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- Nova tecnologia promete destravar eletrificação de frotas e reduzir custos de infraestrutura nos EUA
Parceria entre The Mobility House e Itron inaugura projeto-piloto em Nova York com soluções inteligentes para evitar gargalos na rede elétrica e acelerar a transição para veículos de emissão zero. Nova tecnologia promete destravar eletrificação de frotas e reduzir custos de infraestrutura nos EUA A corrida pela eletrificação de frotas comerciais nos Estados Unidos acaba de ganhar um novo impulso tecnológico. A empresa The Mobility House , especializada em soluções de carregamento inteligente, e a Itron , referência em sistemas de gestão e monitoramento de redes elétricas, uniram forças em um projeto inovador em Nova York que pode redefinir a forma como frotas elétricas se conectam à infraestrutura de energia. O projeto apoiado pela Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova York (NYSERDA) testa um modelo de conexão de serviço flexível , uma abordagem que permite ampliar a eletrificação de frotas sem a necessidade de atualizações caras e demoradas nas redes de distribuição . Na prática, a iniciativa combina duas tecnologias avançadas: o sistema IntelliFLEX DERMS , da Itron, e o ChargePilot , da The Mobility House. Essa integração cria um gerenciamento dinâmico da carga, ajustando automaticamente o consumo de energia dos carregadores conforme a capacidade disponível da rede elétrica em tempo real. “Estamos eliminando um dos maiores obstáculos à eletrificação de frotas o atraso na conexão com a rede”, explica Greg Hintler , CEO da The Mobility House na América do Norte. “Com essa solução, as empresas poderão expandir suas frotas elétricas com segurança e previsibilidade, sem depender de grandes obras de infraestrutura.” A chamada conexão flexível atua como uma ponte entre concessionárias e operadores de frotas: ela permite que as distribuidoras de energia concedam autorização para novos pontos de carregamento, mesmo em áreas onde a rede opera no limite da capacidade. Isso é possível porque o sistema inteligente monitora o consumo e ajusta o carregamento dos veículos para garantir que o uso não ultrapasse os limites técnicos do sistema. Para o setor elétrico, a novidade representa um avanço significativo na chamada inteligência de borda da rede conceito que leva o controle e o processamento de dados diretamente para os pontos de consumo. “Essa colaboração mostra o potencial de nossas soluções para permitir uma eletrificação mais rápida e econômica”, comenta Don Reeves , vice-presidente sênior da Itron. “As concessionárias passam a ter mais flexibilidade e os clientes finais se beneficiam de menor custo e agilidade.” A primeira fase do projeto prevê a instalação de cinco carregadores em uma frota de ônibus escolares em Staten Island , Nova York. Já na segunda etapa , o sistema será expandido para dez novos carregadores em outro ponto do estado, ampliando o escopo do teste e validando o modelo em diferentes cenários de rede. Se comprovado o sucesso da iniciativa, o modelo poderá ser replicado em larga escala nos Estados Unidos, oferecendo uma alternativa concreta para reduzir custos e acelerar o cronograma de descarbonização do transporte público e privado. Nova tecnologia promete destravar eletrificação de frotas e reduzir custos de infraestrutura nos EUA
- A Revolução Silenciosa: Como os eVTOLs Estão Redefinindo a Mobilidade Urbana e a Matriz Energética
Por EnergyChannel A promessa de " carros voadores " sempre pertenceu ao reino da ficção científica. Hoje, essa promessa está a poucos anos de se tornar uma realidade palpável, impulsionada por uma convergência de tecnologias de baterias, motores elétricos e sistemas de controle autônomo. A Revolução Silenciosa: Como os eVTOLs Estão Redefinindo a Mobilidade Urbana e a Matriz Energética O que o mercado chama de eVTOLs (veículos elétricos de pouso e decolagem vertical) e a indústria de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) não é apenas sobre fugir do trânsito, mas sim sobre uma profunda transformação na matriz energética do transporte aéreo. Para o EnergyChannel, o foco recai sobre a bateria , o coração elétrico desta revolução. O Cenário Atual: Da Ficção ao Protótipo O setor de UAM deixou a fase de conceito e entrou na fase de prototipagem avançada e certificação. Liderado por gigantes da aviação e startups inovadoras, o desenvolvimento de eVTOLs está em ritmo acelerado. Empresas como a brasileira Eve Air Mobility (uma spin-off da Embraer), a americana Joby Aviation e a alemã Lilium estão na vanguarda, com planos de iniciar operações comerciais já em 2027. O eVTOL é essencialmente um drone de passageiros. Diferente dos helicópteros, ele usa múltiplos rotores elétricos, o que garante um voo mais silencioso, zero emissão de carbono durante a operação e, crucialmente, uma manutenção mais simples. A Corrida do Investimento e a Projeção de Mercado O mercado de UAM está atraindo bilhões de dólares em capital. O investimento total no setor de eVTOLs atingiu cerca de US$ 24,8 bilhões no início de 2025, com projeções de que o mercado de Mobilidade Aérea Urbana cresça de aproximadamente US$ 3,6 bilhões em 2024 para US$ 45,4 bilhões até 2036 , representando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) impressionante. A Eve Air Mobility , por exemplo, garantiu um financiamento significativo do BNDES para apoiar o desenvolvimento e a fabricação de seu eVTOL, demonstrando o apoio institucional ao projeto brasileiro. A Embraer, através da Eve, projeta uma demanda global por 30 mil aeronaves e um potencial de receita de US$ 280 bilhões ao longo de vinte anos, impulsionada pelos desafios de mobilidade nas grandes cidades. Regulamentação: O Céu Não é Sem Lei A principal barreira para o lançamento comercial não é mais a tecnologia, mas sim a regulamentação e a infraestrutura . Agências como a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) no Brasil, a FAA (Federal Aviation Administration) nos EUA e a EASA (European Union Aviation Safety Agency) na Europa estão trabalhando ativamente para criar o arcabouço legal para a AAM (Advanced Air Mobility). O processo de