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- Financiamento Sustentável para o Setor Energético Brasileiro: Entre a Necessidade de Investimento e a Responsabilidade Fiscal
Por Prof. Fernando Caneppele (USP) Financiamento Sustentável para o Setor Energético Brasileiro: Entre a Necessidade de Investimento e a Responsabilidade Fiscal Em setembro de 2025, o setor energético brasileiro se encontra em uma encruzilhada monumental. De um lado, a urgência da transição energética e a necessidade de garantir a segurança de um sistema em expansão demandam um volume de investimentos que se mede na casa dos trilhões de reais ao longo da próxima década. Projetos de geração eólica e solar, o nascente e capital-intensivo programa de hidrogênio verde, e a modernização de trilhões de quilômetros de redes de transmissão são apenas alguns dos itens de uma fatura colossal. Do outro lado, o país opera sob um novo arcabouço fiscal, com a sociedade corretamente exigindo disciplina nos gastos públicos e a estabilização da dívida. A questão que se impõe é, portanto, inevitável e complexa: como financiar o futuro energético do Brasil? Como atrair o capital massivo, nacional e internacional, necessário para impulsionar essa transformação, sem comprometer a estabilidade macroeconômica? A resposta não está em uma única fonte ou instrumento, mas na orquestração inteligente de diferentes atores e mecanismos financeiros, onde o Estado redefine seu papel de provedor para catalisador. O Legado e o Novo Papel do BNDES Historicamente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi o grande esteio do financiamento de infraestrutura no Brasil. Contudo, o modelo de empréstimos diretos com juros subsidiados, crucial no passado, mostra-se inadequado para a escala do desafio atual e incompatível com as restrições fiscais. O BNDES de 2025 assume um papel mais sofisticado e, arguably, mais poderoso: o de um banco estruturado e garantidor. Em vez de simplesmente emprestar, o banco tem se focado em modelar projetos complexos, torná-los "bancáveis" e atraentes para o capital privado. Sua principal função passa a ser a mitigação de riscos. Ao oferecer garantias, o BNDES absorve parte das incertezas iniciais de um projeto, o que reduz o custo de capital para o investidor privado e viabiliza empreendimentos que, de outra forma, não sairiam do papel. A utilização de mecanismos de blended finance , mesclando recursos públicos e privados em fundos de investimento, é outra frente de atuação estratégica, permitindo alavancar cada real público com múltiplos reais do setor privado. A Mobilização do Capital Privado e seus Instrumentos Com a retração relativa do Estado como financiador direto, o capital privado, tanto de bancos comerciais quanto do mercado de capitais, tornou-se o protagonista. O grande catalisador para esse movimento tem sido as debêntures de infraestrutura, títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos, que oferecem isenção de imposto de renda para pessoas físicas. Este instrumento se provou um sucesso absoluto, canalizando centenas de bilhões de reais da poupança doméstica para a construção de parques eólicos, usinas solares e, especialmente, linhas de transmissão. Grandes bancos privados, por sua vez, pressionados por seus acionistas e pela regulação global, estruturaram robustas carteiras de projetos ESG (Ambiental, Social e de Governança). O financiamento de projetos de energia renovável tornou-se uma das principais vitrines de suas agendas de sustentabilidade, com equipes especializadas e linhas de crédito cada vez mais competitivas. A sofisticação do mercado se aprofunda com a crescente participação de Fundos de Investimento em Participações em Infraestrutura (FIP-IE), que permitem que fundos de pensão e outros investidores institucionais se tornem sócios diretos dos empreendimentos. A Conquista do Investidor Internacional e os Títulos Verdes Apesar da força do nosso mercado doméstico, a escala do investimento necessário torna o capital internacional indispensável. Para atrair esse investidor, o Brasil compete com projetos no mundo inteiro e precisa oferecer não apenas retorno, mas segurança e propósito. É aqui que os títulos verdes ( green bonds ) se tornam uma ferramenta fundamental. O Brasil possui uma vantagem natural neste mercado: nossa matriz energética já é uma das mais limpas do mundo, o que torna uma vasta gama de nossos projetos energeticamente "verdes" por definição. A emissão de um título verde por uma empresa de energia brasileira sinaliza ao investidor estrangeiro um compromisso com a sustentabilidade e alinha o projeto a mandatos de fundos globais focados em ESG. O desafio, contudo, é garantir a credibilidade dessas emissões. A prevenção do "greenwashing" (a "maquiagem verde") exige a adesão a padrões internacionais de certificação e transparência, assegurando que os recursos captados sejam, de fato, direcionados para projetos com impacto ambiental positivo comprovado. Desafios Estruturais à Atratividade do Investimento Apesar do potencial e da sofisticação de nossos instrumentos financeiros, o Brasil ainda enfrenta obstáculos estruturais que encarecem o capital e afugentam investidores. O chamado "Custo Brasil" no setor de energia se manifesta em três riscos principais. Primeiro, o risco regulatório , que é a percepção de que as regras do jogo, definidas pela ANEEL e pelo governo, podem ser alteradas de forma retroativa, impactando a rentabilidade de contratos de longo prazo. Segundo, o risco cambial , pois a volatilidade do Real frente ao Dólar exige custosos mecanismos de hedge para o investidor estrangeiro. Por fim, paira sobre tudo o risco fiscal e político . A incerteza sobre a trajetória da dívida pública e a instabilidade política criam um ambiente que exige prêmios de risco mais altos, tornando o financiamento mais caro para todos. A atração de capital para a transição energética está, portanto, intrinsecamente ligada à capacidade do país de manter um ambiente macroeconômico estável e previsível. Em conclusão, o financiamento da modernização e transição energética do Brasil é menos uma questão de falta de capital disponível no mundo e mais uma competição acirrada por esse capital. Temos os projetos, o potencial natural e um mercado financeiro cada vez mais maduro e diversificado. O papel do Estado está em transição, de financiador para facilitador e garantidor inteligente. Para sermos bem-sucedidos, nosso dever de casa é claro: garantir a estabilidade regulatória, a previsibilidade das políticas e a disciplina fiscal. Somente com uma base sólida de confiança conseguiremos atrair os investimentos massivos que transformarão nosso potencial energético em desenvolvimento sustentável e prosperidade para o país. Financiamento Sustentável para o Setor Energético Brasileiro: Entre a Necessidade de Investimento e a Responsabilidade Fiscal
