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- Barroso encerra ciclo no STF e reacende debate sobre imparcialidade e neutralidade institucional
A aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso abre espaço para reflexões sobre o papel do Supremo e a urgência de mecanismos que garantam maior distanciamento político entre juízes e partidos. Barroso encerra ciclo no STF e reacende debate sobre imparcialidade e neutralidade institucional O ministro Luís Roberto Barroso assinou oficialmente, nesta terça-feira (15), o pedido de aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF) , com saída marcada para sexta-feira, 18 de outubro . A decisão encerra uma trajetória marcada por avanços institucionais, mas também por controvérsias que reacendem o debate sobre neutralidade e independência política no mais alto tribunal do país. Barroso, que presidiu o STF até setembro, consolidou-se como uma figura de forte presença no debate público. Sua atuação em pautas sociais e democráticas o colocou entre os ministros mais midiáticos do período recente, mas também gerou críticas por uma suposta falta de distanciamento entre o Judiciário e o campo político . Durante o governo Lula, o ex-ministro foi visto por parte da sociedade e de analistas como um magistrado com posicionamentos que, em alguns momentos, se alinharam a visões ideológicas ou partidárias . Essa percepção levantou questionamentos sobre a real imparcialidade da Suprema Corte , especialmente em decisões de grande impacto político. A aposentadoria de Barroso abre, portanto, uma janela de oportunidade para repensar a estrutura de nomeações ao STF. Especialistas defendem que o Brasil precisa avançar na criação de mecanismos que reforcem a neutralidade judicial , como critérios técnicos e prazos de mandato, além de maior transparência no processo de escolha. O novo ministro que será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sabatinado pelo Senado Federal deverá herdar não apenas a cadeira, mas também o desafio de restaurar a confiança pública na independência da Corte . O debate sobre neutralidade judicial não é novo, mas ganha força diante de um cenário global em que instituições democráticas precisam reafirmar sua credibilidade e distanciamento de qualquer influência partidária . Em países de referência, modelos de rotatividade, mandatos limitados e filtros técnicos vêm sendo apontados como alternativas para preservar a integridade do Judiciário. Ao deixar o STF, Barroso deixa também uma reflexão: a Corte precisa evoluir institucionalmente para garantir que suas decisões representem a Constituição e não circunstâncias políticas. Barroso encerra ciclo no STF e reacende debate sobre imparcialidade e neutralidade institucional
- China reafirma posição firme diante dos EUA, mas mantém portas abertas para diálogo comercial
Em meio ao aumento das tensões com Washington, Pequim adota tom de resistência estratégica, buscando equilíbrio entre defesa econômica e diplomacia negociada. China reafirma posição firme diante dos EUA, mas mantém portas abertas para diálogo comercial A China declarou nesta terça-feira que “lutará até o fim” caso a escalada da guerra comercial com os Estados Unidos continue a ameaçar seus interesses estratégicos. A afirmação veio do Ministério do Comércio, que, apesar do tom firme, reforçou que o país “mantém as portas abertas para o diálogo e a cooperação econômica”. O comunicado é uma resposta direta à nova rodada de tarifas e restrições impostas por Washington a produtos e empresas chinesas — medidas que vêm afetando setores como semicondutores, veículos elétricos e tecnologias limpas. Segundo analistas, o impacto dessas sanções ultrapassa o campo econômico e pode influenciar cadeias globais de energia, mobilidade e inovação industrial. “A posição da China é consistente: não buscamos conflito, mas não fugiremos dele”, declarou o porta-voz do ministério. “As portas permanecem abertas para negociações baseadas em respeito mútuo e benefício comum.” A tensão entre as duas maiores economias do planeta ocorre em um momento de transição global para tecnologias de baixo carbono e reindustrialização verde — áreas nas quais China e Estados Unidos competem diretamente por liderança tecnológica e domínio das cadeias produtivas. Especialistas ouvidos pelo EnergyChannel avaliam que o embate pode acelerar a fragmentação dos mercados globais de energia limpa. “Cada movimento nessa disputa redefine fluxos de investimento e inovação. O resultado pode ser tanto uma guerra comercial prolongada quanto uma reorganização mais sustentável do comércio global”, observa o economista Chen Wei, da Universidade de Tsinghua. Enquanto Pequim busca reforçar sua resiliência industrial, o governo americano intensifica políticas de incentivo interno, como a Inflation Reduction Act , que subsidia fortemente empresas nacionais de energia renovável e veículos elétricos. Para a China, tais medidas representam uma forma de protecionismo que distorce o comércio internacional. Mesmo diante das divergências, há sinais de que ambos os lados reconhecem a importância de manter canais diplomáticos abertos. “A cooperação ainda é possível em áreas como transição energética e inovação climática”, afirma Wei. “Mas o equilíbrio será cada vez mais difícil de sustentar.” China reafirma posição firme diante dos EUA, mas mantém portas abertas para diálogo comercial
- Falha no Sistema Nacional expõe vulnerabilidade da rede elétrica brasileira após incêndio em subestação no Paraná
