativamente superior ao dos modelos convencionais a diesel. Embora os veículos elétricos tenham menor custo operacional ao longo da vida útil (menos manutenção e menor gasto com energia em comparação ao diesel), o investimento inicial elevado dificulta sua adoção em larga escala, especialmente para prefeituras e empresas concessionárias com orçamentos limitados. Esse cenário exige a criação de políticas públicas de financiamento, subsídios e incentivos fiscais, além de parcerias público-privadas para viabilizar a eletrificação de forma escalável e sustentável. Isto tem sido uma prática em países desenvolvidos e até mesmo em alguns países em desenvolvimento mas não temos visto ações concretas no Brasil. A eletrificação do transporte coletivo requer diretrizes claras e articulação entre os níveis federal, estadual e municipal. No entanto, ainda há carência de políticas públicas robustas que incentivem a transição energética no setor de mobilidade urbana. Muitas iniciativas ocorrem de forma isolada, sem continuidade administrativa ou metas claras de redução de emissões. O planejamento de longo prazo é essencial para que a transição ocorra de maneira eficiente, com integração entre transporte, energia e desenvolvimento urbano. A criação de marcos regulatórios, metas de eletrificação e programas de capacitação técnica são passos fundamentais para impulsionar este processo. A criação de marcos regulatórios, metas de eletrificação A operação e manutenção de ônibus elétricos exigem conhecimentos técnicos específicos que ainda são escassos no Brasil. A formação de profissionais capacitados, desde motoristas até técnicos de manutenção e engenheiros, é indispensável para garantir a eficiência e segurança do sistema. Lembremos que estes veículos operam com alta tensão e portanto os cuidados com manutenção são específicos. Além disso, é preciso preparar todo o ambiente que envolve a circulação desta tecnologia. Por exemplo, em caso de acidentes, como fazer o resgate de vitimas sem por em risco as próprias vítimas e as equipes de resgate. O Brasil é um país de dimensões continentais e grande desigualdade entre suas cidades. Enquanto capitais como São Paulo, Curitiba e Salvador já iniciaram programas-piloto com ônibus elétricos, municípios de médio e pequeno porte ainda enfrentam dificuldades até mesmo para renovar suas frotas a diesel por veículos com tecnologias mais avançadas, como os que atendam aos limites da atual legislação de emissões do PROCONVE (P8/Euro 6). A adoção de políticas públicas inclusivas, que contemplem diferentes realidades regionais, será crucial para que a eletrificação do transporte coletivo não acentue ainda mais as desigualdades urbanas. A eletrificação do transporte coletivo de passageiros é um passo necessário para a construção de cidades mais sustentáveis, limpas e eficientes. Porém, sua implementação no Brasil depende de ações coordenadas, investimentos contínuos e uma visão estratégica de futuro. Superar os desafios técnicos, econômicos e institucionais exige não apenas vontade política, mas também o engajamento da sociedade civil, do setor privado e da comunidade científica. A mobilidade elétrica não é uma utopia distante — é um caminho possível, desde que percorrido com planejamento, inovação e compromisso. Por fim, é fundamental considerar também as potencialidades brasileiras para o uso de biocombustíveis como o biodiesel, HVO e Biometano. Isto não pode e não deve ser desprezado. São alternativas que podem garantir uma transição adequada dentro de um planejamento que permita uma descarbonização do transporte que deve ser o principal objetivo para uma mobilidade sustentável. Os Desafios da Eletrificação do Transporte Coletivo nas Cidades Brasileiras
- PREÇOS DA ENERGIA ELÉTRICA NO MERCADO LIVRE: ALTA SIGNIFICATIVA EM 2025
Como alguns que acompanham meus artigos já notaram, vez ou outra menciono a curva forward da BBCE. Considero essa ferramenta útil para entender o sentimento do mercado, embora nem sempre isenta de vieses — algo que quem lida com energia no dia a dia já aprendeu a observar com cautela. PREÇOS DA ENERGIA ELÉTRICA NO MERCADO LIVRE: ALTA SIGNIFICATIVA EM 2025 Em 2025, essa curva tem refletido uma escalada expressiva nos preços do mercado livre de energia elétrica, impulsionada por fatores climáticos que impactam diretamente a geração hidrelétrica, responsável por cerca de 60% da capacidade instalada no país, segundo dados da EPE (2024). A redução na perspectiva de chuvas, aliada a taxas elevadas de