- MP's no lugar da lei, improviso no lugar da análise
Por Fernanda M Caputo A ausência da Avaliação de Impacto Legislativo transforma urgência em pretexto e deixa o setor elétrico refém da política de ocasião. MP's no lugar da lei, improviso no lugar da análise No Brasil, as agências reguladoras vivem sob o peso da técnica. Salvo raras exceções, a ANEEL, por exemplo, não pode editar uma resolução sem antes submeter sua proposta a uma Análise de Impacto Regulatório (AIR). É um processo trabalhoso: coleta de dados, estudos de cenários, consulta pública, análise de custos e benefícios. Nada passa sem justificativa. Já o Poder Legislativo não tem amarras semelhantes. Não existe Avaliação de Impacto Legislativo (AIL) obrigatória. Deputados e senadores podem aprovar leis que alteram encargos e subsídios bilionários sem apresentar uma planilha de cálculo. O mesmo vale para o Executivo, que encontrou nas Medidas Provisórias um atalho: quando não consegue aprovar suas pautas pelo rito normal, recorre às MPs para avançar agendas emperradas. Essa assimetria é o coração do problema. A AIR foi institucionalizada em 2020, mas a AIL segue embrionária. O Congresso até ensaia alguns estudos ex post, feitos por consultorias internas ou tribunais de contas. Mas nada é vinculante, nada é sistemático. O resultado é um processo legislativo que privilegia a celeridade sobre a qualidade. No setor elétrico, essa fragilidade se manifesta com força. O Projeto de Lei 414/2021, atualização do PLS 232/2016, deveria ter sido o espaço para discutir modernização: abertura do mercado livre, racionalização de encargos, revisão de subsídios. Ficou parado. Em seu lugar, o Executivo fatiou a agenda em MPs. O que deveria ser uma reforma estruturada virou um mosaico de medidas improvisadas. As MPs funcionam como ônibus legislativos. Chegam ao Congresso com um tema específico, supostamente urgente - e saem abarrotadas de jabutis. O rito acelerado dispensa qualquer avaliação prévia de impacto. Uma AIL obrigatória, se existisse, obrigaria o Parlamento a medir custos, analisar cenários, calcular efeitos tarifários. Mas sem esse filtro, o improviso domina. As consequências são conhecidas. Tarifas sobem de forma inesperada. Investidores perdem confiança em um mercado que deveria oferecer estabilidade. Contradições entre resoluções da ANEEL — construídas com rigor técnico — e leis improvisadas pelo Congresso geram judicialização. O setor, que exige previsibilidade para investimentos de décadas, passa a operar em ambiente de incerteza. Não se trata de defender um Parlamento refém de técnicos. Mas de reconhecer que política sem técnica produz distorções caras. A ausência da AIL explica boa parte do caos normativo do setor elétrico. Se cada MP ou projeto de lei tivesse de passar por avaliação séria de impacto, dificilmente veríamos tantos jabutis escondidos em pacotes de urgência fabricada. A pergunta que fica é direta: por que aceitamos que exista AIR obrigatória para reguladores, mas não AIL obrigatória para o Legislativo? Até quando vamos permitir que bilhões em encargos e subsídios sejam definidos sem estudo prévio, sem cálculo de impacto, sem transparência? MP's no lugar da lei, improviso no lugar da análise Enquanto a Avaliação de Impacto Legislativo continuar ausente, o setor elétrico seguirá refém da política de ocasião. Vamos continuar no escuro. Não por falta de energia, mas por excesso de improviso MP's no lugar da lei, improviso no lugar da análise
- Parceria em minerais críticos e estratégicos entre Brasil e Alemanha
Oportunidades, Desafios e Caminhos para a Criação Conjunta de Valor Resiliente Por M.Sc . Janayna Bhering, Especialista em Inovação e membro do Comitê Brasileiro do World Energy Council e Dr. Marc Bovenschulte Bovenschulte, Institute for Innovation and Technology (iit) Parceria em minerais críticos e estratégicos entre Brasil e Alemanha A transição global para uma economia neutra em carbono exige não apenas inovação tecnológica, mas também acesso seguro a matérias-primas estrategicamente críticas. Os elementos de terras raras (ERRs, um grupo de 17 elementos metálicos) são centrais para essa transformação. Eles são a base de inúmeras tecnologias-chave, desde ímãs permanentes em turbinas eólicas e motores elétricos até baterias de alto desempenho, semicondutores e óptica de precisão. A demanda por ERRs tende a crescer exponencialmente com o avanço da descarbonização. O Brasil possui cerca de 20 milhões de toneladas em reservas estimadas de terras raras, principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás e Amazonas. Apesar do potencial, menos de 2% da produção mundial de terras raras ocorre no Brasil. Há iniciativas pontuais de extração (como em Araxá-MG) e pesquisas lideradas por instituições como o CETEM, USP e UFMG, mas a lacuna está no refino e na aplicação industrial. As terras raras são críticas para a expansão da indústria de mobilidade elétrica, energia eólica, armazenamento de energia e tecnologias da Indústria 4.0, todas alinhadas à Neoindustrialização defendida pelo Governo Federal brasileiro e ao Plano Nova Indústria Brasil. A criação de cadeias produtivas locais também está alinhada à política de conteúdo local, à Política Nacional de Mineração e aos programas do BNDES e Finep para semicondutores e materiais críticos. Nesse contexto, o Brasil, como país rico em recursos e com depósitos geológicos substanciais, passa a receber maior atenção da política industrial e comercial europeia. A Alemanha e a União Europeia continuam altamente dependentes da importação desses recursos críticos — atualmente, mais de 90% das terras raras refinadas vêm da China, que também detém uma posição quase monopolista nas etapas posteriores do processamento. Esse domínio vai além da mineração, incluindo capacidades de refino e produção de bens intermediários. Aqui reside um dos principais desafios: embora o Brasil possua reservas extraíveis, atualmente carece de infraestrutura de refino suficiente. Assim, desenvolver capacidade local de processamento, junto à transferência de conhecimento tecnológico e regulatório, é prioridade para viabilizar uma parceria sustentável. Uma parceria Brasil – Alemanha em matérias-primas focada em terras raras tem grande potencial desde que vá além da segurança de fornecimento no curto prazo e abrace a criação conjunta de valor, padrões de sustentabilidade e apoio à inovação. Essa estratégia exige o desenvolvimento de cadeias de suprimento integradas: desde a exploração geológica e extração ambientalmente responsável até a aplicação industrial. Ao mesmo tempo, é fundamental que as salvaguardas sociais e ambientais sejam transparentes e vinculantes, para mitigar resistências locais e riscos geopolíticos. Essa proposta dialoga com o Critical Raw Materials Act da UE, o Global Gateway , e iniciativas do G7 para segurança mineral. Pode ser uma alternativa concreta à dependência da China, dentro do contexto do reshoring / friendshoring de cadeias estratégicas. Elementos-chave para uma Parceria Estratégica incluem: 1. Estabelecimento de centros binacionais de excelência em tecnologias de exploração e extração, incluindo monitoramento ambiental e modelagem digital de depósitos. 