Interrupções foram registradas em diversos estados na madrugada desta terça-feira; Ministério de Minas e Energia confirma que o incidente na subestação paranaense afetou o equilíbrio do Sistema Interligado Nacional. Falha no Sistema Nacional expõe vulnerabilidade da rede elétrica brasileira após incêndio em subestação no Paraná EnergyChannel Internacional Na madrugada desta terça-feira (14), diversas regiões do Brasil enfrentaram um apagão que interrompeu o fornecimento de energia por vários minutos. O incidente, confirmado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) , foi atribuído a um incêndio ocorrido em uma subestação localizada no estado do Paraná , o que provocou uma reação em cadeia no Sistema Interligado Nacional (SIN) estrutura responsável por garantir o equilíbrio e a estabilidade da rede elétrica em todo o país. De acordo com informações oficiais, o fogo afetou equipamentos de transmissão , levando à desconexão automática de linhas e geradores para evitar danos maiores. A interrupção temporária impactou unidades de distribuição em diferentes estados, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste . Em alguns pontos, a energia foi restabelecida em poucos minutos; em outros, a normalização ocorreu gradualmente ao longo da madrugada. Especialistas ouvidos pelo EnergyChannel destacam que a ocorrência evidencia a necessidade de reforçar os mecanismos de resiliência do sistema elétrico , sobretudo diante da crescente integração de fontes renováveis e da complexidade operacional do SIN. “Um único ponto de falha pode gerar um efeito cascata, principalmente em horários de baixa demanda, quando o sistema opera com margens de segurança mais estreitas”, explica um engenheiro do setor elétrico sob condição de anonimato. O MME informou que as causas do incêndio estão sendo investigadas , e que equipes técnicas da Eletrobras, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) acompanham o caso para identificar a origem e propor medidas corretivas. Nos últimos anos, o Brasil tem avançado em digitalização e automação da rede elétrica , com investimentos em redes inteligentes e sistemas de resposta rápida . Ainda assim, eventos como o desta madrugada reforçam os desafios de manter a estabilidade em um sistema com mais de 160 mil quilômetros de linhas de transmissão e dezenas de fontes geradoras interligadas . O episódio reacende o debate sobre segurança energética e gestão de riscos em um momento de transição para uma matriz mais descentralizada e limpa. Para especialistas, o equilíbrio entre eficiência, sustentabilidade e segurança será o grande desafio do setor elétrico brasileiro nos próximos anos. Falha no Sistema Nacional expõe vulnerabilidade da rede elétrica brasileira após incêndio em subestação no Paraná
- O impacto que não cabe em números
Por Claudia Andrade Há algo na palavra “impacto” que a torna ao mesmo tempo fascinante e perigosa. Fascinante, porque nos conecta à ideia de transformação; perigosa, porque muitas vezes a reduzimos a métricas, gráficos e planilhas. O impacto que não cabe em números Mas o impacto social o verdadeiro não cabe em números. Ele mora nos intervalos entre uma estatística e outra, nas entrelinhas das histórias que não aparecem no relatório, no brilho silencioso de quem volta a sonhar depois de anos de desalento. Falo isso com a consciência de quem há décadas vive o chão do impacto. Caminhei por vilas do sertão baiano, comunidades ribeirinhas, escolas sem torneiras, cozinhas comunitárias que ainda esperavam pela primeira gota de água limpa. Ali, entre o pó e o sol, compreendi que os indicadores explicam o que acontece, mas não o que transforma. Os números são essenciais. Eles orientam políticas públicas, atraem investidores e validam o esforço coletivo de quem trabalha por um país mais justo. No entanto, há uma dimensão do impacto que escapa aos instrumentos de mensuração. É o que eu chamo de “impacto invisível” aquele que não se traduz em litros, porcentagens ou gráficos, mas em dignidade, pertencimento e esperança. Quando uma mulher passa a cozinhar com água potável, ela não apenas melhora a qualidade dos alimentos; ela restaura o seu papel de guardiã da saúde da família. Quando uma criança bebe água limpa e deixa de faltar à escola, o impacto não é apenas sanitário é cognitivo, emocional, geracional. São efeitos que se multiplicam silenciosamente e produzem economia preventiva: menos doenças, menos evasão escolar, menos dependência de políticas emergenciais. Em outras palavras, investir em impacto social é evitar o colapso antes que ele aconteça. É aplicar recursos onde o retorno se dá em futuro, e não apenas em cifras. Há um tipo de dado que o Excel não capta: a emoção. E é por isso que proponho a prática da escuta de impacto uma ferramenta tão valiosa quanto qualquer indicador quantitativo. Ouvir o território é parte do processo de mensuração. Quando um guardião de tecnologia descreve o orgulho de cuidar de um sistema de água, ou quando uma professora narra como seus alunos se tornaram multiplicadores ambientais, isso também é dado. Um dado narrativo, qualitativo, vivo — que não cabe em gráficos, mas que revela a verdadeira dimensão do retorno social. Registrar histórias é tão técnico quanto medir pH; a diferença é que, no primeiro caso, medimos humanidade. Entre o dado e a alma Nos relatórios, costumamos dizer: “quarenta famílias beneficiadas”. Mas, em campo, eu vi quarenta mundos renascendo. Cada casa onde a água voltou a correr tornou-se uma microcentral de dignidade. Cada