evapotranspiração, tem pressionado fortemente os contratos negociados na plataforma EHUB. Neste artigo, analiso essas tendências de preços, os efeitos do clima sobre o sistema e as estratégias de mercado — como os contratos Swap Físico — que têm ganhado espaço como forma de mitigar riscos em um cenário de incerteza crescente. SITUAÇÃO ATUAL DOS PREÇOS Os preços de energia no mercado livre registraram aumentos expressivos na última semana, conforme reportado pela BBCE em 16 de junho de 2025. Os contratos mais negociados, com vencimento em julho de 2025, subiram 20,81% , alcançando R$ 267,10 por MWh . Esses contratos movimentaram 881 GWh em 509 operações , totalizando R$ 207 milhões na plataforma EHUB, destacando a alta liquidez desse período. Outros contratos também apresentaram elevações significativas: Agosto de 2025 : Aumento de 22,09% , de R$ 270,08 para R$ 329,75 por MWh . Fim de 2025 : Energia convencional: Alta de 12,44% , para R$ 328 por MWh . Energia incentivada: Alta de 11,16% , para R$ 358,80 por MWh . Produtos mensais e anuais : Todos os contratos mensais até setembro de 2025, o quarto trimestre de 2025, e os produtos anuais de 2026 e 2027 também registraram aumentos. Além disso, nesta semana algumas comercializadoras estão negociando energia a preços ainda mais altos, entre R$ 290,00 e R$ 350,00 por MWh , enquanto a Eletrobrás, por exemplo, oferece a competitivos R$ 269,00 por MWh para grandes consumidores , refletindo a volatilidade do mercado. FATORES CLIMÁTICOS A principal causa dessa alta nos preços é a menor perspectiva de chuvas, que compromete a geração hidrelétrica. Segundo previsões climáticas da Organização Meteorológica Mundial (WMO), o El Niño-Oscilação Sul (ENOS) deve permanecer em estado neutro até meados de 2026, com índices Niño variando em ±0,5°C da média histórica. No entanto, um gradiente leste-oeste nas temperaturas do Pacífico, com anomalias negativas de até -0,8°C na região Niño 4 e positivas de +0,6°C na região Niño 1+2, sugere condições semelhantes a uma La Niña fraca. No Atlântico, temperaturas 0,3°C acima da média aumentam a evapotranspiração em áreas tropicais. No Brasil, as chuvas devem ser 30-40% abaixo da média no Atlântico equatorial e sudeste do Pacífico entre junho e agosto de 2025, com volumes entre 50-70 mm , contra 120 mm históricos. Isso pode reduzir as vazões em bacias como a do São Francisco em 10-15% , de 2.800 m³/s para 2.400 m³/s . No Sudeste, a evapotranspiração deve atingir 4,5 mm/dia , impulsionada por temperaturas 1,5°C acima da média (cerca de 28°C ), impactando reservatórios como os da Cantareira, que operam entre 40-50% da capacidade em anos neutros. Por outro lado, o noroeste da Amazônia pode registrar chuvas 20-25% acima da média , cerca de 200 mm contra 160 mm , aumentando as vazões na bacia do Madeira em 12% , de 18.000 m³/s para 20.200 m³/s . No entanto, temperaturas globais entre 1,2-1,8°C acima da média elevam a evapotranspiração em até 10% , reduzindo os ganhos hídricos. Esses fatores climáticos pressionam os reservatórios, aumentando a dependência de fontes mais caras e elevando os preços no mercado livre. IMPACTO NOS AGENTES DO MERCADO A alta nos preços afeta diretamente os agentes do mercado livre, incluindo comercializadoras, geradoras e consumidores. A volatilidade levou algumas comercializadoras a praticarem preços entre R$ 290,00 e R$ 335,00 por MWh , enquanto a Eletrobrás mantém preços competitivos a R$ 269,00 por MWh . Essa disparidade reflete estratégias distintas para lidar com a incerteza climática e a escassez hídrica. Empresas que dependem de contratos de curto prazo enfrentam custos mais altos, enquanto aquelas com contratos de longo prazo podem mitigar os impactos. A volatilidade também foi observada em 2024, quando a negociação de contratos na BBCE triplicou, alcançando R$ 88,4 bilhões , devido a uma seca severa e aumento da carga, conforme reportado pela InfoMoney em 9 de janeiro de 2025. Esse cenário reforça a tendência de preços elevados em 2025, especialmente com a continuidade da seca. CONTRATOS SWAP FÍSICO Como sabemos, os preços da energia no mercado livre podem variar muito entre os submercados devido a fatores como o clima. Por exemplo, uma seca no Nordeste pode reduzir a água nos reservatórios hidrelétricos, diminuindo a geração de energia e aumentando os preços. Já no Sul, chuvas abundantes podem manter os preços mais baixos. Os contratos Swap Físico permitem que as empresas ajustem suas posições para evitar pagar preços altos em regiões