2. Apoio ao desenvolvimento de capacidade de refino no Brasil por meio de parcerias de investimento direcionadas, transferência de tecnologia e cooperação regulatória. 3. Facilitação de contratos de fornecimento de longo prazo entre atores industriais dos dois países para garantir cadeias estáveis e reduzir a volatilidade. 4. Introdução de padrões conjuntos de sustentabilidade (por exemplo, baseados nos critérios da UE para materiais críticos e estratégicos), fomentando cadeias transparentes e compatíveis com ESG. 5. Reforço da pesquisa bilateral e dos esforços de inovação em substituição de materiais, reciclagem e tecnologias de processamento avançadas por meio de programas dedicados. 6. Institucionalização de um diálogo estratégico sobre matérias-primas em nível governamental, apoiado por uma rede de empresas, instituições acadêmicas e representantes da sociedade civil. Construir uma parceria resiliente em matérias-primas entre Alemanha (e a União Europeia) e Brasil requer mais do que intenção política e interesse comercial. Exige uma estratégia de inovação integrada. O desafio não está apenas no acesso aos recursos geológicos, mas na concepção de cadeias de valor robustas, sustentáveis e tecnologicamente soberanas. Isso só será possível por meio de um compromisso conjunto com o co desenvolvimento , e não com uma abordagem limitada à exportação e importação. Uma estrutura binacional de aconselhamento focada em governança da inovação, transferência de tecnologia e estratégia industrial sustentável pode funcionar como base operacional e estratégica conectando a disponibilidade de recursos à transformação industrial. Esta estrutura atuaria como plataforma integrada para coordenação de políticas, cooperação tecnológica e criação de valor sustentável no setor de terras raras. No nível estratégico, serviria como fórum para planejamento conjunto de cenários e alinhamento de políticas públicas . Exercícios regulares de prospectiva e definição de roteiros tecnológicos ajudariam ambos os lados a antecipar tendências de mercado, mudanças geopolíticas e inovações emergentes. Essa inteligência estratégica compartilhada garantiria que políticas nacionais — como a agenda de desenvolvimento mineral do Brasil e a Estratégia Alemã de Matérias-Primas Críticas — evoluam de forma complementar e reforçada mutuamente. Um segundo eixo central seria a facilitação da cooperação tecnológica e em inovação . As terras raras fazem parte de cadeias de valor altamente complexas e intensivas em tecnologia. O órgão consultivo apoiaria programas bilaterais de P&D, projetos-piloto e iniciativas de transferência tecnológica, com foco em métodos sustentáveis de extração, tecnologias avançadas de separação e refino, além de novas abordagens de reciclagem e substituição. Atuaria como ponto de articulação entre institutos de pesquisa aplicada, inovadores do setor privado e startups, promovendo ecossistemas de inovação com relevância nacional e competitividade internacional. O desenvolvimento de capital humano seria outra prioridade essencial. A transição da extração mineral para o processamento e a manufatura de maior valor agregado exige competências especializadas nos campos geológico, metalúrgico e regulatório. A plataforma consultiva promoveria treinamentos técnicos, intercâmbios profissionais e programas educacionais conjuntos para fortalecer as capacidades da força de trabalho em ambos os países. Isso incluiria capacitação em conformidade ESG, digitalização de processos e princípios de economia circular, apoiando o desenvolvimento industrial de longo prazo no Brasil e reduzindo a dependência de importações na Alemanha. Fortemente associado a isso está a necessidade de cooperação regulatória e harmonização de normas . A estrutura consultiva criaria um espaço de diálogo bilateral sobre regulamentações ambientais, trabalhistas e de sustentabilidade, visando garantir compatibilidade com os requisitos do mercado europeu em especial os estabelecidos no EU Critical Raw Materials Act e seus mecanismos associados de diligência devida. Com isso, ajudaria os produtores brasileiros a acessar mercados globais e a ter papel ativo na definição de padrões regulatórios internacionais. A facilitação de investimentos e estruturação de projetos formaria outro pilar do mandato da estrutura consultiva. O setor de terras raras é intensivo em capital e de ciclo longo, exigindo não apenas certeza geológica, mas também estabilidade regulatória e governança confiável. O órgão consultivo poderia desempenhar papel crítico na identificação de empreendimentos promissores, realização de avaliações técnicas independentes e apoio à estruturação de contratos de fornecimento de longo prazo entre produtores e usuários industriais. Isso proporcionaria maior segurança aos investidores e fomentaria cadeias de valor integradas e transnacionais. Por fim, a estrutura deveria priorizar a participação inclusiva dos stakeholders . A extração e o processamento de recursos inevitavelmente têm impactos sociais e ambientais, especialmente sobre comunidades locais e indígenas. A plataforma consultiva deve, portanto, incluir representantes da sociedade civil, organizações trabalhistas e grupos ambientais, garantindo transparência, equidade e processos decisórios participativos. Somente com base em amplo apoio social a parceria poderá alcançar a legitimidade e a durabilidade necessárias. Em resumo , uma estrutura binacional de inovação e aconselhamento não apenas reagiria às dinâmicas de mercado, mas atuaria ativamente na construção das condições necessárias para uma cadeia de valor em terras raras sustentável e soberana . Ao integrar visão de futuro, apoio à inovação, diálogo regulatório e coordenação multinível, essa estrutura ofereceria a inteligência estratégica e a capacidade operacional necessárias para transformar interesses compartilhados em uma parceria resiliente e orientada para o futuro. Em um cenário de disputa geopolítica por insumos críticos, o verdadeiro diferencial estratégico não está apenas no acesso às reservas, mas na capacidade de inovar juntos, com valor agregado, sustentabilidade e soberania tecnológica. Uma aliança Brasil-Alemanha baseada em codesenvolvimento pode se tornar um modelo global de cooperação estratégica. Parceria em minerais críticos e estratégicos entre Brasil e Alemanha
- Além dos Limites: Sistemas de Armazenamento de Energia da Ampace em Aplicações Reais