mulher que aprendeu a cuidar do equipamento transformou-se em liderança comunitária. Cada criança que levou a água para casa tornou-se guardiã de um futuro que agora existe. Esse é o tipo de impacto que se propaga como onda: invisível aos olhos do investidor apressado, mas essencial para o equilíbrio de qualquer sociedade. Por isso, precisamos reinventar a forma como comunicamos resultados. Os relatórios do futuro não trarão apenas números trarão rostos, vozes e sentimentos. Mostrarão que a equação do impacto não é uma soma, mas uma história. O sertão me ensinou que o impacto é, antes de tudo, sobre permanência. Sobre o que continua acontecendo quando ninguém mais está olhando. A água que corre, o riso que volta, o chão que floresce tudo isso é impacto. E, embora o mundo insista em medi-lo por gráficos, eu sigo acreditando que o verdadeiro ROI é o reencantamento da vida. O impacto social não é caridade. É estratégia de sustentabilidade humana e econômica. É economia preventiva em sua forma mais pura: investir no hoje para evitar o colapso do amanhã. Por isso, toda vez que vejo um dado frio num relatório, eu o traduzo mentalmente em calor humano. Porque sei que, por trás de cada número, existe uma história pulsando e é ali, nesse pulsar invisível, que mora o impacto que realmente transforma. O impacto que não cabe em números
- Retrofit Solar: Como o BIPV Está Transformando Edifícios Históricos em Fontes de Energia Sustentável
De Brasília a Zurique, a integração de painéis solares em fachadas arquitetônicas redefine o futuro da reabilitação urbana e coloca o Brasil no mapa da inovação verde. Brasília, DF — A cena é simbólica: o edifício original do Banco do Brasil, construído na década de 1960, renasce em pleno século XXI com uma nova função — gerar energia limpa diretamente de sua fachada. O projeto, que combina retrofit arquitetônico e tecnologia BIPV (Building-Integrated Photovoltaics) , representa mais do que uma simples modernização. Ele marca o início de uma era em que edifícios históricos se tornam usinas urbanas de energia renovável , sem abrir mão de sua identidade estética e cultural. “Preservar o estilo e a aparência original foi fundamental. A modulação e o ritmo das esquadrias permanecem, mas agora com vidros fotovoltaicos ativos, capazes de gerar eletricidade” , explica um dos engenheiros responsáveis pelo projeto. A execução é fruto de uma parceria, que viabiliza a instalação dos sistemas BIPV nos shadow boxes . Além da eficiência energética, o retrofit incorpora revestimentos em ACM (Alumínio Composto Modular) , substituindo materiais tradicionais e reduzindo a pegada de carbono da obra. O objetivo é ambicioso: alcançar certificações de eficiência energética e sustentabilidade em um edifício com potencial de tombamento histórico — algo inédito no país. Retrofit Solar: Como o BIPV Está Transformando Edifícios Históricos em Fontes de Energia Sustentável BIPV: Fachadas que Produzem Energia A tecnologia BIPV consiste em integrar células fotovoltaicas diretamente em elementos construtivos como fachadas, janelas e coberturas, transformando a própria pele do edifício em uma fonte ativa de energia.Segundo a IEA (Agência Internacional de Energia) , o BIPV pode reduzir em até 40% o consumo elétrico anual de um prédio comercial e, em alguns casos, tornar o edifício energeticamente autossuficiente . Em um mundo onde 75% das emissões urbanas vêm da operação de edifícios , o BIPV surge como uma das soluções mais inteligentes da transição energética. Além da produção de energia, ele melhora o isolamento térmico , aumenta o conforto interno e valoriza o imóvel no mercado. Retrofit Sustentável: Um Novo Valor para o Patrimônio Projetos de retrofit com BIPV já se destacam em Zurique, Milão, Nova York e Seul , onde edifícios modernistas e estruturas públicas foram requalificados com fachadas solares ativas.Na Suíça, o edifício da SwissTech Convention Center , da EPFL, foi um dos primeiros do mundo a integrar painéis de vidro coloridos com células solares invisíveis, transformando a fachada em uma superfície estética e funcional.Em Milão, o Palazzo Lombardia incorporou vidros solares no retrofit da sede do governo regional, atingindo redução de 35% nas emissões de CO₂ anuais. Esses exemplos internacionais mostram que a estética e a eficiência não são excludentes e que o retrofit solar pode preservar a história enquanto projeta o futuro . O Papel Estratégico do Projeto de Brasília O retrofit da sede do Banco do Brasil em Brasília é apontado por especialistas como um divisor de águas para o avanço dos investimentos verdes no país.Com fachadas voltadas para o norte e ampla área envidraçada, o edifício apresenta alto potencial de geração solar urbana , podendo inspirar uma nova onda de requalificações sustentáveis em centros urbanos brasileiros. “Esse tipo de projeto prova que o patrimônio construído pode ser protagonista da transição energética , não um obstáculo” , afirma o arquiteto e pesquisador espanhol Javier Muñoz, da Universidade de Navarra. “É uma forma de reconciliar o passado com o futuro energético das cidades .” O Futuro das Fachadas Inteligentes Estudos recentes da BloombergNEF estimam que o mercado global de BIPV deverá ultrapassar US$ 60 bilhões até 2032 , impulsionado por políticas de descarbonização e metas de neutralidade de carbono em países da União Europeia, China e Estados Unidos. O Brasil, com seu enorme potencial solar e crescente mercado de retrofit, pode se tornar referência latino-americana na