certificação é rigoroso, garantindo a segurança das aeronaves, do tráfego aéreo e da infraestrutura terrestre (os vertiportos ). A ANAC, por exemplo, publicou o "Panorama e Perspectivas 2023" sobre AAM, detalhando os desafios de integrar esses novos veículos ao espaço aéreo existente e a necessidade de construir vertiportos em locais estratégicos, já que a simples adaptação de helipontos se mostrou insuficiente. Ficha Técnica: A Bateria no Centro do Debate Para o EnergyChannel, a ficha técnica dos eVTOLs revela o ponto nevrálgico da tecnologia: a bateria de íon-lítio . A densidade de energia é o fator limitante. A autonomia atual, na faixa de 100 a 250 km, é ideal para o conceito de táxi aéreo urbano e interurbano de curta distância. A demanda por potência é extrema, especialmente nas fases de decolagem e voo pairado hover , o que coloca um estresse significativo nas baterias, exigindo ciclos de carga e descarga mais intensos do que em carros elétricos. O Futuro da Bateria : A evolução da química das baterias, como as de metal de lítio, promete aumentar a densidade de energia e a vida útil, permitindo mais ciclos de voo e, potencialmente, maior alcance. Benefícios Sociais e Acessibilidade: Para Quem é o Céu? Inicialmente, o serviço de eVTOL será um luxo, focado em rotas premium (aeroportos, centros financeiros) e com um custo por passageiro que se assemelha ao de um táxi aéreo ou helicóptero. A expectativa, no entanto, é que a escala de produção e a automação ( com a futura eliminação do piloto ) reduzam drasticamente o custo. Quem vai usar? 1. Fase 1 (Curto Prazo): Executivos, turistas de alto poder aquisitivo e serviços de emergência. A realidade será para poucos. 2. Fase 2 (Médio Prazo): À medida que o custo cai, o eVTOL pode se integrar ao transporte público de massa, conectando cidades e bairros distantes de forma rápida, segura e limpa, aliviando o trânsito terrestre e reduzindo a poluição sonora e atmosférica nas áreas urbanas. O benefício social primário é a descompressão urbana e a redução do tempo de deslocamento, fatores que impactam diretamente a qualidade de vida e a produtividade econômica. Projeção de Futuro: Viagens Inter países? A pergunta sobre viagens entre países depende diretamente da evolução da bateria. A autonomia atual de 250 km é suficiente para rotas regionais (ex: São Paulo a Campinas, ou Munique a Frankfurt). Para viagens internacionais de longa distância, como Brasil para Argentina ou EUA para Europa, a tecnologia de eVTOLs como a conhecemos hoje não é viável . Essas aeronaves são projetadas para voar em altitudes mais baixas (cerca de 3.000 metros) e em velocidades que não competem com jatos comerciais. Para voos intercontinentais, seriam necessárias densidades de energia que as baterias de íon-lítio atuais não conseguem oferecer, ou uma infraestrutura de recarga massiva e rápida, o que é inviável para longas travessias. O futuro da AAM é, portanto, regional e urbano . A verdadeira revolução será a capacidade de realizar viagens de 100-200 km em minutos, com energia limpa, transformando a logística e o transporte de passageiros nas megacidades do século XXI. A Revolução Silenciosa: Como os eVTOLs Estão Redefinindo a Mobilidade Urbana e a Matriz Energética
- United Airlines acelera a transição verde nos céus dos EUA com nova fase de uso de combustível sustentável
Por EnergyChannel A transição energética do setor aéreo acaba de ganhar impulso com uma expansão significativa da parceria entre a United Airlines e a finlandesa Neste, uma das líderes globais em biocombustíveis renováveis. United Airlines acelera a transição verde nos céus dos EUA com nova fase de uso de combustível sustentável A companhia americana passa a utilizar combustível sustentável de aviação (SAF) em três dos principais aeroportos do país Houston, Newark e Washington D.C. marcando um novo capítulo na descarbonização do transporte aéreo. A United é a primeira aérea comercial a operar regularmente com SAF nesses terminais, incorporando o biocombustível às suas rotas a partir do Aeroporto Intercontinental George Bush (Houston), do Newark Liberty International (Nova Jersey) e do Dulles International (Washington D.C.). De acordo com Lauren Riley , diretora de Sustentabilidade da United Airlines, o movimento representa mais do que um compromisso ambiental é uma ação concreta rumo à neutralidade de carbono. “A indústria será julgada pelas suas ações, não pelas suas promessas. Estamos focados em transformar o discurso sobre sustentabilidade em resultados reais”, afirma Riley. Biocombustível chega à infraestrutura tradicional O SAF da Neste começou a ser entregue em Houston em julho e chegará aos demais aeroportos até o final de 2025. O combustível, produzido a partir de matérias-primas 100% renováveis como óleo de cozinha usado e gordura animal residual, é misturado ao querosene convencional nos terminais da própria Neste, utilizando a infraestrutura de dutos já existente. A tecnologia permite reduzir em até 80% as emissões de gases de efeito estufa ao longo do ciclo de vida do combustível, sem necessidade de modificações nos motores ou sistemas de abastecimento das aeronaves. Atualmente, o SAF é certificado para ser misturado em até 50% com o combustível fóssil. Desafios estruturais e necessidade de incentivos Apesar do avanço, o setor ainda enfrenta barreiras para escalar o uso do SAF. Riley reconhece que o crescimento do mercado depende de apoio político e econômico consistente: “O progresso que conquistamos exigiu inovação, colaboração e políticas públicas que viabilizem a expansão. Ainda há muito a ser feito para tornar o SAF competitivo em larga escala.” A Neste também reforça esse ponto. Carl Nyberg , vice-presidente sênior de energia renovável da empresa, defende que os estados americanos adotem políticas semelhantes às já aplicadas na Califórnia e em Illinois, onde créditos fiscais aceleraram a adoção do SAF. “A descarbonização da aviação exige estrutura regulatória clara, incentivos e visão de longo prazo. É uma jornada que só avança com colaboração entre governo e indústria”, destaca Nyberg. Produção ainda distante da demanda global Atualmente, a capacidade global de produção de SAF