A Ampace, pioneira global em tecnologia de baterias de íons de lítio, com mais de 20 anos de expertise, fez sua estreia na Intersolar South America 2025. Guiada por seu valor central refinar, habilitar, esforçar-se e inovar a empresa está moldando o futuro da energia com quatro pilares: segurança absoluta, confiabilidade, desempenho e experiência do usuário. Além dos Limites: Sistemas de Armazenamento de Energia da Ampace em Aplicações Reais Na América do Sul, consumidores industriais e comerciais frequentemente enfrentam conexões de rede instáveis e altos custos de autogeração. Com um histórico de zero incidentes de segurança e zero recalls nos últimos cinco anos, a Ampace mantém seu compromisso com uma transformação energética segura e sustentável. Durante o evento, a empresa apresentou seus principais produtos UniC AG256-125, PU200, PR-S3 Pro e Andes 1500 demonstrando como traduz seus valores em soluções práticas e de alto desempenho que respondem a desafios reais em diversas aplicações. Operação Eficiente em Sistemas de Armazenamento de Energia A operação e manutenção (O&M) adequadas são fundamentais para garantir a confiabilidade e eficiência dos sistemas de armazenamento de energia (ESS). No entanto, apesar da sua importância, a manutenção dos ESS apresenta vários desafios incluindo acessibilidade limitada em locais remotos, altos custos iniciais associados à manutenção e reparo, além da complexidade inerente da tecnologia. Esses fatores tornam o armazenamento confiável e economicamente viável um desafio persistente. Em 2023, a Ampace lançou as baterias da série Kunlun, capazes de oferecer até 15.000 ciclos quase o dobro da média do setor. Com uma vida útil de até 20 anos, as células Kunlun eliminam a necessidade de substituições no meio do ciclo, reduzindo riscos operacionais e diminuindo o custo total de eletricidade ao longo da vida em até 30%, maximizando o retorno sobre o investimento. Integradas à série UniC , uma solução “all-in-one” voltada para aplicações industriais e comerciais de alta potência, as células Kunlun combinam eficiência excepcional com resistência ultralonga, apresentando tecnologia Zero Liquid Cooling e Zero Air Conditioning , que reduzem drasticamente o consumo de energia ao longo da vida útil e simplificam a manutenção necessária apenas uma vez por ano. No Chile, a série UniC foi implantada para atender à demanda dos usuários C&I, reduzindo em 30% os custos de eletricidade em horário de pico, com economia aproximada de US$ 1,2 milhão por ano . Ao enfrentar tarifas elevadas de ponta, restrições de capacidade e conexões instáveis com soluções específicas, a Ampace permite que empresas operem de forma eficiente, confiável e sustentável mesmo em ambientes desafiadores. Segurança e Estabilidade Intransigentes Incêndios e explosões em sistemas de armazenamento de baterias continuam ameaçando sistemas energéticos no mundo todo, causando ferimentos e milhões em prejuízos operacionais a cada ano. Reconhecendo a segurança como sua maior prioridade, a Ampace introduziu a primeira tecnologia semissólida do mundo , que alcançou produção em massa em março de 2025. Essa inovação combina a rápida entrega de energia das baterias líquidas com a segurança estrutural dos sistemas de estado sólido, eliminando riscos de vazamento durante toda a vida útil do produto. Integrada aos sistemas PU200, a tecnologia, somada ao monitoramento em tempo real de vazamentos e à certificação UL 9540A de segurança contra incêndio em nível de módulo , garante proteção térmica em múltiplas camadas para operações críticas. Além da inovação em laboratório, a Ampace testa rigorosamente seus sistemas em condições reais. Antes de lançar sua primeira subestação de armazenamento de energia conectada à rede no Chile uma região de alto risco sísmico e vulcânico a empresa implementou um extenso programa de testes, incluindo simulações de tempestades, ventilação de explosão, simulações sazonais e avaliações detalhadas de confiabilidade e funcionalidade. Como resultado, a Ampace reduziu em quase 80% as quedas de energia causadas por flutuações da rede , fornecendo eletricidade estável a mais de 200 mil residentes na região dos Andes . ESS para Todas as Condições Climáticas: Estabilidade e Desempenho em Qualquer Ambiente À medida que o setor energético evolui rapidamente, empresas e indústrias estão cada vez mais adotando soluções diversificadas para melhorar a confiabilidade e avançar em sustentabilidade. Em resposta, a Ampace enfrenta os desafios dos ESS externos, garantindo desempenho eficiente mesmo sob as condições ambientais mais severas. Reconhecida como a líder mundial em participação de mercado em RESS (Residential Energy Storage System) , a Ampace aborda esses desafios com o PR-S3 Pro e a série Andes de estações portáteis de energia, projetados para desempenho em todas as condições climáticas. A série Andes tornou-se a primeira estação de energia portátil a alcançar o cume do Monte Everest , comprovando sua estabilidade em condições extremas. Equipados com química avançada de células e gestão térmica, os sistemas da Ampace mantêm mais de 70% de capacidade de descarga mesmo a -20°C e operam de forma eficiente em uma ampla faixa de temperatura, de -20ºC a 55ºC , garantindo fornecimento confiável de energia para residências, empresas e aplicações off-grid. Há anos, a Ampace integra automação, digitalização e inteligência em seus processos de fabricação, alcançando velocidades de produção de até 100 metros por minuto com rastreamento de alta precisão para assegurar qualidade intransigente. Para validar cada produto, a empresa já realizou mais de 16.000 testes , cobrindo avaliações funcionais, de desempenho, segurança e confiabilidade, atendendo aos rigorosos requisitos de certificação e acesso de diversos países e regiões. Com base em mais de 20 anos de expertise e investindo mais de 10% de sua receita anual em P&D de baterias de íons de lítio , a Ampace impulsiona inovação contínua por meio de forte comprometimento e recursos. Quase metade de sua equipe de P&D possui mestrado ou doutorado, conduzindo avanços que resultaram em mais de 1.000 pedidos de patentes globais . Mais do que atender às certificações de segurança e desempenho mais rigorosas do mundo, a Ampace está comprometida em redefinir os padrões de armazenamento de energia . Impulsionada por uma inovação que prioriza tecnologia e desempenho, a empresa entrega não apenas eficiência, segurança e confiabilidade incomparáveis, mas também capacita comunidades em todo o mundo a abraçar um futuro mais limpo, inteligente e sustentável. Além dos Limites: Sistemas de Armazenamento de Energia da Ampace em Aplicações Reais Veja também; Além dos Limites: Sistemas de Armazenamento de Energia da Ampace em Aplicações Reais
- Geração Distribuída na Mira: Quem Tem Medo do Sol?