integração de energia às fachadas urbanas . A evolução tecnológica com vidros solares translúcidos, módulos coloridos e flexíveis já permite que arquitetos e engenheiros combinem eficiência energética com liberdade criativa.No limite, cada edifício pode se tornar um microgerador de energia limpa , contribuindo para redes elétricas mais resilientes e cidades mais sustentáveis. Conclusão: A Revolução Está na Fachada O projeto de Brasília é mais do que um retrofit: é um manifesto arquitetônico e energético . Ele mostra que preservar o passado não significa permanecer no passado e que os edifícios históricos podem ser motores da transição energética global.No futuro próximo, não será exagero dizer que a cidade será iluminada pela própria arquitetura . Retrofit Solar: Como o BIPV Está Transformando Edifícios Históricos em Fontes de Energia Sustentável
- Siemens, Airbus e Capgemini lançam iniciativa conjunta para acelerar a descarbonização das fábricas aeronáuticas
Parceria internacional busca reduzir emissões nas unidades da Airbus no Reino Unido e nos Estados Unidos, unindo digitalização, eficiência energética e inovação industrial. Siemens, Airbus e Capgemini lançam iniciativa conjunta para acelerar a descarbonização das fábricas aeronáuticas EnergyChannel International Três gigantes da tecnologia e da indústria — Siemens, Airbus e Capgemini — anunciaram uma parceria estratégica com um objetivo claro: reduzir significativamente as emissões de carbono das operações industriais da Airbus no Reino Unido e nos Estados Unidos. A iniciativa faz parte de um movimento global para tornar a cadeia de produção aeronáutica mais sustentável , apoiando a transição energética e o cumprimento das metas de neutralidade climática. O projeto será conduzido pela divisão Siemens Smart Infrastructure , especializada em soluções inteligentes para edifícios e indústrias, e contará com o apoio da Capgemini , referência mundial em transformação digital e sustentabilidade corporativa. Juntas, as empresas aplicarão tecnologias avançadas de digitalização, automação e eficiência energética para reduzir o consumo de energia e otimizar processos nas unidades produtivas da Airbus. Segundo o acordo, o trabalho se concentrará inicialmente em quatro fábricas estratégicas da Airbus, localizadas em países-chave para a produção aeronáutica . O plano inclui a criação de modelos digitais integrados (digital twins) para monitorar e otimizar em tempo real o uso de energia, ventilação, iluminação e climatização — fatores críticos no consumo industrial. “ A descarbonização da manufatura é um passo essencial para o futuro da aviação sustentável ”, afirmou um porta-voz da Siemens. “Combinando engenharia, dados e inteligência artificial, podemos reduzir a pegada de carbono sem comprometer a produtividade.” A Capgemini complementará o trabalho com soluções de análise de dados e gestão inteligente de desempenho energético, enquanto a Airbus integrará os resultados ao seu plano corporativo de sustentabilidade, que prevê neutralidade de carbono até 2050 . A iniciativa também reforça o compromisso da fabricante com o desenvolvimento de aeronaves movidas a hidrogênio e combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) . Para a Airbus , este projeto é mais do que uma iniciativa pontual é uma etapa decisiva rumo a uma cadeia de valor neutra em carbono , capaz de inspirar outras empresas do setor. Já para a Siemens e a Capgemini, o acordo consolida o papel das duas companhias como parceiras estratégicas na transição energética da indústria global . Siemens, Airbus e Capgemini lançam iniciativa conjunta para acelerar a descarbonização das fábricas aeronáuticas
- Itaipu lança o primeiro barco brasileiro movido a hidrogênio verde - marco da navegação limpa no país
O Brasil dá mais um passo rumo à descarbonização do transporte aquático. A Itaipu Binacional apresentou o primeiro barco 100% movido a hidrogênio verde do país , uma inovação que posiciona a hidrelétrica e seus parceiros na vanguarda das tecnologias sustentáveis aplicadas à mobilidade. Imagem: Itaipu | Itaipu lança o primeiro barco brasileiro movido a hidrogênio verde marco da navegação limpa no país O projeto, desenvolvido em parceria com o Itaipu Parquetec , combina eficiência energética e engenharia de ponta: a embarcação, construída em alumínio naval , possui capacidade de carga de até nove toneladas e conta com um sistema fotovoltaico integrado capaz de alimentar parte da operação elétrica de bordo. Segundo os engenheiros responsáveis, o hidrogênio é produzido a partir de energia renovável no caso, eletricidade proveniente de fontes limpas, garantindo que todo o ciclo energético do barco seja livre de emissões de carbono . O combustível é armazenado em tanques pressurizados e convertido em eletricidade por meio de uma célula a combustível, que move os motores elétricos. O lançamento oficial está previsto para ocorrer durante a COP30 , em Belém (PA) , evento em que o Brasil sediará as principais discussões globais sobre clima e transição energética. A escolha do palco reforça o compromisso da Itaipu em associar sua imagem à inovação sustentável e ao futuro da mobilidade verde. “Queremos demonstrar que o hidrogênio verde não é apenas uma promessa, mas uma realidade aplicável em múltiplos setores inclusive na navegação”, destacou um representante técnico da Itaipu Parquetec. Além de servir como vitrine tecnológica, o barco será utilizado em operações experimentais e de transporte leve no lago de Itaipu, permitindo testes práticos de desempenho, autonomia e viabilidade econômica . O projeto também abre caminho para novas soluções logísticas e turísticas sustentáveis em hidrovias e regiões costeiras brasileiras. Com essa iniciativa, o Brasil se junta ao seleto grupo de países que já experimentam embarcações livres de combustíveis fósseis , reafirmando seu papel estratégico no desenvolvimento do hidrogênio verde como vetor energético do futuro . Itaipu lança o primeiro barco brasileiro movido a hidrogênio verde - marco da navegação limpa no país