da Neste é de 1,5 milhão de toneladas por ano , o que representa apenas uma fração da demanda mundial por querosene de aviação. A meta da empresa é ampliar esse volume para 2,2 milhões de toneladas até 2027 , mas, mesmo assim, o combustível sustentável continuará cobrindo apenas uma pequena parcela das necessidades do setor. Com as emissões da aviação já retomando níveis próximos aos de 2019, a pressão sobre as companhias aéreas cresce. O desafio é equilibrar o aumento do tráfego aéreo com as metas de neutralidade de carbono até 2050 e, nesse contexto, a expansão da parceria entre United e Neste torna-se um marco estratégico para o setor. A iniciativa não apenas fortalece o papel da United como líder em sustentabilidade na aviação norte-americana, mas também sinaliza um novo padrão de operação para toda a indústria: voar mais longe com menos carbono . United Airlines acelera a transição verde nos céus dos EUA com nova fase de uso de combustível sustentável
- Iberdrola supera expectativas e capta €1 bilhão em emissão de título verde híbrido
Data: 30 de outubro de 2025 Por: Redação EnergyChannel A Iberdrola anunciou a conclusão bem-sucedida de uma nova emissão de título híbrido verde no valor de €1 bilhão (aproximadamente US$ 1,16 bilhão), marcando mais um passo importante na estratégia de financiamento sustentável da companhia. A operação teve forte demanda global e reforça o protagonismo da empresa espanhola na transição energética internacional. Iberdrola supera expectativas e capta €1 bilhão em emissão de título verde híbrido Forte demanda do mercado por títulos verdes A colocação despertou um interesse expressivo entre investidores institucionais de diferentes regiões. O volume de pedidos ultrapassou em várias vezes o montante ofertado, evidenciando o apetite crescente do mercado por ativos sustentáveis com rentabilidade de longo prazo. A ampla diversificação geográfica e o elevado número de participantes demonstram a consolidação dos títulos verdes como instrumento financeiro estratégico para empresas comprometidas com metas climáticas. Estrutura e objetivo da emissão O novo título híbrido da Iberdrola é de caráter perpétuo, com opção de recompra a partir de 2031, e oferece um cupão anual de 3,75% , um dos mais competitivos do setor desde 2022. Os recursos captados serão direcionados para o refinanciamento de um título híbrido com vencimento em 2026 , além de reforçar o caixa destinado a novos investimentos em geração renovável e modernização de redes elétricas. Com essa operação, a Iberdrola mantém sua política de gestão financeira sustentável , equilibrando o custo de capital com o compromisso de manter uma matriz energética cada vez mais limpa. Consolidação da liderança verde A empresa já é reconhecida como uma das maiores emissoras de títulos sustentáveis da Europa, e o sucesso dessa nova emissão consolida sua liderança no mercado global de finanças verdes. Atualmente, a Iberdrola possui mais de 45 GW de capacidade renovável instalada , somando projetos de energia eólica, solar, hidrelétrica e offshore em mais de 20 países. O resultado reforça a confiança do mercado na solidez da companhia e na sua estratégia de crescimento baseada em inovação, descarbonização e eficiência energética. Tendência global e reflexos no setor A operação da Iberdrola reflete uma tendência crescente no setor de energia: a busca por instrumentos de financiamento alinhados a metas ESG (ambientais, sociais e de governança) .Empresas de energia ao redor do mundo têm adotado cada vez mais os títulos verdes como alternativa de captação com condições vantajosas e maior credibilidade junto a investidores institucionais. No cenário latino-americano, esse movimento serve como referência para players do setor que buscam ampliar o acesso a capital internacional e fortalecer seus compromissos de sustentabilidade. Conclusão Com a nova emissão verde, a Iberdrola não apenas reforça sua posição entre as líderes globais em energia limpa, como também demonstra que o mercado financeiro sustentável segue em plena expansão , com investidores cada vez mais dispostos a apoiar companhias que combinam rentabilidade, responsabilidade ambiental e visão de longo prazo. Iberdrola supera expectativas e capta €1 bilhão em emissão de título verde híbrido
- Reino Unido aposta em “revolução verde” para criar 400 mil novos empregos até 2030
Plano nacional prevê duplicar a força de trabalho em energia limpa, investir £50 bilhões e garantir condições de trabalho justas e qualificadas Créditos Ag ESG | Reino Unido aposta em “revolução verde” para criar 400 mil novos empregos até 2030 O Reino Unido deu um passo decisivo para consolidar sua posição entre as potências da transição energética global. O governo britânico apresentou o Plano Nacional de Empregos em Energia Limpa , um projeto que pretende gerar 400 mil novos postos de trabalho até 2030 , ampliando a força de trabalho do setor para 860 mil profissionais . A iniciativa faz parte da estratégia do país para se tornar uma “superpotência em energia limpa”, combinando investimentos privados de £50 bilhões com políticas de qualificação técnica, inclusão social e fortalecimento sindical. Formação e capacitação técnica em larga escala Um dos pilares do plano é o investimento em formação profissional voltada à transição energética . O governo vai criar cinco Institutos de Excelência Técnica dedicados a cursos em engenharia elétrica, construção sustentável, soldagem e gestão de projetos. Mais de £100 milhões serão aplicados em capacitação técnica , enquanto outros £1,2 bilhão anuais serão destinados à expansão de programas educacionais que beneficiarão 1,3 milhão de jovens até o final da década. Ao todo, 31 ocupações prioritárias foram identificadas — de encanadores e eletricistas a engenheiros e gestores — representando quase 40% dos futuros empregos diretos no setor. Novas oportunidades regionais e requalificação de trabalhadores A demanda por profissionais será especialmente forte na Escócia, no leste da Inglaterra e no noroeste britânico , cada uma com potencial de criar entre 50 mil e 60 mil empregos diretos . Regiões industriais tradicionais estão recebendo investimentos bilionários que