afetadas. Recentemente, a curva para contratos Swap Físico com vencimento em junho de 2025 encerrou a semana negativa em R$ 21,41, indicando que o mercado está se ajustando às condições climáticas (Preços de energia voltam a subir). Isso mostra que as empresas estão usando esses contratos para se protegerem contra a volatilidade de preços causada por chuvas abaixo da média. PERSPECTIVAS PARA O FUTURO As previsões para 2026 indicam a continuidade do ENOS em estado neutro, com chuvas 5-10% abaixo da média no Sudeste (de 150 mm para 135 mm por mês no verão) e aumento de 8% no Sul (de 180 mm para 195 mm ). A evapotranspiração, com temperaturas médias de 27°C no Sudeste, pode reduzir os níveis dos reservatórios em mais 3-5% , especialmente na bacia do Paraná. Para 2027, modelos do IPCC (2023) apontam uma probabilidade 20% maior de secas severas, possivelmente devido a uma La Niña, com chuvas no Sudeste e Nordeste caindo 40-50% (de 120 mm para 60-72 mm por mês), reduzindo os reservatórios em 20-25% . Para enfrentar esses desafios, o modelo GTEP sugere aumentar a capacidade eólica no Nordeste em 10-15% , de 20 GW para 23 GW , e investir em linhas de transmissão para escoar 5 GW adicionais do Sul. Tecnologias como baterias, com capacidade de 2 GW , podem gerenciar picos de demanda, enquanto barragens para regular vazões e sistemas de drenagem urbana podem minimizar perdas. CONCLUSÃO Os preços elevados da energia no mercado livre em 2025 — com contratos oscilando entre R$ 267,10 e R$ 358,80 por MWh — são consequência direta de um cenário climático desfavorável, marcado por chuvas abaixo da média histórica e evapotranspiração acentuada que compromete a geração hidrelétrica. A curva forward da BBCE Incentivada 50, observada no início de maio, já apontava esse movimento de alta, partindo de R$ 252,14/MWh em maio e saltando para patamares próximos a R$ 368/MWh entre julho e dezembro . Embora algumas semanas recentes tenham dado sinais de acomodação ou recuo pontual, é fundamental que os consumidores não interpretem isso como tendência definitiva de queda . Pelo contrário: os valores da curva atual podem, sim, retornar ao patamar registrado em maio, ou até superá-lo, caso o cenário hidrológico continue se deteriorando ou as previsões climáticas não se confirmem. Ou seja, não estamos apenas diante de uma alta passageira, mas de uma instabilidade que exige atenção redobrada . Com a manutenção da seca até pelo menos 2026 e riscos crescentes de secas severas em 2027, o momento exige um olhar estratégico. Diversificar fontes de suprimento, utilizar instrumentos como contratos Swap Físico e antecipar a alocação de energia com inteligência são ações que se tornam cruciais. O monitoramento contínuo das variáveis climáticas e os investimentos em infraestrutura de geração e transmissão serão determinantes para mitigar riscos e evitar surpresas desagradáveis em um mercado cada vez mais volátil. PREÇOS DA ENERGIA ELÉTRICA NO MERCADO LIVRE: ALTA SIGNIFICATIVA EM 2025
- Huasun Energy Acelera a Comercialização de Tecnologia HJT por Meio de Alianças Estratégicas em Materiais-Chave para Módulos Fotovoltaicos
Durante a SNEC PV Expo Shanghai, realizada entre 11 e 13 de junho de 2025, a Huasun Energy — líder global em tecnologia solar de heterojunção (HJT) — anunciou uma série de parcerias estratégicas com o objetivo de impulsionar a pesquisa e desenvolvimento, a inovação em materiais e a expansão de mercado. A iniciativa representa um passo importante rumo à comercialização em larga escala da tecnologia HJT. Em conjunto com o Comitê Administrativo da Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Xuancheng, sua subsidiária de investimentos ligada ao Grupo Kaisheng, e a fabricante de pastas condutoras DK Electronic Materials (DKEM), a Huasun irá desenvolver materiais de metalização de nova geração para células HJT — incluindo pasta de cobre revestida com prata, pasta de cobre puro e adesivo butílico. O objetivo da cooperação é estabelecer um processo verticalmente integrado, desde a pesquisa até a produção em massa, com foco na redução de custos, aumento da eficiência e fortalecimento da resiliência da cadeia de suprimentos da tecnologia HJT. Huasun Energy Acelera a Comercialização de Tecnologia HJT por Meio de Alianças Estratégicas em Materiais-Chave para Módulos Fotovoltaicos A Huasun também está expandindo sua atuação em inovação no segmento de vidro fotovoltaico por meio de parcerias estratégicas: Almaden: A colaboração prevê a produção personalizada