- 2.500 pessoas marcam presença no Congresso SAE BRASIL 2025
A edição de 2025 contou com cerca de 30 painéis, 150 speakers convidados e mais de 70 horas de conteúdos que debateram os caminhos sustentáveis e tecnológicos para a mobilidade do futuro no Brasil; Presidente do Congresso SAE BRASIL 2026 será Rafael Miotto, Presidente da CNH 2.500 pessoas marcam presença no Congresso SAE BRASIL 2025 São Paulo, 13 de outubro de 2025 - Entre os dias 7 e 8 de outubro, o PRO MAGNO Centro de Eventos, em São Paulo, recebeu a 32ª edição do Congresso SAE BRASIL 2025. Ao todo, quase 2.500 pessoas estiveram presentes nos dois dias de evento, e puderam conferir painéis e oficinas com líderes da indústria, da academia e do governo, além de especialistas nas áreas de conhecimento ligadas a todas as temáticas que envolvem a Mobilidade. Com a temática “Engenharia brasileira: pioneirismo, inovação e sustentabilidade na mobilidade do futuro” e Presidência de Rafael Chang, CEO da Toyota para Brasil, América Latina e Caribe, o evento contou com mais de 100 speakers, que debateram, durante mais de 70 horas, sobre os rumos sustentáveis e tecnológicos para a mobilidade do futuro no país. 2.500 pessoas marcam presença no Congresso SAE BRASIL 2025 “Mais uma vez, fizemos história com o Congresso SAE BRASIL. Tivemos quase 2.500 pessoas presentes nos dois dias, com debates de altíssimo nível, nomes importantes do mercado, da academia e do governo, debatendo de forma profunda as transformações e o futuro da mobilidade brasileira. Temos a possibilidade de transformar o nosso país em referência para o futuro da mobilidade”, afirma Claudio Castro, Presidente da SAE BRASIL. Pesquisa: A Transição Energética Começa? Durante o Congresso SAE BRASIL 2025, foi divulgada uma pesquisa inédita, que busca compreender aspectos relevantes da Transição Energética. A iniciativa reuniu dados objetivos e percepções subjetivas sobre prioridades, barreiras e o papel do Brasil nesse processo. A pesquisa foi realizada com 1.007 respondentes, majoritariamente por indivíduos com 45 anos ou mais (62%) - com destaque para a faixa entre 55 e 64 anos (24%) - enquanto o grupo mais jovem, até 34 anos, representa cerca de 19% dos respondentes, e a faixa entre 35 e 44 anos representa cerca de 18%. Os resultados prévios - a pesquisa completa será apresentada durante a COP30 -, mostram que os biocombustíveis, como biodiesel e etanol, são as principais escolhas como fontes de energia adequadas para o mercado nacional de caminhões e ônibus, com 80% das escolhas, enquanto a visão para o cenário global valoriza mais ônibus elétricos, trens/metrô e integração de modos. 2.500 pessoas marcam presença no Congresso SAE BRASIL 2025 A pesquisa também destacou que, apesar de a Transição Energética ser percebida como um tema urgente ou muito urgente, o Impacto Ambiental é o 4º critério na Tomada de Decisão para a Mobilidade, Transportes ou Logística, sendo que o preço ou o custo são os fatores mais determinante na escolha, citado por 67% dos respondentes. Por fim, quase 60% dos respondentes acreditam que o Brasil deve liderar globalmente a transição energética. “A pesquisa revela que ainda há uma grande distância entre o debate intelectual sobre a urgência da Transição Energética e a efetivação de ações concretas para que ela se inicie. Vamos ampliar essa discussão durante a COP30”, explica Camilo Adas, Conselheiro de Tecnologia e Transição Energética da SAE BRASIL e Diretor de Transição Energética e Relações Institucionais na Be8. Presidência do Congresso SAE 2026 Durante o evento, Rafael Miotto, Presidente da CNH, foi anunciado como o Presidente do Congresso SAE BRASIL 2026, que acontece nos dias 7 e 8 de outubro do próximo ano, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Sobre a SAE BRASIL A SAE BRASIL é uma associação de pessoas físicas, sem fins lucrativos, que tem como propósito ser “A Casa do Conhecimento da Mobilidade Brasileira”. Participam da entidade profissionais de variadas áreas, unidos pela missão de criar e de disseminar conhecimento, visando desenvolver tecnologia e inovação no ecossistema da mobilidade. Fundada no Brasil em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento da mobilidade e da integração do País ao processo de globalização da economia, a SAE BRASIL é referência nacional para a integração da indústria, academia, 3º setor e dos órgãos técnicos do governo. Conta com 6 mil associados e 09 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje em uma das mais relevantes instituições do setor da mobilidade brasileira. A SAE BRASIL é filiada à SAE International, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, entre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison. Ao longo de mais de um século de existência tornou-se em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios em cerca de 100 países. Contato para a imprensa: congressosae@nectarc.com.br . 2.500 pessoas marcam presença no Congresso SAE BRASIL 2025