reforçam essa tendência. O projeto nuclear Sizewell C , em Suffolk, deve empregar 10 mil pessoas no pico da construção, enquanto os complexos de captura de carbono Acorn e Viking deverão gerar 35 mil vagas combinadas . Para apoiar a transição de trabalhadores de combustíveis fósseis para energias limpas, o governo destinou £20 milhões à requalificação de profissionais do setor de petróleo e gás , especialmente na Escócia e no Mar do Norte. O programa Energy Skills Passport , criado para facilitar a migração de engenheiros offshore para as renováveis, será ampliado para os setores nuclear e de redes elétricas . Trabalho justo e inclusão social Mais do que criar empregos, o plano busca garantir condições de trabalho dignas, bem remuneradas e sindicalizadas . Uma nova Carta do Trabalho Justo , elaborada em parceria com sindicatos e empresas do setor eólico, vai vincular o acesso a incentivos públicos a salários justos, negociação coletiva e direitos trabalhistas robustos . A legislação também será atualizada para equiparar as proteções trabalhistas dos empregados offshore às do setor de petróleo e gás, estendendo o salário mínimo nacional para além das águas territoriais britânicas. O secretário de Energia, Ed Miliband , destacou que o plano é “ pró-trabalhador, pró-emprego e pró-sindicato ”, ressaltando que “ a energia limpa é a resposta para levar trabalho bom e seguro a todas as regiões do país ”. Inclusão de jovens, veteranos e ex-detentos O governo britânico também incluiu metas de mobilidade social na estratégia. Programas especiais vão oferecer oportunidades de requalificação a veteranos das Forças Armadas, jovens recém-formados e ex-detentos , grupos identificados como tendo habilidades transferíveis relevantes para o setor de energia limpa. Estudos oficiais mostram que os cargos de nível inicial no setor pagam 23% a mais do que funções equivalentes em outras áreas, tornando a energia limpa uma porta de entrada para o crescimento econômico e social . Um modelo global de transição justa Embora o Reino Unido ainda esteja atrás da Alemanha e da Escandinávia em densidade de empregos verdes, o novo plano busca reduzir essa distância com uma política industrial coordenada e focada na transição justa conceito que alia descarbonização e inclusão econômica. O Escritório de Empregos em Energia Limpa , criado para supervisionar a implementação do programa, atuará na coleta de dados, integração de políticas e articulação entre governo, empresas e sindicatos. Com isso, o país oferece previsibilidade aos investidores e um roteiro de crescimento sustentável , posicionando-se como um dos principais polos de inovação, tecnologia e trabalho qualificado no cenário global de energia limpa. “Empregos em energia limpa estão por toda parte em comunidades costeiras, cidades e polos industriais. Este plano leva oportunidades diretamente à porta das pessoas”, concluiu Miliband. Reino Unido aposta em “revolução verde” para criar 400 mil novos empregos até 2030
- H&M fecha parceria global com a Recover para impulsionar o uso de algodão reciclado em larga escala
Por EnergyChannel | Sustentabilidade e Economia Circular A transição para uma moda verdadeiramente circular acaba de ganhar um novo impulso. A gigante sueca H&M assinou um acordo plurianual com a Recover , empresa espanhola especializada em soluções de reciclagem têxtil, para incorporar o algodão reciclado RCotton em suas futuras coleções em todo o mundo. H&M fecha parceria global com a Recover para impulsionar o uso de algodão reciclado em larga escala O movimento representa mais um passo da H&M em direção à meta de utilizar 100% de materiais reciclados ou de origem sustentável até 2030 , com um marco intermediário de 30% de conteúdo reciclado até 2025 . Segundo a empresa, o percentual atual já chega a 29,5% , um avanço expressivo frente aos últimos anos. Revolução têxtil com DNA circular A Recover , com sede em Madri e unidades na Europa, Ásia e Américas, é uma das líderes mundiais na transformação de resíduos têxteis tanto de sobras industriais quanto de peças pós-consumo em novas fibras de algodão reciclado. Seu produto mais emblemático, o RCotton , é obtido através de um processo mecânico que dispensa o uso de produtos químicos, mantendo alta qualidade e rastreabilidade completa. Com essa tecnologia, a empresa busca fechar o ciclo da moda , fornecendo matérias-primas recicladas a grandes marcas que desejam reduzir a dependência de algodão virgem e diminuir a pegada ambiental da cadeia de suprimentos. “A rastreabilidade e a consistência de qualidade são essenciais para que a moda circular se torne realidade. Nosso trabalho com a H&M mostra que inovação e escala podem caminhar juntas”, afirmou Anders Sjöblom , CEO da Recover. Moda sem desperdício: uma nova lógica de produção A parceria surge após uma colaboração iniciada em 2024, quando as duas companhias desenvolveram produtos-piloto com algodão reciclado. Agora, o acordo consolida a produção comercial em larga escala , o que deve acelerar a introdução de tecidos reciclados nas linhas principais da H&M. Para Ulf Krigsman , chefe de materiais e componentes da H&M, o objetivo é claro: dissociar o crescimento da marca do uso de recursos naturais. “Queremos que nossos produtos mantenham o valor máximo dentro de um ciclo contínuo. Investir em infraestrutura e em fornecedores como a Recover é essencial para tornar a moda reciclada acessível e escalável”, declarou Krigsman. Impacto e tendência global O avanço da H&M ocorre em um momento em que o setor da moda enfrenta pressão crescente por transparência, rastreabilidade e redução de impacto ambiental . Iniciativas como essa não apenas reduzem o uso de água e energia na produção de algodão, mas também evitam que toneladas de resíduos têxteis acabem em aterros ou incineradores. Com a parceria, a H&M reforça sua posição entre as líderes globais na transição para uma economia têxtil circular, enquanto a Recover consolida seu papel estratégico como fornecedora de fibras sustentáveis para grandes marcas internacionais. H&M fecha parceria global com a Recover para impulsionar o uso de algodão reciclado em larga escala