Por Daniel Lima – ECOnomista A luz que incomoda A geração distribuída (GD) tem sido alvo de uma campanha coordenada de desinformação e distorção. O discurso oficial, agora reforçado por consultorias que atuam como oráculos do setor elétrico, tenta pintar a GD como vilã dos cortes de geração (curtailment), dos subsídios e até da instabilidade do sistema. Mas será mesmo? Geração Distribuída na Mira: Quem Tem Medo do Sol? Curtailment: o bode solar na sala As associações do setor elétrico apontam a GD como agravante dos cortes de geração. O argumento é conveniente: desloca o foco dos problemas estruturais do sistema — como falta de planejamento, excesso de oferta em horários concentrados e ausência de flexibilidade — para os pequenos geradores. É como culpar o pedestre pelo engarrafamento. Subsídios: quem realmente é beneficiado? A crítica à compensação integral dos créditos da GD ignora que os grandes consumidores e geradores centralizados também operam com incentivos bilionários, isenções e regimes especiais. A GD, por sua vez, democratiza o acesso à energia limpa e reduz perdas na distribuição. O “subsídio mais generoso do planeta” é uma frase de efeito que esconde o verdadeiro desequilíbrio: o monopólio da geração. Consultorias: o conflito de interesses institucionalizado É preciso questionar a neutralidade de consultorias que formulam políticas públicas para o governo e, ao mesmo tempo, prestam serviços para grupos contrários à GD. Quando o mesmo ator define as regras e representa os interesses de quem quer restringi-las, o jogo deixa de ser técnico e passa a ser político — e profundamente desigual. Tarifas e distorções: quem paga a conta da inércia? A proposta de aplicar tarifas diferenciadas para usuários de GD, como pré-pagamento ou multipartes, pode até parecer justa em tese. Mas na prática, ela ignora que a GD já contribui para aliviar o sistema nos horários de pico, reduzir investimentos em infraestrutura e aumentar a resiliência energética. Penalizar quem gera é como cobrar pedágio de quem anda de bicicleta. Soluções mágicas e o medo da descentralização A crítica às “soluções mágicas” como baterias e usinas reversíveis revela o desconforto com a inovação. O setor elétrico tradicional teme perder o controle sobre a matriz. A GD, com sua lógica descentralizada, empodera o consumidor e desafia o modelo verticalizado. E isso incomoda. A energia como direito, não privilégio A geração distribuída não é o problema — é parte da solução. O que está em jogo é o modelo de futuro que queremos: um sistema concentrado, opaco e controlado por poucos, ou uma matriz limpa, democrática e acessível. A luz incomoda quem vive da sombra. Geração Distribuída na Mira: Quem Tem Medo do Sol?
- JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025
Por Ricardo Honório – EnergyChannel, direto da Intersolar 2025 JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025 No primeiro dia da Intersolar South America 2025, a JA Solar trouxe ao público um portfólio que reforça sua posição de destaque no desenvolvimento de soluções fotovoltaicas de alta eficiência. O EnergyChannel conversou com Marina Dias, engenheira eletricista e gerente técnica da divisão de geração distribuída da JA Solar no Brasil , que destacou as principais inovações apresentadas no estande da empresa. Módulo “Desert”: autolimpeza e maior confiabilidade Entre os lançamentos, chamou atenção a nova linha “Desert” , desenvolvida para enfrentar condições extremas de poeira e radiação solar em regiões áridas. Embora pensado originalmente para desertos, o módulo encontra aplicabilidade em usinas da América Latina, onde a manutenção e a limpeza representam custos significativos de operação. O diferencial está em seu design patenteado autolimpante , com furos estratégicos na moldura que permitem o escoamento da água da chuva, evitando o acúmulo de sujeira nas bordas. Além disso, a superfície conta com um filme especial que reduz a aderência de poeira e partículas. “A limpeza é um dos fatores mais críticos na geração de energia solar. Um módulo mais limpo gera mais e reduz custos de O&M ao longo da vida útil da usina”, explicou Marina Dias ao EnergyChannel. Com essa tecnologia, a JA Solar busca não apenas aumentar a eficiência de geração , mas também reduzir os gastos de operação , agregando valor ao investidor que precisa de previsibilidade nos retornos de longo prazo. JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025 Linha Deep Blue 5.0: eficiência elevada com tecnologia N-Type Outro destaque da JA Solar é a família Deep Blue 5.0 , que utiliza células N-Type TopCon para alcançar níveis superiores de potência e eficiência. Durante a feira, a empresa apresentou um módulo de 670 W com eficiência de 24,8% , reforçando sua aposta na tecnologia que deve dominar os próximos anos do setor fotovoltaico. “O mercado brasileiro pede cada vez mais potência, mas não buscamos apenas aumentar o tamanho dos módulos. O objetivo é inovar dentro da célula, garantindo alto desempenho sem comprometer a logística e a instalação”, destacou a engenheira. Segundo Marina, os clientes hoje estão mais exigentes e informados sobre as diferentes tecnologias disponíveis. O avanço do mercado fez com que a decisão de compra não fosse apenas por preço ou potência, mas também por confiabilidade, histórico de performance e inovação tecnológica . JA Solar reforça estratégia no Brasil e América Latina A JA Solar aposta fortemente no mercado brasileiro e latino-americano, consolidando-se como uma das líderes globais em soluções fotovoltaicas. Para Marina Dias, a combinação entre inovação, qualidade e confiança é o que mantém a marca em posição de destaque: “Acreditamos na tecnologia N-Type como padrão para os próximos anos. Nosso compromisso é oferecer produtos que unam eficiência, durabilidade e confiança para os projetos da região.” Com soluções que vão desde módulos de alta potência até designs específicos para reduzir custos de operação, a JA Solar reforça na Intersolar 2025 sua estratégia de estar sempre à frente em inovação e confiabilidade no setor solar. JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025 JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025
- JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025