- Delta Air Lines e Maeve Aerospace se unem para impulsionar nova geração de aviões híbrido-elétricos regionais
Parceria integra o programa SkyLab da Delta e marca avanço no plano global de descarbonização da aviação Delta Air Lines e Maeve Aerospace se unem para impulsionar nova geração de aviões híbrido-elétricos regionais A Delta Air Lines deu mais um passo em direção a um futuro de voos com menor impacto ambiental. A companhia aérea anunciou uma parceria estratégica com a fabricante holandesa Maeve Aerospace para apoiar o desenvolvimento do M80 , um avião regional híbrido-elétrico que promete combinar eficiência energética e desempenho de jato. Pelo acordo, a Delta fornecerá suporte técnico e operacional para acelerar a entrada do M80 no mercado. A fabricante passa a integrar o Laboratório de Céus Sustentáveis (SkyLab) da Delta uma plataforma voltada a testar e escalar tecnologias que reduzam emissões e custos operacionais no setor aéreo. A colaboração se alinha ao Roteiro de Sustentabilidade 2023 da empresa, que busca neutralizar emissões líquidas e transformar a aviação comercial em um modelo mais limpo e eficiente. M80: uma nova geração de aeronaves regionais Apresentado pela Maeve em novembro de 2023, o M80 é uma aeronave híbrida projetada para 80 passageiros e alcance de até 1.482 quilômetros . O modelo adota uma arquitetura de motor híbrido-elétrico , que fornece assistência de potência em baixas altitudes e promete reduzir o consumo de energia em até 40% em comparação aos jatos regionais convencionais. Além da eficiência operacional, o M80 foi desenhado para atender a aeroportos menores e rotas de curta distância , um segmento que enfrenta crescente pressão para reduzir custos e emissões. Segundo a Maeve, o projeto busca “equilibrar desempenho, sustentabilidade e viabilidade comercial”, mantendo a agilidade de um jato com a economia de um turboélice . Inovação elétrica e visão de longo prazo Fundada em 2020, a Maeve Aerospace vem se consolidando como uma das startups mais promissoras da aviação limpa. A empresa também trabalha no Maeve 01 , planejado para 2031, que deve ser a primeira aeronave regional totalmente elétrica do mundo , com capacidade para 44 passageiros. A fabricante desenvolve ainda infraestruturas de carregamento rápido e sistemas inteligentes de energia para integrar suas futuras frotas elétricas à operação de aeroportos regionais um passo essencial para o avanço da mobilidade aérea descarbonizada . Transição sustentável nos céus Para a Delta, a parceria reflete uma estratégia ampla de investimento em inovação e descarbonização , que inclui biocombustíveis, novos materiais e eficiência operacional. “O futuro da aviação depende de colaborações como essa, que unem tecnologia, experiência e compromisso ambiental”, afirmou um porta-voz da companhia. Com o M80 e o envolvimento direto da Delta em seu desenvolvimento, a indústria dá mais um passo concreto rumo a voos regionais com menor pegada de carbono , reforçando a corrida global por soluções sustentáveis que mantenham o setor aéreo competitivo e ambientalmente responsável. Delta Air Lines e Maeve Aerospace se unem para impulsionar nova geração de aviões híbrido-elétricos regionais
- Corrida global dos semicondutores: investimentos em megafábricas de 300 mm devem ultrapassar US$ 370 bilhões até 2028
A expansão de centros de produção na China, Coreia do Sul, Taiwan e Estados Unidos reflete a disputa tecnológica por chips avançados que sustentam a revolução da inteligência artificial e da economia digital. Corrida global dos semicondutores: investimentos em megafábricas de 300 mm devem ultrapassar US$ 370 bilhões até 2028 Matéria para publicação no portal internacional EnergyChannel: A indústria global de semicondutores está prestes a entrar em uma nova era de expansão maciça. De acordo com dados da associação internacional SEMI, os investimentos em equipamentos para fábricas de wafers de 300 milímetros devem alcançar US$ 374 bilhões entre 2026 e 2028 , impulsionados pela corrida mundial para atender à explosão de demanda em inteligência artificial, data centers e dispositivos inteligentes . Durante a feira Semicon West , realizada em Phoenix (EUA), o CEO da SEMI, Ajit Manocha , destacou que o setor vive um ponto de inflexão histórico. “A força combinada da IA generativa e das políticas de reindustrialização está remodelando completamente a cadeia global de semicondutores”, afirmou. IA e chips de nova geração alimentam o crescimento A previsão da SEMI indica que os gastos com equipamentos de produção de wafers de 300 mm devem crescer progressivamente de US$ 107 bilhões em 2025 para US$ 138 bilhões em 2028 . A maior parte desse avanço virá da fabricação de chips lógicos e microprocessadores de 2 nanômetros ou menos , que exigem tecnologias cada vez mais sofisticadas, como gate-all-around (GAA) e fornecimento de energia traseira . A produção de chips de 1,4 nanômetro , considerada o próximo salto na miniaturização, deve começar entre 2028 e 2029 , marcando uma nova etapa na eficiência energética e na capacidade de processamento. Memória de alta largura de banda em ascensão Os segmentos de memória também seguirão em forte expansão. Segundo o relatório, os gastos com equipamentos voltados à produção de memórias DRAM e NAND 3D devem somar US$ 136 bilhões nos próximos três anos, refletindo a crescente demanda por memórias de alta largura de banda (HBM) essenciais para o treinamento de modelos de IA e aplicações de computação em nuvem. China lidera a