- Sistemas isolados e armazenamento de energia configura uma das próximas ondas de desenvolvimento para a energia solar no Brasil
Painel do Intersolar Summit Brasil Sul 2025 escancarou a evidente necessidade de que haja política pública que acelere as instalações com baterias. Sistemas isolados e armazenamento de energia configura uma das próximas ondas de desenvolvimento para a energia solar no Brasil Com bastante procura de público e conteúdo altamente técnico, a palestra “Sistemas isolados e armazenamento de energia”, que ocorreu na parte da tarde da programação do Intersolar Summit Brasil Sul 2025, reuniu especialistas de diferentes áreas para discutir o excedente de produção de energia para uso posterior. O encontro contou com a presença do diretor-geral da New Charge Energy e presidente da Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae), Markus Vlasits; o professor associado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), prof. Dr. Leandro Michels; o diretor executivo de engenharia da UCB Power, Thiago Pereira Soares; e o gestor de engenharia da EDP Brasil, Paulo Faria. Em sua fala, Markus Vlasits destacou os sistemas isolados, ou off-grid, que são aqueles que não estão conectados à rede pública, e citou como exemplo os sistemas solares. Para ele, o armazenamento de energia é fundamental para garantir que exista um funcionamento contínuo, especialmente em períodos noturnos ou nublados, e isso é feito por meio do uso de baterias, que armazenam o excesso de produção. “Sistemas isolados também existem no mundo agro, há uma demanda reprimida por energia elétrica, especialmente em lugares remotos onde prestadoras não possuem estrutura adequada de fornecimento”, destacou. O executivo destacou que o maior uso de armazenamento no Brasil dependerá, especialmente, de políticas públicas adequadas, a exemplo do marco legal e marco regulatório; tratamento tributário adequado, contratação competitiva de BESS para prestação de serviços públicos e precificação da energia. O professor Dr. Leandro Michels ressaltou que no Brasil, com dimensões continentais, há um armazenamento de energia por geração hídrica especialmente na região Sudeste. “Para segurar o sistema todo sem apagão temos que reduzir a geração. O sistema de energia solar básico não colabora com o pico de potência, redução de rampa e com zero inércia. Com inovação tecnológica, inversores, podemos fazer a mudança”, disse, e acrescentou que “aos poucos trabalhar na descarbonização do nosso sistema de eletricidade.” Thiago Pereira Soares, por sua vez, explicou que o conceito de operação no Brasil é formado por três maneiras de como a energia chega até o consumidor final: sistema interligado nacional; sistemas isolados; e as localidades remotas, que são os locais mais afastados. Como exemplo, ele destacou que, no Amazonas, cerca de 1 milhão de pessoas não têm acesso à energia elétrica. Hoje, são 195 localidades que integram esse grupo. Nesse contexto, ele apontou a necessidade do uso do modelo de transição energética sustentável 4D, conceito que descreve as quatro grandes transformações que a matriz energética global está enfrentando: descarbonização, descentralização, digitalização e diversificação. “Esse modelo tem como objetivo acelerar a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia renovável, criando um sistema mais eficiente e limpo “, explica. Finalizando a atividade, Paulo Faria celebrou o fato de que a matriz energética brasileira é referência em geração renovável, mas destacou que ela está sujeita à limitações de flexibilidade e intermitência. “As usinas inflexíveis limitam o controle por geração. A intermitência de geração de fontes eólicas e solares gera imprevisibilidade para o controle do equilíbrio geração-demanda. Cerca de 20% da capacidade instalada total de geração MMGD não é controlada pelo ONS atualmente”, explicou. Por fim, Faria trouxe o fato de que o sistema BESS (da sigla Battery Energy Storage System), “é uma ferramenta importante para uso no sistema elétrico, e já possui viabilidade em algumas regiões, com previsão de expansão”, finalizou. Sistemas isolados e armazenamento de energia configura uma das próximas ondas de desenvolvimento para a energia solar no Brasil
- O Brasil pode (e deve) ser líder em sistemas agrivoltaicos
Modelo que combina geração elétrica e agricultura no mesmo terreno já tem mostrado resultados expressivos ao redor do mundo. O Brasil pode (e deve) ser líder em sistemas agrivoltaicos A energia solar está transformando a forma do manejo no campo brasileiro. Com ampla incidência solar e um agronegócio consolidado, o País reúne as condições ideais para se tornar referência global em sistemas agrivoltaicos. A integração é a combinação da geração de eletricidade por meio de painéis solares com o cultivo agrícola no mesmo ambiente. Mais do que isso, a sombra dos painéis colabora para alguns tipos de cultura que não podem passar o dia todo sob sol. Nesta quarta-feira (29), último dia de Intersolar Summit Brasil Sul 2025, em Porto Alegre, o público acompanhou o painel especial sobre o tema. O modelo já tem mostrado resultados expressivos em países como Alemanha, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e França. O Brasil, por sua vez, desponta como um terreno fértil para expandir essa tecnologia. A gerente de Novos Negócios SunR Reciclagem Fotovoltaica, Laís Cassanta Vidotto, faz um comparativo, entre a Alemanha, referência no tema. “O Brasil é 24 vezes territorialmente maior que a Alemanha e tem um potencial global de irradiação horizontal [quantidade total de energia solar] de 2.100kwh/m²/ano enquanto eles têm apenas a metade desse potencial. O ganho não é só econômico. Pode promover fixação de população em área rural, mais resiliência para uma determinada comunidade e impactar positivamente o ambiente local”, salienta. O sistema agrivoltaico reforça o papel estratégico do agronegócio na transição energética global. O Brasil pode (e deve) ser líder em sistemas agrivoltaicos A palestrante pondera, no entanto, que a falta de diretrizes e regulação nacional, aliada aos problemas de custo de investimento e manutenção, especialmente para agricultura familiar, pode ser um entrave para o desenvolvimento do