de vidro fotovoltaico ultrafino, otimizado para módulos HJT, atendendo à demanda do setor por estruturas mais leves e de alta transmitância de luz. Huasun Energy Acelera a Comercialização de Tecnologia HJT por Meio de Alianças Estratégicas em Materiais-Chave para Módulos Fotovoltaicos Triumph New Energy , subsidiária do China National Building Materials Group (CNBM): As duas empresas vão explorar conjuntamente o desenvolvimento de materiais de vidro fotovoltaico de nova geração, com o objetivo de melhorar o desempenho dos módulos solares, aproveitando a experiência da Triumph em processos de vidro laminado. Huasun Energy Acelera a Comercialização de Tecnologia HJT por Meio de Alianças Estratégicas em Materiais-Chave para Módulos Fotovoltaicos Newtime: Em parceria com esta importante fabricante europeia de vidro, a Huasun irá desenvolver soluções de fotovoltaico integrado a edifícios (BIPV) e módulos HJT de alta eficiência na Itália. A iniciativa une os 20 anos de expertise da Newtime em vidro arquitetônico com a tecnologia HJT da Huasun, de olho no crescente mercado europeu de energia renovável. Huasun Energy Acelera a Comercialização de Tecnologia HJT por Meio de Alianças Estratégicas em Materiais-Chave para Módulos Fotovoltaicos Ao alinhar estrategicamente recursos essenciais da cadeia produtiva — tanto a montante quanto a jusante — a Huasun acelera a transição da inovação para a industrialização em grande escala. Essas alianças fortalecem sua liderança tecnológica e contribuem para superar o desafio histórico da indústria fotovoltaica: o equilíbrio entre eficiência, custo e confiabilidade. Huasun Energy Acelera a Comercialização de Tecnologia HJT por Meio de Alianças Estratégicas em Materiais-Chave para Módulos Fotovoltaicos
- ABGD promove mais uma edição do Conexão Empresarial
Reforma do Setor Elétrico em Pauta: Desafios e Oportunidades A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) realiza no próximo dia 30 de junho , em São Paulo, mais uma edição do Conexão Empresarial ABGD . Com o tema “Reforma do Setor Elétrico em Pauta: Desafios e Oportunidades” , o evento promete reunir especialistas, autoridades e empresários para debater os rumos do setor elétrico brasileiro diante das transformações regulatórias e tecnológicas em curso. ABGD promove mais uma edição do Conexão Empresarial O evento acontece no auditório da ABGD , das 9h às 13h , e deve reunir cerca de 100 convidados , entre representantes de empresas associadas, líderes do mercado e profissionais ligados à transição energética. A programação inclui painel-debate temático, palestra empresarial e coffee break de networking , proporcionando um ambiente propício para troca de experiências, construção de parcerias e articulação institucional. Entre os temas que estarão em pauta, destacam-se: Armazenamento de energia e integração com a rede elétrica Regulação das baterias Mercado e oportunidades emergentes Modelos de negócios e comercialização Faturamento, medição e impactos na distribuição Abertura do mercado livre e a relação com a geração distribuída ONS, DSO e futuro dos recursos energéticos distribuídos Tarifas, encargos e legislação aplicável Atuação da ABGD, estudos de caso e próximos passos do setor “O Conexão Empresarial é mais do que um encontro entre associados, é um movimento estratégico para fomentar conhecimento, negócios e conexões que impactam diretamente o futuro da geração distribuída no país”, afirma Carlos Evangelista , Presidente da ABGD. Palestrantes confirmados: Bernardo Marangon – Canal Solar Ricardo Lira – Sany Prof. Marangon – ABGD Zilda Costa – ABGD Carlos Café – AEVO Energia Marco Togniazollo – Secpower Miriam Penna – UCB Vinícius Berná – Cela Marcelo Souza – Gotion Einar Tribuci – Tribuci Advogados Priscila Pereira – Thopen O evento integra o calendário anual da ABGD e reforça o compromisso da entidade com o desenvolvimento sustentável do setor elétrico e a valorização da geração distribuída como pilar da transição energética brasileira. Evento: Conexão Empresarial ABGD Tema: Reforma do Setor Elétrico em Pauta: Desafios e Oportunidades Data: 30 de junho de 2025 Horário: Credenciamento e welcome coffee às 9h | Início às 10h | Término às 13h Local: Auditório da ABGD – Av. Dr. Chucri Zaidan, 1550 – São Paulo/SP Formato: Painel-debate, palestra institucional e networking Link para inscrição : https://www.sympla.com.br/evento/conexao-empresarial-abgd/2975808?referrer=www.google.com ABGD promove mais uma edição do Conexão Empresarial