Por Ricardo Honório – EnergyChannel, direto da Intersolar 2025 JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025 No primeiro dia da Intersolar South America 2025, a JA Solar trouxe ao público um portfólio que reforça sua posição de destaque no desenvolvimento de soluções fotovoltaicas de alta eficiência. O EnergyChannel conversou com Marina Dias, engenheira eletricista e gerente técnica da divisão de geração distribuída da JA Solar no Brasil , que destacou as principais inovações apresentadas no estande da empresa. Módulo “Desert”: autolimpeza e maior confiabilidade Entre os lançamentos, chamou atenção a nova linha “Desert” , desenvolvida para enfrentar condições extremas de poeira e radiação solar em regiões áridas. Embora pensado originalmente para desertos, o módulo encontra aplicabilidade em usinas da América Latina, onde a manutenção e a limpeza representam custos significativos de operação. O diferencial está em seu design patenteado autolimpante , com furos estratégicos na moldura que permitem o escoamento da água da chuva, evitando o acúmulo de sujeira nas bordas. Além disso, a superfície conta com um filme especial que reduz a aderência de poeira e partículas. “A limpeza é um dos fatores mais críticos na geração de energia solar. Um módulo mais limpo gera mais e reduz custos de O&M ao longo da vida útil da usina”, explicou Marina Dias ao EnergyChannel. Com essa tecnologia, a JA Solar busca não apenas aumentar a eficiência de geração , mas também reduzir os gastos de operação , agregando valor ao investidor que precisa de previsibilidade nos retornos de longo prazo. JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025 Linha Deep Blue 5.0: eficiência elevada com tecnologia N-Type Outro destaque da JA Solar é a família Deep Blue 5.0 , que utiliza células N-Type TopCon para alcançar níveis superiores de potência e eficiência. Durante a feira, a empresa apresentou um módulo de 670 W com eficiência de 24,8% , reforçando sua aposta na tecnologia que deve dominar os próximos anos do setor fotovoltaico. “O mercado brasileiro pede cada vez mais potência, mas não buscamos apenas aumentar o tamanho dos módulos. O objetivo é inovar dentro da célula, garantindo alto desempenho sem comprometer a logística e a instalação”, destacou a engenheira. Segundo Marina, os clientes hoje estão mais exigentes e informados sobre as diferentes tecnologias disponíveis. O avanço do mercado fez com que a decisão de compra não fosse apenas por preço ou potência, mas também por confiabilidade, histórico de performance e inovação tecnológica . JA Solar reforça estratégia no Brasil e América Latina A JA Solar aposta fortemente no mercado brasileiro e latino-americano, consolidando-se como uma das líderes globais em soluções fotovoltaicas. Para Marina Dias, a combinação entre inovação, qualidade e confiança é o que mantém a marca em posição de destaque: “Acreditamos na tecnologia N-Type como padrão para os próximos anos. Nosso compromisso é oferecer produtos que unam eficiência, durabilidade e confiança para os projetos da região.” Com soluções que vão desde módulos de alta potência até designs específicos para reduzir custos de operação, a JA Solar reforça na Intersolar 2025 sua estratégia de estar sempre à frente em inovação e confiabilidade no setor solar. JA Solar apresenta módulos autolimpantes e aposta em tecnologia N-Type na Intersolar 2025
- Apollo Flutuantes impulsiona avanço das usinas solares flutuantes no Brasil
São Paulo, 10 de setembro de 2025 – A energia solar flutuante já deixou de ser tendência para se tornar realidade no Brasil, e uma das empresas que mais se destacam nessa revolução é a Apollo Flutuantes . Reconhecida por suas soluções tecnológicas adaptadas à realidade brasileira, a companhia tem liderado projetos inovadores que aproveitam os espelhos d’água de reservatórios e hidrelétricas para gerar energia limpa e sustentável. Apollo Flutuantes impulsiona avanço das usinas solares flutuantes no Brasil O Brasil como terreno fértil para a inovação Com uma das maiores reservas hídricas do mundo, o país reúne condições ideais para a expansão das Usinas Solares Fotovoltaicas Flutuantes (UFFs) . Esse formato reduz a pressão sobre o uso do solo, aumenta a eficiência energética dos módulos e traz benefícios ambientais como a diminuição da evaporação da água. Nesse cenário, a Apollo Flutuantes tem ocupado papel estratégico ao desenvolver soluções adaptadas tanto para grandes projetos conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) quanto para aplicações em saneamento e abastecimento público. Segundo especialistas do setor, o mercado brasileiro reúne potencial para se tornar referência global em usinas solares flutuantes, e a atuação da Apollo evidencia esse movimento. Apollo Flutuantes impulsiona avanço das usinas solares flutuantes no Brasil Diferenciais tecnológicos que colocam a Apollo na liderança A Apollo Flutuantes aposta em tecnologia própria e soluções modulares que atendem diferentes perfis de projeto. Entre os principais diferenciais da empresa estão: Integração com hidrelétricas : a combinação entre geração hidrelétrica e solar aumenta a segurança do suprimento e otimiza o uso de linhas de transmissão. Maior eficiência energética : o resfriamento natural dos módulos pela água pode elevar em até 15% a produtividade em relação a usinas solares em solo. Sustentabilidade comprovada : além de gerar energia limpa, os projetos contribuem para a preservação hídrica e têm impacto ambiental reduzido. Flexibilidade de aplicação : desde grandes reservatórios de usinas hidrelétricas até áreas de saneamento, como lagoas de tratamento, a empresa projeta soluções escaláveis e seguras. Casos de sucesso e expansão Projetos em andamento em diferentes regiões do Brasil colocam a Apollo no centro da transição energética. A empresa já participa de iniciativas que ultrapassam a casa dos 100 MW em capacidade instalada, consolidando-se como fornecedora de tecnologia para investidores e utilities. Apollo Flutuantes impulsiona avanço das usinas solares flutuantes no Brasil Entre os exemplos de destaque estão as parcerias em reservatórios de abastecimento e em usinas hidrelétricas estratégicas, que mostram a versatilidade das soluções da empresa. O futuro da energia flutuante no Brasil O avanço das usinas solares flutuantes abre um novo capítulo na matriz elétrica nacional. Para a Apollo Flutuantes, a missão vai além de fornecer tecnologia: é liderar uma transformação que une eficiência, inovação e sustentabilidade. Com a combinação de recursos naturais abundantes e soluções tecnológicas avançadas, o Brasil desponta como protagonista mundial da energia solar flutuante – e a Apollo se firma como uma das empresas responsáveis por tornar esse futuro realidade. Apollo Flutuantes impulsiona avanço das usinas solares flutuantes no Brasil Apollo Flutuantes impulsiona avanço das usinas solares flutuantes no Brasil