sistema no País. “O baixo poder de investimento dos pequenos produtores rurais, aliado ao nível de instrução no campo é um desafio. Faltam normas específicas, além de profissionais especializados com conhecimento técnico na área para auxiliar com dados sobre cultura agrícola e de animais”, diz. Produção de alimentos e energia limpa - Hoje, é possível encontrar painéis fotovoltaicos alimentando bombas de irrigação, sistemas de refrigeração de alimentos, cercas elétricas e até estufas inteligentes. Com painéis fotovoltaicos estrategicamente posicionados sobre as lavouras, é possível gerar eletricidade sem competir por espaço com a produção agrícola. Essa convivência harmoniosa traz benefícios múltiplos: reduz o impacto do sol direto sobre as plantações, melhora a eficiência no uso da água e aumenta a produtividade em determinadas culturas. É o que destaca o diretor do Laboratório de Energia Solar Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ricardo Rüther. “Os painéis solares vieram para ajudar o agricultor. E não para competir com o espaço que seria de um pé de alface, por exemplo. O alface necessita de 5 a 6 horas diárias de sol. Em alguns locais a incidência solar chega a 11 horas diárias, e as placas auxiliam no manejo correto da iluminação no campo. Não adianta nada ter energia e estar de barriga vazia”, exemplifica ele. O Brasil pode (e deve) ser líder em sistemas agrivoltaicos
- Gotion recua de projeto bilionário de fábrica de baterias nos EUA após impasse político e resistência local
Decisão encerra planos de investimento de US$ 2,36 bilhões em Michigan; controvérsias ambientais e tensões geopolíticas pesaram na desistência do projeto Gotion recua de projeto bilionário de fábrica de baterias nos EUA após impasse político e resistência local Por EnergyChannel A fabricante chinesa de células de bateria Gotion High-Tech , que tem a Volkswagen como principal acionista , desistiu oficialmente de construir uma megafábrica de baterias no estado de Michigan, nos Estados Unidos um projeto que desde 2022 enfrentava forte oposição local, críticas políticas e incertezas regulatórias. O empreendimento, anunciado com pompa há dois anos, previa um investimento de US$ 2,36 bilhões para erguer uma unidade em uma área de 211 hectares nos distritos de Big Rapids e Green Township , com a criação de 2.350 empregos diretos . A iniciativa, no entanto, nunca saiu do papel. De acordo com a Michigan Economic Development Corporation (MEDC) , o subsídio estadual de US$ 125 milhões , prometido para apoiar a construção, nunca chegou a ser liberado . Pior: o órgão agora tenta reaver US$ 23,6 milhões já desembolsados, utilizados para a compra do terreno. Em carta enviada à Gotion, a MEDC afirmou que a empresa havia violado o contrato de subsídio por não ter realizado nenhuma obra no local por mais de 120 dias . A companhia recebeu um prazo de 30 dias para se manifestar, e respondeu, por meio de seus advogados, que a acusação era “ totalmente falsa ” e que enfrentava uma “ onda de ataques ” políticos e comunitários que inviabilizaram o andamento do projeto. Segundo o documento, a Gotion teria buscado um diálogo “ aberto e honesto ” com o governo estadual sobre a viabilidade futura da planta, em meio à crescente pressão local. Protestos e disputa política Desde o anúncio, o projeto se tornou alvo de protestos e disputas partidárias . Moradores e grupos ambientais de Green Township argumentavam que a fábrica representava riscos ao meio ambiente especialmente pelo uso de água e produtos químicos em uma região predominantemente rural. Além disso, o envolvimento de uma empresa com ligação direta à China alimentou a desconfiança pública, em meio à crescente rivalidade geopolítica entre Washington e Pequim. O congressista republicano John Moolenaar , presidente de um comitê especial sobre a China, comemorou o bloqueio do financiamento e disse que a decisão foi uma “vitória para a segurança nacional” . Moolenaar trabalhou junto à comunidade local para impedir o uso de subsídios federais em empresas com capital chinês. A controvérsia foi tamanha que, em uma eleição de revogação em 2023 , a antiga administração municipal de Green Township que apoiava o projeto foi retirada do poder . Durante as campanhas de 2024, Donald Trump e JD Vance transformaram o caso em um tema eleitoral central, reforçando a rejeição pública à presença de empresas chinesas em setores estratégicos. Impactos e cenário global A Gotion, sediada em Hefei, na China , é considerada uma das principais fornecedoras de baterias da Volkswagen . Desde 2020, a montadora alemã detém cerca de 26% a 30% da companhia, e as duas empresas mantêm parcerias tecnológicas em projetos de produção de células na Alemanha , por meio da subsidiária PowerCo . Com a desistência da planta em Michigan, a expansão da Gotion nos EUA entra em compasso de espera , em um momento em que o país busca reduzir a dependência de componentes importados e fortalecer sua cadeia doméstica de baterias . Gotion recua de projeto bilionário de fábrica de baterias nos EUA após impasse político e resistência local
- O futuro é híbrido: a rede deixará de ser protagonista para se tornar suporte
Por Gilberto Camargos - Diretor-executivo da SolaX Power no Brasil “As baterias são o ‘Solar 2.0’: a evolução que complementa o solar”, Gilberto Camargos, diretor-executivo da SolaX Power O futuro é híbrido: a rede deixará de ser protagonista para se tornar suporte O debate sobre a transição energética no Brasil tem provocado reflexões acerca das ações da sociedade, questões regulatórias e desenvolvimento de tecnologias que proporcionem a efetividade no uso dessas fontes de energia limpa. Nesse cenário, há um fator que tem se tornado inevitável: o protagonismo dos sistemas de armazenamento nesse processo de transição energética. Há pilares que sustentam essas discussões, dentre eles, o impacto da conta de energia no orçamento das famílias. Este é um momento, por exemplo, no qual os brasileiros estão sendo impactados pela bandeira tarifária vermelha. É inegável que a questão financeira é o impulsionador para o aumento na busca de fontes de energias renováveis pelos brasileiros, como a solar, que tem apresentado