disputa por capacidade fabril A China deve consolidar sua posição como principal investidora global no período, destinando cerca de US$ 94 bilhões à expansão e modernização de suas fábricas. Na sequência aparecem a Coreia do Sul (US$ 86 bilhões) , Taiwan (US$ 75 bilhões) e os Estados Unidos (US$ 60 bilhões) todos competindo para fortalecer cadeias locais e reduzir dependências externas. Essa geografia dos investimentos reforça a tendência de regionalização estratégica da produção de semicondutores, um movimento que combina incentivos governamentais, segurança tecnológica e competição entre blocos econômicos. Energia, sustentabilidade e infraestrutura Por trás desse crescimento exponencial, está também um desafio energético sem precedentes. As novas megafábricas de semicondutores são instalações intensivas em consumo elétrico e hídrico o que cria oportunidades para soluções em eficiência energética, energia renovável e gestão inteligente de recursos . Empresas e governos estão cada vez mais conscientes de que o futuro dos chips passa pela sustentabilidade industrial , um tema que conecta diretamente o setor de semicondutores à transição energética e à inovação em infraestrutura. Corrida global dos semicondutores: investimentos em megafábricas de 300 mm devem ultrapassar US$ 370 bilhões até 2028
- Líderes globais ajustam o compasso: menos otimismo econômico, mais aposta em IA e talentos humanos
Novo levantamento da KPMG mostra que CEOs estão reorientando suas estratégias para navegar a incerteza econômica com foco em inovação, sustentabilidade e tecnologia com a inteligência artificial no centro das decisões. Líderes globais ajustam o compasso: menos otimismo econômico, mais aposta em IA e talentos humanos Por EnergyChannel International A confiança dos principais executivos do mundo na economia global entrou em terreno mais cauteloso. Mesmo assim, os líderes empresariais estão intensificando seus investimentos em inteligência artificial (IA), reforçando equipes e acelerando compromissos climáticos, revela o Global CEO Outlook 2025 , estudo anual da KPMG com mais de 1.300 CEOs em 11 países. De acordo com o relatório, a confiança na economia global caiu para 68% , o menor índice desde 2021. O cenário de tensões geopolíticas , crescimento moderado e volatilidade dos mercados tem levado executivos a adotar uma postura mais prudente mas não menos ambiciosa. “O momento é de adaptação, não de retração”, destaca o estudo. “Os líderes estão redesenhando suas estratégias para garantir resiliência, inovação e propósito.” Estratégias redesenhadas para um novo ciclo Mais de 70% dos CEOs afirmaram já ter revisado seus planos de crescimento para enfrentar a nova fase macroeconômica. Gestão de riscos, agilidade operacional e transparência na comunicação despontam como as qualidades mais valorizadas na liderança corporativa. A mensagem central é clara: o crescimento sustentável agora se apoia tanto em inovação quanto em preparo humano. Nesse contexto, a IA surge como alicerce estratégico. Inteligência artificial ganha protagonismo com responsabilidade Entre as prioridades de investimento, a IA ocupa o topo da lista .Cerca de 71% dos CEOs classificam a tecnologia como seu principal foco estratégico, e 69% planejam destinar até 20% de seus orçamentos corporativos para iniciativas de IA ao longo de 2026. Mas o entusiasmo vem acompanhado de cautela. Riscos éticos (59%) , falta de preparo em dados (52%) e regulação insuficiente (50%) aparecem como os maiores desafios na governança da tecnologia. A KPMG destaca que cresce o número de executivos defendendo estruturas mais sólidas para garantir uma IA ética, segura e transparente . Mais empregos e qualificação no horizonte Ao contrário do temor de substituição em massa, os CEOs estão adotando uma visão de integração homem-máquina .Segundo o levantamento, 61% planejam ampliar contratações especialmente em funções voltadas à tecnologia e inteligência artificial e 92% esperam expandir o quadro de funcionários nos próximos 12 meses, mesmo diante das incertezas econômicas. A disputa por talentos digitais, no entanto, se intensifica: 70% dos executivos estão preocupados com a escassez de profissionais qualificados.Para 77% dos entrevistados, requalificar a força de trabalho é agora uma prioridade estratégica e urgente. Sustentabilidade volta ao centro das decisões Outro destaque do relatório é o avanço no compromisso com metas climáticas.A confiança em atingir os objetivos de emissões líquidas zero até 2030 subiu de 51% para 61% um salto que indica a retomada de projetos de descarbonização após um período de retração. Ao mesmo tempo, cresce a convergência entre tecnologia e sustentabilidade .Empresas estão direcionando IA e análise de dados para otimizar eficiência energética , reduzir emissões e monitorar cadeias produtivas de forma mais precisa e sustentável . Um novo equilíbrio corporativo O relatório da KPMG sinaliza uma transição importante no comportamento executivo global: menos otimismo macroeconômico, mas mais convicção estratégica .Mesmo diante de um cenário instável, os líderes parecem enxergar na combinação de inovação tecnológica, talento humano e sustentabilidade o caminho para o crescimento de longo prazo. “A próxima fase da liderança corporativa não será sobre cortar riscos, mas sobre moldá-los com propósito”, conclui o estudo. Líderes globais ajustam o compasso: menos otimismo econômico, mais aposta em IA e talentos humanos
- O Brasil está pronto para caminhões e ônibus 100% elétricos?