- GoodWe recebe certificado TUV Rheinland para linha de armazenamento BAT durante a Intersolar South America
RECONHECIMENTO INTERNACIONAL GoodWe recebe certificado TUV Rheinland para linha de armazenamento BAT durante a Intersolar South America Certificação de adaptabilidade ambiental reforça a confiabilidade e a robustez das soluções da empresa no mercado global de energia solar Durante sua participação na Intersolar South America 2025, realizada entre os dias 26 e 28 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, a GoodWe recebeu o certificado de adaptabilidade ambiental TUV Rheinland para a linha de armazenamento de energia BAT. O reconhecimento atesta a capacidade das soluções da empresa em manter alto desempenho e durabilidade mesmo em condições climáticas adversas, como temperaturas extremas, alta umidade e variações bruscas do ambiente. O TUV Rheinland é um dos mais respeitados organismos de certificação do mundo e a chancela agrega ainda mais valor ao portfólio da GoodWe, que já se destaca por oferecer tecnologias voltadas à eficiência, segurança e inovação. A entidade independente alemã é especializada em qualidade e segurança. A certificação reforça o compromisso da companhia em entregar soluções confiáveis para integradores, empresas e consumidores em diferentes mercados, especialmente no Brasil, onde a demanda por sistemas de armazenamento cresce de forma acelerada. Para o vice-presidente da GoodWe na América do Sul, Fábio Mendes, a conquista marca um novo patamar para a atuação da empresa. “Receber o certificado TUV Rheinland durante a Intersolar é um marco para a GoodWe e confirma a qualidade de nossa linha BAT. Essa certificação internacional comprova que nossos produtos estão preparados para operar com segurança e eficiência em diversos cenários ambientais, oferecendo maior tranquilidade para integradores, investidores e consumidores. É um passo importante na nossa missão de liderar a transição energética com soluções robustas e sustentáveis”, destacou. Com o reconhecimento, a GoodWe reforça seu posicionamento como referência global em armazenamento de energia, ampliando a confiança de parceiros e consolidando sua presença no mercado latino-americano. Na foto estão: Alexandre Pereira - Gerente de Soluções da GoodWe para América do SulVinícius Gibrail - Diretor Regional da TUV para América do SulAlex Pan - Vice-presidente Global P&D da GoodWe GoodWe recebe certificado TUV Rheinland para linha de armazenamento BAT durante a Intersolar South America
- Austrália atinge recorde histórico: renováveis suprem 76,4% da demanda elétrica nacional
Por Ricardo Honório, jornalista especializado em Energia Renovável – EnergyChannel A transição energética da Austrália acaba de alcançar um novo marco. Na última segunda-feira (9), as fontes renováveis atenderam 76,4% da demanda de eletricidade na principal rede elétrica do país , superando o recorde anterior de 75,9%, registrado em novembro do ano passado. Austrália atinge recorde histórico: renováveis suprem 76,4% da demanda elétrica nacional O feito reforça a velocidade da transformação energética australiana e mostra que o país caminha para períodos cada vez mais próximos do abastecimento total a partir de energias limpas. Solar no topo da matriz O levantamento indica que, no momento do recorde, a geração solar em telhados respondeu por 43,7% da carga atendida (12.532 MW), consolidando o protagonismo da geração distribuída. A energia eólica veio em seguida, com 30,6% (8.074 MW), acompanhada da solar em larga escala com 15,9% (4.549 MW) e da hidrelétrica com 2,1% (616 MW). Além disso, a crescente rede de baterias de grande porte já começa a desempenhar papel relevante, absorvendo 1.340 MW de capacidade no mesmo período. Potencial ainda maior Os números poderiam ter sido ainda mais expressivos: estima-se que a participação renovável poderia ter atingido 93,5% da demanda , não fosse a redução de 4.879 MW por razões econômicas e de equilíbrio de rede. Esse fenômeno, conhecido como curtailment , tende a aumentar à medida que a geração solar e eólica avança sem que a infraestrutura de armazenamento e transmissão acompanhe na mesma velocidade. Primavera de recordes O novo patamar ocorre em um momento estratégico. A primavera australiana tradicionalmente concentra condições ideais para a produção solar e eólica , somadas a temperaturas mais amenas que reduzem o consumo de eletricidade. Essa combinação cria o cenário perfeito para sucessivos recordes ao longo da estação. Exemplo disso foi registrado recentemente no estado da Austrália do Sul, a rede mais avançada do país em termos de renováveis: a energia eólica chegou a fornecer o equivalente a 147% da demanda local em um único período, com o excedente exportado para outras regiões. Desafios para alcançar 100% renovável Apesar da proximidade, especialistas apontam que atingir momentos sustentados de 100% de participação real das renováveis ainda exigirá investimentos adicionais em: armazenamento em larga escala , novas linhas de transmissão , e tecnologias de estabilidade de rede , como condensadores síncronos e inversores de formação de grade. Essas soluções serão fundamentais para manter a segurança do sistema e garantir que o país consiga operar de forma confiável com base majoritária em fontes limpas. Uma referência global O novo recorde coloca a Austrália entre os líderes mundiais na integração de energias renováveis em redes elétricas de grande porte. Mais do que um feito técnico, trata-se de um sinal claro de que a descarbonização é possível em escala nacional , abrindo oportunidades de inovação e posicionando o país como referência global em transição energética. Austrália atinge recorde histórico: renováveis suprem 76,4% da demanda elétrica nacional
- Ataque cibernético paralisa operações globais da Jaguar Land Rover e expõe fragilidade do setor de veículos elétricos