crescimento expressivo. De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2025, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o índice de renovabilidade do setor residencial alcançou 71,8% em 2024. Mas esse cenário também tem provocado outro ponto de discussão: o aumento da produção de energia solar enviado para a rede pode impactar o sistema elétrico brasileiro? No início de 2025, a Aneel divulgou um relatório que alertava sobre o risco ao sistema elétrico de alguns estados brasileiros devido ao excesso de energia solar injetado na rede. Essa realidade nos impõe uma discussão que mira uma solução que se mostra cada vez mais necessária: a dos sistemas a dos sistemas de armazenamento de energia. Com o mundo em busca de soluções sustentáveis, essa solução tem se apresentado como estratégica, pois se trata de um sistema que envolve baterias recarregáveis para o armazenamento de energia elétrica em períodos de menor demanda e liberá-la durante os picos. E isso significa estabilidade da rede elétrica. As baterias são o ‘Solar 2.0’, ou seja, a evolução que complementam o solar. Diferente do solar, que passou por um processo de validação longo, as baterias já entram em um cenário mais consolidado e validado. Dessa forma, esses sistemas chegam como alternativas técnicas para reduzir perdas e ampliar a autonomia dos sistemas, contribuindo para a estabilidade, continuidade e eficiência do fornecimento de energia elétrica. Contudo, o setor aguarda a publicação de edital para o primeiro leilão de armazenamento, cuja discussão foi adiada pela Aneel no último dia 12 de agosto, após pedido de vista de um dos diretores, tendo em vista divergências provocas em razão do regime tarifário a ser aplicado. Vale destacar que o leilão tem gerado a expectativa de alavancar o setor, que deve atrair cerca de R$ 70 bilhões em investimentos até 2034, segundo a Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae). Essa regulamentação é essencial para as diretrizes do setor. O Brasil é deficiente de qualidade energética e, por isso, o brasileiro busca soluções que proporcionem segurança quando o assunto é energia. Estamos nos aproximando do período de chuvas e, consequentemente, dos recorrentes apagões que atingem grandes centros, como São Paulo, escancarando a iminente necessidade de segurança energética no Brasil. Nesse sentido, podemos afirmar que o híbrido é uma solução necessária diante de um cenário que clama por alternativas que propiciem sustentabilidade, segurança e estabilidade energética. O futuro é híbrido: a rede deixará de ser protagonista para se tornar suporte
- REVOLUÇÃO NA ÁGUA: TECNOLOGIA BRASILEIRA CRIA VEÍCULO AUTÔNOMO PARA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE USINAS SOLARES FLUTUANTES
O Desafio da Logística Offshore e a Solução Inovadora da Apollo Flutuantes REVOLUÇÃO NA ÁGUA: TECNOLOGIA BRASILEIRA CRIA VEÍCULO AUTÔNOMO PARA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE USINAS SOLARES FLUTUANTES O crescimento exponencial das Usinas Fotovoltaicas Flutuantes (UFFs) no Brasil e no mundo, como a megaprojeto de 69 MWp em Tocantins da Apollo Flutuantes, impõe desafios logísticos e operacionais sem precedentes. A construção, ancoragem e manutenção de estruturas que podem pesar milhares de toneladas em reservatórios de grande porte exigem ferramentas especializadas e, acima de tudo, seguras. Em resposta a essa demanda crítica, a empresa Apollo Flutuantes desenvolveu e patenteou uma embarcação multifuncional de apoio, o **Flutuante de Manutenção e Combate a Incêndios (FMCI)**. Este veículo aquático representa um salto tecnológico, integrando funções de engenharia pesada, logística e segurança em uma única plataforma autônoma e sustentável. FMCI: O "Canivete Suíço" das UFFs O FMCI é uma barcaça de fundo plano e baixo calado, projetada para operar em ambientes de reservatório. Sua característica mais notável é a propulsão e operação 100% elétrica, alimentada por centenas de painéis fotovoltaicos bifaciais instalados em seu teto e amuradas. Este sistema gera energia suficiente para alimentar propulsores, guindastes, sistemas de navegação e toda a hotelaria de bordo, eliminando o consumo de combustíveis fósseis e alinhando a operação com o princípio de energia limpa da UFF. A versatilidade do FMCI se manifesta em três fases cruciais do ciclo de vida de uma UFF: 1. Fase de Implantação e Engenharia Na etapa inicial, a precisão é vital. O FMCI atua como um veículo de mapeamento de alta tecnologia: Batimetria de Precisão : Equipado com sonares, o flutuante realiza a batimetria do fundo do lago, gerando modelos 3D detalhados. Essa informação é essencial para o projeto preciso dos sistemas de ancoramento e o trajeto dos cabos de Média Tensão (MT). Instalação de Ancoragem Pesada: O FMCI é o responsável pelo transporte e instalação suave das poitas de concreto, que podem pesar até 15 toneladas, em posições exatas definidas por DGPS. Reboque de Módulos Gigantes: Com módulos de ilhas fotovoltaicas que superam 280 toneladas, o manuseio humano é inviável. O FMCI assume a função de rebocador, arrastando os módulos pré-montados até o ponto de ancoragem final. Lançamento de Cabos de MT: A embarcação transporta e faz a puxada dos pesados carretéis de cabos de Média Tensão e OPGW, interligando as ilhas e a subestação coletora em terra. 2. Fase de Operação e Manutenção (O&M) Com uma vida útil de até 30 anos, a fase de O&M exige resiliência. O FMCI se transforma em uma oficina flutuante de alta capacidade: Transporte e Suporte: Serve como transporte seguro para equipes e equipamentos. Manutenção Pesada : Sua estrutura permite a troca de equipamentos de grande porte, como transformadores a seco de 2,5 MWca. Com trilhos e guinchos de arrasto, a embarcação é capaz de suportar e manusear cargas combinadas que podem exceder 18 toneladas (trafo novo + trafo defeituoso). Inspeção Subaquática: Um Veículo de Operação Remota (ROV) embarcado realiza inspeções detalhadas do sistema de ancoragem, da superfície inferior das ilhas e dos cabos de MT submersos. 