Lactec comenta avanços e desafios da eletrificação de veículos pesados no país O Brasil está pronto para caminhões e ônibus 100% elétricos? A eletrificação dos veículos pesados – caminhões e ônibus – já é uma realidade em países como China, Estados Unidos e algumas nações da Europa. No Brasil, o movimento começa a ganhar fôlego, mas ainda enfrenta desafios técnicos, regulatórios e de infraestrutura. Segundo dados da Plataforma E-Bus Radar, até junho de 2025, o Brasil contava com 1.143 ônibus elétricos em operação, sendo 794 convencionais a bateria, 327 trólebus e 21 articulados. Balanço da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) aponta que no primeiro semestre de 2025, em todo o país, entraram em linha 306 ônibus elétricos, um crescimento expressivo. Os números são relevantes, mas ainda modestos diante do tamanho da frota nacional. De acordo com o terceiro anuário Anuário Brasileiro da Mobilidade Elétrica, no mercado de caminhões, a penetração é ainda mais incipiente – seguindo a tendência global, em que a participação de elétricos médios e pesados permanece abaixo de 1% fora da China. Avanços e desafios da infraestrutura Carlos Gabriel Bianchin, pesquisador do Lactec e coordenador da Unidade Embrapii de Inteligência Embarcada, aponta que o principal entrave para expansão da frota elétrica pesada é a infraestrutura de carregamento. “O maior desafio é compor a demanda de potência que o veículo elétrico pesado exige com o modelo de negócio apropriado, sem causar prejuízos ou investimentos que demorem a retornar para operadores e frotistas”, explica. As estações de carregamento de alta potência exigem investimentos robustos e podem pressionar a rede elétrica. Para mitigar o impacto, Bianchin destaca o uso de sistemas de armazenamento de energia, capazes de equilibrar a demanda entre rede e baterias auxiliares, reduzindo custos e aumentando a estabilidade. Outro desafio é a localização dos eletropostos. “Isso depende da região, da frota, da disponibilidade de energia elétrica e da aplicação de transporte. Cada caso precisa de um modelo de negócio customizado”, afirma o pesquisador. Oportunidades para o setor Apesar dos obstáculos, o mercado apresenta oportunidades. Para os operadores de frotas, os veículos elétricos oferecem: redução de custos de manutenção, já que motores elétricos têm menos peças móveis; eliminação da necessidade de estoque de combustível; menor poluição sonora, com impacto positivo em áreas urbanas; ganhos de imagem e adequação a metas de descarbonização. Além disso, distribuidoras de energia têm papel central nesse ecossistema. Elas não apenas fornecem eletricidade, mas também podem investir em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para novas soluções de carregamento. Pesquisa e tecnologia nacionais O Brasil já conta com centros de pesquisa dedicados a desenvolver carregadores mais eficientes e adaptados à realidade da rede elétrica nacional. O Lactec, um dos maiores centros de pesquisa, tecnologia e inovação do Brasil, por exemplo, atua em projetos para reduzir custos e aumentar a viabilidade de soluções voltadas ao transporte pesado elétrico. Entre as tecnologias que despontam mundo afora, estão os sistemas de carregamento sem fio, ainda em desenvolvimento e aplicados em testes pilotos. Mas, segundo Bianchin, o carregamento rápido em corrente contínua (DC) ainda é a solução mais viável para ônibus e caminhões. Mercado global em movimento O cenário internacional mostra a velocidade da transição. Só em 2022, a China vendeu 54 mil novos ônibus elétricos e 52 mil caminhões pesados elétricos, o que representou 80% a 85% das vendas globais (dados do terceiro anuário Anuário Brasileiro da Mobilidade Elétrica). Na América do Sul, Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia) já despontam como líderes regionais. Até agosto de 2025, as cidades tinham mais de 7 mil ônibus elétricos em circulação (dados da Plataforma E-Bus Radar). No Brasil, pelo menos nove fabricantes atuam na produção de ônibus elétricos. O mercado brasileiro já conta com 25 modelos disponíveis, prontos para atender às demandas específicas dos municípios. E o Brasil, está pronto? A resposta, por enquanto, é: a transição começou, mas ainda falta estrada pela frente. O país conta com incentivos governamentais e uma malha de pesquisa tecnológica em expansão. Contudo, a infraestrutura de carregamento, a adaptação da rede elétrica e a escala de produção de veículos ainda precisam amadurecer. “O Brasil tem condições técnicas e científicas de avançar, mas será fundamental alinhar modelos de negócio sustentáveis para que os investimentos em infraestrutura tragam retorno rápido e estimulem a adesão dos frotistas”, conclui Bianchin. Sobre o Lactec – O Lactec é um dos maiores centros de pesquisa, tecnologia e inovação do Brasil. Atua fortemente nos mercados de Energia, Saneamento, Meio Ambiente, Indústria e Infraestrutura em todo o ciclo de inovação, desde P&D, ensaios e análises até a execução de processos complexos para o setor de infraestrutura. Há 65 anos, suas soluções e serviços atendem às demandas atuais dos diversos setores produtivos da economia brasileira, como empresas, indústrias e concessionárias de energia. Ao longo da sua história, consolidou-se com a conclusão de mais de 500 projetos. Possui mais de 300 profissionais, entre mestres e doutores, com sólida experiência de mercado. Sua sede administrativa fica em Curitiba, onde estão instaladas outras quatro unidades tecnológicas com ampla infraestrutura de laboratórios para atendimento a diversos segmentos industriais, além da unidade localizada em Salvador-BA. O Lactec é Unidade Embrapii de Inteligência Embarcada e em 2023 tornou-se Future Grid, o Centro de Competência Embrapii em Smart Grid e Eletromobilidade. Saiba mais em: lactec.com.br O Brasil está pronto para caminhões e ônibus 100% elétricos?