Por Ricardo Honório – Jornalista especializado em Energia Renovável | EnergyChannel Ataque cibernético paralisa operações globais da Jaguar Land Rover e expõe fragilidade do setor de veículos elétricos A Jaguar Land Rover (JLR), referência mundial em veículos elétricos e híbridos de luxo, foi obrigada a suspender parte de suas operações globais após um ataque cibernético de grandes proporções atingir seus sistemas de TI e processos de fabricação. A paralisação ocorreu em um dos períodos mais críticos do calendário automotivo, impactando diretamente linhas de produção, concessionárias e lançamentos programados. Produção e varejo em alerta De acordo com informações confirmadas pela companhia, os sistemas corporativos foram desligados preventivamente para conter a violação. O resultado imediato foi a interrupção de fábricas no Reino Unido e em outros mercados estratégicos, além da suspensão de registros de novos veículos em concessionárias. Funcionários chegaram a ser orientados a evitar os locais de trabalho enquanto a equipe de cibersegurança atuava na contenção. Em nota oficial, a JLR informou que “não há indícios de roubo de dados de clientes”, mas reconheceu que as atividades de varejo e produção foram severamente afetadas. A empresa declarou ainda estar trabalhando “em ritmo acelerado para restaurar seus aplicativos globais de forma controlada e segura”. Impacto financeiro e industrial Especialistas consultados pelo EnergyChannel apontam que cada hora de paralisação em fábricas de veículos elétricos representa perdas significativas. Além da queda imediata no faturamento, atrasos nas entregas comprometem a confiança de clientes e parceiros em um setor que já enfrenta desafios logísticos e de suprimentos. Ricardo Honório, jornalista especializado em energia renovável que acompanhou o caso, destaca: “Ataques cibernéticos têm se tornado uma das maiores ameaças ao setor automotivo elétrico, que depende de cadeias de produção extremamente conectadas. Quando os sistemas de TI são comprometidos, não se trata apenas de dados em risco, mas da própria continuidade da manufatura.” Risco crescente para os fabricantes de veículos elétricos Embora não tenha sido confirmado se o ataque envolveu ransomware, analistas de cibersegurança afirmam que fabricantes de veículos elétricos se tornaram alvos frequentes de quadrilhas digitais. Isso porque a interrupção de linhas de produção pode ser usada como moeda de pressão para o pagamento de resgates milionários. Katie Barnett, diretora de segurança cibernética da Toro Solutions, reforça a gravidade da situação: “O caso da JLR mostra como a indústria automotiva precisa fortalecer seus sistemas de defesa digital. Com cadeias de suprimentos globalizadas e cada vez mais digitais, um ataque bem-sucedido pode gerar um efeito dominó que vai além da fábrica, afetando concessionárias, fornecedores e clientes.” Cibersegurança como prioridade estratégica O episódio coloca em evidência a urgência de investimentos em tecnologias de monitoramento, resposta a incidentes e recuperação rápida. Em 2025, mesmo com os avanços em inteligência artificial aplicada à segurança, ainda há empresas que só reforçam seus protocolos após sofrer um ataque devastador. A JLR afirma já ter procedimentos de contingência em andamento e projeta retomar gradualmente suas operações. Ainda assim, o incidente servirá de alerta para toda a cadeia global de veículos elétricos, que precisa encarar a cibersegurança não apenas como medida preventiva, mas como um elemento essencial de competitividade. Ataque cibernético paralisa operações globais da Jaguar Land Rover e expõe fragilidade do setor de veículos elétricos
- Wattio aposta em tecnologia para transformar a gestão de energia solar no Brasil
Por Ricardo Honório, Jornalista do EnergyChannel especializado em Energia Renovável Wattio aposta em tecnologia para transformar a gestão de energia solar no Brasil O setor de energia solar no Brasil vive um crescimento acelerado, mas também enfrenta desafios estruturais que ameaçam a sustentabilidade das operações de muitas gestoras. Inadimplência elevada, perda de clientes e desperdício de energia são problemas recorrentes que impactam diretamente a rentabilidade do negócio. Nesse cenário, a startup Wattio surge como uma solução tecnológica capaz de redefinir a forma como a gestão e a operação da energia solar remota e do mercado livre são conduzidas no país. Para o investidor-anjo e membro do conselho da empresa, Daniel Pansarella , a proposta é disruptiva: “A Wattio representa uma solução inovadora para os desafios de gestão e operação no segmento de energia solar remota e mercado livre, com potencial para transformar a forma como gerenciamos energia no Brasil.” Gestão inteligente e resultados concretos A plataforma foi desenvolvida com foco em automação e inteligência de dados. Entre as principais funcionalidades, estão: Gestão financeira automatizada – com cobrança digital, régua de inadimplência eficiente e controle detalhado do fluxo de caixa. Otimização da carteira de clientes – análise de perfil e estratégias de retenção que já reduziram o índice de churn de 5,27% para 3,82% e aumentaram o tempo médio de permanência de 19 para 26,2 meses. Controle total da energia – monitoramento em tempo real da geração, consumo e compensação, garantindo que nenhuma energia fique ociosa. Precificação dinâmica – definição estratégica de planos de assinatura, ajustando preços com base em dados reais e maximizando a margem de lucro. Impacto direto nas operações Segundo dados da própria Wattio, empresas que já utilizam a solução registraram: Redução de mais de 30% na inadimplência . Aumento de mais de 40% no tempo de vida útil dos clientes . Redução de até 25% da energia ociosa . Esses resultados refletem uma tendência crescente no setor: a digitalização e a automatização como ferramentas indispensáveis para aumentar a eficiência operacional e a competitividade. O futuro da gestão de energia Com o avanço das usinas solares compartilhadas e a expansão do mercado livre, a necessidade de soluções robustas e escaláveis torna-se ainda mais evidente. A proposta da Wattio é justamente oferecer uma plataforma que permita às gestoras crescer com segurança, reduzindo riscos e garantindo rentabilidade. Enquanto muitas empresas ainda enfrentam a complexidade da gestão manual, a tecnologia surge como um diferencial estratégico. Como destacou Pansarella, trata-se de uma oportunidade única para que o setor alcance um novo patamar de eficiência. Wattio aposta em tecnologia para transformar a gestão de energia solar no Brasil