3. Segurança e Resposta a Emergências A função de Combate a Incêndios é um diferencial de segurança crucial. O FMCI está equipado com: Sistema de Combate de Alto Fluxo: Duas motobombas diesel de 320 cv alimentam canhões monitores e armários de hidrantes. Capacidade de Resposta: O conjunto lança até 8.000 litros de água por minuto a uma distância de até 90 metros. Segurança da Equipe: O combate é realizado do lado de fora da ilha, a partir do FMCI, garantindo que as equipes de segurança patrimonial e de manutenção não fiquem sem rota de fuga, priorizando a eficácia e a segurança. O Futuro da Infraestrutura Solar Flutuante A inovação representada pelo FMCI da Apollo Flutuantes não é apenas uma ferramenta, mas um novo padrão de segurança e eficiência para a infraestrutura de energia solar flutuante. Ao otimizar a construção e garantir a longevidade das UFFs com uma operação de baixo impacto ambiental, a tecnologia brasileira se posiciona na vanguarda da transição energética global. REVOLUÇÃO NA ÁGUA: TECNOLOGIA BRASILEIRA CRIA VEÍCULO AUTÔNOMO PARA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE USINAS SOLARES FLUTUANTES
- O Teto da CDE e o Fim da "Conta Aberta": Entenda a Revolução Tarifária que Pode Mudar a Sua Conta de Luz
Por EnergyChannel O setor elétrico brasileiro está à beira de uma das suas maiores transformações regulatórias em mais de duas décadas. O Teto da CDE e o Fim da "Conta Aberta": Entenda a Revolução Tarifária que Pode Mudar a Sua Conta de Luz A Medida Provisória (MPV) 1.304/2025, e o consequente Projeto de Lei de Conversão (PLV) relatado pelo Senador Eduardo Braga, propõem um mecanismo inédito que promete frear o crescimento exponencial da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e, finalmente, trazer um alívio para o bolso do consumidor: a imposição de um teto orçamentário para o encargo e a criação do Encargo de Complemento de Recursos (ECR). O Dilema da CDE: Subsídios em Rota de Colisão com a Tarifa A CDE, criada em 2002, tinha como propósitos iniciais a universalização do serviço e o fomento à competitividade da energia renovável. No entanto, ao longo dos anos, se tornou um repositório de diversos subsídios e custos setoriais, elevando-se a um patamar insustentável. Para 2025, o orçamento da CDE, custeado majoritariamente pelos consumidores via tarifa, atingiu a marca de aproximadamente R$ 50 bilhões, um aumento vertiginoso que pressiona o custo final da energia. O cerne da MPV 1.304/2025 é transformar a CDE de uma "conta aberta" para um orçamento com limites claros. O PLV estabelece que o valor total dos recursos arrecadados para a CDE por meio de quotas será limitado ao valor nominal total das despesas definido no orçamento de 2026, com correção anual pelo IPCA. "Essa medida é fundamental para conter o crescimento descontrolado desse encargo setorial que custeia subsídios tarifários, que têm pressionado as tarifas de energia elétrica e comprometido a competitividade da indústria nacional e o poder de compra dos consumidores residenciais." - Trecho do Relatório da MPV 1.304/2025. O ECR: A Nova Regra do Jogo para os Beneficiários A grande inovação para garantir a modicidade tarifária é a criação do **Encargo de Complemento de Recursos (ECR)**. Este mecanismo será acionado caso a CDE precise de recursos além do teto estabelecido. A diferença crucial é que o ECR não será pago por todos os consumidores, mas sim pelos próprios **beneficiários dos subsídios** que geraram o excesso de custos. A proposta visa promover a justiça tarifária ao demandar uma contribuição daqueles que mais oneram a CDE. No entanto, o texto preserva os programas sociais e essenciais, isentando do pagamento do ECR: O pagamento do ECR será escalonado, com os agentes arcando com 50% do custo em 2027 e 100% a partir de 2028, permitindo uma transição gradual para o novo modelo. Gás Natural e Infraestrutura: O Novo Eixo Estratégico Além das mudanças no setor elétrico, a MPV 1.304/2025 também traz um foco estratégico no mercado de **gás natural**, visando a redução dos preços e o desenvolvimento industrial. O texto confere à Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) a responsabilidade de celebrar contratos, representando a União, para o escoamento, transporte e processamento do gás natural. A PPSA ganha, assim, um papel de destaque na comercialização do gás da União, com o objetivo de ofertá-lo a preços mais competitivos. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) passa a ter a atribuição de determinar as condições de acesso, incluindo o valor, aos sistemas integrados de escoamento, processamento e transporte. Essa medida busca garantir que a infraestrutura de gás seja acessível e que o recurso possa chegar ao consumidor final a preços mais atrativos, impulsionando o uso do gás como vetor de desenvolvimento industrial e energético. Segurança e Flexibilidade: O Papel do Armazenamento Outro ponto de modernização do setor elétrico é o foco na segurança energética e na flexibilidade operacional . Com a crescente inserção de fontes intermitentes como a eólica e a solar, o sistema elétrico exige mecanismos que garantam o suprimento mesmo quando o sol e o vento não estão disponíveis. O PLV propõe a valorização dos sistemas de armazenamento de energia , como as baterias de grande escala. A inclusão desses sistemas no planejamento da expansão da rede básica e a definição de regras de remuneração e acesso são vistas como cruciais para aumentar a flexibilidade do sistema, reduzir os impactos da intermitência e garantir a estabilidade operacional, um desafio crescente para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Conclusão: Um Novo Marco para o Consumidor A MPV 1.304/2025 e o PLV representam um movimento decisivo do Congresso Nacional para reequilibrar a balança entre os subsídios setoriais e o custo da energia para o consumidor. Ao impor um teto à CDE e criar o ECR, o Brasil caminha para um modelo mais transparente e justo, onde os custos são rateados de forma mais equitativa. As mudanças no gás natural e o foco na flexibilidade do sistema elétrico complementam a reforma, desenhando um novo marco regulatório com potencial para impactar a economia e a vida de milhões de brasileiros. O Teto da CDE e o Fim da "Conta Aberta": Entenda a Revolução Tarifária que Pode Mudar a Sua Conta de Luz












